Espírito de fogo
Cap. 10
ESPÍRITO DE FOGO
Harry subiu as escadas que levavam ao corujal. Pelo o que Hermione dissera, Ayame estaria lá. Ela quase madrugara, acordando lá pelas quatro horas da manhã e havia sumido do mapa. Quando Harry acordou (lá pelas 10 horas da manhã, afinal era sábado), quis procurá-la, mas não a achou em nenhum lugar. Tá, era até entendível que ela quisesse ficar isolada do mundo depois de tudo que acontecera no dia anterior, mas precisava esconder-se assim? Ayame podia ter muitas qualidades, mas esse era um de seus defeitos.
Harry sorriu ao constatar que o palpite de Hermione estava certo, apesar do moreno já ter procurado por Ayame ali no corujal no mínimo umas duas vezes. Ele afastou uma coruja marrom que viera andando de mansinho na sua direção e caminhou até Ayame, sentada na janela da torre, os cabelos soltos e ondulados esvoaçando, e com as pernas perigosamente voltadas para fora, como se ela estivesse se preparando para saltar.
__ Ayame?__ Harry anunciou sua chegada.
__ Sim?__ a garota virou o rosto pra trás__ Ah, Harry.
O moreno se aproximou e sentou-se ao seu lado, mas com as pernas pra dentro.
__ Onde você estava? Te procurei a manhã inteira praticamente. Já está quase na hora do almoço.
__ Você não me procurou e veio até aqui só pra me avisar que está na hora do almoço.
Harry sentiu-se corar levemente. Não era um pergunta, era uma afirmação. Ele concordou com a cabeça.
__ Mas, antes de qualquer coisa, vire essas pernas pra dentro. Dá a sensação de que você pode cair a qualquer momento.__ Harry pediu, antes de responder a pergunta que Ayame deixara no ar__ Eu só... queria saber se você estava bem. Depois de ontem, sabe.
Ayame sorriu tristemente.
__ Eu estou. Você sabe, nunca é bom relembrar as coisas tristes, mas...
__ Mas às vezes é preciso.__ Harry completou a frase.
Ayame o olhou longamente antes de falar algo.
__ Sim.__ ela deu uma pausa__ Sabe, Harry. Eu me sinto culpada por tudo o que aconteceu. Eu...
Pelo jeito, ela não conseguiu mais se segurar e virou o rosto para esconder as lágrimas. Mas logo era incapaz de esconder os soluços.. Harry se aproximou mais dela, com o intuito de consolá-la.
__ Eu sou uma boba!! Uma idiota completa! Por minha culpa, a minha família toda morreu! Eu nem sei porque foi justamente eu quem sobrevivi, a mais insolente, atrapalhada...
Harry deixou ela desabafar. Ele refletiu um pouco: os passados seu e dela eram um pouco parecidos, mas parecia que ela sofrera muito mais, ao ver e entender o que estava acontecendo.
__ Eu não fiz nada pra ajudá-los! Ao contrário, minha família morreu por mim! Se sacrificaram justamente por mim, enquanto eu não tive coragem de fazer nada por eles, ao contrário, só coloquei mais lenha na fogueira!__ Ela falava com os olhos apertados, as lágrimas correndo__ Numa coisa Malfoy tinha razão, eu sou uma inútil! Ah, Harry...Eu... eu me odeio!
__ Não!__ Harry contestou automaticamente ao ouvir o que ela tinha dito. Pensou um pouco antes de completar a frase__ Não, Ayame. Nunca diga isso. Você... você é linda, inteligente, poderosa... O que aconteceu não foi culpa sua, você era uma garotinha, o que poderia ter feito?
__ Minha irmã também era uma garotinha e olha só o que ela fez!
__ Mas...__ Harry teve que refletir por um instante, mas acabou apelando pra parte sarcástica da coisa__ Olha, eu só sei de uma coisa: se nada disso tivesse acontecido, eu nunca teria te conhecido.
Ayame de repente parou de chorar, se calou. Harry só então notou como estavam tão próximos... Uma força desconhecida começou a empurrar os dois na direção um do outro... Harry pôde ver o que restara das lágrimas dela em seus olhos castanhos... Um pensamento repentino veio à mente de Harry sem que ele percebesse e sem que ele quisesse:
Porque toda vez que eu vou beijar uma garota ela está chorando?
Harry se assustou com tal pensamento. Ele sabia que Ayame não poderia ouvi-lo (só se estivesse usando Legilimência, mas ela não faria tal coisa, e Harry já estava craque em saber se alguém estava lendo suas memórias e pensamentos graças às aulas de Dumbledore), mas mesmo assim a garota se afastou de repente.
__ Não__ murmurou ela__ Eu... só preciso de um abraço.
Harry a abraçou.
__ Só um abraço...
Estavam no fim da segunda semana de outubro, no meio do outono, e Harry já tivera seu primeiro jogo de quadribol como capitão: Grifinória X Lufa-Lufa. Fora uma vitória fácil, o que surpreendeu Harry. Ele não esperava tanto de seus novos jogadores, mas eles se saíram mais do que esperado. O que contribuiu para Harry conseguir capturar o pomo com menos de 20 minutos de jogo. O próximo jogo seria dali a três semanas, no meio de novembro.
Ayame estava ocupada com as várias aulas que tinha que dar, e depois da conversa no corujal, ela e Harry não tinham conversado muito, e só se encontravam regularmente nas aulas de DCAT do sexto ano e nas aulas de Oclumência. Falando em DCTA, Harry, Rony e Hermione estavam aprendendo muito. A maioria da sala já havia aprendido o Patrono, e havia as mais variadas formas no meio dos alunos. Só alguns alunos da Sonserina, e alguns da Lufa-Lufa não tinham conseguido um Patrono com forma. O patrono de Ayame era um lobo, mas um lobo diferente, com uma cor meio avermelhada, e não aquela cor-de-névoa que os Patronos geralmente tinham. Além disso, eles haviam aperfeiçoado os vários feitiços de defesa que sabiam e aprendido muitos outros.
As aulas com Dumbledore já tinham há muito tempo ultrapassado os ensinamentos básicos de Oclumência, e professor e aluno agora se aprofundavam mais tanto nessa arte, como em outras que envolviam a mente. Harry geralmente contava o que aprendia a seus amigos: Hermione ouvia fascinada enquanto Rony bocejava frequentemente, e Ayame ria do esforço do garoto em tentar explicar tudo da melhor maneira possível, apesar de se recusar a ajudá-lo. Mione geralmente ficava após a “aula coletiva” pra conversar com Harry sobre alguns assuntos, que agora incluíam as artes da mente.
Foi numa dessas conversas que Harry descobriu uma coisa importante:
__ Ah, falando nisso, Harry, você sabia que depois de amanhã é o aniversário da Ayame? Dia 11 de outubro.
__ Sério?__ indagou Harry, curioso.
__ Aham. O que você vai comprar pra ela? Eu comprei um vestido bem lindo, e Rony mandou a mãe dele fazer outro suéter Wesley.
Harry não tinha nem pensado nisso.
__ Bom, __ disse Hermione__ É bom você pensar numa coisa logo, porque já tah chegando né?__ e saiu, deixando Harry mergulhado em idéias.
No dia seguinte, bem de manhã, Harry pôs em prática a tática que estivera pensando pra tirar algo de Ayame sobre o que ela gostava. Ele fez, mentalmente, uma lista de coisas que achava que ela gostaria de ganhar, mas ainda estava em dúvida.
__ Ayame, você não gosta muito de jóias, né? Você usa poucas. __ começou ele, usando o último item da sua lista.
__ Não! Eu amo jóias, Harry. Eu tinha um monte, mas perdi a caixinha na
viagem do Br pra cá. Eu te disse que eu era atrapalhada...
__ Ah...__ sorriu Harry.
Agora ele já sabia o que daria pra ela de presente.
Como era quinta-feira, Harry teria uma aula livre logo depois do almoço. Resolveu fazer o trabalho de Herbologia sobre as formas de alimentar uma Gruytand (planta carnívora, mas que só come tofu). Rony também teria aula livre, então foi com ele. A próxima aula seria Trato das Criaturas Mágicas. Harry pegou seu livro “mordedor”, preso com um cinto, e desceu as escadas do saguão, Rony ao seu lado. Hermione os alcançou alguns minutos depois, toda descabelada.
__ Nossa, o que aconteceu?__ perguntou Rony, analisando a garota ofegante.
__ Ora, se você tivesse cabelo comprido e tivesse que sair da sala de Runas que é lá nos cafundéu de Hogwarts, mais longe que a Torre de Astronomia e ainda chegar a tempo na aula de TCM, que é do outro lado da escola, também estaria descabelado e suado.__ respondeu ela, irônica.
Eles caminharam rapidamente até a cabana do guarda caças. A maioria dos alunos da Grifinória e de Corvinal já estavam lá, esperando o professor. Harry se espantou ao ver Ayame saindo da cabana, ao lado de Hagrid.
__ Hoje temos uma convidada especial!__ anunciou o professor, alegremente__ Nossa querida Ayame aqui__ ele deu um tapa nas costas dela que a fez cambalear pra frente e tossir__ Opa, me desculpe... continuando, ela vai nos mostrar um Animal Mágico que vocês terão a honra de conhecer. É uma chance única, que nem seus pais, nem talvez seus filhos terão.
Pelo jeito, Hermione já sabia que animal seria esse, porque arregalou os olhos de alegria e foi pra frente de toda a turma.
__ Eu não acredito! Eu não...__ dizia ela, enquanto tentava conseguir o melhor lugar para ver o que viria a seguir.
__ Bom, será que tem alguém aqui que sabe do que estamos falando?__ perguntou Hagrid, erguendo o pescoço e vasculhando os alunos com o olhar. Ninguém se surpreendeu quando a mão de Mione se ergueu no ar.
__ Eu sei!! Vocês falam do Rayearth, um animal mágico que vive em sua forma espiritual, ao menos que seja invocado por seu respectivo Elementar. Esses tipos de animais são chamados Espíritos Elementais, e só existem quatro, um para cada Elementar.
Harry se lembrou de algumas palavras de Ayame no primeiro dia em que se conheceram: “Pau-Brasil, 15 centímetros, com dois pêlos da cauda do Rayearth”...
__ Muito bem, Hermione. Dez pontos para a Grifinória.
__ Muito bem mesmo__ Ayame continuou no lugar de Hagrid__ Para explicar melhor, todos vocês sabem que existem quatro Elementares, um pra cada elemento básico da natureza. Para cada Elementar existe um Espírito Elemental, que são animais com “poderes especiais”, podemos dizer. Na verdade, eles tem as mesmas características de um animal normal, mas mil vezes dobrada e também podem controlar os seus respectivos elementos. Agora, quais de vocês podem me dizer quais animais os Espíritos Elementais tomam forma?
O estômago de Harry deu uma cambalhota quando Cho Chang ergueu a mão.
__ Talvez...__ começou ela__ Eu li que os fundadores das casas de Hogwarts eram elementares, então, talvez os animais-símbolo das casas sejam uma representação dos Espíritos. Ou seja, da terra é um urso, do ar é uma águia, da água uma serpente e do fogo um leão.
Ayame balançou a cabeça.
__ Você teve o raciocínio certo, Srta. Chang__ ela parou por um instante e olhou para Hagrid, como se esperasse algo. Ele de repente se tocou e disse:
__ Ah, claro... dez pontos para Corvinal.
__ Então__ continuou a morena__ O raciocínio está certo, mas tudo não é verdade. Muita gente realmente não sabe disso, mas os animais Espíritos da água e do fogo não são cobras ou leões.
__ Mas os símbolos de Sonserina e Grifinória são uma cobra e um leão__ retrucou Cho.
__ Eu sei que são__ respondeu Ayame, lançando um olhar estranho à garota__ Mas Salazar Sonserina e Godric Grifinória não escolheram a forma de seus Espíritos como símbolo para sua casa. Eles escolheram os animais que mais representavam o que queriam passar. E aposto que um leão e uma cobra se encaixariam mais nos seus propósitos do que um dragão e um lobo.
__ Então os Espíritos Elementares do fogo e da água são um lobo e um dragão?__ perguntou alguém da Grifinória que Harry não conseguiu reconhecer.
__ Exatamente__ respondeu Ayame, sorrindo.
__ Mas um dragão não deveria ser do fogo?__ alguém perguntou.
__ Ah__ Hagrid foi quem respondeu__ Mas o dragão que Ayame fala é um dragão aquático.
__ Sim__ Ayame retomou a palavra__ Ninguém sabe os nomes dos outros Espíritos, porque seus nomes mudam a cada Elementar e são esquecidos quando o Elementar morre.
__ Bom, mas agora está na hora do show!__ disse Hagrid, esfregando as mãos__ Se afastem um pouco. Ayame, por favor...
Ele deu uns passos para trás. Ayame fechou os olhos e respirou fundo. Ela começou a murmurar algumas palavras, que Harry não conseguiu entender, pareciam uma língua desconhecida e muito antiga. De repente, um vento forte varreu os alunos, e as pedras elementais nas mãos e no peito de Ayame começaram a brilhar. O vento se intensificou, e Harry teve que se segurar pra não sair voando. As correntes de ar perto de Ayame tomaram uma cor avermelhada, e a envolveram, formando um redemoinho em volta da garota.
Ao ver aquele redemoinho engolindo Ayame, Harry se desesperou: saiu correndo na direção dela, mas Hagrid o segurou, fazendo um sinal de que estava tudo bem. De repente, o redemoinho vermelho se dissipou e a visão que Harry teve foi extraordinária.
Um grande lobo vermelho pairava em cima de Ayame, flutuando. Seus pelos não pareciam pêlos, pareciam feitos de fogo... Harry não sabia como explicar. Seu olhar penetrante encontrou o de Harry pouco antes do lobo pousar no chão.
__ Rayearth!__ Ayame correu para ele, e abraçou sua perna dianteira. O lobo lhe deu uma lambida que quase a levantou do chão.
__ Olá, pequenina__ sua voz era como um trovão, mas macia de se ouvir.
Os outros alunos estavam no mesmo estado que Harry, ou até pior: assustados, mas ao mesmo tempo admirados e curiosos. Hermione dava pulinhos de excitação.
Hagrid deixou o lado de Harry e deu uns passos à frente, para ficar meio que na área de visão do Rayearth.
__ Er... Sr. Rayearth? Eu sou Hagrid e...
__ Ah, Hagrid.__ o lobo o interrompeu__ Não precisa se apresentar. Eu o conheço como Ayame o conhece.
Hagrid não entendeu direito. Ayame explicou:
__ Todas as minhas impressões, sentimentos e conhecimento, afinal, tudo o que eu sei e conheço e sinto, passam para o Rayearth quando ele está comigo ainda, como Espírito. Em suma, ele conhece todos aqui como eu.
__ Mas, quando estamos separados, como agora, eu não sei o que ela está pensando e vice e versa__ completou o grande lobo.
Hagrid então se virou para a sala.
__ Venham! Cheguem mais perto.
Hermione foi a primeira a se aproximar, seguida por alguns outros. Harry, que já estava perto do lobo, foi se postar ao lado de Ayame, que continuava com um braço envolto na perna de Rayearth.
Os alunos aos poucos de aproximavam mais, e alguns mais ousados, como Mione e Cho, passavam a mão no lobo. Harry, a convite de Ayame e insistência de Hermione, também passou a mão no pelo. Harry se impressionou ao constatar como era macio e quentinho, e não queimava, como ele pensara.
Rony ainda estava meio acanhado, mas relou em Rayearth. Passados alguns minutos, quase todos já estavam familiarizados com o lobo. Este sentara-se nas pernas traseiras e começara a responder às várias perguntas dos alunos.
__ Seu pêlo é feito de fogo?
__ Quantos anos você tem?
__ Quanto quilos você tem?
__ O que você come?
__ Você gosta da lua como os outros lobos normais?
__ Você sabe soltar fogo?
Rayearth ria a cada pergunta. Sua risada parecia um rugido forte, mas não assustava. Ele respondeu que não, seu pelo não era feito de fogo, só parecia, e que ele não tinha idade e não sabia quantos quilos tinha (um aluno propôs pesá-lo, mas logo esqueceu a idéia), que ele não precisava de comida enquanto estivesse ligado à Ayame, mas que quando saía (como agora) ele gostava de fazer uma boquinha; disse que só se diferenciava dos outros lobos pelo tamanho, força e poderes, ou seja, amava a lua também; e a última pergunta, não respondeu, mas fez uma demonstração: Harry achou que ele soltava fogo como um dragão.
__ Você voa?__ perguntou Rony.
Essa foi Ayame quem respondeu:
__ Voa, ah se voa. Quem quer dar um passeio? O Rayearth consegue carregar três pessoas ou mais.
Ela se decepcionou um pouco ao ver que ninguém se apresentou.
__ Ah, vamos gente, não é perigoso, e eu vou com vocês...
Harry se compadeceu de seu apelo.
__ Tah__ disse ele, se levantando__ Eu dou uma volta, mas só um pouquinho.
Ayame sorriu alegremente, enquanto, com um único salto, montou nas costas do lobo com incrível agilidade. Hagrid ajudou Harry a subir.
__ Segure-se em mim, Harry. Rayearth, pronto?
__ Pode apostar.
O lobo se agaixou e deu um impulso magnífico, e logo estavam nas alturas. Harry se lembrou do seu vôo em Bicuço, e consequentemente de Sirius. Mas logo esqueceu isso, encantado com as maravilhas de voar.
__ Que tal umas manobras, Harry?__ perguntou Ayame, e antes que Harry pudesse responder “Não, obrigado”, Rayearth deu uma guinada pra cima e pro lado, dando uma cambalhota em pleno ar. Ayame gritava de excitação, enquanto Harry gritava de terror.
De repente, Harry sentiu Ayame se levantar bem à sua frente. Ela ficara em pé em cima de Rayearth!
__ Vem, Harry. É fácil fazer isso.
__ Você está louca? Você vai cair!
__ Tsk! Vem logo, eu te seguro!
__ De jeito nenhum!
__ Seu medroso!
Ayame então deu alguns passos para frente, e sentou-se em cima da cabeça de Rayearth. Ela se inclinou e disse algo ao lobo. Quase no mesmo instante, ele deu um guinada para baixo, que fez Harry ter de se segurar nos pelos cor de fogo para não cair. Mas logo o moreno notou que ele abaixara de altitude e voava rente ao lago, a pata dianteira direita um pouco mais abaixo, tocando a água graciosamente.
__ Assim está melhor, não? Agora você pode se levantar!__ disse Ayame.
__ Mesmo assim eu não vou!
Mas não teve jeito, pois no segundo seguinte Harry se viu levantado à força por Ayame e agora estava em pé atrás dela.
__ Ayame! Se eu cair é culpa sua!
__ Seu molenga!__ ria ela.
Ayame se virou para frente, e seus cabelos negros bateram no rosto de Harry. Ele sentiu uma leve fragrância de flores.
__ Se segura, o Rayearth vai subir um pouquinho!
Harry, num impulso frenético e desesperado para não cair, enlaçou suas mãos na cintura de Ayame. Ela pareceu não se importar, e abriu os braços, se inclinando um pouquinho para trás, para sentir o vento.
Harry soltou uma das mãos e afastou os cabelos esvoaçantes dela, e encostou o queixo no ombro da garota para os cabelos não voarem mais na sua cara. Harry sentiu que um arrepio bem leve percorreu Ayame quando ele fez isso.
__ Abra os braços também!__ pediu ela, momentos depois.
Harry concordou em atender ao pedido, e abriu os braços também. A sensação foi maravilhosa! Ayame segurou as mãos de Harry, e os dedos se entrelaçaram.
E assim foram, Rayearth passando como um imenso raio vermelho ao longo do lago em direção as crepúsculo.
Oi gente
Eu sei que essa última cena é do titanic, mas tudo bem né...
Hehehehhehehhe
]comentem!
Bj
^ ^
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!