O INÍCIO



Harry acordou e não encontrou Rony deitado, trocou então os pijamas por uma camisa e uma calça jeans e desceu para o Salão Principal para tomar café.
— Será que vamos ter aulas de Oclumência hoje? — perguntou Harry se sentando entre Rony e Hermione.
— Não, hoje não. Dumbledore nos disse assim que chegamos para o café — respondeu Hermione.
— Vocês continuam em Hogwarts. Só para lembrá-los — disse a Sra. Weasley se aproximando deles. — Os quatro. Certo?
Harry, Rony, Hermione e Gina concordaram com a cabeça e a Sra. Weasley se dirigiu até Dumbledore.
— Ainda bem que nós não precisamos tomar o Expresso de Hogwarts, seria loucura sair daqui, ir até Londres e pegar um trem para voltar para cá. — disse Rony quando a Sra. Weasley saiu do Salão Principal.
— Eu já sabia que a sua capacidade emocional era do tamanho de uma colher de chá, Rony. — disse Hermione irritada — Mas não sabia que a sua capacidade de raciocínio era menor do que uma colher de café. Francamente! Será que você não se lembra do que Dumbledore disse? Que era muito arriscado? Será que você esqueceu que o Voldemort continua atrás do Harry e pode estar tentando nos atingir para chegar a ele?
Rony não disse nada, então Harry quebrou o silêncio:
— Hermione, eu vou procurar Madame Hooch e ver se nós podemos começar os treinos de Quadribol amanhã. Eu quero você também, Rony. E eu fiz um aviso que vou colocar no Quadro de Avisos da torre. Pensando bem, eu vou procurara ela agora — completou Harry ao olhar a cara de Rony para Hermione e a dela para o amigo. Ele ainda parecia chateado pelo que ela falou, mas disse:
— Ei, Harry, eu vou com você!
— Quer ir Hermione? — perguntou Harry parando e olhando para a amiga.
— É! Quero. Vamos.
*
Alunos da Segunda à Sétima Série

Se você quer ser artilheiro ou batedor pelo Time de Quadribol da Grifinória, compareça ao Treino de Seleção no dia 2 de Setembro às 19h e 30 min no campo de Quadribol.
Os jogadores serão escolhidos de acordo com a harmonia do time.
Mais informações, procurar o Capitão do Time, Harry Potter, Sexta Série.

— É. Ficou legal! — Harry havia pendurado um pedaço bem grande de pergaminho ao centro do Quadro de Avisos, que estava vazio.
— Ficou bom. Pelo menos diz tudo — disse Rony olhando novamente o aviso. Hermione havia feito uma representação de um jogo de Quadribol no final do pergaminho e o animou para que os catorze jogadores e as quatro bolas voassem pelo campo desenhado.
— É melhor vestirmos nossas vestes e irmos para o Salão Principal. Os alunos vão chegar em menos de quinze minutos — disse Hermione olhando para o relógio. Os garotos concordaram e foram para o dormitório retirar as roupas trouxas e colocar as vestes de Hogwarts. Menos de dez minutos depois, Harry, Rony, Hermione e Gina estavam descendo para o Salão Principal.
Eles lá chegaram, e encontraram o Salão vazio, com um banco de três pernas na frente da cadeira do Professor Dumbledore, com um chapéu velho, sujo e surrado, o Chapéu Seletor. Mas foi exatamente quando eles se sentaram que as portas se abriram e todos os alunos da segunda série para cima entraram no Salão.
— Ei, Harry. Por que você não estava no trem? — Não paravam de perguntar alunos da Grifinória que chegavam e se sentavam pela mesa da casa.
Passaram dez minutos e a professora Minerva McGonagall entrou no Salão Principal, seguida por várias pessoas de faces nervosas que aguardavam pela Seleção. O Salão Principal mergulhou em absoluto silêncio, quando o Chapéu Seletor começou a cantar.

Há exato um ano,
Eu dei um aviso.
A Escola corria perigo.
Hoje vim falar
De uma coisa que a poucos vai agradar.
Fora daqui, vê-se o perigo claramente
Grande, ameaçador e evidente.
Há quinze anos, todos sabem disso
Um pequeno menino, que do mundo não sabia isso
Deu um provisório final
Ao mestre do mal.
Hoje já é de conhecimento de todos
Que esse bruxo que gosta de poucos
Está ao seu gosto.
Forte e viril, com esplendor
Ele não tem temor.
Hoje eu retorno a avisar
Não só Hogwarts por perigo está a passar,
Cada um precisa se cuidar.
O Lord das Trevas tenta voltar ao poder
Coisa que faz a todos, temer.
Vocês devem ter percebido
De que nenhum fundador da Escola eu ainda havia dito.
É que sou só um chapéu que consegue pensar
Na conclusão a que poucos parecem chegar.
Há um ano eu pedi de todos a união
E dele a sucessão
Não pareceu agradar, não.
Mas dizem que a esperança é a última a morrer
Então, volto a dizer:
Na união, vocês serão os melhores.
E quando isso não acontece
A melhor vai ficar com quem não a merece.
A história da escola, alguns não a conhece,
E outros que já o fazem, às vezes esquece.
Passou mais de um milênio,
Quando quatro bruxos tiveram uma idéia de gênio.
Vamos uma escola formar,
Para o conhecimento passar.
Disse o primeiro, Godric Gryffindor.
Vamos uma casa erguer,
Para a todos acolher.
Disse Helga Hufflepuff.
Afazeres a elaborar,
Para que todos possam trabalhar.
Idealizou Rowena Ravenclaw.
Vamos promover,
Para que tenham sede de poder.
Afirmou Salazar Slytherin.
Assim, numa época em que bruxos eram vencidos,
Os quatro, unidos,
Provaram o que disse.
Com a união
Vocês vão longe sem tirar os pés do chão.
Mas eles, no final, agiram como todos.
Em alguns anos, Slytherin abandonou o castelo
E tudo o que criou com esmero.
Com um fundador faltando
Hogwarts foi se estabilizando
Da maneira que podia.
Fui tirado da cabeça de Gryffindor
Para por todos decidir e escolher.
As casas a esperar estão,
Para que suas histórias, vocês farão.
Alguns devem pensar,
Para que seguir um chapéu que pode falar?
Então, vamos retornar,
Meu dom não é falar, e sim, pensar.
Selecionar e colocar
Na casa que ao seu coração vai agradar.
No começo você pode não gostar
Do lugar para que eu vou lhe mandar.
Mas esteja certo de
Que cedo ou tarde, você vai ver
Acertar é meu dever.
Antes de acabar,
Volto a avisar,
Na união, vocês vão sempre ganhar.
Deixe-me então terminar de cantar
Para que a Seleção possa começar.

O Salão Principal prorrompeu em aplausos quando o chapéu voltou a ficar imóvel. Quando os alunos terminaram, a professora McGonagall se virou para os alunos novos.
— Eu irei chamá-los, vocês irão se sentar neste banco e o Chapéu Seletor dirá a qual casa vocês pertencem. Arwies, Dylan.
Uma menina ruiva, que estava à frente, sentou-se no banco. Passaram vários minutos até que o Chapéu Seletor dissesse para todos.
— GRIFINÓRIA!
Toda a mesa da Grifinória aplaudiu a primeira pessoa a ser selecionada para a Casa. Quando os aplausos cessaram, a professora McGonagall continuou:
— Brieck, Zandley.
Um garoto de longos cabelos lisos e negros, com um sorriso estranho saiu do final da fila e se sentou usando o Chapéu, imediatamente este gritou:
— SONSERINA!
Foi a vez da mesa da Sonserina aplaudir, Zandley Brieck se sentou ao lado de Draco Malfoy, que já parecia conhecer o garoto.
A professora McGonagall continuou:
—Bruewt, Ralph.
Um garoto de espetados cabelos loiros se dirigiu ao Chapéu Seletor, Harry nunca havia visto alguém demorar tanto tempo para ser selecionado. Mais até do que ele mesmo. Finalmente o Chapéu Seletor ficara imóvel e, de repente, falou bem alto:
— LUFA-LUFA!
A mesa da Lufa-Lufa começou a aplaudir o novo aluno. Alguns se levantaram para cumprimentá-lo. Harry percebeu que Ralph parecia aterrorizado.
Assim seguiu a Cerimônia de Seleção até que Wilomp, Mark se tornou um aluno da Corvinal. Quando os aplausos da Casa terminaram, a professora McGonagall retirou o Chapéu Seletor e o seu banquinho do Salão Principal. Quando ela retornou, o Professor Dumbledore se levantou.
— Bem-vindos! Bem vindos a mais um ano em Hogwarts. Bem. Vou deixar que vocês saboreiem este delicioso banquete antes de dizer algumas palavras. Bom apetite a todos.
A comida apareceu nas travessas de prata e várias jarras de gelado suco de abóbora também apareceram. Harry se serviu de tudo o que conseguiu alcançar. Ele não havia percebido o quanto estava com fome.
— Você percebeu, Harry? — Perguntou Rony. — O Chapéu Seletor falou de você!
— É, eu ouvi.
— A coisa deve estar bastante feia mesmo — disse Hermione após um gole de suco de abóbora. — O Chapéu voltou a pedir a nossa união e disse também o que aconteceria se nós não nos uníssemos. Não que eu me uniria ao Malfoy, mas tem as outras casas também. A Lufa-Lufa e a Corvinal.
— É, você tem razão — disse Harry.
Ao jantar, seguiram as sobremesas. Todas as que Toller e Klaus haviam feito no Largo Grimmauld, número doze mais várias outras. Algumas bastante estranhas que Harry tomou coragem para comer e descobriu serem uma delícia.
Quando as sobremesas também saíram das mesas das quatro casas, Dumbledore se levantou outra vez e disse:
— Agora que todos nós já enchemos o estômago com este delicioso banquete, eu tenho algumas coisas a dizer. Primeiro, deixe-me apresentar o nosso novo Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Davi Donlon.
Vários alunos aplaudiram, Hermione com bastante força. Ela sempre pareceu achar ele um bom professor desde a primeira aula de Oclumência que ela teve. Harry e Rony também aplaudiram com força. Harry se lembrou da atuação não muito grande, mas um pouco importante, do novo professor no dia do aniversário do garoto.
— Quero também apresentá-los ao nosso segundo Professor de Trato das Criaturas Mágicas. Carlos Weasley. Ele dividirá as aulas com o Professor Hagrid.
Rony e Gina aplaudiram com mais força do que todos. Mais até do que Harry e Hermione que já conheciam Carlinhos.
— Os alunos a partir da segunda série que quiserem entrar para o Time de Quadribol de suas casas, devem procurar os seus respectivos capitães. Se não me engano, o da Grifinória é o Sr. Harry Potter, da Lufa-Lufa, a Srta. Kristie Belle, da Corvinal, a Srta. Cho Chang e da Sonserina, o Sr. Sean Montague.
Dumbledore continuou falando:
— Falando no Sr. Harry Potter, vocês já devem saber que no último ano, ele fundou um Grupo de Defesa que este ano, foi efetivado como parte do horário escolar de vocês. As reuniões de todos serão aos Sábados. Nos dias de jogos de Quadribol e visitas a Hogsmeade, as reuniões serão no Domingo.
Harry sentiu a face ficar vermelha. Dumbledore continuou com os avisos:
— Vocês já devem ter percebido que existem dragões nas entradas da escola. Eles foram colocados para assegurar a entrada no nosso castelo. Para os alunos a partir da terceira série, não se preocupem, eles não irão machucá-los nas idas a Hogsmeade. Aviso também que estes dragões não são derrubados nem se cem bruxos experientes do Ministério da Magia executarem o Feitiço Estuporante neles ao mesmo tempo. Uma explicação aceitável foi um profundo estudo meu no sangue das criaturas e, posteriormente, algumas alterações.
— Há também, — o diretor continuou a falar — uma coisa que eu quero que todos saibam. A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts está hospedando temporariamente bruxos integrantes da Ordem da Fênix. Então, peço que se acostumem com vários bruxos adultos transitando pelo castelo. Sinto informar que, assim como era durante a direção de Dolores Joana Umbridge no ano passado, as cartas que são emitidas vão continuar sendo vistoriadas para que nenhum aluno possa transmitir informações da Ordem da Fênix. A Rede do Flu, em Hogwarts, também continua a ser vistoriada, sem exceções desta vez.
— Agora, — continuou Dumbledore — sugiro que vocês vão para os seus dormitórios. Já está tarde e as aulas começam amanhã de manhã.
— Ei, vocês não tem que levar os alunos novos para o dormitório? — perguntou Harry quando ele, Rony e Hermione se levantaram.
— Não. Isso fica para os novos monitores. Os que são da quinta série — respondeu Hermione.
Harry abriu um enorme sorriso. Ele não tem boas lembranças de como é ir para o dormitório no primeiro dia ou viajar no Expresso de Hogwarts sem Rony e Hermione.
Na manhã seguinte, quando Harry foi tomar café da manhã, Rony lhe entregou os novos horários.
— Não é tão ruim assim — comentou ele passando o pergaminho para Harry.

Quarta–feira
09 horas: Defesa Contra As Artes das Trevas
10 horas: Defesa Contra As Artes das Trevas
11 horas: Trato das Criaturas Mágicas
12 horas: Almoço
13 horas: Poções
14 horas: Feitiços
15 horas: Transfigurações
16 horas: Herbologia

— É. Não é tão ruim — Harry olhou pelo resto da semana e descobriu que ele não teria aulas de Adivinhação. — Ei! Ficamos livres da velha charlatã!
Rony concordou com Harry e eles e Hermione foram para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas.
— Bom dia. Meu nome, todos já sabem, é Davi Donlon. — disse o Professor ao entrar na sala. — Pois bem, fiquei sabendo que vocês estão muito bem em animais com o Professor Lupin, também bastante avançados em maldições com o Sr. Bartô Crouch Jr. — poucos na turma fizeram cara de intrigados, então o Professor completou — que fingiu ser Alastor Moody por dez meses usando Poção Polissuco, não aprenderam nada na segunda série, muito menos na quinta, então vamos começar com o que alguns já sabem muito bem — O Professor olhou para Harry. —Azarações! Mas antes, gostaria de lhes falar que, mesmo faltando dois anos até os exames dos N.I.E.M.s, é muito importante que vocês comecem a estudar desde agora. Então, eu vou trazer mensalmente, provas simuladas práticas, preparadas pela Escola para que vocês já se preparem para os exames. No fim deste trimestre e do próximo, vocês farão provas simuladas escritas, que também pesam nos N.I.E.M.s. Sr. Potter — Harry olhou para o professor —, venha até aqui, por favor.
Harry se levantou e se dirigiu até o Professor Davi.
— É óbvio que quando você enfrentar algum Comensal da Morte, ou até mesmo… só um instante — Davi então se virou para toda a turma. — Vocês já sabem que a Ordem da Fênix está no Castelo, sabem que estão sendo preparados para enfrentar o perigo enquanto estiverem lá fora. Então, não tenham medo ao ouvir o nome de Voldemort nesta aula. — Várias pessoas pareceram temer o nome de Voldemort, mas não queriam desapontar o Professor, mas ele pareceu perceber, então disse — Peço também que não tenham medo de dizer Voldemort — Davi se voltou então para Harry. — Como eu estava dizendo, Harry. Quando você vier a enfrentar um Comensal da Morte ou até mesmo Voldemort, ninguém irá lhe dizer o que vai fazer. Então, como o senhor é um grande conhecedor de várias azarações tudo o que eu digo é: Proteja-se. Mas serei um bom professor. No três então: Um! Dois! Três!
Davi gritou Impedimenta e Harry gritou Expelliarmus. Os dois feitiços se encontraram, mas o jorro de luz vermelha de Harry foi mais forte do que o jorro de luz azul de Davi. A varinha do Professor, então, saiu voando da mão dele e foi até as mãos de Harry.
— Muito bem, muito bem mesmo. Dez pontos para a Grifinória — Ele se virou novamente para a turma. — A azaração do desarmamento é bem útil, embora poucos a reconheçam. Para ser sincero, ela é a das mais úteis, pois deixa o outro bruxo sem ação e ele não pode tentar nada contra você. Agora, por favor, dividam-se em pares, tentem praticar algumas azarações, pode ser qualquer uma. Receio ser o único jeito para que vocês aprendam isso. Vamos lá! Podem começar!
Os pares foram divididos e Harry ficou sobrando, pois Rony e Hermione estavam praticando juntos. O Professor Davi se ofereceu para ser o par de Harry.
— Pronto? — Perguntou ele. Harry concordou com a cabeça. — No três novamente, tente usar outra azaração. Um! Dois! Três! Furnunculus!
— Petrificus Totalus! — gritou Harry, mas foi muito tarde, ele sentiu como se sua pele estivesse explodindo. Ao olhar para si mesmo, viu que brotavam furúnculos por toda a extensão da pele dele.
—Finite Incantatem! — Gritou Davi e Harry começou a se sentir melhor, os furúnculos desapareciam assim como surgiram, um a um. — Você está bem Harry? Está bem mesmo?
— Estou. Estou ótimo.
— Quero avisar a todos que o feitiço Finite Incantatem serve para desfazer qualquer feitiço, melhor dizendo, para quebrar qualquer encanto. Então, por favor. Usem.
— Três! — Harry começou a contar, a varinha em punho — Dois! Um! Everti Stati! — Davi, ainda segurando a varinha saiu voando pela sala até bater na parede oposta. Harry foi ajudar o professor. — Desculpa. Desculpa mesmo. Eu não achei que seria tão forte.
— Sem problemas. Mas uma boa dica, nunca use Everti Stati, só vai aumentar a fúria da pessoa com quem você está lutando.
— Tá bem — respondeu Harry.
Assim eles ficaram durante os noventa minutos restantes da aula dupla de Defesa Contra as Artes das Trevas. Praticando azarações. Quando a sineta tocou avisando o fim da aula, o Professor Davi disse para toda a turma:
— Parabéns! Parabéns mesmo. Vocês foram ótimos. Vejamos, vou dar cinco pontos para cada um. Está bem assim?
Hermione saiu com a cara amarrada para Rony. Quando Harry pediu uma explicação, ela respondeu:
— Simples, o Rony me acertou com a Tontatus e ficou mais de dez minutos até acertar o Finite Incantatem para que a minha tonteira pudesse passar. Eu estava quase vomitando, vendo tudo girar na minha frente.
Harry riu, mas se arrependeu, Hermione amarrou a cara para ele também.
— Ora, vamos, Hermione! — Disse Rony quando eles já estavam na porta da Sala de Aulas número sete para a aula de Trato das Criaturas Mágicas, mas uma coisa chamou a atenção dos garotos. No final do corredor, Crabbe e Goyle batiam em dois meninos da Lufa-Lufa que Harry reconheceu como dois alunos da primeira série que foram selecionados no dia anterior.
— Ninguém merece esses dois! — Disse Hermione correndo até onde Crabbe e Goyle estavam.
— Espera aí. Esta oportunidade é perfeita demais para desperdiçar — disse Rony colocando o braço na frente de Hermione e avançando até Crabbe e Goyle. — Soltem-os! — disse Rony parando atrás de Crabbe e Goyle. Os dois tentaram bater em Rony, mas não quiseram largar os dois primeiranistas. — Ronald Weasley, monitor desta escola, coloca vocês dois, Vicente Crabbe e Gregório Goyle, em detenção. Sábado às cinco e meia da tarde. Você — Rony apontou para Crabbe que fazia cara de quem não entendia nada — vai limpar toda a Ala Hospitalar, sem o auxílio de magia. No muque. E você — ele se virou para Goyle — vai limpar a Sala dos Troféus. Também sem magia. Eu vou falar com o Sr. Argo Filch e com madame Pomfrey, se eu souber que vocês não cumpriram a detenção, vocês estarão detentos até o natal. Vamos, para a sala de aula. Agora — Crabbe e Goyle entraram na Sala de Aulas número sete quando Harry se lembrou que eles tinham esta aula com a turma da Sonserina. — E vocês — Rony se virou para os alunos novos, que se contorceram achando que também ficariam em detenção — vocês devem ir procurar madame Pomfrey. Se acharem que não precisam, podem ir para a próxima aula. — Não foi preciso um segundo aviso, os dois garotos saíram do corredor quase correndo.
— Rony, estou chocada — disse Hermione. — Pra quê a detenção?
— Eu já disse que a oportunidade era perfeita demais para desperdiçar — respondeu ele. — Vamos?
Quando Harry entrou na sala, Carlinhos Weasley estava lá dentro, mas Hagrid não estava presente.
— Bom dia — começou ele sorrindo. — Antes de começarmos, gostaria de falar com vocês uma coisa. Todos sabem, é claro, que este é o primeiro ano dos N.I.E.M.s. Então, sabem que a cobrança é pesada e que eu não vou deixar que vocês passem da sexta série se não souberem o que eu quero que saibam. Vocês vão fazer duas provas de N.I.E.M.s simuladas na última aula deste trimestre e na última do próximo. Ao final do trimestre de verão, vocês farão os exames comuns de aprovação, mas não farão nenhuma prova simulada. Foi o que o Professor Dumbledore nos informou. Mas, vamos começar. Hoje nós vamos falar do Pomorim. Quem pode definir um Pomorim?
Para a surpresa de ninguém, Hermione foi a única a levantar a mão.
— O Pomorim, ou Pomorim Dourado, é uma espécie de pássaro muito rara. Ele é redondo e possui um bico longo e fino. Seus olhos são brilhantes e vermelhos, assim como pedras preciosas. O Pomorim quase entrou em extinção com a caçada feita por bruxos, pois suas penas e olhos possuem altíssimo valor. Hoje, quem captura ou fere um Pomorim é punido com muita severidade.
— Muito bem, — disse Carlinhos impressionado — quinze pontos para a Grifinória. Este Pomorim aqui eu trouxe com autorização do Ministério da Magia e tudo o que eu quero que vocês façam hoje é um esquema detalhado do Pomorim. Não creio que outra explicação seja necessária. Vocês acharão mais detalhes nos seus Criaturas Mágicas Estudadas, Criadas e Utilizadas. Podem começar.
Harry aproveitou a oportunidade para falar de Hagrid com Carlinhos.
— Tudo bem, Harry? — Perguntou Carlinhos.
— Tudo — respondeu o garoto. — Carlinhos, cadê o Hagrid?
— Missão para a Ordem.
— Mas ele disse que só ia partir para a missão na segunda quinzena deste mês.
— Dumbledore preferiu que ele fosse logo. Hagrid saiu às cinco da manhã hoje.
— Estranho — comentou Harry.
— As ordens de Dumbledore nunca são muito normais, mas ele sabe o que faz. É melhor você ir fazer o seu esquema, Harry. Eu vou recolhê-los ao final da aula.
Harry pegou um rolo de pergaminho limpo e, finalmente, olhou para o Pomorim Dourado. Era uma ave realmente bonita, mas com uma cara de poucos amigos. Ele estalava o bico de vez em quando e fazia, com isso, um barulho de vidro se estraçalhando. Depois de irritados, os alunos pediram a Carlinhos um jeito de fazer o Pomorim parar com o barulho. Carlinhos brandiu a varinha, a apontou para o Pomorim e disse:
—Silencio! Francamente, eu achei que vocês aprenderam isso na quinta série — disse ele. — Mas eu aceitarei as desculpas de que vocês não queriam fazer nada ao Pomorim sem a minha autorização — completou Carlinhos ao ver a expressão de muitos e várias bocas a meio caminho de reclamar.
Quando a sineta tocou, Harry, Rony e Hermione entregaram o esquema pela metade. Como ninguém conseguiu terminar, Carlinhos disse:
— Nós estamos com uma folga no programa. Hagrid foi um pouco além nesses anos. Eu deixarei vocês terminarem na próxima aula.
Quando quase todos estavam saindo, Malfoy disse com desdém:
— Só mesmo um Weasley pra mandar a gente desenhar um pássaro idiota.
— Agressão de qualquer forma a um professor resulta em punição — disse Carlinhos rindo para Harry, Rony e Hermione, embora sua expressão ao olhar Draco não poderia ser mais severa. — Detenção até o fim da semana e trinta pontos da Sonserina.

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