Cuidado com a coisa
15. Cuidado com a coisa
Draco estava a caminho da sua sala comunal quando aconteceu um pequeno acidente. Uma garota surgiu completamente do nada, correndo e assustada; tão assustada que, olhando para trás, não viu Draco; e correndo tanto que não houve tempo para que ele se desviasse. Na verdade, quando seu cérebro processou que seria melhor ele ir mais para o lado e deixar alguém passar, ele já estava a meio caminho do chão.
Ouch. Estava doendo. A menina também havia caído, na direção oposta. "Que cena ridícula", pensou Draco, levantando-se o mais depressa que pôde. Olhou para a garota. Ele a conhecia. Era aquela Corvinal do grupo de teatro, a Tiara. Ou seria Scila? Ele não se lembrava. Ele nunca havia se preocupado em aprender o nome dela, e não o lamentava nem mesmo agora. O que chamou sua atenção foram as coisas caídas pelo chão: varinha, uma faixa azul-escura, algumas penas, um tinteiro que se quebrara... e um livro. Um livro que ele reconhecia muito bem. Velho, gasto, sem título. Era o livro que Luna carregava por toda a parte. Ele tinha certeza. Não havia mais nenhum livro que se parecesse minimamente com aquele - bem, não algum que as pessoas se interessassem em carregar por aí.
Draco escutou risadas conhecidas ecoando pelo corredor. Era Pirraça, o poltergeist, que se aproximava. Bem, pelo menos estava explicada a origem do pânico na menina: ela devia ter entrado no "Salão do Pirraça".
"Salão do Pirraça" era o nome que haviam dado à sala vazia que o poltergeist tomara para si. Aparentemente, ele havia ficado chateado por ser a única entidade fantasmagórica sem ter uma parte do castelo para chamar de 'sua' e, por isso, tinha resolvido arranjar ele próprio um lugar para si, decorado à sua maneira ("um antro para tramar seus ataques", nas palavras de Filch). Infelizmente, ninguém tinha muita certeza de onde a sala ficava - o que não impedia Pirraça de "castigar" os que entrassem em seu recinto sem permissão. E ele podia ser realmente maligno. Ok, talvez não maligno, mas ninguém estava muito a fim de tê-lo correndo atrás de si, estragando suas poções, riscando seus pergaminhos e pintando seu rosto enquanto dormiam. Como ninguém parecia capaz de impedí-lo, haviam simplesmente adotado a política de deixar a tal sala em paz (mesmo porque, se ela fosse importante ou frequentemente utilizada, saberiam qual era). Infelizmente, parece que algumas pessoas ainda teimavam em entrar lá por engano (ou talvez quando julgassem que ele não estava por ali).
Scila, ou Tiara, apanhou a varinha e saiu correndo ainda mais depressa do que antes. Draco não achava que a garota fosse conseguir fugir. Sua única esperança era não ter sido vista quando entrara e poder se misturar aos outros alunos antes que Pirraça resolvesse aquele probleminha. Pegou o livro de Luna do chão. Fora alguns respingos de tinta na capa, estava perfeito. Levou-o consigo.
Infelizmente para Malfoy, a sala da Sonserina não estava vazia.
- DRACO, AONDE VOCÊ PASSOU A NOITE QUE NINGUÉM TE ENCONTRAVA DE JEITO NENHUM? - gritou Pansy, com os olhos faiscando. Só faltava as mãos na cintura.
- Em algum lugar bem longe de você. - respondeu ele, seco. Tinha cada vez menos paciência para os surtos daquela garota. Os outros alunos que estavam na sala olharam para Draco de maneira reprovadora, solidarizando-se com Pansy; mas ele não se importou.
O dormitório estava vazio. Draco resolveu dar uma espiada no livro de Luna, e abriu uma página ao acaso. Estava completamente em branco, exceto por uma anotação, feita à mão, mais ou menos no centro:
Que só têm verniz e não tem invenção
E tudo aquilo contra o que sempre lutam
É exatamente tudo aquilo o que eles são"
Hmm. Virou a página. Era exatamente igual, só mudando o texto:
A coisa coisa sempre e também coisa por aqui
E quando acho que estou quase chegando
Tenho que dobrar mais uma esquina
E mesmo se eu tiver a minha liberdade
Não tenho tanto tempo assim"
Fechou o livro. Caso ele não soubesse a quem pertencia aquilo, já teria adivinhado só de folhear. Típico da Di-Lua. Ele tinha que devolver. Não ia custar nada... talvez amanhã, quando ela fosse à biblioteca. Ela sempre ia...
A BIBLIOTECA. Draco lembrou-se que tinha horário a cumprir com Irma Pince, apesar de tudo. Ajeitou-se e foi correndo para lá. Não encontrou Luna na sala de leitura naquele dia. E nem no refeitório.
Em compensação, ele a viu depois do jantar (que ele acabou bem depressa, aliás). Ela estava caminhando com uma pilha de papéis na mão e parecia muito, muito triste. Se havia notado que ia na direção de Draco, não pareceu demonstrar.
- O que é isso, Lovegood? - perguntou ele, referindo-se aos papéis.
- Ah, oi Draco. - respondeu ela, abatida. - Então... isso são... são cartazes. Alguns cartazes que eu fiz. Normalmente, eu só os faço no final do ano, você sabe, caso as minhas coisas que desapareceram não tenham aparecido ainda. Mas... mas... esse livro é muito importante para mim. Eu não gosto da idéia de deixá-lo por aí.
Draco olhou de esguelha para os cartazes que ela pretendia afixar. Sem dúvida alguma, falavam do livro que ele trazia consigo. Provavelmente a menina da Corvinal pretendera escondê-lo no "salão do Pirraça" para que Luna fosse perseguida pelo Poltergeist quando tentasse resgatá-lo. "Tomara que Pirraça a tenha pego", pensou ele. Luna continuava falando.
- Eu sempre o carrego comigo! Mas ontem eu o esqueci quando troquei de capa... e... quando eu voltei hoje... ele tinha sumido. Eu preciso encontrá-lo. Eu preciso... - dizia a menina, parecendo a ponto de chorar.
Draco puxou o livro das vestes e estendeu-o para Luna.
- Poupe seu tempo. Está aqui. Eu tomei de uma garota da Corvinal hoje cedo. Não que eu entenda porque você gosta tanto desta porca... - ia dizendo ele, mas a frase jamais foi concluída. Isso porque Luna, vendo o livro, simplesmente arremessou-se em cima de Draco, dando um abraço que mais um pouco o sufocaria. O livro caiu no chão com o susto que ele levou.
- Obrigada - dizia ela, agora efetivamente chorando. - Você o achou, obrigada, obrigada...
Draco ficou imóvel. Praticamente em choque. Era tão bom tê-la ali, pertinho... mas, ao mesmo tempo, ele não sabia o que fazer. Toda espontaneidade; aquela era Luna Lovegood. E ela parecia decidida a não largá-lo, a não terminar aquele abraço. Completamente sem jeito, com movimentos um tanto rígidos, Draco acabou por enlaçá-la também. Sua idéia original era afastar Luna de si, mas ele simplesmente não pode. Era bom estar ali...
Ficaram assim algum tempo, até que Luna pareceu julgar que era o suficiente e o soltou.
- Obrigada - ela continuava repetindo, como se fosse um mantra - obrigada, obrigada, obrigada, obriga...
Draco pegou o livro do chão e o entregou à ela.
- Lovegood, esse livro é completamente sem nexo. Porque você gosta tanto dele? - perguntou.
- Ele era da minha mãe -respondeu Luna, limpando o pó que eventualmente houvesse sobre ele - ora, vejam, algumas manchas de tinta... bom, tudo bem, a capa serve pra isso mesmo... então, ele era da minha mãe. Era aonde ela anotava frases e citações de que gostava. Fez isso durante toda a vida. Ela morreu quando eu era muito nova... e bom... gosto de ter o livro comigo... você sabe... é como se eu a tivesse um pouco mais perto de mim. É também como se eu pudesse conhecê-la um pouco melhor, lendo-o... apesar que agora eu o sei quase de cor...
"Bem, ao menos agora sei que ela não tem toda a culpa de ser maluquinha assim. Quer dizer, a coisa toda é genética..." pensou Draco, lembrando-se das frases que havia lido no livrinho. Mas mesmo assim, ele compreendeu o significado daquele livro para Luna. Entendeu porque ela o carregava para toda parte. A razão da tristeza em tê-lo perdido. E ficou imensamente satisfeito em ter podido devolvê-lo - só aquele sorriso valia qualquer coisa. Luna havia parado de chorar, mas seus olhos ainda estavam molhados, o que fazia com que reluzissem. E o sorriso que estampava era o maior que Draco já vira. Parecia tão óbvio que ele se perguntou, de novo, porque é que havia demorado tanto para perceber o que estava acontecendo.
Infelizmente, eles haviam se esquecido que estavam no corredor logo após o jantar. O que queria dizer que eles não estavam sozinhos. E algumas pessoas não gostaram muito daquela cena.
- Draco! - disse Freya, em um tom de incredulidade impressionante. - o que você está fazendo aí de papo com a Di-Lua?
- Não é da sua conta, Shwon. - respondeu ele. Era a primeira vez que ele se referia à Freya pelo sobrenome.
- Ui, estamos agressivos hoje. Draco, Draco... que está acontecendo com você? - ele preferiu não responder.
- DRACO -berrou Pansy. - COMO VOCÊ SE ATREVE A FICAR AÍ COM A DI-LUA AO INVÉS DE FICAR COM A GENTE? VOCÊ POR ACASO SABE O QUE ISSO SIGNIFICA, O QUE VÃO PENSAR, O QUE VAI SER DA MINHA IMAGEM QUANDO ELES PERCEBEREM POR QUEM É QUE EU FUI TROCADA, EU NÃO MEREÇO ISSO, EU...
- Pansy, cala a boca. - disse Draco, autoritário. Infelizmente, a gritaria dela já havia atraído uma dezena de olhares curiosos. "Maravilha", pensou ele.
- Malfoy está defendendo a Di-Lua? Está brincando! - disse uma voz masculina. - Por Merlim, Draco, todo aquele serviço deve estar afetando a sua cabeça. Nem consegue perceber o quanto ela é pirada! Será que está pirando também? - ouviram-se risos.
- Daqui a pouco vai começar a acreditar em criaturas do gelo - disse Freya - ou em alguma outra das idéias ridículas que ela tem.
- Não são ridículas para ela. - disse Draco. A situação estava deixando de ser desconfortável para se tornar irritante. E perigosa.
- Está defendendo MESMO...
- Siegfried, cala a boca. - disse Draco. - Você nunca entende nada.
Mas e quanto à ele? Ele entendia?
Os curiosos haviam cercado o lugar. Estava impossível de atravessar o corredor agora - não que alguém realmente quisesse atravessá-lo quando percebia o que estava acontecendo ali.
Pansy estava histérica, berrando de novo.
- DRACO, NÃO ACREDITO, COMO VOCÊ TEM CORAGEM? VOCÊ ME TROCOU, ME TROCOU POR... POR ISSO! - gritava ela, se aproximando de Luna. - PELA CORVINAL MALUCA QUE CARREGA LIXO! - completou ela, arrancando o livro das mãos da outra. Com o esforço de Luna para segurá-lo, acabou soltando um pouco a capa, mas o volume ficou nas mãos de Pansy.
- DEVOLVA MEU LIVRO! - berrou Luna.
- Oh, pobrezinha da Di-Lua, perdeu o brinquedinho, foi? -disse Pansy, divertida. Mas logo não achou mais nada divertido. Draco aproximou-se dela, sério. E, sem emitir nenhuma palavra, apertou-lhe o braço para impedir qualquer movimento (como atirar o livro para Freya) e puxou a encadernação de volta. Pansy não sabia o que era maior: a dor ou o susto. Ele estendeu o livro de volta para Luna.
- Malfoy, que está fazendo? - disse Siegfried.
- O livro não é da Pansy. -replicou ele.
- Não! Mas é da Di-Lua! - disse o garoto, como se isso explicasse tudo.
- Siegfried. Faça um favor a si mesmo e fique calado.
Siegfried ficou irritado e puxou sua varinha, mas Draco foi mais rápido com seu Expelliarmus. Aquele duelo com o Potter tinha servido para alguma coisa, afinal. O adversário estava desarmado e na mira de Draco.
- DRACO!!!!!!!!! - berrou Freya, pegando a própria varinha. - EXPERIMENTE FAZER ALGUMA COISA COM O MEU IRMÃO, SEU...
- Freya, se não ficar na sua vou me esquecer que você é uma garota. -disse Draco, virando-se para ela.
A menina ficou furiosa. Ia azará-lo de uma maneira que ele jamais esqueceria. Mas acabou ficando petrificada antes de tentar qualquer coisa. Fora Luna, cuja própria varinha estava agora empunhada. Ela não precisava esquecer que Freya era uma garota.
- MAS COMO SE ATREVE, SUA IDIOTA LOUCA! - berrou Siegfried, aproximando-se de Luna mesmo sem varinha alguma. Estava com um olhar furioso.
- Estupefaça. - disse Draco Malfoy, antes que pudesse pensar em qualquer coisa.
Naquele momento, a movimentação já atraíra um professor.
-MALFOY! ESTUPORANDO ESTUDANTES EM PLENO CASTELO? -era a voz de Severo Snape. - Creio que nosso diretor vai ficar... encantado. Você realmente não se cansa de envergonhar a Sonserina, não é? Para a sala de Dumbledore, comigo. Agora mesmo. Vocês todos, o espetáculo acabou, podem ir embora. Mandarei alguém vir ver os alunos enfeitiçados.
"O QUE FOI QUE EU FIZ?" pensou Draco, acompanhando Snape. Porque ele havia estuporado o menino? A resposta era mais ou menos clara: fora o único feitiço que lhe viera à mente. Não, mais do que isso... fora o único feitiço RAZOÁVEL que lhe viera à mente, uma vez que maldições imperdoáveis não eram escolhas possíveis. Ele iria bater em Luna, tinha certeza. Uma ridícula técnica trouxa, mas que possivelmente iria feri-la do mesmo jeito. Idiota. Talvez ela pudesse detê-lo com sua varinha... sim, na hora ele não tinha pensado nisso. Talvez ela pudesse. Droga! Ou melhor, droga nada. Ele não queria arriscar. Não queria mesmo. E se o susto a impedisse de pronunciar corretamente? Não. Era melhor não ter arriscado. Ele faria de novo. Ele sabia.
Mas o que havia acontecido ali? Draco havia enfrentado um bando de Sonserinos na frente do colégio inteiro... pra defender Luna! Luna Lovegood! "Minha vida está acabada", pensou ele. Mas será que estava mesmo?
Tudo havia acontecido depressa demais para ele poder pensar com clareza, mas ele se recordava de alguns lampejos de consciência. Que Freya havia sido impertinente, isso ela havia. Contudo... ele poderia não ter defendido a Luna. Poderia, mesmo. A verdade era que ele simplesmente não queria. Ele estava correndo um risco, um risco muito grande de perder todos os amigos por conta daquele episódio. Mas pensando bem... o que ele realmente perdia?
Lembrou-se dos olhares furiosos que recebera mais cedo, na sala comunal. Não se importara. E mesmo agora, não se importava que os irmãos Shwon nunca mais falassem com ele. Pansy, então, seria uma graça divina que parasse se atormentá-lo e considerar-se a senhora Malfoy em potencial. Por favor, ele nunca sequer a beijara. Ele sentia que deveria ser amigo deles... mas, ao mesmo tempo, não era. E ele sabia. Eles ficavam atrás dele por interesse. Porque era um Malfoy. Não se interessavam de verdade por ele ou por seu bem-estar. Se precisava de alguma prova, a obtivera agora. Tudo bem que a Di-Lua fosse completamente pirada, mas eles o conheciam... e, pelo visto, não haviam hesitado um segundo em ir até lá enchê-lo assim mesmo. Toda o relacionamento deles estava sendo trocado por alguns comentários ácidos? Tudo que haviam passado desprezado apenas porque ele estava CONVERSANDO com a Luna naquele momento? Muito bem. Pior para eles.
Draco não estava realmente perdendo nada. Ele conseguia entender isso.
O que ele não entendia direito era o que havia acontecido. Ele não tinha decidido que ia simplesmente ignorar aquela história ridícula de gostar da Lovegood? Não. Ele não tinha.
"E tudo aquilo contra o que sempre lutam/ é exatamente o que eles são", lembrou ele. Se ele estava se preocupando em esconder o sentimento, estava na cara que existia. E, se existia... ele sabia. O esforço seria em vão. Podia esconder, claro, mas iria doer e não adiantaria nada.
E agora ele tinha ainda mais certeza que não queria fazer aquilo. Não queria mais viver de imagens. Não queria mais ser obrigado a ser feliz vendo os outros felizes. Todos teriam adorado que ele tivesse ajudado a rechaçar Luna. Todos menos ele. Ele sabia que não ficava feliz quando via Luna triste. Podia esconder, mas ele sabia que não ficava feliz. E Draco agora percebia que a única pessoa que lhe interessava ver feliz era a si mesmo.
Sentiu um frio na espinha. Estava em um terreno perigoso. Mas decidiu não ser covarde. A segurança que seu mundo lhe proporcionava, era uma que ele não queria. Ele amava seu nome. Ele iria honrar seu nome. Mas não renegando absolutamente tudo o que lhe era particular. Por Merlim, a tradição deveria ser motivo de orgulho e felicidade, não de incômodo. Ele simplesmente não deixaria que ela se tornasse um. Lovegood não era uma sangue-ruim. Tudo bem. Ele se lembrava que ela havia dito que não queria mais falar com ele, ou algo assim. Não se importava. Deuses, ele era Draco Malfoy. Não havia absolutamente nada que ele quisesse que não conseguisse. Muito menos uma garota.
Haviam chegado ao escritório de Dumbledore, sem que Draco percebesse. A realidade então tirou-o de seus devaneios.
"Vou ser morto. Vou ser expulso. Vou ser condenado à trabalhar com elfos domésticos. Por favor, que aconteça nessa ordem".
O diretor pediu à Snape que saísse da sala, assim que ele explicou o acontecido e porque havia levado Draco diretamente até ele.
- Draco, Draco... soube que estuporou seu colega Siegfried. Este ano está bastante agitado nesse sentido....
- Bem... sim. Mas ele... eles estavam maltrantando Luna! Ele ia bater nela! Ele ia, eu sei que ia...
Dumbledore olhou-o inquisitivamente. Draco pôs-se a contar sua versão da história, ficando extremamente envergonhado. Era embaraçoso admitir em alta voz que andara defendendo Luna. Ele sabia que havia uma dúzia de feitiços que poderia ter usado ao invés daquele. Talvez o próprio feitiço de imobilidade. Não sabia explicar porque havia usado logo aquele. Não em voz alta.
O diretor o encarava por detrás de seus oclinhos meia-lua. Pensava no que tinha ouvido e na estranha história que Minerva havia contado à ele mais cedo. Pensava em tudo que podia se lembrar sobre Siegfried Shwon.
- Muito bem, Draco, preciso pensar a respeito. Você pode voltar para o seu dormitório agora. Tomarei as medidas que julgar adequadas sem mais tardar.
O menino saiu de lá suando frio, pensando no que lhe aguardava.
Tanto que não percebeu algumas esmeraldas se acumulando no contador da Sonserina.
Em sua sala, Dumbledore estava pensativo, mas ainda assim... conseguia exibir um sorriso satisfeito em seu rosto. Draco não era mau, isso ele sabia. Mas parecia que finalmente ele estava tomando jeito...
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Nota da autora: Oi, oi! Desculpem, desculpem a demora!
Esse capítulo tava destinado a não sair, eu acho... reescrevi o começo dele várias vezes (na primeira versão, o "duelo" era logo de cara e sem a Luna por perto... tinha uma em que ele discutia com a menina da Corvinal... também tinha uma outra em que o livro da Luna tava com o Pirraça... talvez eu aproveite essa cena, aliás XD). Bom, quando finalmente consegui alguma coisa mais ou menos prestável, acreditam que o pc apagou todo o texto quando eu tava além da metade? Quase tive um treco!
Mesmo assim, me comprometi a reescrever tudo... porque o 16 não tem como vir antes do dia 28 ou 30 de novembro.
Isso porque estou LOTADA de coisa pra fazer e entregar, e duvido que haja tempo livre para eu me sentar na frente do word e confeccionar o próximo capítulo.
Peço muitas, muitas desculpas, e espero que não me abandonem!
Por conta da demora e desse capítulo... e da possível demora do outro...
Eu não gostei muito desse cap, na verdade... principalmente da cena do "duelo". A única coisa que simpatizei foi o Draco decidindo que queria admitir que gostava da Luna. Achei que o motivo ficou bem legal e plausível, porque essa coisa de imagens e tralalá eu vim desenvolvendo até agora.
E percebam que ele não renegou a família, nem as crenças, nem nada!!
Bom, eu espero, pelo menos... pra mim ficou bom... digam vocês o que acham! Muito corrido? Ou "TAVA NA HORA, DRACO, EU SEMPRE GOSTEI DE VOCÊ!"?
E bem, que mais...?
Os trechinhos do caderno da mãe da Luna são de uma música da Legião Urbana que quase ninguém conhece, "Marcianos invadem a Terra". Eu achei que a parte da coisa coisando por aí era bem típica da Luninha (aliás, o título era "cuidado com a coisa" pela confusão que o livro arranjou).
No Sparks, é uma bíblia - mas claro que eu tive que mudar isso. Achei que assim ficou melhor.
Espero que não tenha ficado muito ruim...
Já é quase de manhã, estou cansada e com sono, de modo que os agradecimentos não vão sair muito bons... mas deixo aqui registrado que NATH (FÊNIX NEGRA), MARI & LORENA são as proprietárias honorárias da minha fanfic (obrigada por tudo, lindas!!!!), assim como a EVELIN, que integrou o grupo recentemente.
Praticamente os três mosqueteiros, que na verdade eram quatro! XD
Também não posso esquecer da Guigui_aluada, que começou a ler agora e me deixou muito, muito, MUITO FELIZ com o comentário e opiniões dela! Obrigada!
Agradeço demais todo o apoio de vocês, mesmo!
Um beeeeeeeeeeijo!!!!!!!!!!!!
Pra você, voyeur, também. Mas mais pra elas.
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