Jogo na Madrugada



Cap 7 - Jogo na madrugada


Draco se revirava na cama tentando dormir. Pela milionéssima vez ele virou-se para o lado de Gina e passou a fita-la, ela olhava para o teto distraída e assobiava uma música que ele não conhecia. De repente a ruiva virou-se para ele:


- Você ta com sono? - perguntou ela fitando-o.


- Não, por quê?


- Que tal um jogo?


- Que jogo?


- Eu tava pensando em algo como buraco, quem perder tem de fazer algo pro outro.


- Sei. Pode ser.


- Perfeito, senta aqui. - ela sentou-se na cama e indicou o espaço vazio à frente dela para que ele ocupasse.


- Hum... você tem baralho?


Ela enfiou a mão por debaixo do colchão e tirou de lá um baralho um tanto desbotado e velho.


- Eu gostumava jogar com a Karen quando ela dormia aqui. Eu tenho esse baralho desde uns 10 anos.


- Uhum.


Gina começou a embaralhar as cartas e distrbuiu-as. Ambos estavam concentrados no jogo. Quinze minutos se passassaram. Meia hora. Depois uma hora, e o jogo continuava a rolar. Quando faziam quase uma hora e meia, Gina baixou as cartas da mão com um sorriso vitorioso no rosto.


- Bati.


- Droga. - praguejou o loiro. - Certo, o que você quer que eu faça?


- Hum... adivinha.


- Tenho até medo de perguntar.


- Ora, não é nada de mais, eu só quero brigadeiro.


- Brigadeiro, Gina são quase 4hs da manhã, e a casa está cheia, você quer acordar a todos?


- Não seja tão ranzinza. Venha, eu vou te ajudar a preparar.


Os dois saíram do quarto e voltaram para a cozinha. Dessa vez estava tudo escuro e vazio, e o silêncio reinava no aposento. Gina foi contente até o armário e começou a pegar os ingredientes do brigadeiro, enquanto Draco catava uma panela pequena. Logo Draco estava na beira do fogão mexendo a panela com o conteúdo de chocolate e Gina estava sentada na pia da cozinha tagarelando sobre recordações.


- Está pronto.


Draco desligou o fogo e despejou o brigadeiro num prato que estava pronto para recebe-lo. Depois foi até a pia e lavou a panela. Quando havia terminado ele voltou-se para a ruiva que já estava de colher em punho e quase atacando.


- Nem pense nisso ruiva. - ameaçou ele.


- Hei, você fez pra mim, eu quero comer.


- Espera esfriar, quer ficar com dor de barriga.


- Hunpft. Estraga prazeres.


Draco pegou o prato de brigadeiro e mantedo-o fora do alcance da ruiva levou-o para o quarto onde eles iriam dormir. Gina ficava pulando e reclamando atrás dele tentando pegar o doce.


- Gin, você vai acabar acordando a casa toda.


- Me dá o brigadeiro que eu paro. - falou ela emburrada cruzando os braços.


- Para de bico e entra logo no quarto.


- Chato.


Gina entrou e sentou-se na cama ainda emburrada, Draco sentou-se de frente pra ela com a expressão divertida e colocou o prato entre eles. Tirou a colher da mão dela serviu de uma generosa quantidade de brigadeiro. Nessa altura os olhos de Gina ja brilhavam desejosos para o doce. Fingindo não perceber, Draco pegou a colher e assoprou-a, fazendo com que Gina ficasse impaciente, depois de enrolar muito, Draco deu o doce a Gina e riu gostosamente.


- Você é mau. Humpft, fica me negando o doce e quando resolve me dar fica rindo da minha cara.


- Desculpe, mas você fica de mais quando ta emburrada.


O doce acabou em poucos minutos, mesmo que estivesse quente demais para ser comido, ambos eram chocólatras de natureza. Gina estava rindo de uma piada de Draco, mas sua expressão ficou séria quando o mesmo se inclinou na direção dela, tirando o prato do caminho. Apoiou uma das mãos na perna dela e levou a outra à face esquerda dela, onde delicadamente limpou um pouco de chocolate que estava na bochecha dela. A proximidade entre ambos eram muita, e foi essa proximidade que fez com que Draco não pudesse se conter e beijou-a delicadamente.


O beijo, que começou delicado logo se tornou necessitado e selvagem, pouco a pouco Draco foi deitando Gina sobre a cama, uma das mãos na nuca dela e a outra apoiando o corpo. Gina havia enlaçado o loiro pelo pescoço e correspondia ao beijo com a mesma intensidade. Draco começou a beijar o rosto dela, indo em direção a orelha e ao pescoço. Gina passeava com as mãos pelo peito másculo do loiro. Draco beijava o pescoço da ruiva com gula, enquanto uma das mãos se aventurava pela barra da blusa da mesma. Gina puxou o loiro para cima e voltaram a se beijar, enquanto a ruiva quase rasgava a blusa do rapaz tentando tira-la. Draco interrrompeu o beijo ofegante e olhou nos olhos achocolatados da ruiva em seus braços.


- Você tem certeza do que vai fazer. - perguntou ele.


Com um sorriso malicioso a brincar nos lábios, Gina puxou- mais pra perto e respondeu:


- Tenho. - e voltou a beija-lo.


Gina acordou com os primeiros raios da aurora, era por volta de 5:30 da manhã. Gina estava literelmante deitada em cima de Draco, com a cabeça repousando no ombro do mesmo. Um dos braços de Draco a envolvia pela cintura, enquanto o outro pendia aolado da cama. Gina se levantou o mais silenciosamente que pode, tentando não acordar o loiro, que dormia profundamente.


Gina saiu do qurto e foi até o banheiro daquele andar, naquela casa a única suíte era a que os pais dela dormiam. Meia hora depois ela saiu do banheiro vestindo um roupão e voltou pro quarto.


Draco ainda estava dormindo quando ela entrou. Sendo silenciosa, ela foi até seu armário e tirou um vestido que ela não usava há muitos anos. Já vestida, ela pegou a chave do carro e saiu para a manhã fria, atrás de roupas limpas.


Quando acordou, a primeira coisa que Draco viu foi um par de olhos azuis fitando-o curiosamente. Ele tentou se levantar, mas o par de olhos azuis estava acompanhado pelo corpo de uma menina de 4 anos, cujos cabelos ruivos estavam presos por marias-chiquinhas frouxas. A garotinha, ao sentir Draco tentar se levantar, soltou um grito agudo. O grito foi seguido por uma mulher de não mais que 30 anos entrou apressada no quarto e tomou a garotinha nos braços.


Assustado Draco se sentou rapidamente, verificando se estava devidamente coberto pelos lençóis. A mulher era loira e usava um robe rosa-claro.


- Mil desculpas. - falou a mulher com um forte sotaque francês - Minha garrotinha vive se enfiando no quarrto dos outrros. Eu sou Fleur.


- Sim, eu me lembro de você. É a esposa de Gui. Sou Draco.


- Oh, o amigo de Ginevrra. Finalmente de volta a Inglaterrra.


- É.


Nesse momento, Gina entrou sorridente no quarto, ela levava uma pequeno montinho de roupas nos braços e vestia um vestido amarelo florido de tecido leve.


- Oi Fleur, bom dia Draco. Olá princesa. - cumprimentou Gina.


- Tia. - a garota jogou os braços em direção de Gina pedindo colo.


- Só um minuto. - Gina colocou as roupas sobre a cama e pegou a pequena no colo. - Como vai, linda?


- Bem, mas o Max quebou minha Babie, a mamãe coôcou ele de castigo, e ele me chamo de dedo-dulo, mas eu disse que não ela dedo-dulo, ele é que ela um mal, po que quebou minha Babie. -(quebouquebrou;Babie Barbie; coôcoucolocou; dedo-dulodedo-duro; po quepor que) a garotinha falava muito rápido. - Quem é ele? - ela apontou para Draco.


- É meu amigo, ele se chama Draco.


- Daco. O que vocês tão fazendo aqui? - (DacoDraco)


- Estamos de passagem. - respondeu Gina.


- Hum. Quando vocês vão embola? - (embolaembora)


- Hoje, querida, daqui a pouco.


- Quando você volta?


- Eu não sei, talvez no fim de semana.


- Taz um pesente pa mim. - (taztraz; pesentepresente; papra)


- Marie. - ralhou Fleur.


- Ta tudo bem Fleur. Eu trarei algo pra você, seu irmão e seus primos.


- Mas o meu tem que se mais melho. - (seser; melhomelhor)


- Veremos.


- Venha Marie, você tem que comer. - chamou Fleur pegando a menina.


- Ta bom. Tchau tia, tchau Daco.


- Tchau.


Fleur saiu do quarto com a menina no colo.


- Eu não conhecia a menina. - comentou Draco.


- Marie Gabrielle Fleur Weasley. É a caçula de Gui, tem 4 anos e é uma máquina de falar. Da última vez que esteve aqui, eles estavam viajando e por isso não pode vê-los.


- Hum... Você tem seis irmão, quantos sobrinhos tem ao todo?


- Deixe-me ver. O Gui e a Fleur tem somente Max e Marie, eles supeitam de uma possível gravidez, mas nada concreto. Carlinhos tem uma filha adotiva, Jéssica tem 5 anos e é um loirinha muito fofa. Percy e Penélope têm um par de gêmeos que podem se equiparar aos meus irmãos, Josh e Tony são tudo o que Percy mas temia em ter filhos, ambos têm 6 anos. Fred também tem gêmeos, Ryan e Jack são a cara da mãe, eles tem 5 anos. Jorge tem um garoto de 6 anos, Trevor, e um outro de 3, Brian. Rony tem somente o pequeno Mike, que tem uns 6 meses. - ela pensou um pouco. - Isso dá um total de 10 sobrinhos.


- Uau.


- Minha mãe fica exultante cada vez que nasce uma criança, ela ama os netos e ama ter netos em casa.


- Nem sei o que dizer.


- Não diga nada. Peguei umas roupas limpas no carro pra você usar, se for tomar banho a toalha está no banheiro, tranque a porta para que nenhuma das crianças entre, à essa hora da manhã os únicos que ainda estão dormindo são Max, Trevor e meus irmãos, todas as mulheres e as outras crianças já estão acordadas.


- Certo.


- E, sobre ontem a noite. Foi só uma noite e deve permanecer em segredo.


- Concordo.


-Ótimo, te vejo lá embaixo. - tendo dito isso, Gina saiu do quarto.


Quando Draco entrou na cozinha, encontrou a mesma cheia. A mesa estava coberta de crianças e suas mães. Na cabeceira estava Arthur Weasley, impertubável, lendo seu jornal matinal. À sua esquerda estava Fleur tentando alimentar a pequena Marie, ao lado da pequena ruiva, um garoto mulato estava sentado, o garoto era um dos gêmeos de Fred, Angelina tentava alimentar ambos os gêmeos, mas eles não paravam quietos.. Do outro lado, Kátia dava de comer para um menino de cabelos escuros e olhos iguas aos de Jorge, era Brian, o caçula do casal. Ao lado do Sr. Weasley, estava Gina que conversava com Hermione, que estava de pé ao lado da pia alimentando o pequeno Mike.


Draco mal teve tempo de observar o ambiente e optar entre enfrentar ou fugir correndo da bagunça que estava ali dentro, pois mal entrou e Molly Weasley já o puxava em direção à mesa e o sentava entre Gina e Brian.


- Vai querer o que Draco, torradas, bacon, cereais.


- Só torrada esta bom, obrigado.


- Bom dia meu rapaz. Molly me contou o que aconteceu ontem. Vocês deram sorte, hoje parece que teremos sol.


- Bom dia Sr. Weasley.


- Olá Draco, não sabia que tinha voltado. - falou Hermione.


- Er, não faz nem uma semana que estou aqui.


- Sei, conhece Mike? - ela indicou o bebe em seu colo.


- Conheci nessa madrugada. - respondeu ele.


- Vou te apresentar as crianças. - falou Gina. - Vê aquele ao lado de Marie, é Jack, o mais velho.


- Não Gina, aquele é Ryan, o de azul é Jack.


- Como você sabe?


- Jack prefere azul e Ryan se veste de vermelho.


- Certo. Então aquele ao lado de Marie é Ryan e o garoto do outro lado de Angelina é Jack. O menino ao lado de Kátia é Brian, o caçula, ele é bem mais comportado que o irmão.


- Ok.


- Oi Daco. - falou a pequena ruiva Marie.


- Olá Marie.


- Vocês ja vão embola?


- Daqui a pouco.


- Po que vocês vão embola?


- Sua tia tem que trabalhar.


- E você, tabala? - (tabalatrabalha)


- Sim, mas estou de férias.


- E po que você não fica?


- Eu tenho que leva sua tia.


- Mas ela sabe diligi. - (diligidirigir)


- Eu sei, mas o carro é meu, e eu tenho um monte de coisas pra fazer em casa.


- Ah. Você volta com a minha tia no fim de semana.


- Tudo bem.


- Pomete? - (pometepromete)


- Claro.


- Ta bom. - Marie se virou e começou a conversar com o primo.


- Draco, Draco, que grande burrada você se meteu. - cantarolou Gina.


- Por que?


- Você prometeu algo à uma criança. Você agora tem a obrigação de cumprir.


- Bom, não deve ser tão ruim assim passar o fim de semana aqui.


- Você é quem está dizendo.


Ambos terminaram seus respectivos cafés da manhã e se prepararam para partir.


Fazia meia hora que estavam na estrada, e eles já haviam entrado em Londres. Draco tamborilava os dedos no volante nervosamente, Gina olhava pra fora sem realmente ver. Ambos estavam calados desde que entraram no carro, cenas da madrugada penetravam na mente de ambos fazendo-os querer mais.


Draco olhou de rabo-de-olho para Gina, ela tinha acabado de soltar um suspiro pesaroso, como que querendo algo. Ele abriu a boca mela milionésima vez, para fecha-la novamente sem saber o que dizer. Ele não podia se deixar dominar, afinal, eles só fizeram sexo, a relação entre ambos continuava estritamente amigável. Eles eram só amigos, que, por alguma razão sentiam-se atraídos um pelo outro. Mas, ser era só atração, por que uma noite de sexo não satifazia o desejo de te-la em seus braços, por que não podia ser suficiente aquilo que ele tinha. Era só atração, tinha que ser, é só o que ele pode ter. Por Deus, ela a melhor amiga de sua irmã mais nova, não tem como ser outra coisa. Afinal ela sempre foi uma garota muito bonita, e sempre atraiu aos garotos. Não pode negar que sempre teve interesse nela, que isso era o prnicipal motivo de uma amizade gratuita. Mas agora já experimentou da fruta, existem milhões de garotas no mundo, alguma há de agradar. Tinha aquela garota, como era mesmo o nome dela... Daiane, não, Dandara, não, Débora, não, Daniele, não, ah, era Delihla, isso, a amiga de Karen, ela não era de se jogar fora. É verdade que era meio atirada, e aquele cabelo era um horror, mas ela era bem bonitinha, e também tinha a garçonete. O importante era que mulher não faltava.


Draco estacionou o carro na garagem do prédio e os dois desceram.


- Hum... as malas... - falou Draco.


- A noite eu pego, tenho que me arrumar pro trabalho, mas se quiser...


- Tudo bem, vamos subir.


Ambos entraram no elevador e apertaram o botão correspondente ao andar. O elevador entrou em movimento e em poucos minutos eles chegavam no andar do apartamento. Os dois pareciam um tanto incomodados com nada especificadamente, mas ao mesmo tempo com tudo. Ambos seguiram lado a lado até a porta do apartamento. Ao apararem lá, havia um bilhete rosa.


" Gina e Draco,


Eu fui dormir na casa do Blaise. Dispensei a Dora, ela queria ver a mãe no hospital. Vejo você notrabalho Gin. Bjos Karen."


- Que ótimo, sem empregada e a casa vazia. - Gina entrou na frente suspirando resignada, mas quando fitou o loiro, os olhos dele, normalmente acinzentados estavam azuis brilhantes.


Gina sorriu maliciosamente, entendo a mensagem que aqueles olhos passavam. Com um gesto rápido ela enlaçou-o pelo pescoço, beijando-o. Ao mesmo tempo, Draco fechava a porta e a enlaçava pela cintura. A mão do loiro desceu pela perna dela até o meio da coxa e se infiltrando por dentro da saia dela. Pouco a pouco ele a conduziu para o quarto de hóspedes e a deitou na cama. Draco abaixou a alça do vestido dela e agora beijava o ombor exposto da ruiva. Quando ele ia beijar o outro ombro o telefone tocou.


Gina se mexeu, com a intenção de atender.


- Deixa tocar. - murmurou ele com a voz rouca.


E foi o que ela fez, mas o telefone continuava tocando insistentemente, e sem paciência Gina tirou-o do gancho.


- Alô. - Gina escutou por alguns momentos. - Sim, ele está, deseja falar com ele? Certo. - ela tapou o bocal e passou pra Draco. - É pra você, sua tia Belatriz.


- Oi tia, tudo bem? O que aconteceu. - a mulher começou um relato do outro lado da linha, Gina não podia ouvir, mas a expressão de Draco foi ficando mais séria a cada minuto. -Esta bem tia. Eu vou pra aí ainda hoje. Não se .


- O que aconteceu? - perguntou Gina preocupada ao ver a expressão de Draco.


- Meu tio. Ele morreu ontem de madrugada. Minha tia ta tentando ligar pra cá desde 5hs. Eu preciso voltar para a América. Vou ajuda-la a superar essa crise e tenho que regularizar os negócios. Eu... me desculpe.


- Ta tudo bem. Pode ir, eu vou ficar bem. - ela deu um sorriso apagado - Ela precisa de você.


- Obrigado. - ele se levantou e deu um beijo na testa dela. - Avise Karen pra mim, está bem. Mas não deixe ela voltar pra casa. Eu vou arrumar minhas coisas e ligar pros meus pais.


- Quando você parte?


- Vou reservar um lugar no vôo desta noite.


- Eu estarei aqui, então.


- Ta.


Gina saiu do quarto e deixou-o arrumando as malas para mais uma partida.

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N/A: Um milagre aconteceu, essa humilde autora, resolveu retomar a fic.
Desculpe pessoal, pela negligencia, mas, se ainda houver alguem interessado na história, ela ja esta finalizada, e eu pretendo colocar no ar com uma certa regularidade.
Bom, espero que gostem,
Bjos

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