O principio do fim.
“Alguns dizem que os seres humanos conseguem amar, outros, que os homens não têm sentimentos... Eu não sabia o que era verdade, até olhar para o meu próprio reflexo e ver que nenhuma das alternativas era correta... Pois eu não sabia amar, mas tinha sentimentos...”.
1- O principio do fim.
No começo do inverno, eu, Draco Malfoy, procurara desesperadamente pelas folhas deixadas pelo outono...
Depois da morte dos meus pais, e a derrota do Lorde das Trevas, passei a viver com meus avós paternos, que nunca se importaram comigo.
Tinha de terminar o sétimo ano consecutivo para ser um homem livre, porem fora nas férias onde tudo começou...
Estava chovendo muito forte, sabia que não poderia sair assim, porque eu tinha um tipo de doença, nada muito grave, mas que corre riscos a qualquer hora: a asma.
Mal conseguia ver algo naquela escuridão, o barulho da chuva estava muito forte, apenas os raios de luzes da tempestade iluminavam o céu.
Até que tive um ataque de asma, e como havia me esquecido da minha bomba de ar, cai no chão, me contorcendo, tentando de alguma maneira respirar, parecia que estava acabando embora algo me dissesse para não desistir, então tentei, tentei, mas nada.
Lentamente, vi um vulto se aproximar, parecia estar correndo para me ajudar, mas minha vista estava turva, minha ultima visão, foi um anjo ruivo gritando:
“Não desista!”
Acordei numa cama macia, abri lentamente os olhos, não sabia direito o que havia acontecido, apenas minha ultima visão.
Provavelmente estava na minha suposta casa. Meus avós sabiam que eu odiava ir para o hospital, e se não fosse pela gloriosa asma, não teria problemas de saúde.
Tudo ocorreu bem depois, fui para Hogwarts dois dias depois.
Todos me respeitavam, ou apenas tinham medo de mim, eu era um garoto muito admirado por ambos dos sexos, mas ninguém falava comigo, me sentia melhor assim, embora algumas vezes aquilo fosse perturbador não ter ninguém para conversar, mas já era acostumado. Eu não atacava mais o Potter, pois me sentia igual a ele: um órfão, porem, sem ser idiota.
Numa manha qualquer, a Weasley caçula esbarrara em mim, estava linda, mas como eu era arrogante, falei:
“É cega?”
“Se fosse não estivesse ao seu lado!” – ‘Que resposta idiota’ – pensei, não tinha entendido no que ela quis me dizer, porem eu havia encontrado uma diversão para mim.
“És louca? Ou só tem o cérebro um pouco menos desenvolvido?” – Ela ia me falar algo, mas o sinal tocou, finalizou a conversa – “Nos vemos mais tarde, pequena!”.
Depois do incidente, era impressionante como nos encontrávamos, mas acho que sempre a via, mas não percebia cada encontro, uma briga e mais admiração.
Então finalmente ela tocou no meu ponto fraco.
Numa aula vaga, fui até os jardins, me encontrava acima de uma arvore, eu sempre pensava em porque eu não conseguia sentir afeição por nada, talvez algum dia, ou talvez não, e se eu morresse antes, acho que seria melhor do que viver assim...
“Malfoy, mas que surpresa!” – Era ela de novo, a pequena, com os mesmos olhos inocentes e brilhantes, eu ficava me perguntando o porquê de tanto brilho, já que os meus nunca brilhavam, mas eu não sabia que sempre quando a via meus olhos poderiam até faiscar, reluziam de uma forma impressionante, e não aconteceu diferente naquela vez.
“Pequena...”-Ela me cortou como sempre o fazia.
“Duvido que saiba o meu primeiro nome!” – Perguntava ela desafiadoramente.
“Por que gostaria de saber?” – Ela apenas sorriu.
“Talvez porque quando eu for maior que você, não haverá mais –pequena- para me chamar!”
“Você nunca será maior que eu!” – A olhei de baixo para cima e fui me aproximando. – “Praticamente sou uns oito centímetros mais alto que você!”.
“Não estou falando desse tipo de auge!” - Ela sorriu um sorriso que me fascinava, e o olhar cheio de sentimento, enquanto os meus eram frios.
“De que então você esta falando?” – me fingi de desentendido.
“Do momento em que eu conseguir curar a sua asma!” – Aquilo me pegou de surpresa, me afastei rapidamente dela, virando-me para trás, começando a ir embora, não podia ser, ninguém sabia da minha doença, aquela que me atormentava todas as noites- “Não precisa ficar assustado!”.
“Não estou assustado!” – continuei andando com passos largos, percebi que ela me seguia correndo para me alcançar, então ela gritou:
“Nem ficar com medo!” – Ai eu parei de repente e me virei para ela um segundo depois, acho que foi tão inesperado que ela esbarrou em mim. E se eu não a tivesse segurado, cairia no chão.
“Como você sabe?” – Apertei seus pulsos e a coloquei mais próxima a mim. Ela nada me respondeu-“COMO VOCÊ SABE?” – Gritei.
“Você está me machucando!” – Olhei para os pulsos, estavam vermelhos, os soltei lentamente como se dessa conta do erro que estava fazendo, fiz uma cara de arrependido, ainda olhando para o chão. Senti uma enorme vontade de chorar, mas consegui me controlar quando senti dois braços finos me enlaçarem ao pescoço, fazia tempos que não era abraçado, acho que o ultimo que havia recebido, era da minha mãe, mas fazia tanto tempo...
Sorri. Depois de algum tempo juntos, eu apenas disse:
“Até logo, Ginny...” – Eu sabia seu nome? Nem mesmo eu sabia, apenas havia me lembrado que na noite anterior eu havia sonhado com esse nome, como se alguém me falasse no meu ouvido.
Ela sorriu mais docemente como sempre fazia, dei as costas e fui para meu dormitório.
Naquele dia, percebi que:
“A primeira coisa que eu queria era de um abraço...”.
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