Quites?
O Marido Ideal
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Capítulo 10: Quites?
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Draco Malfoy apertou o sobre-tudo contra o corpo e crispou os lábios. Ele estava encrencado. Isso porque seu chefe havia acabado de lhe propor um cargo de chefia no escritório de Advocacia de Londres, um alto e cobiçado cargo, e só havia um problema: o chefe havia deixado bem claro que ele - Draco - precisava estar comprometido, ter um relacionamento amoroso, um estado civil estável. Tudo isso porque a empresa era liderado por "macacos velhos", ou seja, toda aquela porcaria que Draco sempre odiou, aquela coisa fora de moda e clássica fazia toda a diferença, se ele quisesse ocupar um cargo de chefia em Londres e, assim, poder viver bem, financeiramente falando, pelo resto de sua vida.
O senhor Michel Fuhër havia praticamente encurralado ele com perguntas no dia anterior: Você não é casado, é? Tem alguma pretendente? Quais pretensões em relação a família? Ele fugira da maioria das perguntas, desconversando, afinal, a família dele nunca havia sido um modelo de família; seus pais passaram quase todo o casamento tentando manter o nome dos Malfoy, escondendo os problemas, segurando as pontas, mas Draco nunca se enganara com eles e, por isso, na primeira chance que teve, saiu de casa sem pensar duas vezes. Mas aquilo pertencia ao passado, e ele não queria lembrar de tudo o que passara...
E, para grande surpresa de Draco, o chefe comunicou que haveria um baile em Londres, na próxima sexta, aonde ele conheceria os grandes nomes de todos os Escritórios de Advocacia J&M, local aonde ele trabalhava. Isso significava que ele tinha três dias para arrumar alguém para se passar por uma séria pretendente; e isso não incluía todas aquelas modelos com quem já havia transado, muito menos as amigas delas e, menos ainda, as mulheres que ele encontrava nas boates de Frankfurt.
Ele colocou as mãos nos bolsos e empurrou a porta do bar tipicamente inglês, onde ele sempre passava para relaxar após o trabalho. Entrando no local, retirou o sobre-tudo e o segurou apoiado no braço, enquanto se acostumava com o ambiente do local; várias pessoas conversavam, uma música tocava ao longe e todas as mesas estavam ocupadas, assim como os lugares do balcão.
Olhou ao redor, que ótimo, não havia nenhum lugar vago ali.
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- Gin, você não acha que está na hora de parar de beber? - Susan perguntou-lhe, meio que incerta.
- Oh, little Susan, - Ginny gargalhou, apoiando os braços na mesa do bar, atraindo a atenção de vários. - Você às vezes é tãão puritana; eu só quero relaxar, aliás, viemos aqui para isso, não é mesmo?
- Não, Ginny, eu vim aqui porque você me disse que precisava conversar, que estava encrencada, mas não me parece que está preocupada agora.
- Okay, eu vou lhe contar - Ginny suspirou - Lembra daquele caso que eu tive, aquele empresário, Daniel? Aquele loiro perfeito e tudo mais?
Susan Zabini riu, colocando as mãos na boca. Claro que ela se lembrava! Fora idéia da própria Susan fazer Ginny dar em cima dele para tentá-lo a namorá-la, somente para Molly parar de pressionar Ginny, e havia dado cem por cento certo, até o dia que Ginny descobrira que ele tinha fortes tendências "gays", se você me entende.
- Certo, Ginny, é claro o que eu me lembro!
- Então, querida! - Ginny riu, ajeitando os cabelos - Eu estou fodida, porque NÓS DOIS fomos intimados para comparecer no aniversário do meu pai, no sábado e algo me diz que, se eu não aparecer por lá, minha mãe pegará o avião e virá para cá num passe de mágica! - Ginny fez um gesto com as mãos - E, adivinha?! Eu não avisei minha mãe que eu terminei com ele porque tive suspeitas de que ele me trocou por um HOMEM.
- Não! - Susan arregalou os olhos - Meu Deus, o que você vai fazer agora?
Ginny sorriu de canto e disse. - Alguma sugestão?
- Bem, ao menos que você encontre alguém louco para entrar em um relacionamento agora, o que, hoje em dia, é praticamente impossível, já os homens estão cada vez mais escorregadios, se você me entende...-
- Sim, eu entendo - Ginny Weasley disse, bebendo mais um gole da bebeida a sua frente. - Alguém louco para entrar em um relacionamento... Na internet, talvez?
- Hm, um louro sexy, perfeito e gentil, na internet? Me avise se você achar algum... - Susan riu alto.
- Ora, ora, ora - disse uma voz arrastada, vinda de trás de Ginny - Não deveria estar cuidando de seu filho, Feather? E veja só... - Ginny virou-se, deparando-se com o louro. Os cabelos estavam curtos, as bochechas levemente coradas e os olhos azuis estavam, como de costume, opacos e sem brilho, um sorriso cínico estampou-se em seu rosto, como se ele tivesse tirado uma conclusão brilhante sobre alguma coisa. - Virginia.
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Harry levantou-se do sofá lentamente, havia ficado no trabalho até tarde e mal pode falar com Hermione naquele dia, ela havia ido para Praga dois dias antes e não tinha pensado em mais nada desde então, só nela. Isso daria um tempo para eles, um tempo para pensarem no que fazer em relação a relacionamento deles, se deveriam ir adiante ou parar por ali. Harry estava apaixonado, mas ele tinha plena consciência de que, se continuasse com Hermione, as coisas não iriam ser fáceis, isso porque os tablóides já começaram a falar sobre eles, escrever sobre eles e s paparazzi seguiam-os para todos os lugares públicos que iam; no começo, eles acharam engraçado, mas com o tempo aquilo começaria a irritá-los, com certeza.
E isso dava muito para Harry pensar. Passando as mãos pelos cabelos, ele ajeitou a camiseta surrada e desviou seu caminho quando a campainha do apartamento soou. Quem seria aquela hora? Hermione, talvez, ela ficara de aparecer ainda aquela noite. Ou Ron, novamente expulso de casa pela mulher. Ron havia ficado de ir ao médico com Lilá...
Ele foi até a porta e sorriu, a abrindo e no instante seguinte seu sorriso se dissipou e Harry arregalou os olhos. - Blanca?
A morena a sua frente de um sorriso afável e jogou os cabelos para trás. - Olá, Harry Potter.
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O táxi preto parou no meio fio de uma movimentada rua de Londres, era lá que ela queria estar, novamente, sentir toda aquela energia, Londres era a capital da Europa, com toda a certeza. Hermione desceu do carro e ajeitou a saia no estilo balloné e entrou no imponente restaurante, algumas cabeças viraram para olhá-la e ela apenas sorria.
- Boa noite, senhorita Granger - o maître disse, vindo a seu encontro - Me acompanhe, por favor.
Hermione sorriu e dirigiu-se até a uma parte do restaurante onde as mesas estavam vazias, a não ser por uma, onde quatro pessoas jantavam.
- Aqui está - o maître disse.
- Obrigada - ela agradeceu.
O homem alto, de cabelos grisalhos e de olhos escuros virou-se e sorriu para Hermione, levantando-se. - Filha! Há quanto tempo, querida.
Richard abraçou a filha e Hermione lhe disse algumas palavras ao seu ouvido, logo virando-se para cumprimentar a mãe. - Olá, mamãe.
Jane riu. - Minha queriida! O que andaram fazendo com você? Está magnífica - ela tocou ns cabelos cacheados de Hermione e piscou, se aproximando dela - Foi Harry, não foi?
Hermione nunca gostara de se abrir desta maneira, nem mesmo com a mãe, mas teria de admitir que Harry Potter ainda estava em seus pensamentos e nem aqueles cinco dias em Praga deixara Harry longe deles, e ela tinha certeza que ele não deixaria de povoar seus pensamentos tão cedo.
Eles haviam se falado somente na noite anterior, pelo telefone:
-Você estará de volta amanhã, então? - ele perguntou.
- Sim - ela sorriu. - Vou chegar por volta das oito da noite, para jantar no La Dellex com meus pais e uns dois amigos deles.
Ele assoviou - Mas sua vida social anda muito agitada, senhorita. Ainda tem um tempo para mim?
Hermione riu. - Você sabe que minha vida social não é nada disso e sim, eu tenho tempo para você...
- Ainda amanhã?
-Hm, acho que dá para eu sair uns minutinhos antes do jantar para vê-lo... Você acha nove e meia muito tarde?
-Nunca tarde para você, milady.
- Pare com isso!
- O que eu fiz?
-Harry - ela disse em tom de aviso, sorrindo - Eu vejo você amanhã.
- Mal posso esperar!
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- Querido, não vai me convidar para entrar? - a mulher sorriu para ele, quase sedutoramente. Harry apertou bem os olhos e respirou profundamente, aquilo não poderia estar acontecendo, deu um passou para trás e a mulher adentrou o aposento, seus saltos batendo no chão, fazendo um escandaloso barulho, que fez o coração de Harry acelerar mais forte.
- Mas que gracinha esse seu apartamento, Harry, sabe, no meu tempo você morava naquele trailer terrível - Blanca fez uma careta. - Você sabia o quanto eu odiava aquele trailer, não é mesmo?
- Blanca... Eu... - Harry disse, ou tentou, pois no instante seguinte a morena estava passando as mãos por seus ombros.
- Harry, eu estou de volta, baby. Acho que você se lembra quando eu disse que partiria para filmagens do filme e voltaria em breve, não?
- Sim, eu me lembro, mas é que... - Ele tomou fôlego - Você não pode voltar assim, do nada, e fingir que temos algo, que... Você sabe.
- Não - ela pausou - Eu vim aqui para retomar de onde paramos, Harry...
Blanca Gonsález era uma mulher muito esperta e perspicaz. Eles haviam se conhecido em Barcelona, por intermédio de Mark Jonhsoan, um cineasta amigo de Harry que morava na Espanha há dez anos; Harry havia se encantado por aquela mulher, a beleza dela era exótica e diferente e em cinco segundos ela já havia lhe pago uma bebida e puxado uma conversa banal. Ficaram juntos cerca de três meses, então, ela fora chamada para ir até Las Vegas, onde filmaria um curta, eles decidiram então ir junto, que mal teria?
- Oh não - Harry sussurrou, observando Blanca abrir a grande bolsa que carregava.
- Estamos casados, se lembra? - a mulher lhe estendeu os papéis. - Você não assinou os papéis em Las Vegas, se lembra? Disse que queria tentar... - ela deu um sorrisinho - Sabe, Harry, eu neguei isso a você, pois achava que um casamento consumado em Vegas não daria certo, mas não lhe disse isso, em vez disso, disse que sairia para divulgar o filme e depois me dedicaria a outra filmagem e então, quando voltei para lhe encontrar, você havia vindo para Londres. Londres, Harry! E seu nome estava em escândalos e eu não me atreveria a vim aqui---
- O que você está fazendo aqui, Blanca?
- Eu voltei, Harry. E estou mesmo disposta a fazer valer nosso casamento.
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- Sabe, Malfoy - Ginny soltou um soluço - Você está me devendo uma.
- Mesmo? E por que? - Draco levantou uma sobrancelha - Pelo o que sei, fui eu quem lhe resgatou quando se machucou...
- Oh, certo, é verdade. - ela revirou os olhos. - Acho que já estou bêbada. Susy, você estava cer... Ops, cadê a Susan? Ela estava aqui há... Céus, hahaha. Minha cabeça!
- Santo Deus, Virginia. Sua amiga foi embora há uns quarenta minutos atrás! - ele disse, franzindo uma careta - E me deixou a incumbência de levá-la para casa, mas eu estou pensando seriamente em jogá-la em um ônibus de dois andares...
- Eu devo estar bêbada, definitivamente! - Ginny disse, tropeçando nas palavras, bebendo mais um gole de uísque de Draco. Já era a décima vez que ela fazia isso, e ele já havia desistido de reclamar, ela simplesmente não dava ouvidos! - Então, o que fez vir aqui hoje?
- Hum, minha patética vida, creio. - ele disse, baixo.
- Sei. Somos dois, então... Quero dizer, eu estava aqui, pensando em como arrumar um namorado, afinal, não é fácil assim, especialmente nos dias de hoje, mas você poderia, ao menos... Oh já sei - ela dei um sorriso - Você não tem nenhum amigo para me emprestar??
- Eu não tenho amigos, Virginia. E duvido muito que alguém gostaria de lhe-- Ele parou de repente. - Bem, você está bêbada. E não irá... - ele disse para si mesmo. - Ok, Virginia, para quando você precisa de um namorado?
- SÁBADO! - ela gritou, desesperada. O olhar perdido e distante, a voz meio rouca, Draco tinha plena certeza de que, se sóbrios, nada disso passaria pela cabeça dele. E nem dela.
- E suponho que você me faria qualquer favor para isso, certo? - ele disse, petulante. O rosto dela se tornou vermelho, seus olhos se arregalaram e ela levantou-se, cambalenado.
- Não pense que porque estou bêbada, eu--
Ele puxou sua mão, ela soltou-a de sua própria, fortemente. - Não quero nada de você. Seu... Seu... Odiador de crianças inofensivas!
- ‘Odiador’? - ele disse, quase rindo. Aquela mulher não existia. Não era possível, mas havia algo nela, algo que o deixava intrigado...
- Vou embora.
- Não! - ele a seguiu até quase a saída do bar. - Seja minha namorada! - ele gritou, e várias pessoas olharam para eles.
Ginny olhou para ele, confusa, ele passou as mãos pelos cabelos, aproximando-se - Eu preciso de uma parceira na sexta. Você, no sábado. Estaremos quites. Só isso.
- Nunca!" - ela gritou, em pleno pulmões - Eu não sou uma puta qualquer para você apresentar para seus chefes e depois.... Bem - ela gesticulou, infantilmente - Você sabe. Não faço esse tipo de coisa.
Ele cruzou os braços, seus lábios se crisparam num sorriso fino e malicioso. Draco sabia que ela não tinha saída. - Estamos na quarta-feira, Virginia. Eu passarei na sua casa as seis da tarde de sexta-feira, para pegarmos um vôo até Londres, e sei que você estará lá, me esperando, porque não achará ninguém até lá, tampouco eu. - ele lhe estendeu seu casaco e saiu do bar, segurando a porta atrás de si. - Vamos embora daqui.
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Uma morena de cabelos cacheados adentrou o prédio às pressas, sorrindo, subiu as escadas, chegando até a portaria.
- Olá, meu nome é Hermione Granger, estou aqui para visitar Harry Potter.
- Oh, sim. – O homem disse, sorrindo – Pode subir já, ele mandou avisar que estava esperando pela senhorita.
Ela sorriu agradecida e dirigiu-se ao elevador, quando a porta se desse abriu uma bela mulher saio de lá, trombando em Hermione, deixando papéis caírem da bolsa.
- Oh, me desculpe, senhorita – ela disse, abaixando para pegar.
- Oh, está tudo bem, sim? Vá, vá! – ela disse, nervosa. Hermione observou a mulher, franzindo a testa. Ela era muito bonita e parecia estrangeira, ela recolheu rapidamente alguns papéis e saiu do prédio sem dirigir nenhuma palavra a mais.
A morena entrou no elevador, apertando o botão, virou-se para o espelho e ajeitou os cabelos. Ela iria ver Harry, depois de dias! E isso a fazia sentir-se como uma adolescente. Inacreditável.
Olhou para os sapatos e então viu que a mulher que esbarrara nela havia deixado um papel mais para trás, ela abaixou-se e pegou-o, decidindo entregá-lo ao porteiro, mas algo a deteve por um momento, pois lá lia-se:
CONSSENTIMENTO DE DIVÓRCIO.
O casal Blanca Gonsález Potter e Harry James Potter pedem para...
Hermione ouviu o barulho da porta abrir, deu dois passos para frente e deixou o papel cair de sua mão. Harry era casado. E lá estavam os papéis de divórcio, em branco.
O papel caiu e Hermione mal teve tempo de voltar-se para pegar o elevador novamente porque uma voz familiar sussurrou: “Hermione?”. Era ele.
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Continua!
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Eu sei o que vocês estão pensando! E não é nada mui belo!
MEU DESCULPEM! Mas é que todo aquele bloquei-hiper-mega-ultra se apossou de mim e tal e eu acho que ainda não me recuperei 100% porque esse cap. está um lixo, mas espero que tenha sido pelo menos BOM.
SEI que hoje é dia 19, mas como minha professora de Física marcou uma prova dia 21 e passarei o dia todo estudando, amanhã, resolvi postar hoje antes que vocês desistam de ler essa fic! Então, aqui está.
Bem, agradeço aos (194!!!!194!!!!) comentários!
E a Gabi Snape que tentou me ajudar a betar! Eu só não consegui mais falar com você, Gabii!! E as milhares de meninas fooférrimas que deixaram coments fofos, são tantos para agradeçer que nem sei por onde começo!
Bom, é só por hoje, deixem suas opiniões a respeito porfavooor!
E sim, eu li Orgulho&Preconceito, o livro é bem fácil de achar, em qualquer livraria tem! Procure, é liindo demais, e o filme é tudo, né!
BEIJÕES QUERIDOSSSS!
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Mimy Potter.
Obs: Não me matem pelo o que eu fiz com Harry e a Mione, mas a história precisava de ação, né? Eu estava achando tudo muito meloso!
Obs2: Aguardem DG!
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