PREÇO PAGO
A Sra. Weasley reuniu todas a suas forças para fazer o jantar naquela noite. Harry e Rony preferiram não falar nada sobre a batata ainda com casca e nem que esta estava na salada e ela havia feito um purê de tomates. E volta e meia não parava de resmungar agradecimentos à Dumbledore, que ficara para o jantar para ter certeza de que todos estavam bem.
Ao terminar de comer, Harry foi para o seu quarto e, ao passar por toda a papelada sobre o Quarto Secreto que Dumbledore trouxera, resolveu levá-la com ele. Ao chegar em seu quarto, sentou-se na cama de Rony que estava mais vazia que a sua (Harry ainda não havia guardado os livros novos de Hogwarts) e começou a ler, mas não entendia nada, tudo parecia estar num idioma muito estranho. Com várias dúvidas na cabeça, Harry foi procurar Dumbledore. Com um pouco de sorte, o diretor ainda estaria ali, mas ele já havia ido embora. Harry voltou para seu quarto e lá encontrou Rony tentando ler sobre o Quarto Secreto, mas logo depois que Harry fechou a porta, Rony colocou tudo a um canto e disse que ler aquilo ia dar um pouco de trabalho.
— Concordo com você — disse Harry. — Não faço a mínima idéia do que está escrito aí. Espera. Rony, onde você colocou os papéis?
— Ah, eu coloquei ali, ao lado da… — Rony congelara, ele havia deixado os papeis ao lado da lixeira, e esta estava quase comendo a folha de cima. Tomado pelo pânico, Harry tirou toda aquela papelada de perto da lixeira.
— Doida — Harry resmungava insultos para a lixeira enquanto guardava os papéis no seu armário. — Mas eu ainda não entendo uma coisa, como Sirius podia ter controle sobre sua mãe e nunca conseguia tirar o quadro daquela parede.
— Ah! — Disse Rony. — Eu perguntei exatamente isso ao Dumbledore antes dele ir embora.
— E o que ele respondeu? — Harry perguntou com certo entusiasmo em sua voz
— Bem, Sr. Weasley — Rony engrossou a voz imitando Dumbledore. — Só podemos imaginar.
— Isso foi tão útil — Harry comentou com um tom de desistência na voz, apagou a luz e foi se deitar, logo ele já havia adormecido.
Na manhã seguinte, quando Harry acordou, a primeira coisa que ele viu foi uma coisa muito desfocada, quando ele percebeu que estava sem óculos. A coisa era Toller, o outro elfo doméstico que Dumbledore trouxera um dia antes. Depois Harry percebeu que devia ter sido Toller quem o acordara, pois ela o estava chamando:
— Harry Potter, meu senhor. O senhor deve acordar. Só o meu senhor ainda não tomou café da manhã, as coisas já foram retiradas da mesa, por isso Toller achou que meu senhor iria gostar se Toller trouxesse o café da manhã para o meu senhor — Toller estendeu um dos braços muito magros para a bandeja em cima da escrivaninha, nela havia torradas, geléia, ovos, bacon, um copo e uma jarra de leite — Toller gostaria de saber se o meu senhor se importa que Toller traga o café para o meu senhor.
— Não, claro que não. — respondeu Harry que já havia sentado na cama e estava passando geléia em uma das torradas — Toller, você sabe por que Dumbledore não mandou o Dobby junto com vocês?
Ao ouvir esta pergunta, Toller ficou com uma cara que misturava o medo com a vontade de contar a Harry o que ela sabia.
— Toller não sabe meu senhor. Tudo o que a pobre Toller sabe é que Alvo Dumbledore precisa do elfo Dobby na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Quando Dobby soube que Alvo Dumbledore escolheria dois elfos para trabalhar aqui, na casa onde Harry Potter estava, o velho Dobby foi o primeiro a se candidatar, mas Dumbledore negou na frente de todos os elfos, disse que Dobby seria muito útil a ele onde Dobby estava, em Hogwarts. Fora isso, Toller não sabe mais de nada, meu senhor.
Harry concordou com Toller e esta saiu do quarto. Enquanto ele estava trocando de roupa, Hermione entrou.
— Ah, desculpa Harry — disse Hermione para um Harry envergonhado e escondido embaixo do cobertor. — Não sabia que você estava trocando de roupa, me avise quando acabar.
Quando Harry terminou de se trocar, deixou Hermione entrar, mas antes que ele pudesse perguntar o que ela queria, a garota foi entrando e mexendo no armário dele, ela rapidamente achou o que queria.
— O que você quer com esses papéis sobre o Quarto Secreto? — Perguntou Harry intrigado
— Só quero estudá-los um pouco, e acho que você também devia fazer isso, Dumbledore os deixou aqui com essa esperança.
— É, eu sei disso, mas se você ainda não percebeu, mas vai perceber, a gente não aprendeu a falar o que está escrito aí, Hermione.
— Eu já percebi, Harry. E você tem razão, nós não sabemos mesmo falar o que está escrito aqui. Venha, temos um novo hóspede.
— Novo hóspede? Ah! O Rony falou ontem que vocês ficaram arrumando um quarto de hóspedes. Mas quem é ele?
— Não sei. Só vamos descobrir se descermos e o virmos.
— Hermione, você com essas suas coisas óbvias me irrita.
Antes que eles pudessem abrir a porta, Rony entrou com uma cara horrível de pânico.
— O que foi? — perguntou Hermione
— O… o hó… hós… o hóspede.
— Que é que tem o novo hóspede? — perguntou Harry
— É… é… é… o… o…
— Rony, quer parar de gaguejar e falar logo quem é o novo hóspede? — Hermione já estavam com um grande tom de irritação em sua voz
— É o… é o… Lo… Lo…
Harry entendeu e fez uma cara de nojo.
— Rony — disse Harry não querendo acreditar no que estava falando, muito menos no que estava ouvindo — Você não quer dizer que o novo hóspede é o…
— É… é… é ele sim.
— Mas ele não recuperou…
— Sim — gemeu Rony.
— Ai, meu Deus, socorro — disse Harry afundando no colchão.
— Vocês dois já estão me deixando irritada! Dá pra falar quem é o novo hóspede e o que ele recuperou? — Hermione quase gritava. Estava no meio dos dois e quase indo sozinha para a cozinha.
Como Rony não conseguia pronunciar nenhuma palavra a mais e desabara na cadeira, Harry falou.
— É o Lockhart e ele recuperou a memória.
— O quê?! Eu estou chocada! Mas então, ele está…
— Na Ordem da Fênix? Sim. Dumbledore pediu para ele entrar — disse Rony, a cara de nojo de Harry ficou ainda pior.
— Mas qual é a utilidade do Lockhart na Ordem da Fênix? Ele é um m…
— Acho que há mais ou menos uma semana — disse Rony ofegante —, Dumbledore estava falando da necessidade de um obliviador na Ordem da Fênix, e como todos nós sabemos que a única coisa que o Lockhart faz de bom é o feitiço da memória, Dumbledore o chamou para a Ordem. Tem que ser isso.
— Só pode ser isso — disse Harry quase indignado.
— Vamos torcer para que seja isso, por que agora, ele já sabe tudo sobre a Ordem. Está aqui e tudo o mais — disse Hermione com um tom que lembrava desistência.
Os três ficaram sentados em profundo silêncio. Rony na cadeira (ele parecia ainda não ter recuperado suas forças) Harry em sua cama e Hermione na cama de Rony. Haviam se passado quase dez minutos, quando finalmente Hermione falou alguma coisa.
— Bem, nós não podemos ficar aqui o dia inteiro. Vamos, acho que já está na hora do almoço.
Rony não conseguia se levantar. Hermione finalmente ficou irritada.
— Levanta daí. Afinal, ter o Lockhart no Quartel General não é tão ruim assim. Seria bem pior aturá-lo em Hogwarts outra vez.
— Quem te viu e quem te vê, Hermione Granger — disse Harry, rindo.
— O que foi agora, Harry?
— Nada, mas quem viu você quatro anos atrás toda “ai, é o Lockhart. Ele não é lindo?” não acreditaria que você está falando isso.
Rony riu com gosto, Hermione ficou bastante vermelha.
Quando eles chegaram à cozinha, eles encontraram Arthur Weasley, Alastor Moody e Tonks saindo de lá (Tonks hoje estava com um longo cabelo castanho claro enrolado numa trança gigante até a altura do quadril e com a pele levemente bronzeada. Ela parecia bem melhor. Harry se lembrava bem de que ela fora parar no Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos depois do que acontecera no Departamento de Mistérios em junho). A Sra. Weasley estava sentada à mesa (Toller e Klaus já haviam preparado todo o almoço e posto a mesa, deixando apenas uma parte para que a reunião pudesse acontecer). Todos pareciam estar bastante animados, quando eles se sentaram, a Sra. Weasley falou:
— Reunião extraordinária, Arthur nos contou que Fudge está incentivando todos no Ministério da Magia a virarem parte da Ordem da Fênix. Sabem o que isto quer dizer?
— Que papai não vai mais trabalhar por debaixo dos panos?
— Também, Rony. Mas também significa que Percy pode voltar a morar conosco.
— Não entendi — disse Harry bastante intrigado.
— Ah, acorda Harry! — Disse Hermione. — Aquela briga toda aconteceu porque Percy é obcecado pelo trabalho, então, já que Fudge achava toda a história da Ordem da Fênix uma grande palhaçada, Percy começou a achar isso também. Então ele se separou da família. Agora que Fudge já concorda com a gente, há grandes chances de Percy voltar pra casa, bem, não tão pra casa — Hermione voltou-se para Molly. — Sra. Weasley, a Toca está vazia?
— Não, não, querida. Todo dia eu vou lá arrumar a casa, e mesmo assim eu só moro aqui quando vocês estão de férias.
Quando eles estavam começando a almoçar, a porta da cozinha se abriu e a pessoa que entrou era a última que Harry queria estar do lado. Gilderoy Lockhart chegara à cozinha. Embora parecesse bastante humilde, Lockhart ainda tinha os cabelos louros bem ondulados e seu chapéu combinando.
— Boa tarde, boa tarde. Ah! Harry! Dumbledore me falou que você estava morando aqui.
— É — comentou Harry sem graça.
— Você está indo para qual série? Quinta ou sexta? — Perguntou Gilderoy, animado ao tentar manter a conversa no mesmo estado que ele.
— Sexta — Harry respondeu percebendo o que Gilderoy estava fazendo e pensando que seria muito grosseiro se tentasse terminar a conversa. Afinal, pensou ele, Lockhart acabara de deixar o Hospital St. Mungus.
— Interessante. Eu me lembro bem de você na segunda série — Lockhart continuava tentando manter a conversa interessante. — E você — Lockhart virou-se para Rony —, foi sua a varinha que…
Rony pareceu, pela primeira vez, extremamente sem graça com o acontecido. Fora ao usar a varinha quebrada de Rony, que há pouco mais de três anos, Lockhart eliminara a própria memória tentando apagar a de Harry.
— Srta. Granger! — Lockhart mudou rapidamente de assunto. — Também me lembro muito bem de você. A única aluna que gabaritou o teste sobre os meus livros no começo daquele ano.
Hermione ficou bastante envergonhada. Durante todo o almoço, Lockhart tentou conversar com os meninos e com a Sra. Weasley. Ao descobrir que Lockhart era uma farsa, a Sra. Weasley pareceu gostar bem menos dele, mas mesmo assim, parecia bastante simpática.
— Sabe? Eu escrevi um outro livro. — disse Gilderoy na altura em que Harry já comia sua terceira porção de pudim de Yorkshire — Mas dessa vez fui eu mesmo quem escreveu — Lockhart parecia bastante desconcertado em falar sobre esse assunto —, eu estou relatando o mal que eu causei às pessoas com o que fiz naqueles anos antes de… Bem, o livro se chama Quem sou eu? e foi, para mim, uma reflexão de todos aqueles meus atos.
— Acho que nunca me senti assim tão sem graça — disse Rony entrando no quarto após o almoço — Quando ele falou da minha varinha então…
*
Perto das oito horas da noite, quando Harry estava descendo para o jantar, a campainha do Largo Grimmauld, número doze começou a tocar e assim ficou por um bom tempo, tempo mais do que suficiente para acordar a Sra. Black novamente e os seus gritos concorrerem com o barulho feito pela campainha.
— Pelo amor de Deus! — Lupin e a Sra. Weasley saíram da cozinha apressados em fechar a cortina da Sra. Black e abrirem a porta — Para quê ficar com o dedo na campainha?
A reação da Sra. Weasley não poderia ter sido pior ao abrir a porta e ver quem é que estava parado diante dela.
— Tinha que ser — ela começou a esbravejar. — Mas será possível, Mundungo? Tinha que ser você! Parece até que nunca aprendeu a tocar uma campainha! Só criou confusão! Como sempre, Mundungo, você só nos arranja problemas! Eu estou farta! Chega, eu vou fazer o jantar.
— Mas, Molly — Mundungo tentava se explicar —, eu nem ao menos me encostei àquela campainha. Eu ia tocar quando ela começou a berrar.
— Ah! Não foi você, Mundungo? — a Sra. Weasley parecia bastante debochada ao fazer esta pergunta.
— Não, Molly, não fui eu — Mundungo não parecia ter entendido o deboche da Sra. Weasley.
— Não? — cada palavra da Sra. Weasley parecia ter um tom mais debochado do que a outra — Então quem foi? Um fantasma? Ah, não, você o teria visto! Feitiço? Também não! Ou será que você esqueceu que esta casa está protegida e que lá de fora, só você poderia achar a porta!
— Mas, Molly…
— Mundungo, não adianta. Ela está nervosa e ninguém sabe com o quê.
— Mas, Lupin, eu tenho culpa de quê?
— De nada, Dunga. Num dia que a Molly não estava em casa, isso aconteceu comigo, e eu nem fiz menção de tocar a campainha.
Durante todo o jantar, a Sra. Weasley ficou resmungando coisas como “Sabe que estamos escondidos” e “Não sei pra quê? Só vontade de aparecer!” e Mundungo ficou bastante sem graça, mas por um conselho de Lupin resolveu não argumentar nada. Ao invés disso ficou conversando com Fred e Jorge que acabaram de voltar da “Gemialidades Weasley”, a loja no Beco Diagonal que os gêmeos abriram no final do último mês de maio. Harry se lembrava muito bem do dia que eles transformaram o “reinado” de Umbridge em Hogwarts num verdadeiro caos.
— Fred — Harry havia virado para os gêmeos e para Mundungo —, e…
—… Mamãe?
— É. Eu ainda não sei qual foi a reação dela.
— Bom — Jorge começou a responder a pergunta de Harry quando Fred deu um sorrisinho —, no começo ela ficou bastante chateada, mas não havia nada que ela pudesse fazer. Afinal, nós já havíamos comprado o lugar e já o havíamos preparado. Você tem que ir lá. É realmente legal. Agora que o Lino terminou Hogwarts, ele está trabalhando conosco.
Harry foi dormir empanturrado, Toller e Klaus, assim como em Hogwarts, haviam enfeitiçado o jantar para que cada vez que eles acabassem os pratos a comida reaparecesse. Após vários pratos de pudim de groselhas, Harry rumou para o seu quarto.
Várias vezes naquelas férias de verão, Harry tivera o mesmo sonho: ele estava em O Cabeça de Javali, conversando com Sirius, um de frente para o outro, e de repente, Sirius se transforma na professora Sibila, cruza suas pernas e, num tom rouco e áspero, enuncia a profecia que a professora fizera sobre Harry e Voldemort.
Desde que fora para a Rua dos Alfeneiros, número quatro ao fim da quinta série e de lá para o Largo Grimmauld, número doze, Harry freqüentemente tem tido este sonho, e quase sempre, quando acordado, ele pensa na profecia feita pela professora Trelawney, e com muita amargura, já se pôs a pensar que a professora podia estar certa ao prever precocemente a morte de Harry, já que ele não tinha chances de matar Voldemort num duelo e ficava se perguntando quanto tempo iria demorar para que isso acontecesse.
No início da manhã, ele foi acordado por arranhões na janela, colocou seus óculos e foi ver o que era. Uma coruja-das-torres entrou e atirou sobre o garoto o Profeta Diário. Harry colocou cinco Nuques na bolsinha que a coruja carregava e olhou a reportagem de capa.
COMENSAL DA MORTE É ASSASSINADO EM AZKABAN
O corpo de Lúcio Malfoy, 49, foi achado em uma das celas da prisão de Azkaban no início da última madrugada. O Sr. Malfoy foi preso no final do mês de Junho, ao ser achado no Departamento de Mistérios, no Ministério da Magia, junto com outros Comensais da Morte de Aquele Que Não Se Deve Ser Nomear. De todos os Comensais presos, o Sr. Malfoy foi o único a ser morto. Os peritos do Ministério da Magia e do Hospital São Mungus para Do-enças e Acidentes Mágicos concluíram que o Senhor Lúcio Malfoy foi morto pela maldição Avada Kedavra após ser brutalmente torturado pela maldição Cruciatus.
O Ministro da Magia já havia antes falado que os Dementadores poderiam estar fora do controle do Ministério (para mais detalhes veja a seção Segurança Bruxa), supõe-se, então, que alguma pessoa entrou na fortaleza esta noite, assassinara o Sr. Malfoy e foi embora, assim como entrou. Alguns presidiários juram que viram Você Sabe Quem cometendo o assassinato, embora não sejam fontes confiáveis, uma vez que perderam o juízo com a ação dos Dementadores.
A Seção de Controle e Proteção da Prisão de Azkaban, do Ministério da Magia, em união com os Aurores, abriram um inquérito para apurar todas as evidências desse caso.
O Ministro da Magia pede à popu-lação bruxa que tenha cuidado:
“Nós já avisamos que Você Sabe Quem retornou e pedimos extrema cautela de toda a nossa população. Não é necessário o aviso de que Aquele Que Não Deve Ser Nomeado é um bruxo altamente perigoso e já matou muitas pessoas pelo puro prazer de matar e também sabemos que ele não mede esforços para conseguir o que quer. Tenham cuidado.”
A Família Malfoy não quis dar entrevistas, mas entrou com um pedido para que o corpo de Lúcio não fosse enterrado atrás da fortaleza, coisa que acontece com todo.
Maiores detalhes páginas 6, 7 e 8.
Dicas de Auto Proteção, páginas 10 e 11.
Harry se sentiu esquisito com o que acabara de ler. Ele havia visto, em sonho, que Voldemort iria matar o Sr. Malfoy.
Sabia também que os presidiários que juraram terem visto Voldemort entrando em Azkaban e matando o Sr. Malfoy estavam certos, pois desde o término do seu quarto ano em Hogwarts, Harry sabia que Voldemort estava conseguindo tomar controle sobre os Dementadores. Harry decidira não comentar com ninguém o sonho que tivera.
O garoto foi olhar as páginas indicadas na capa e percebeu que só se tratava da vida do Sr. Malfoy, alguns detalhes da perda de controle dos Dementadores do Ministério da Magia e mais uns depoimentos de prisioneiros que foram ridicularizados pelo próprio Profeta Diário. O jornal dizia mais uma vez que aquilo era puro efeito dos Dementadores.
Harry já sentira na pele como era ser desacreditado pelo Profeta. Ainda não esquecera tudo o que passou. E por um momento, teve pena dos presidiários que realmente viram Voldemort em Azkaban.
E o que poderia ser pior do que qualquer coisa: sabia muito bem o que é não ter pais e, pela primeira vez na vida, sentiu pena de Draco Malfoy.
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