De Mal a Pior
“Tic...Tac...O tempo corre”
Capítulo 7
De mal a pior
Harry?... Harry você está me ouvindo?
Harry abriu os olhos lentamente. O sangue pulsava quente em sua cabeça, causando uma dor escruciante.
Hermione observava-o penosamente. Talvez não houvesse que o garoto havia levantado, pois as lágrimas cobriam-lhe o resto de uma forma que chegava a estragar suas feições belas.
Harry não se lembrava de muita coisa, seu corpo estava dolorido, sua mente estava confusa. Hermione segurou seu braço e o ajudou a se sentar.
Aos poucos, Harry foi se lembrando do alçapão, de como Dobby desaparecera e ele inutilmente tentara fugir, sem varinha e sem auxilio de magia...Agora estava ali, sentado, contemplando as chamas quentes e crepitantes da lareira.
--Hermione... como vocês me acharam?O que aconteceu?
--O estrondo já foi o suficiente para percebermos que tinha algo errado...Eu fui ver o que era, e vi você desmaiado...Mas, afinal, o que te deu na cabeça para entrar sozinho naquele alçapão?
--Eu não estava sozinho...Entrei com Dobby...Estavámos...—Harry se lembrou que pulara lá para fugir da pessoa que saíra daquela porta assombrosa. Mas...afinal, não havia pessoa alguma. Harry se assustou apenas com o ruído da porta se abrindo, mas não viu nada alem disso...Hermione iria achá-lo um medroso se dissesse a verdade—Estavamos procurando pistas... eu afinal encontrei umas páginas... as paginas que faltavam para o livro que você achou... elas falavam sobre o ritual...Mas estavam escritas em uma língua estranha, em uns símbolos que eu nunca vi antes...
--Harry!Isso é ótimo...Depois que comermos podemos ir lá ver!Rony e os outros estão preparando o café da manhã.
--Me passa um pão Harry?
Harry fitou Gina com um olhar penetrante e pegou o último pão do pacote.
--Vê se não como mais que o necessário...Não podemos nos dar ao luxo de desperdiçar comida.
Gina olhou-o com amargura, e sem nem tocar no pão, saiu correndo e subiu as escadas...
--Harry, eu queria saber de uma coisa...O que te fez acordar no meio da noite e decidir investigar aquele alçapão?—Hermione perguntou com sinceridade.
--Eu tive um pesadelo...Estava andando por um corredor, haviam armaduras e corpos para todo o lado, voc... alguém gritava por socorro...Quando acordei estava deitado, caído em frente à mesma porta de sempre...Sai correndo para o meu quarto, foi quando vi, escrito à sangue no lençol, pregado na parede, um pedido. Um pedido de ajuda. Se você quiser ver...
Harry abriu lentamente a porta. Harry e Hermione contemplaram um quarto que não esperavam. Era o quarto de sempre, todo e qualquer vestígio da visita noturna havia sumido. Harry procurou atônito alguma resposta, que pudesse explicar como tudo sumira. A única alternativa que lhe restou foi Monstro. O elfo tinha mania de agir errado nas horas erradas
--MONSTRO!—Harry gritou. Hermione ainda olhava confusa para o quarto vazio. –Monstro, é melhor você aparecer...
--Monstro!—Hermione ajudou—Monstro, apareça, não vamos maltrata-lo...
Mas o elfo não apareceu, Harry e Hermione chamaram pela casa inteira, mas nada de Monstro.
--Nem adianta...Ele deve estar lá...—Harry apontou para a porta de carvalho, uma ira crescente tomando conta de seu ser...
--Não se irrite, Harry—Hermione passou a mão sobre a mão do garoto, que tremia de raiva ao apontar para a porta.—Monstro deve estar dormindo... Não vale a pena se irritar... por que não descemos por esse alçapão e procuramos as folhas?
--Ok,--Harry concordou—Vamos descer lá...—E pulou para dentro, seguido de Hermione.
A mesa ainda se encontrava quebrada no chão, o caixão caído, mas ainda tampado e de aparência ainda mais perigosa. Harry procurou pelo chão os papéis, mas não havia nada além de folhas em branco, sujas pela terra fofa.Não é possível!, Harry pensou. As folhas não podiam ter sumido assim.
--Hermione, me ajuda aqui...—Harry segurou por um lado do caixão. A garota segurou no outro e os dois levantaram...O peso era grande para ter somente um corpo ali dentro. Foi imaginando quantos já haviam morrido naquela sala que Harry carregou o caixão até o lado, na esperança de que os papeis estivessem ali. Afinal, todo o esforço serviu apenas para aumentar a fadiga dos dois, que não acharam nada.
Harry olhou para Hermione inconformado. A garota apenas acenou cm a varinha e os dois subiram lentamente para o chão firme do corredor.
Isso não pode estar acontecendo, eu não sou louco...Por que, meu Deus?.Harry não conseguia se conformar.E tudo ficava pior quando Hermione olhava-o daquele jeito, com um sentimento de pena estampado na face.
--Não fique com essa cara de pena!EU NÃO SOU LOUCO!!!
--Pare de gritar e olhe!—Hermione gritou, ressentida.
Harry escorregou para trás. Caiu sentado no carpê, os olhos se fixavam bobamente na cena que se erguia à sua frente. Dobby estava lá, no banheiro, pendurado pelas pernas numa pesada corrente presa ao teto. A cabeça torcida cento e oitenta graus, os olhos vidrados e sangrando, olhavam para as próprias costas, onde estava cravado o punhal de prata. Na banheira, uma possa de sangue se formava sobre alguns pergaminhos já conhecidos por Harry. O mesmo sangue que escorria de Dobby também jazia escrito no espelho.
Please, Help Me
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