Só um favor



Tive uma briga com Harry. Surtei. Caramba, mas o Harry também entendeu tudo errado. Bem, mais ou menos. Não... pensando bem, ele entendeu tudo certo. Tudo porque eu queria ficar só, pelo menos por um momento. É que eu nunca consigo ficar sozinha e eu estava muito triste com a doença da minha mãe, queria pensar sobre tudo, refletir sobre meus problemas. No início, o Harry não entendeu muito bem.
- Qual é o problema de pensar na minha frente? – disse ele, franzindo a testa – Sei, eu não sei ler pensamentos...
- Não, não é isso... – eu tentei explicar – Viu só, Harry? Eu só quero ficar um momento, nem que seja só uns minutinhos, sozinha! Qual é o problema disso?
- Não, tudo bem...- disse ele, beijando minha testa – Pode ir! Não vou te atrapalhar, eu sou muito grudento mesmo... – ele fez um beicinho – desculpe...
- Ah, Harry!- eu disse, dando um selinho nele – Pára com isso! Tchau, daqui a pouco eu volto...
- Pode ficar tranqüila, Gina! Pensa relaxada...
Ai, como eu o amo! Ô, moleque perfeito! Mas vamos parar de falar das qualidades dele, senão eu passo o resto do dia falando dele... Então, fui me sentar na margem do lago. O sol já estava quase se pondo e a lula gigante estava, digamos, brincando alegremente na água. Fiquei alguns minutos pensando em como as coisas estavam difíceis e se eu e Harry conseguiríamos viver em paz, sem todas essas ameaças de morte de Você-sabe-quem. Mesmo eu me esforçando para pensar em melhoras, que tudo ia se resolver, não consegui. Enquanto isso, a montanhas engoliam o sol lentamente. Quando decidi voltar para o castelo, deveria ser umas sete horas. Me levantei e fui andando em direção ao castelo, sem pressa, quando algo, quero dizer, alguém trombou comigo, me fazendo cair sentada.
- Ei!- exclamei assustada – você não olha por onde anda, não?- e olhei para cima. A pessoa estava encapuzada e suas vestes tinham o emblema da Sonserina. “Tinha que ser” pensei, furiosa.
- D-desculpe – disse uma voz conhecida, chorosa - não queria te machucar, Weasley...
A pessoa tirou o capuz, revelando uma cabeça loura e um rosto pálido, molhado pelo suor (ou seriam lágrimas?)
- Malfoy...- eu disse, com frieza. Me levantei e fui correndo em direção ao castelo.
- Weasley!- gritou ele, correndo atrás de mim. Nem liguei e continuei o meu caminho. – Espere... WEASLEY!
Ele pegou meu braço e me puxou ao seu encontro.
- Me solta...- eu disse, tentando me esquivar dele, sem sucesso - me larga, seu... seu...
- Fala, pode falar! – desafiou, com um semblante triste no rosto – Fala! Eu mereço mesmo, não é?
- Assassino! – eu gritei, nervosa – seu sujo! Seu...
Ele pareceu magoado com as ofensas, e um sentimento de culpa me fez parar de xingá-lo.
- Eu queria...- começou ele, sem graça – queria te pedir... te pedir um favor...
- Você?- me surpreendi – Me pedir um favor...?
Ele abaixou a cabeça, não se atreveu a olhar para mim nem um segundo.
- Bem... – começou ele, rouco – é que, desde que o Lorde das trevas me encarregou da morte do Prof. Dumbledore... – nessa hora me deu vontade de esganar o desgraçado até ele ficar azul, mas no exato momento em que pensei em fazer, ele olhou para mim como que pedindo para não fazer, como se ele tivesse lido meus pensamentos.- eu falhei... e, sabe, eu não quero morrer em suas mãos... prefiro me matar a ter que ser assassinado por ele.
- Mas você podia vim para o lado bom...- eu disse, orgulhosa – para o nosso lado, Malfoy! É melhor morrer lutando pelo que é certo do que se matar! Afinal, você não é mau... é só um pouco, eh, seboso.
- Ah, muito obrigado... – disse ele, sarcástico – mas, acho melhor não, Potter não ia aceitar... além do mais, meu pai está morto, minha mãe foi seqüestrada... pra que viver?
- Mas...- eu insisti. Mas ele me interrompeu.
- Deixa pra lá, Weasley...- ele disse, com a voz fraca – eu só... só queria mesmo saber que gosto tem seu beijo, antes de morrer...
Sabe, não deu tempo de sentir nada além de surpresa. Não deu tempo de ficar irritada, assustada ou confusa. Ele puxou minha cabeça pra perto da dele e nossas bocas se encostaram de uma vez só. Pra que mentir, eu gostei do beijo, e muito. Tanto que, quando ele ia se descolar de mim, eu o puxei novamente. Mas, aí eu percebi o que estava fazendo e parei o beijo. Nem olhei para ele, já saí correndo em direção ao castelo. Eu o traí... “ Harry, eu te traí... meu amor, eu fiz merda... ai, Merlin...como fiz isso?” era só o que eu pensava. Respirei fundo quando parei de correr, já em frente à Mulher Gorda.
- Senha? – disse ela, entediada.
- Felix Felicis!-disse, depois atravessei o buraco do quadro e me joguei na poltrona mais convidativa que encontrei no salão comunal vazio – é o que eu preciso agora- pensei,triste.
- Boa noite! – disse uma voz fria atrás de mim.
- Harry... – disse meio sem graça – E aí, tudo bem?
- Aham... – disse ele, estranhamente seco. – E aí, pensou bastante?- ele foi um tanto sarcástico.
- Sim... – eu disse, simplesmente – com o que acontece, fica difícil pensar em coisas boas...
- Com o Malfoy te beijando, fica mais fácil? – disse ele, aumentando o tom de voz a cada sílaba.
Petrifiquei. Como uma estátua. Abri e fechei a boca várias vezes... mas a única coisa que consegui dizer foi:
- Você viu...?
- Vi!!- gritou ele, furioso – há pouco, eu fui ver o que tinha acontecido com você que estava demorando tanto. Eu sempre me preocupando com você, sempre! E você, como teve coragem...? MERDA!
Ele socou uma mesinha que estava perto. Eu o olhava, com pena, como fui fazer isso...?
- Justo com ele, Weasley!? –disse ele, seus lábios tremendo de cólera.
- NÃO ME CHAME DE WEASLEY!- eu gritei, chorando.
- Por que? – disse ele, chorando também – Só seu amorzinho Malfoy pode te chamar assim, não é? Apelidos de casais... me desculpe...
- Sabe que não! – eu disse – eu te amo, Harry... Você sabe! Mas eu sei que não tem perdão o que eu lhe fiz...
Roubei um beijo dele, um simples beijo, pra mim seria o último de todos, embora eu não quisesse. Já tem uns três dias que não nos falamos e uma coruja acabou de me deixar uma carta.
“ Weasley
Já sei o que aconteceu entre você e o Potter, aliás, toda Hogwarts já sabe. Sei que a culpa é minha. E eu só escrevi essa carta para ajeitar as merdas que eu fiz. Mostre para o Potter essa carta, A CULPA É MINHA, POTTER!!! Já devo estar morto quando você ler essa carta. Obrigado por me proporcionar esse momento maravilhoso. Saiba que eu sempre te amei... sempre! Sem ressentimentos, cicariz? Só foi um favor...
Até um dia,
Draco.”
“Só um favor...”
- Me desculpe, Malfoy... por não poder retribuir esse amor. Mas saiba que, por um momento, eu amei você...


N/a: e ae gente boa, que ki v6 acharam? uma merda? uma doce de fic? linda? feia? comentem, plix * autora desesperada* se nao gostou, tem problema nao, um crucio basico resolve td neh? hehe
ps: homenageio as minhas migas do core Monique e Laís, que amam d-g. E, se v6 gostam de H/G- H/R vai lah na fic " uma vez amor, pra sempre amor" e "O queridinho da inglaterra" Bjos pessoas! comentem smp! qm sab rola uma continuaçaum? rs

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