Setimentos puros e Sangue

Capitulo 3 -> SEntimentos Puros e Sangue


Bellatrix vestiu o traje negro, penteou os longos cabelos nanquim e com um toque da varinha, fez os lábios ficarem mais vermelhos. O perfume, os brincos. Estava perfeita. E o melhor, ela sabia que estava perfeita.
- Caprichosa, Bella? – perguntou Voldemort, entrando no aposento
- Para o senhor, mestre... – disse a mulher fazendo uma reverencia, os cabelos negros com caprichosos cachos nas pontas caindo por seus ombros – creio que o senhor deseje saber...?
- A jóia? Eu já sei... – disse o homem indiferente, caminhando até a poltrona verde escura – Quero saber se esta pronta... quanto antes a encontrarmos, antes estará em nosso poder... menos riscos correremos...
- Com Medo, mestre? – disse a mulher, insinuante
Voldemort olhou pra ela surpreso.
- Não tens medo de ser castigada por tal insinuação? – disse o homem aproximando-se de Bellatrix
- Medo...? – disse ela, os olhos faiscando, o corpo retesado pela aproximação repentina
- Exatamente... – disse ele, aproximando os lábios dos de Bellatrix – e se seu lorde resolvesse castigá-la...? O que faria contra mim Bella?
- Eu... eu... – ela não conseguia responder, apenas o contato com os olhos daquele homem lhe despertavam os desejos mais profundos, apenas sua voz fria, indiferente, e ao mesmo tempo aveludada, fazia-a perder os sentidos, e com tal aproximação, duvidava até se conseguiria pensar direito... – mestre, eu...
- Como eu imaginava... – disse ele rompendo o contato e se afastando, Bellatrix tremia da cabeça aos pés, fascinada. Com Ele, joguinhos de sedução não obtinham nenhum sucesso... e isso a deixava extasiada – venha, temos uma jóia pra buscar... – disse saindo pela porta, sendo seguido por uma Bellatrix ainda chocada... Uma Bellatrix que começava, aos poucos, a se apaixonar...

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Passearam por toda a manha. Isabella mostrou a Sirius todos os lugares que ela conhecia.
- Mas vc não chegou ontem a noite de Marrocos? – perguntou Sirius, Intrigado com o tamanho conhecimento da menina
- Meus pais e eu morávamos aqui, antes deles morrerem... – disse ela desviando olhar para o horizonte – morreram em uma emboscada... Comensais, sabe? Então, vovô veio do Marrocos pra me buscar... fazem quatro anos... – disse ela, pensativa – Mas Sarjhesse não mudou nada...
- hum... – disse Sirius encabulado – quantos anos vc tem, Isabella?
- Tenho quase nove, faço aniversario daqui um mês e três dias – disse ela animada – quando tiver onze anos, vovô disse que terei uma surpresa... mas eu já sei o que é...
- E o que seria?
- Ir pra escola de magia... Mas acho que vovô se enganou dessa vez. Nunca fiz mágica, não sei fazer mágica... acho que não sou uma bruxa, feito ele ou a mamãe... – disse ela, encarando os pezinhos descalços
- Sabe – disse Sirius, saudoso – Conheço alguém igual a vc... Meu amigo Pedro... Ele nunca havia feito mágica... sabe quando aconteceu a primeira magia espontânea de Rabicho?
- Quando? – perguntou a menina, encarando-o
- Dois dias antes de chegar a carta de Hogwarts... Esse negócio de Fazer ou não mágica antes de se receber a carta é relativo... alguns mais cedo, outros em cima da hora... mas se é mesmo pra vc ir pra Hogwarts, ou qualquer outra escola de magia, seu nome esta lá, em uma lista especial, desde que vc nasceu – disse ele sorrindo – tenho certeza que vc é uma bruxa... É só preciso um pouco de paciência...
Os olhos azuis de Isabella estavam marejados, e a menina deu um sorriso lacrimoso
- Mesmo?
- Com certeza, Isabella! – disse sirius animado, pegando a pequena menina no colo – agora, poderíamos ir pra casa... Não agüento mais de fome... comeria um boi inteiro sozinho!
- Vamos então... – disse ela, enxugando os olhos com as costas d mão - Mas vai ter que dividir seu boi comigo, seu Sirius, tb to morrendo de fome! – disse a menina sorrindo
- Divido, se vc prometer me chamar de almofadinhas e não de “Seu Sirius” – disse o homem com um piscadela
- Fechado, Almofadinhas. – disse ela sorrindo de orelha a orelha
Sirius sorriu, colocou-a no pescoço e passaram por todo o mercado de peixes, até chegarem na pousada, onde um cheiro delicioso, de peixe assado e batatas, inundava, até mesmo, a rua em frente.

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- Tem certeza que é aqui, Bella? – perguntou Voldemort, ao chegarem ao local
Nada mais era do que um grande terreno irregular, com uma casa no topo do monte mais alto e um portão de metal, que um dia devia ter sido dourado, ao redor da propriedade. Tinha uma rosa e um belo “R” ornamentados. Parecia muito com a mansão dos Riddle, a não ser que era maior e menos conservada.
Aparataram dentro da casa. Suja e poeirenta, o chão rangia aos passos deles, e pelo feitiço descoberto por Bellatrix em um dos Livros antigos, uma espécie de Feitiço dos Quatro Pontos modificado, a varinha apontava para as escadas. Subiram devagar, atentos a qualquer ruído. A varinha, antes reta, começou a se inclinar pra esquerda conforme subiam. Ao chegarem ao patamar superior, viraram na direção indicada. A varinha apontava pra uma única porta, toda de ébano, entalhada com uma rosa, uma espada e uma varinha cruzadas, tudo sobre o fundo de um entalhe mais superficial de um coração real. Detalhes em prata desgastada cobriam os desenhos e a maçaneta enferrujada parecia ter sido arrombada de maneira trouxa. Em vão, pois a porta continuava tão trancada como antes.
- Saia da frente – disse Voldemort se adiantando, a porta tinha palavras em francês, palavras soltas, que Voldemort não sabia ler – Bella, esta em francês. Traduza.
- Sim mestre... – disse a mulher adiantando-se a porta.

“La magie antique dans une pierre fermée
La puissance pour lui liberté, clôturée à un coeur
Seulement l'abattage le plus pur et le dernier sang
Liberté cela…”

- A magia antiga Encerrada em uma Pedra, O poder de Libertá-la, encerrado em um coração, Somente o Mais puro dos Sentimentos e O Ultimo Sangue, Poderá, Enfim, Libertá-la... – disse Bellatrix, pausadamente – o que significa mestre?
Voldemort pensou por um momento, examinando com atenção os desenhos no ébano. As palavras, A rosa, A espada, A varinha e O coração... O que os colocava no mesmo contexto? Qual a relação entre eles? Individualmente, Voldemort sabia. As palavras eram um tipo de aviso, um poema que os ajudaria se interpretado corretamente. A rosa, o símbolo da linhagem Rose, nada mais que o brasão da família. A varinha e A espada, nada importante, de acordo com os livros e pesquisas sobre a jóia, era tradição dos Rose, todos os membros serem peritos, tanto na arte com A espada quanto com A varinha. Agora, O coração...? Estava obvio que estava relacionando a parte do “Mais puro dos sentimentos” que dizia o poema... mas relacionado de que maneira?
- “O mais Puro dos Sentimentos Poderá Libertá-la...” – repetiu Voldemort, pensativo – Seria amor? – disse com desgosto, olhando para Bellatrix
- Provavelmente... – disse a mulher
- Amor? Mas, Amor Fraternal? Amor Carnal? Amor... Verdadeiro? – disse Ele com desgosto, parecia querer vomitar a menção de cada uma daquelas palavras – Que tipo da Droga de Amor eles querem? – explodiu ele. Uma das janelas acima de Bellatrix se quebrou, espalhando estilhaços por todo o chão em volta.
Voldemort conjurou uma poltrona idêntica a do Escritório da mansão Riddle, e se sentou majestosamente, os olhos cor de sangue brilhando de fúria.
- Se me permite mestre... – disse a mulher se aproximando da porta – Não sou perita neste tipo de assunto... mas, tenho a impressão de ter ouvido lenda ou historia parecida...
- Espera ainda pra me dizer por qual motivo? – disse Voldemort, friamente
- Perdoe Milorde... – disse ela fazendo uma reverencia, um arrepio de pura luxuria percorreu seu corpo ao ouvir a repreensão, ele era tão perfeito... - quando era criança, lembro-me de ter lido algo a respeito... uma Herdeira, que se casava, e com o poder do sentimento investido na união conjugal, a pedra negra, o Dark Rose no caso, seria aberta instantaneamente e o poder infinito seria libertado, tornando os noivos uma só carne, uma só alma... os seres mais poderosos do universo, unidos pelo mais puro dos sentimentos... Só não entendo onde o Sangue se encaixa...
Voldemort suspirou, entediado.
- Não me agrada dividir o poder, Bella... Não me agrada nem um pouco... – disse Voldemort tirando a varinha das vestes, se levantando repentinamente da poltrona, que desapareceu instantaneamente – Venha, abrimos a porta, pegamos o colar... Depois resolveremos a parte do Poema...
Ele se aproximou da porta e com a varinha apontada para a maçaneta, disse:
- Diffindo Maximus – a porta deu um grande estremeção e se abriu vagarosamente, Bellatrix pode reparar, a maçaneta da parte de dentro estava completamente derretida e soltava um pequeno fio de fumaça negra. – venha Bella, Temos uma Jóia pra buscar...

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Sirius estava sentado na praia, olhando o horizonte. Depois de um almoço delicioso, decidiu dar uma volta sozinho, Isabella dormira na cama do avô e Adrean continuara com seu trabalho misterioso na portinha ao lado da mesa. Ele sentiu que estava sobrando. Uma volta sozinho não faria mal...
A brisa da maresia batia de leve em seu rosto alvo, tirando os cabelos que caiam insistentemente nos olhos. Pensou nos amigos... o que será que estariam fazendo a esta hora? Estariam seguros? Com a guerra a todo vapor, Sirius sentia medo... seus amigos todos estavam na ordem, e querendo ou não os marotos e Lillian eram sua família... sua única Família...
- Olhando o mar? – perguntou Adrean se aproximando, ele se sentou com grande dificuldade ao lado de Sirius, tirou os sapatos e enfiou os pés na areia soltando um gemidinho de prazer – Nervoso..?
- Era pra estar? – perguntou Sirius com um sorriso, começava a achar que estavam dando bola de mais para uma simples missão de busca, na qual era apenas isso. Buscar a garota, trazê-la de volta, apenas isso...
- Eu estaria... v nunca ouviu falar na fama da família Rose? – disse ele encarando o horizonte tb
- Na verdade, não... – disse ele – gostaria de me contar...?
- Gostaria de te advertir... – disse o homem se levantando – vem vamos dar uma caminhada enquanto te conto o Mistério dos Rose...

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n/a: Mistério dos Rose?!?!?! Só no próximo capitulo... Comentem ok??? Por favoR!!!!
Kisses in your hearts...
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Mari_

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