História de uma vida_parte II
Coments da autora: Olá! Belezinha? E então, gostaram do cap 19? Bom, aqui é a continuação dele. Espero que estajam curtindo. Bjaum e boa leitura.
- Minha mãe até teve algumas dúvidas em relação ao casamento dela com meu pai, afinal, o único motivo que explicava seu casamento às pressas com ele era o fato de estar grávida. Como havia perdido a criança pensou em desistir.
- Nossa, e porque ela não desistiu? Eu nem vou perguntar se ela se casou, porque é muito óbvio que ela se casou.
- Porque sabia que abriria uma ferida muito grande no coração de meu pai, e como ele estava feliz, resolveu abrir mão de sua chance de ser feliz, para fazê-lo feliz. Pensou em Voldemort, e concluiu que ele conseguiria achar alguém que o amasse como ela o amou.
- Confesso que fiquei com pena dele... nunca pensei que um dia teria pena de um cara tão... tão... mau.
- E então, no dia de seu casamento com meu pai, Voldemort apareceu na porta da igreja, e jurou os dois de morte, e inclusive seus descendentes.
Flashback - Casamento de Alexandra com Leonardo: o lançamento da profecia
Alexandra estava em sua casa, num bairro de classe-média de Londres, Fulham.Ela já tinha se formado em Hogwarts, ficara grávida no final do último ano. Trabalhava provisoriamente no Ministério da Magia, pois depois que se casasse, iria morar no Brasil. Ela estava a aprontar-se para seu casamento com Leonardo. Acompanhada por uma amiga de infância, Rayanne, de origem árabe, penteava os cabelos um pouco desanimada.
- Anime-se, Alexia! Você vai se casar hoje, não vai a um enterro. - A amiga mexia na maquiagem, e não encontrava nenhuma que combinasse com a pele clara de Alexandra.
- Mas é como se fosse, porque terei de enterrar meu amor por Voldemort, e nunca mais recordar dele. - Estava triste. Jogou seu amor pela janela para alimentar o amor do melhor amigo.
- Alexia! Você não foi obrigada a casar-se com o Leo! E se quiser desistir, ainda está em tempo. - Rayanne fez um feitiço, e a maquiagem ficou no tom que precisava.
- Eu não vou desistir! Ele não merece que eu o abandone no altar para ficar com outra pessoa! Eu vou aprender a amá-lo, eu sei disso! Voldemort se tornará uma página virada em minha vida... - Disse a última frase um pouco indecisa.
- Então alegre-se. E vire para cá que eu quero passar a maquiagem no seu rosto. Já estamos atrasadas, sabia?
- É de praxe a noiva se atrasar. Mas eu não quero me atrasar muito. - Enquanto Alexandra falava, Rayanne ia passando a maquiagem no rosto da amiga.
- Está pronto! Pode se levantar. - Ela levantou-se e deu uma voltinha na frente do espelho. - Está linda! Mas vamos para o carro, o motorista já está a horas nos esperando!
Chegaram na igreja. O noivo encontrava-se ansioso, quando a música começou a tocar. Alexandra entrava um pouco feliz, e um pouco triste. Estava com um vestido de noiva rosado. O véu era preso em um coque, e não tapava o rosto dela. Chegou ao noivo, seu pai a conduziu até ele. Deu um beijo no rosto de seu pai e ofereceu o braço ao noivo, dando um sorriso sutil. O padre iniciou a cerimônia.
- Estamos aqui reunidos para celebrar a união de duas pessoas que se amam. Alexandra Bridge e Leonardo Schaucoski...
Depois de um tempo, chegou a hora do sim:
- Leonardo Schaucoski, você aceita Alexandra Bridge como sua legítima esposa, para amá-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, prometendo ser fiel, até que a morte os separe?
- Sim, eu aceito. - Ele olhou para a futura esposa com um grande carinho.
- Alexandra Bridge, você aceita Leonardo Schaucoski como seu legítimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, prometendo ser fiel, até que a morte os separe?
Alexandra sentiu uma sensação estranha, parecia que ela devia dizer não, que ela devia sair dali. Voldemort estava encostado na parede, do lado de fora da igreja. Ainda tinha esperança de que ela abandonasse o noivo no altar e corresse até seus braços.
- Sim, eu aceito. - Lembrou-se de Voldemort. Queria que fosse ele quem estivesse ao seu lado.
Fora da igreja, Voldemort caiu no choro. Depois de um tempo, secou as lágrimas e pensou: "Ela não merece uma lágrima que derramo sobre meu rosto! Me trocou por aquele cara, porém antes me fez acreditar que o amor era lindo!"
Eles trocaram as alianças e o padre disse:
- Se há alguém que tenha algum motivo que impeça esse casamento, que fale agora, ou cale-se para sempre...
- Eu tenho umas palavras a dizer! - Voldemort entrou na igreja ventando, o alvoroço foi geral.
- Voldemort? O que você está fazendo aqui?! - Ela o olhou, sentindo a tristeza aflorar dentro de si, sentindo vontade de correr até seus braços e ir embora dali.
- Daqui a onze anos, voltarei. Desaparecerei por um longo tempo. Mas estarei todo esse tempo, pensando em minha vingança contra você e esse seu noivo aí! Morrerá você, seu querido marido que ama tanto... - Puro sarcasmo... - e todos os seus descendentes! Como ousou me trair? Agora, a profecia está lançada! Morrerá daqui a onze anos!
- Como o senhor ousa ameaçar alguém de morte na casa de Deus? - O padre falou, apoiado pelos integrantes da celebração da missa de casamento.
- Ora, não me amole! Crucius! - O padre se contorceu de dor, deixando Alexandra indignada.
- Saia daqui Voldemort! Fora! - Ela chorava, borrando a maquiagem. - Eu...e-eu te odeio!
Aquilo bateu fundo. Mas não se deixou entristecer mais do que já estava.
- Eu voltarei, Bridge, eu voltarei, e você morrerá. Viva sua vida muito bem vivida, porque você morrerá! Adeus, e até daqui a onze anos! - Ele desapareceu no meio da multidão que corria assustada para fora da igreja, deixando dois noivos completamente assustados, e com medo.
Fim do Flashback
- Então é por isso que você diz que vai morrer, e a profecia é aquela que o Comensal da Morte disse em Hogsmead. - Ele estava assustado.
- Sim, sofro em dizer isso, saber que irei morrer logo...sofro por todas as pessoas que esse maldito matou, sofro por tudo o que ele fez e faz com as pessoas! - Estava indignada. Se tivesse forças para matá-lo...
- Mas você mencionou um segredo...é esse?! - Harry achou que, se o segredo fosse aquele, não se afastariam, muito pelo contrário, se juntariam ainda mais.
- Não. - Ela falou com convicção, e depois ficou branca como papel. - Não é esse o segredo.
- Mas então o que...?! - Harry não estava entendo nada.
- Você esqueceu do detalhe que lhe disse no início da conversa: essa é a história narrada por minha mãe. Em parte é verdadeira, mas há uma parte, que eu julgava conhecer, que não conhecia. Descobri a verdade apenas no ano passado.
- Então sua mãe mentiu pra você...você havia me dito que ela nunca havia mentido...
- Você sabe que mentiras, na maioria das vezes, são para o mal de alguém, pelo menos aqui em Hogwarts. Mas minha mãe fez bem em ter mentido para mim...pena eu ser tão intrometida nas coisas dela...
- Como assim?! Não estou entendendo! - O garoto que há minutos atrás tinha tudo claro em sua mente, ficou novamente confuso.
- Minha mãe tinha um pequeno diário. Naquela época, todas as jovens tinham...ela escrevia tudo o que acontecia nele, e guardava, para poder ler seus relatos mais tarde, quando lhe desse na telha. Disse para mim e minha irmã que o tinha, mas nunca mostrava para nós, e aquilo estava me dando curiosidade.
- Sim...e daí, o que você fez?
- No ano passado, num dia de férias de verão, eu e minha irmã estávamos com vontade de tomar um sorvete, pois estava muito quente. Então, meu pai e minha mãe resolveram sair e comprar dois sorvetes para nós, só que minha irmã, lembro bem da feição do rosto dela naquele dia, disse que não iria agüentar esperar pelo sorvete. Então ela arrumou-se e foi junto com a mãe e o pai. Fiquei em casa sozinha, eram meus últimos dias como trouxa, e já estava bem grandinha, com uns onze anos de idade. Entraria na escola no ano passado, mas com a descoberta que tive, passei mal e tive de esperar até esse ano.
- Vá contando, não se acanhe.
- Estava sem fazer nada, e aí lembrei-me do tão cobiçado diário, lá, dando sopa pra mim pegá-lo e lê-lo inteirinho. Eu sei que isso não é coisa que se faça, mexer nas coisas dos outros, mas foi o que fiz. E se não o tivesse feito, não estaria com tanto peso na consciência. É castigo, por eu ter mexido nas coisas de mamãe.
- Xiiii... tô sentindo que vem chumbo grosso por aí...
- E vem...descobri a coisa que nos afastará para sempre.
- Você sabe que nada nos afastará, Tatyanna, nada! Porque eu te amo e você sabe disso! - Ele levantou-se e deu um grande e apertado abraço na mais do que amiga.
- Esse será nosso último abraço, Harry...eu não brinco com coisas sérias, você sabe muito bem. - Ela falou, por entre os braços do amigo.
- Não, eu não te deixarei afastar-se de mim! - Nisso ele tascou um beijo na boca dela, e ela revoltou-se e se afastou dele.
- NEM SE EU TE DISSER QUE EU SOU FILHA DO VOLDEMORT?! - Depois da explosão, ela se sentou novamente e começou a chorar. Devia ter preparado o terreno antes de contar aquele horrendo sangue que carregava nas veias.
- O QUÊ? Como é que é?
- Eu sei que isso é muito forte, que eu deveria ter te contado quando te conheci, mas não pude! Eu não podia!
- É verdade?! Não pode ser...você me disse que o bebê que sua mãe esperava havia morrido... - Ele chorava como um bebê.
- Minha mãe me contou essa história, mas a verdade é completamente diferente...
- NÃAAAAAAAAAAAAAOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! - Ele gritou com todas as suas forças, acordando a Dombledore, que tinha seu quarto próximo da torre de astronomia.
- Desculpe Harry...me perdoe...
- Como você pôde fazer isso comigo? Brincar com meus sentimentos? Me fazer acreditar que você é uma pessoa boa? Como pôde? Eu nunca mais vou falar com você! Eu não quero mais te amar! Eu vou te esquecer Tatyanna, você nunca mais vai ouvir minha voz!
E dizendo isso, ele desceu as escadas da torre a toda velocidade, chorando como nunca, e foi ao seu dormitório, deitando-se em sua cama, e socando o travesseiro com raiva.
"A pessoa que eu mais amo nesse mundo mentiu pra mim... é filha do Lorde das Trevas... NÃO!"
Tatyanna ficou desesperada, mas sabia das conseqüências de ter omitido fatos de Harry. Caiu de joelhos no chão empoeirado da torre de astronomia, e depois jogou o resto do corpo em direção ao chão também. Encolheu-se e começou a chorar baixinho...havia perdido o amor de sua vida, por tê-lo enganado, e por carregar aquele sangue nas veias. Ouviu passos, mas não ousou se levantar, não tinha forças.
- Tatyanna! O que faz jogada aí no chão empoeirado dessa torre? Queira levantar-se! - Dombledore, de trajes de dormir foi socorrer a filha do bruxo mais pavoroso do mundo. - O que aconteceu? Escutei gritos...deixe-me ajudá-la... - Ele pegou na mão da jovem e a levantou, a colocando perto de si.
- E-ele...na-ão quis... me ouv-ouvir... - Ela soluçava de tanto chorar.
- Vamos até a minha sala. Lá você me conta tudo direitinho.
Eles desceram as escadas, e Tatyanna tinha o olhar parado. Havia parado de chorar, e agora observava o nada, pensando em como Harry deveria estar naquele momento. Chegando na sala, Dombledore entregou um copo com água e açúcar para ela acalmar-se. Quando terminou de tomar todo o conteúdo do copo, Dombledore iniciou a conversa.
- Percebo que estás mais calma...agora podes me contar o que aconteceu?
- Eu contei toda a verdade a ele...e ele não me perdoou, não falará nunca mais comigo, e não deixou-me explicar o motivo por eu ter omitido os fatos dele...o senhor sabe que eu não falei nada porque eu queria que ele ficasse fora disso...não queria colocá-lo em perigo...
- Sim, eu sei...e você estava certa em protegê-lo. Porém, ele não entendeu isso. Mas deixe que logo cedo eu falarei com ele...
- Não, senhor não quero que fale nada... o problema foi causado por mim, então eu devo resolvê-lo.
- Eu posso então apenas alertá-lo sobre seu erro? - Dombledore sabia que os dois se amavam, e o sangue dela não podia acabar com tudo isso.
- Tudo bem, senhor, faça o que achar melhor... pensando bem, Harry não irá me ouvir. Então é melhor o senhor falar com ele.
- OK. Eu farei com que ele reconheça o que fez de errado. Ele me escutará, pelo que conheço deste menino. - O semblante de Dombledore indicava que a conversa seria longa.
- O senhor não acha melhor esperar a poeira baixar antes de conversar sobre o assunto, que ainda está quente na memória de Harry?
- Está certa srta Bridge. Seguirei seu conselho. A conversa terá mais resultado se ele estiver com a cabeça fria. Mas eu acho melhor a srta ir dormir, amanhã terá prova de herbologia.
- Como o senhor sabe?
- Adivinha...
- Disfarça! Mas então até breve sr Dombledore!
- Descanse bem e não se preocupe. O assunto Harry fica por minha conta.
- OK. Boa noite, senhor Dombledore.
- Boa noite, senhorita Bridge.
A jovem dirigiu-se ao dormitório ainda preocupada, e extremamente triste. Mesmo com Dombledore a tranqüilizando, um dia sem falar com Harry já era um mártir.
Coments da autora: Ow, galera! Desculpe a demora para postar esse capítulo! É que essa semana eu estava cheia de provas. Mas tá aí. Espero que tenham gostado. Ah! E quem quiser que eu escreva uma fic contando a história de Voldemort e Alexandra me manda um e-mail. Dependendo do número de pessoas que quiserem, talvez eu escreva. Mandem e-mails para [email protected]. Até o próximo capítulo. Bjaum e comentem, pelo amor de Deus!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!