Suave Perfume



Após meses turbulentos achava que não tinha mais cabeça para nada. A morte de Dumbledore abalou todo o mundo bruxo e, as vezes eu achava que era apenas um pesadelo do qual eu estava demorando a acordar. Infelizmente era um pesadelo e muito real. Harry andava muito confuso, mas decidido a ir em frente na sua luta contra o Lorde Voldemort. E eu, como amiga fiel estava disposta a ajudá-lo de qualquer maneira. Ron também estava decidido a acompanhá-lo. Antes da nossa partida para Godric Hollow’s tínhamos que voltar a toca para o casamento de Bill e Fleur. Por incrível que parece havia algo que me empolgava nesse período tão nebuloso. O casamento de Fleur me deixava com os nervos a flor da pele. Por causa disso, agora pensava em Ron o tempo todo. Pensava em todos os momentos ruins que vivemos, todas as vezes em que ele me magoou. Mas também lembrava dos infinitos momentos em que passamos felizes, ao lado de Harry. E eu estava disposta a esquecer tudo de ruim e correr atrás do que eu realmente queria. E o que eu queria estava tão decidido na minha cabeça, só faltava coragem para seguir adiante.
Chegamos a Toca no final da tarde, dois dias após o enterro de Dumbledore. O casamento de Bill e Fleur ia acontecer daqui a uma semana. Eu e Ginny fomos direto para o quarto, trocar de roupa e descansar um pouco.

- Mione, o Harry pediu para que eu me afastasse dele, - disse Ginny apreensiva, quase chorando.
- Ginny tente entende-lo, está confuso precisa de um tempo para se acostumar a tudo isso. Sabe, antes de chegarmos aqui, Harry me disse que te amava muito, mas que não queria que você se machucasse.

Ginny começou a chorar copiosamente, e Hermione a abraçou com carinho dizendo que tudo ia ficar bem.
Ele entrou, tão derepente, não tive tempo nem para pensar. Estava lindo como sempre, usando um abrigo de moletom que parecia deixá-lo tão quente, ou era eu que estava me sentindo quente. Desde do segundo ano Ron me causava sensações tão intensas que nem eu mesma sabia como controlá-las. Só de olhá-lo ficava sem graça, mas fazia de tudo para não deixar transparecer.

- Ron, o que você quer? disse Ginny, se virando e secando as lágrimas nas vestes.
- Você está chorando por que? perguntou Ron parecendo assustado
- Meta-se com a sua vida Ron
- Mas, Ginny...
- Saia do meu quarto, por favor
- Venha Ron deixe Ginny um pouco sozinha, ela precisa descansar – falei e puxei o braço dele, que me olhou espantado e pareceu estar tão quente quanto eu....
- O que aconteceu com ela?
- Problemas com o Harry melhor não nos metermos
- Por que?
- Eles vão se entender Ron, afinal eles se gostam de verdade e quando as pessoas se gostam não há obstáculos que as impeçam de se entender – corei ao dizer isso.

As palavras saíram de minha boca, sem que eu percebesse e Ron parecia surpreso ao me ouvir falar daquele jeito.

- Nossa Srtª Hermione Granger, não sabia que era tão romântica assim, estou surpreso – disse olhando-a com espanto
- Como sempre Ronald Weasley, há muitas coisas que você nunca percebeu em mim – disse com amargura.
- Desculpe Mione, não tive a intenção.

Suas orelhas estavam vermelhas, e como eram lindas assim...


Ronald Weasley você é um trasgo de carteirinha, pelo amor de Merlin, como pode falar tantas besteiras para a pessoa que mais te ajuda neste mundo bruxo. Mione sempre foi uma das únicas meninas com a qual conseguia manter um diálogo, pois ela me fascinava e me amedrontava também. Era inteligente, segura, decidida e... linda... ai Mione como era bonita e mesmo quando não se esforçava para parecer bonita, se superava continuava linda. Quando ela se aproximava de mim, me sentia quente, até excitado por vezes, como se estivesse sendo escaldado. Nunca havia sentido nada antes, nem mesmo quando namorava Lavender.

- Não esquenta Ron, hoje foi um dia muito difícil mesmo.
- As vezes sou um estúpido, as vezes não, sempre.
- Já disse para esquecer, Ronald
- Hermione?
- Oi?!
- Posso te fazer uma pergunta?
- Claro, vai fundo...
- Por que você agüenta minhas besteiras? Por que você suporta minhas grosserias, minha estupidez? Porque não me dá logo um murro?

Nossa, ele sabia que as vezes passava do limite, Ron não tinha a memória tão curta assim. E eu que achava que ele tinha a memória, assim como as emoções, da amplitude de uma colher de chá, estava ligeiramente enganada e assustada também.

- Ah Ron, deixe de besteira, somos amigos e amigos relevam, não é mesmo?
- Mas você é muito paciente, não é tão complacente com Harry - disse rindo.

Ai... Ele percebeu... Ele disse isso e jurei ter sentido uma certa satisfação em sua fala... o que faço? o que falo?

- Bom Ronald acho que é porque você precisa de mais complacência....
- Como assim?
- Seus irmãos...
- O quê?
- Isso, seus irmãos. Enchem tanto sua paciência e são tão intransigentes com você que prefiro me manter firme, mesmo quando o “ senhor” passa dos limites – disse me controlando para não rir.
- Ah, como você é bondosa... obrigada – disse sem me olhar


Ela sente pena de mim, me acha um pobre coitado. Pobre sou mesmo mas, coitado.... é por isso que tenho medo dela. Sempre com as respostas mais convincentes e segura, ela sabe tudo.


- Ron, de...desculpe eu estava só brincando.
- Sou um babaca mesmo, sempre soube disso – disse isso ficando muito vermelho.
- Que nada Ron, te acho muito astuto e...e... você é um...um... rapaz muito bom, você tem um ótimo coração – disse por fim e me sentei rapidamente.
- Obrigada
- Mione posso me sentar ao seu lado?
- Claro...

Sentei ao lado dela e senti seu perfume suave, seus cabelos macios exalavam uma fragrância amadeirada que lembrava muito aquelas poções para lavar cabelo que tia Muriel trouxe da África para mamãe. Um cheiro muito bom que lembrava natureza, já que a África tem uma natureza muito grande, como via nas fotos bruxa.

- Mione você cheira tão bem...
- Ob....Obrigada
- Posso pegar no seu cabelo?
- O QUE? Pode....

Ele estava tão perto que meu cérebro parecia ter sofrido algum feitiço estuporador. Não conseguia pensar, apenas agi. Coloquei as mãos encima de suas pernas e fui deslizando, enquanto Ron continuava a tocar e cheirar meu cabelo. Derepente ele foi descendo e começou a cheirar meu pescoço e sem que eu percebesse ele começou a beijá-lo. Ma não eram beijos leves, eram beijos vigorosos, cheios de vontade e eu sentia que ia voar. Minhas mãos continuavam a acariciar as pernas tão firmes de Ron.

- Ai Ron, não faz assim...
- Hermione você não está gostando? disse sem se afastar do pescoço da garota.
- Estou adorando mas, tenho medo de perder o juízo...
- Então perca!!!!
- Hem hem!!!

Nos afastamos, a Sr.ª Weasley e Fleur estavam na porta olhando para os dois com um olhares intrigantes.

- O que estão fazendo crianças?
- Conversando mamãe – falou Ron, que agora estava escarlate
- Bom, acho melhor conversarem – deu grande ênfase a palavra – mais tarde por que o jantar está na mesa e só faltam vocês.
- Sim mamãe...

Por que minha mãe tinha que chegar logo agora, além de fazer a Mione passar a maior vergonha, me fez perder a oportunidade de beijar a garota mais bonita e legal que conheço. Nossa... mas como foi bom... a melhor cheirada de pescoço da minha vida....

Minha primeira fic. me estimulem comentando, por favor!
bjus a todos








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