Capítulo Único
I need you near to the ground
I miss you dearly
Can you hear me on your cloud?
Dor. Quem é que gosta de sentir dor?
Ninguém, eu mesma respondo. Mas, por mais que não gostamos de sentir isso, por mais que ter esse sentimento nos revolte, por mais que não queiramos sentir isso, a dor é algo que nos faz crescer, que nos faz amadurecer e perceber que há várias coisas que podemos fazer, assim como há várias coisas que poderíamos simplesmente... Dizer.
Às vezes, apenas um olhar; é tudo o que temos que dar. Um olhar significativo; ás vezes é tudo o que a pessoa que amamos precisa.
Mas vocês se perguntam: por quem uma garota de dezessete anos poderia estar chorando?
E eu te digo: pelo homem que amei, amo, e sempre amarei, não importa quanto tempo passe; a única verdade de minha vida será essa: eu sempre amarei Harry James Potter.
E, Deus... Eu penso nele em todos os minutos; ainda o sinto aqui, ao meu lado, me consolando, mesmo que eu saiba que isso não passe de uma sensação... É tão reconfortante, saber que por mais que eu pense e saiba que ele não está mais aqui, eu sinta que sua alma está comigo, me acompanhando em todos os lugares que vou, me protegendo de todo o mau; me guiando.
Amando-me. Querendo-me. Desejando-me.
I've been waiting for someone to love
Calling all angels
I need you near to the ground
I have been kneeling
And praying to hear a sound
All of my life
I've been waiting for someone to love
All of my life
I've been waiting for something to love
Da mesma maneira que o amo, desejo-o, quero-o.
É tudo tão injusto... A vida, o amor, a felicidade, a tristeza, a bondade, a maldade... Coisas tão comuns nas nossas vidas, na nossa sociedade e mundo, tão comum que ninguém se dá ao trabalho de parar e analisar em o quão cruel essas características, juntas ou separadas, podem ser até que se perde alguém que se ama com toda a alma; quando se perde a pessoa para quem você se entregou de corpo, alma e coração; a única pessoa que conseguiu te marcar á fogo.
A única pessoa que conseguiu conquistar completamente o seu coração; a única pessoa que sabia como fazê-la rir das coisas simples da vida. A única pessoa que sabia como fazê-la sentir-se no céu com apenas uma palavra carinhosa. A única pessoa que a faz sentir-se completa com apenas um sorriso compreensivo.
A única pessoa que te aceitou e amou pelo que você é, e não pelo que ele gostaria que você fosse. A única pessoa que conhecia todos os seus segredos, seus medos, vontades, sonhos, preocupações... A única pessoa que era capaz de te completar.
Quando perdemos essa pessoa, a dor é tão grande e tão intensa... Que nos faz pensar que jamais iremos conseguir levantar novamente; que nos faz pensar que jamais iremos nos recuperar. Que jamais iremos lembrar-nos do quão boa a vida pode ser.
Through the years
Make my way
Day by day
Through the years
Day by day
Through the years
Mas aí, quando perdemos essa pessoa e paramos para pensar em tudo o que já fizemos em nossas vidas, com lágrimas escorrendo por nossos rostos, percebemos tudo o que tínhamos que ter dito, tudo o que tínhamos que ter feito; e, então, compreendemos que os seres humanos são estúpidos a ponto de apenas notar a intensidade do que se sente, quando já é tarde demais. Mas, nem por isso, passamos a dizer ás pessoas o que sentimos por elas.
Apenas... Nos fechamos mais ainda, numa espécie de carapaça de proteção, chamada depressão. Uma carapaça tão dura e fria, tão cruel, que nos perguntamos como infernos iremos continuar sem a única pessoa capaz de fazer-nos sentir-nos tão vivos.
E, com o passar do tempo, notamos que gostemos ou não, iremos ter que voltar á nossa rotina, que nossa vida não pode parar, mesmo que ela não tenha mais sentido; notamos que temos que nos erguer, que temos que dar continuidade ao que começamos antes de toda essa dor chegar.
E, então, com aquele aperto no peito, saímos do nosso casulo, lentamente, cautelosamente, com medo de nos ferirmos novamente; com medo de amarmos novamente; com medo... De perdermos novamente.
E, então, chamamos todos os anjos que conhecemos, implorando para que eles venham até nós, façam nossa dor sumir, façam nossas lágrimas secarem. Chamamos todos os anjos, implorando por uma nova chance de podermos tocar aquela pessoa que amamos.
Chamamos todos os anjos, dia após dia, implorando por um último adeus; implorando por um último toque; implorando por um último olhar; implorando por um último sorriso.
E, então, notamos que nenhum anjo virá, que ninguém irá realizar sua vontade... Que a magoa irá continuar ali, com seus arrependimentos, com lágrimas inesperadas.
E, quando pensamos que finalmente conseguimos esquecer aquela dor, uma música, um filme, um livro... Alguma coisa nos faz lembrar de como sofremos pela morte da pessoa amada; sempre haverá algo que fará com que você lembre dessa pessoa.
Sempre haverá a dor. Sempre haverá a saudade. Sempre haverá arrependimento. Sempre haverá lágrimas. Sempre haverá necessidade dessa pessoa.
E sempre haverá as lembranças. O amor.
E, por mais que você se esforce, por mais que você deseje, não consegue fazer essa pessoa sair da sua alma, da sua mente; do seu coração.
E você jamais conseguirá parar de pensar naquele par de olhos que sempre lhe dizia tudo o que você sempre tinha que saber; aqueles olhos que sempre expressavam um amor imenso, sempre que olhava para você.
E, então, você entende que jamais irá ver um olhar como aquele novamente; que jamais irá ouvir o som daquela voz, que tantas vezes sussurrou palavras de amor no pé de seu ouvido; que jamais irá voltar a ouvir o som daquela risada contagiante.
E você entende que não tem como achar isso novamente em qualquer outra pessoa, por mais que ela diga que te ama; por mais que você mesmo tente abafar aquela dor, que te consome mais e mais, com um amor vão, com uma mentira. Com algo que você não sente de verdade.
Você procura desesperadamente nas pessoas a sua volta por algo que sabe que nunca irá encontrar novamente. Você procura desesperadamente por achar qualquer pessoa que possa ocupar aquele lugar vago no seu coração; naquela parte dolorida, onde a ferida está aberta, sangrando e, em vez de cicatrizar, ela apenas abre mais e mais.
E você começa sufocar com todas as lágrimas contidas, com todos os sorrisos forçados, com toda a animação improvisada. Você começa a sufocar com toda essa dor; começa a sufocar com todos ao seu arredor tocando no assunto, como se você não estivesse ali, absorvendo tudo o que é dito; como se você não houvesse sofrido absolutamente nada com tudo aquilo. Como se, pra você, esse assunto todo não passasse de meras fofocas.
E isso dói; magoa saber que todos acham que, tudo o que você disse sentir, não passava de mentira, não passava de meras... Falácias.
E, mais uma vez, você chama todos os anjos, tentando fazer as pessoas entenderem que tudo o que você diz sentir, é real. Está ali, dentro de você, quase palpável, de tão intenso que é; de tamanha intensidade, que apenas cresce mais e mais.
Você chama todos os anjos, tentando entender por tudo isso está acontecendo com você; tentando entender porque você não poderia estar no lugar da pessoa amada.
E, agora, aqui deitada sobre o tumulo do homem que sempre amei, eu, Virginia Molly Weasley, chamo todos os anjos, desejando que apenas um apareça.
Pensando nele em todos os minutos; sentindo-o ao meu lado.
Through the years
Day by day
Make my way
Day by day
Through the years
Day by day
Day by day
N/A: Song curtinha, apenas um desabafo mesmo! =P Com uma música linda. Aconselho.
Espero que tenham gostado. ;D
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