Chegando lá
Hermione e eu levantamos cedo porque decidimos, ou melhor, ela decidiu que seria melhor viajar nas primeiras horas da manhã. Eu estava particularmente ansioso, a perspectiva de conhecer o pai de minha futura mulher era algo pavoroso. Não que eu não quisesse conhecê-lo, mas o fato de Senhorita Granger não ter dito a ele que eu era um bruxo me enchia de medo e expectativas. Para evitar maiores problemas resolvemos ir de carro trouxa. Aparatar seria arriscado e equivocado demais, se não quiséssemos que as coisas começassem mal. Eu sei dirigir carros, afinal sou auror e nós, aurores, sabemos um pouco de tudo sobre o mundo trouxa, até mesmo dirigir carros. Óbvio que isso não era uma tarefa muito confortável, mas o que eu não faço para agradar Hermione Granger.
- Ron você está bem? – Hermione pergunta com a cara assustada enquanto eu continuo a dirigir.
- Claro que estou meu amor, porque não estaria – menti é claro.
- Não sei, estou com uma sensação ruim, Ronald você nem tocou em seu café, não comeu nem as torradas que você tanto gosta.
- Estou só um pouco ansioso, terá que concordar comigo, Hermione, pedir alguém em casamento não é uma tarefa muito fácil.
- Não se preocupe Ron, tudo dará certo. – segurou minha mão com carinho.
Depois de três horas de viagem, chegamos a Oxford, uma cidadezinha ao sul da Inglaterra. Estou certo que Hermione gostava muito de lá, por que seu rosto ficou iluminado, assim que entramos na cidade.
- Então, o que acho Ronald? – perguntou ansiosa
- Bonitinha
- Bonitinha? Suponho que esteja brincando comigo, não é mesmo? Essa cidade é esplendida, me remete a momentos especiais – falou rindo.
- Espero que não tenha relação com namoricos, Hermione. – disse sério
- O que? Hahahahahaha – riu com vontade
- Do que está rindo, então? – perguntei irritado
- De você, seu bobão. Você acha mesmo que eu namoraria alguém com menos de 11 anos de idade? Ronald eu sai daqui com 11 anos para ir a Howgarts, ainda que eu fosse a menina mais atirada do mundo creio que onze anos é ser precoce demais.
- Bom Mione, você sempre tão esperta, vai ver que tinha seus admiradores secretos.
- Nisso terei que concordar contigo, tinha meus admiradores, mas não eram nada secretos – falou, tentando não rir, - Agora vamos terminar com esse papinho sem graça por que estamos a uma quadra da casa dos meus pais, e além do mais você sabe que te amo, meu amor, esqueça essas bobagens.
Viramos a primeira quadra e demos de cara uma casa muito bonita e com um jardim bem cuidado. Nela havia uma placa onde estava escrito Residência dos Granger. Meu estômago despencou, agora estava mais próximo do que nunca, não poderia escapar, teria que enfrentar meus futuros sogros. Saímos do carro e fui direto pegar as malas enquanto Hermione foi ansiosa ao encontro de seus pais que, para meu horror haviam saído de casa e estavam esperando a filha do lado de fora.
- Papai, Mamãe, que saudade! – gritou Hermione correndo ao encontro de seus pais como uma criança.
- Minha filhinha, meu bebê, meu docinho de coco, minha bonequinha, meu bibelô, meu anjo – o pai de Hermione dizia, enquanto ele e sua esposa abraçavam e beijavam a filha.
Achei muito engraçado a maneira como o pai de Hermione a trata, como se fosse uma garotinha. Se ele soubesse... Esse pensamento bom povoou minhas lembranças, pensei que fosse me acalmar, ledo engano. Continuava tão nervoso quanto antes. Fui me aproximando, devagar com as malas nas mãos, meus pés pareciam não querer obedecer a minha ordem de continuar andando.
- Plaft – caí no chão, por cima das malas.
- Oh! Olá! – disse a Srª. Granger, tentando não rir.
- Oh mamãe, papai esse é o Ron – disse Hermione rapidamente.
- Como vai Ronald? – disse o Sr. Granger, formalmente.
Me levantei rapidamente, muito sem jeito.
- Olá Sr. Granger vou bem e o senhor, como vai? – falei de chofre.
- Vou bem, obrigada. – foi novamente formal.
- Olá Ronald, muito prazer em conhecê-lo, já ouvi muito falar de você. – falou simpática e estendeu sua mão e apertou a minha.
Senti minhas orelhas esquentarem, provavelmente estavam vermelhas. Abaixei para pegar as malas e novamente me atrapalhei e uma das malas se abriu. Era a de roupas intimas de Hermione, voou calcinha e soutien para todos os lados. Senti os olhares se voltarem para mim, mas preferir me manter, dignamente Hermione e Srª. Granger faziam esforços enormes para não rir, podia sentir isso, mesmo estando de costas. E o Senhor Granger... esse eu não queria nem imaginar, dava medo.
- Ron, meu amor, se acalme. – disse Hermione
- Viu Mione, por isso que eu não queria vir, sou um desastre – eu disse e estava começando a ficar irritado.
- Ronald não faça um hipogrifo de sete cabeças, vamos vou te ajudar.
Ela se abaixou pra me ajudar a colocar as roupas íntimas de volta na mala, sob o olhar de reprovação do Sr. Granger que insistia em me perseguir. Então falei num sussurro no ouvido dela.
- Mione, não sabendo que sou bruxo já me odeia, imagina quando souber vai querer me lançar uma maldição imperdoável, e não o recrimino!
- Ronald não faça dramas, papai não te odeia e vai te aceitar numa boa, mas, por favor, não fale sobre magia na frente dele, pelo menos por enquanto. – disse por fim, com um sorrisinho sem graça na cara.
Mil perdões pela demora, mas tenho uma desculpa plausível. Estou me formando neste semestre e estou investindo no meu trabalho de conclusão com afinco, tenho estado bem atarefada. Mas diante de tantos pedidos carinhosos, larguei a mono e “cai de cara” na fic. Acho que não estou tão inspirada, mas prometo que o próximo capítulo vou me esforçar mais! Obrigada pelo apoio e não vou ficar tanto tempo sem atualizar! Promessa de futura jornalista!
p.s: leiam minha outra fic, amanhecendo com vc...
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!