O desenrolar dos fatos...
Disclaimer: Bem, [infelizmente] eu naum tenho direitos autorais sobre nenhum desses persanagens, nem sobre o cenário, nem sobre nada estrutural da sua fic (só o enredo que é original... pelo ao menos eu acho que fui eu quem escreveu isso tudo...) Todo o crédito se deve à uma tia muito incrível chamada Joanne K. Rowling... conhecem?
Uma questão de insistência
Um furacão ruivo irrompeu o silêncio do dormitório, vazio naquele fim de tarde de sexta-feira. As lágrimas brotavam dos olhos sensacionalmente verde-esmeralda e lavavam o belo rosto da jovem de 17 anos.
Escorou-se na porta e deslizou lentamente até o chão, como se suas forças a abandonassem aos poucos.
“Idiota! É isso que eu sou, uma completa idiota!”
Ao passo que as lágrimas caiam de seu rosto, ela amaldiçoava mil vezes seu orgulho, enquanto pensava: Vida irônica, não? A de Lily Evans parecia um eterno 1º de abril. Afinal, ela passou quatro anos de sua vida falando a quem quisesse ouvir (e às vezes até a quem não quisesse...) o quanto odiava o “estúpido, arrogante, idiota, imaturo do Potter”, enquanto que James Potter fazia questão de gritar aos quatro ventos o quanto “amo, adoro, idolatro, sou apaixonado por minha deusa ruiva Lily”. Então, quando ela finalmente se rende aos encantos deste Maroto, ele simplesmente decide tentar desistir dela.
Vida injusta?
Pouco importa se é justo ou não, o que importa realmente são as lágrimas da garota, lágrimas de tristeza, mas não de desesperança. Esperança era o que não lhe faltava, afinal, ela (e toda a torcida dos Chuddle Cannons) sabia que ele não a havia esquecido.
“Tá escrito em sua testa que você ainda me ama
Ta na cara que você não me esqueceu”
Ela sabia que na verdade ele tentava esquecê-la, mas não obtinha tanto êxito quanto esperava. A tristeza também estava estampada no rosto bonito dele, como uma sombra que apagava o brilho dos seus olhos castanho-esverdeados ou o som de sua risada que não mais enchia o salão comunal todo dia.
Ele estava tão infeliz quanto ela.
“Se entregando em outros braços
Se negar foi o bastante pra provar que meu amor é sua vida, sua fonte”
Afinal, desde quando reparava tanto em James Potter?!?
Não sabia responder ao certo... Às vezes não conseguia reprimir um sorriso de desdém quando o via trocando de “namoradas” com a mesma freqüência que trocava de vestes. Qualquer um via que ele fazia aquilo para chamar sua atenção, causar-lhe ciúmes ou, na mais ridícula das hipóteses, “afogar as mágoas após mais um fora da Lily”.
Qualquer um via isso.
Qualquer um... menos ela.
“Ele usa óculos e eu sou a cega, que ótimo!”.
Mais lágrimas. Atirou-se em sua cama de dosséis, ainda chorando, e enterrou o rosto no travesseiro a fim de abafar os soluços e os seus pensamentos. Mas, só o que conseguiu foi ficar mais triste, quando suas narinas foram invadidas por um aroma de colônia masculina e por mais lembranças...
“E na cama o teu cheiro me incomoda”
-[ FLASHBACK ]-
_ POOOOOOOOTTEEEER!!!!!
_ Sim minha deusa ruiva? - o sorriso inocente quase enganava se não fosse pelas gargalhadas de Sirius, Remus e Peter, sentados atrás dele.
_ EU NÃO SOU SUA DEUSA POTTER! - eu já estava totalmente vermelha de raiva.
_ Isso quem decide sou eu meu lírio do campo... - pedi paciência a Mérlin mais de uma vez antes de reabrir os olhos e dar de cara com aquele sorriso ofuscante de tão... grande!
_ Potter, posso saber o que o SEU perfume estava fazendo no MEU quarto?
_ Boa pergunta Lily, o que MEU perfume está fazendo no SEU quarto? - acho que ele não notou que eu me aproximava perigosamente dele, então continuou naquela tentativa de suicídio - Ahaaa!!! Sabia que você me amava! Estão vendo rapazes, essa é a prova que ela não consegue mais ficar longe de mim, nem do meu cheiro nem por um minuto sequer... Assuma minha ruivinha.
_ Potter... o qu... - eu já estava perto dele e, ao invés de sentir o perfume dele - O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM O MEU PERFUME?!?
_ Pontas, acho melhor você começar a correr... - essa “inteligente” frase foi dita pelo outro amigo obtuso do Potter, Sirius Black, provavelmente após ter chegado à “brilhante” conclusão que meu rosto vermelho e meus altos decibéis de voz não eram características de amor...
Dito e feito, Potter começou a correr pelo salão comunal, comigo em seu encalço. Estava com tanta raiva daquele energúmeno que esqueci completamente de lhe perguntar como tirar o feitiço permanente do perfume dele que eu quebrei acidentalmente em minha cama...
-[ FIM DO FLASHBACK ]-
Mais lágrimas, mas pelo ao menos um tímido sorriso apareceu com as lembranças.
Talvez devesse fazer o mesmo, tentar esquecê-lo...
Sintonizou seu aparelho de som na freqüência bruxa, para ver se tinha alguma música que prestasse. Mas parece que tudo conspirava contra ela...
“Ligo o rádio e vou tentando te esquecer
E numa canção de amor
Mas nem pelo que passou
Sem saída eu me rendo a você”
“Ok, essas músicas românticas e melosas não contribuem em nada...”
“Mas... não é assim? Eu não tenho alternativas, ou me rendo à ele ou me rendo ao que eu sinto...
Mas...
O QUÊ eu sinto?!?”
De repente, uma felicidade tomou conta de cada célula do seu corpo. Ela havia entendido, finalmente.
Nem deu tempo para escutar o restante da música que passava na rádio, saiu desabalada pelo castelo, afinal, tinha que achar um certo maroto de cabelos espetados...
Não foi tão fácil encontrá-lo. Realmente, quem iria adivinhar que ele estaria na Torre de Astronomia e sozinho? Com certeza não ela, por isso teve que implorar pro amigo dele, Sirius, para que lhe falasse onde o garoto estava. E ainda teve que ouvir um “não magoe o Pontas, Evans” muito sério do colega...
Lá estava ele, com os últimos raios de sol iluminando seu rosto sério, sentado no parapeito da janela, apenas observando a Lula Gigante nadar no lago. Olhando-o daquele modo ele parecia tão indefeso e carente... Mérlin, como pôde fazê-lo ficar assim?
_ Potter...
Ele continuou de costas, mas ela percebeu que a havia escutado. Ele estremeceu levemente.
_ James, por favor...
Ele fechou os olhos. Estava decidido a ignorá-la. Mas ela não desistiria tão fácil.
_ “Não adianta fechar os olhos, fazer de conta que não me vê! Não faz sentido o meu orgulho, falo a verdade pra não sofrer: Te amo e não quero te perder...”
James estacou. Virou-se lentamente para a ruiva, com a respiração descompassada como se tivesse corrido por todo o castelo, parada às suas costas. Ela então pode ver os olhos vermelhos e inchados dele.
_ O-o qu-que você dis-s-se Evans?
_ O que você ouviu, James. - disse ela, com a voz baixa e enrouquecida, se aproximando do maroto com passos felinos. Mas para cada passo que ela dava em sua direção, ele recuava um afastando-se da garota, engolindo em seco.
_ Evans, v-você não entende? E-e-eu não quero mais saber de você! Desisti! Você deveria estar feliz, só estou fazendo o que você sempre me suplicou... - ele tentava soar convincente, mas sua voz e seu corpo diziam totalmente o contrário. Estava encurralado entre um imenso sofá e a garota.
_Mas não estou... - ela se aproximou do garoto - E se eu lhe suplicasse agora que volte?
James estremeceu com aquela voz próxima ao seu ouvido. Não devia ceder... Não devia perdoar... Mas o animal em seu peito rugia pela sua ruivinha!
_ O QUE VOCÊ QUER EVANS?!? BRINCAR COMIGO? Acha que é fácil amar uma pessoa e só ser desprezado?! Amar e só receber nãos? AMAR E NÃO SER AMADO?!?!
_ E quem disse que não é amado? - James ficou sem reação, olhando no fundo dos olhos verde-esmeraldas que tanto lhe deslumbravam e naquele momento estavam cheios de lágrimas. Sacodiu a cabeça para se livrar do encantamento daqueles olhos.
_ Não adianta Evans. Desista.
“_ Não adianta os meus mistérios, já fiz de tudo pra te esquecer! Não tem mais jeito, tô de bobeira, coração bobo pra ter você... Te amo e não quero te perder!”
As pernas de James fraquejaram diante das lágrimas e das palavras da garota. Era tortura demais para uma pessoa só... Só não esperava pelo que viria a seguir.
_ Eu não vou desistir de você Potter! - e o puxou para um beijo.
Era uma confusão de línguas, uma teia de sentimentos, misturados com o gosto salgado das lágrimas. Parecia que a vida de ambos dependia daquele beijo. Ele se sentou e a colocou cuidadosamente em seu colo, ela passou uma das mãos em torno do pescoço dele, enquanto que com a outra arrepiava ainda mais os cabelos do garoto. Estremecia a cada toque dele em sua cintura, ou com o movimento displicente de sua mão por dentre seus cabelos vermelhos.
Sentia-se no paraíso, em um sonho do qual queria não acordar. Tinha sua ruivinha em seus braços, que lhe correspondia plenamente, ardorosamente e com toda a paixão que ele esperou. Nada se comparava àquele momento.
Foram separando lentamente seus lábios, ainda sentido a respiração e a pulsação descompassada do outro. James enterrou o rosto no pescoço alvo de Lily, não reprimindo um arrepio ao ouvir, próximo ao seu ouvido:
_ Por favor James, diga que ainda me ama!
A animal em seu peito rugiu ainda mais alto. Tão alto que sufocou a voz de seu orgulho.
_ Eu te amo Lily! Mais do que eu posso dizer, além do que eu posso controlar...
E voltaram a se beijar, não antes de perceberem os sorrisos cúmplices e divertidos nos lábios um do outro: Hogwarts teria um sábado cheio no dia seguinte...
N.A.: Pois bem... essa song foi fruto de uma aposta entre eu e minha maninha Mione Almofadinhas, então, NÃO-SE-ILUDAM! Eu não suporto Calcinha preta, muito rock na veia e talz... mas aposta é aposta... **sorriso desgostoso** Então, espero que tenha ficado uma fic razoavelmente decente... mesmo pq é minha primeira... ô emoção **camille limpando o canto dos olhos com um lencinho** espero que não seja a última...
Malfeito feito mon bijus!
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