Haja cerveja amanteigada !

Haja cerveja amanteigada !



Sentiu-se petrificada. Não sabia o que fazer, então apenas o encarou. Ele fez o mesmo, com um sorriso irônico no rosto.

- Então vocês já se conhecem? – perguntou Sr. Crowne, observando a situação. Draco riu.
-Sim, já nos conhecemos. – disse o loiro, tirando Gina do transe. Ela se virou para o chefe.
- Infelizmente já nos conhecemos. – completou ela, passando a mão pelos cabelos. Sr. Crowne arqueou as sobrancelhas, sem entender, mas não disse nada, apenas pegou duas pastas e entregou uma delas para Gina.

- Aqui está definida a divisão do trabalho entre vocês dois. Por favor, Sr. Malfoy. – disse o chefe, estendendo a outra pasta para Draco, que a pegou por cima do ombro de Gina. Os dois se encararam por um segundo, até que o loiro voltou para a beira da porta.
- Espero que vocês aproveitem a parceria. – finalizou Sr. Crowne – Agora podem voltar para a sala de vocês.

‘Ótimo.’ - pensou Gina – ‘Até a minha sala eu vou ter que dividir com a doninha.’ A ruiva se virou e foi até a porta da sala, onde Draco estava parado. Ele estendeu a mão, abrindo passagem para a ruiva, que revirou os olhos e saiu dali. Percorreu o corredor, dando passos pesados e observando as mulheres sentadas nos cubículos se arrumarem e sorrirem para algum ponto atrás de si, o qual ela sabia muito bem de quem se tratava. Quanto a Draco, observava a ruiva enfezada andar pesadamente até a sala. E tinha que admitir que a vista dali de trás era muito boa. Todas as mulheres sentadas nos cubículos sorriram sugestivas para ele, que apenas sorriu em resposta. Gina entrou na sala e viu que ela estava bem diferente. Uma nova mesa, igual à dela, estava em um dos cantos, e sua mesa tinha sido movida para o outro canto. A ruiva jogou a pasta na sua mesa e dobrou os braços, batendo a ponta da bota no chão continuamente. Segundos depois Draco entrou na sala, observando tudo e só depois encarando Gina, que continuava parada, impaciente. Levantou uma sobrancelha.

- Algum problema, Weasley? – perguntou o loiro, largando a pasta na mesa
e se apoiando nela, dobrando os braços. Riu por dentro. Se alguma coisa na caçula Weasley não tinha mudado, com certeza era o temperamento. Preparou-se para uma bela discussão. A ruiva passou a mão pelos cabelos, irritada.
- Posso saber o que você está fazendo aqui, Malfoy? – perguntou ela. Draco riu, irônico.
- Weasley, acho que você está precisando fazer um tratamento básico nesse seu ouvido, porque já está ficando surda! Não ouviu Sr. Crowne dizer que vou trabalhar aqui? – disse o loiro, logicamente. Gina ignorou o primeiro comentário dele e voltou a falar.

- Trabalhar, é? Engraçado... Pensei que um simples trabalho era muito pouco para a realeza Malfoy. – disse a ruiva, irônica. Draco encarou-a, inexpressivo.
- Não que isso seja da sua conta, Weasley, mas eu realmente gosto de trabalhar como jornalista.
Gina riu, irônica.
- Nossa, e onde está aquele esnobe Malfoy que nunca precisaria trabalhar por causa de sua enorme fortuna? – perguntou ela.

- Mais uma vez isso não é da sua conta, Weasley, mas eu respondo. – disse ele, calmo – Por incrível que pareça, eu mudei bastante nesses anos que estive na França.
Gina parou por um instante para prestar atenção nele. Ainda tinha aquela pose refinada e um tanto esnobe, mas não parecia estar sempre disposto a atacar os outros, como fazia antes. Mas tentou não se abalar com isso, afinal ela era uma Weasley, e ele um Malfoy.

- Uma vez Malfoy, sempre Malfoy. – disse ela, desconfiada, o que fez Draco rir.
- E uma vez Weasley, sempre Weasley, não é? Mal cheguei aqui e você já vem com 5 pedras na mão!
Gina considerou a questão. Se queria trabalhar em paz, devia dar uma chance para o Malfoy. Afinal, foi ela que começou a briga. Draco riu e foi até sua cadeira, sentando-se e já pegando um monte de pergaminhos que estavam em um canto. Gina continuou ali parada.

- Mas você sabia? – perguntou ela. O loiro levantou a cabeça, confuso.
- Sabia de que? – perguntou ele.
- De mim. Sabe... que você ia trabalhar comigo? – completou ela. O loiro largou os pergaminhos e a encarou.
- Pra falar a verdade, eu só descobri isso hoje de manhã, quando abri o Profeta. – respondeu o loiro. Gina sentou-se em sua mesa, curiosa.
- Como assim? – perguntou. Draco riu.

- Sabia que você parece uma criancinha mimada e curiosa? – perguntou o loiro, fazendo a ruiva fechar a cara. Não gostara nem um pouco do comentário. Ia dizer alguma coisa, mas ele interrompeu-a. Parecia estar querendo evitar qualquer início de briga. – Eu sabia que teria uma parceira, mas não sabia quem era. Hoje de manhã abri o jornal e fui ler a sua parte. Depois de ter lido todo o artigo vi seu nome em baixo. Admito que não acreditei. Foi bastante engraçado.
- Engraçado? – perguntou a ruiva, desconfiada. – Engraçado porque?

- Ora, foi engraçado imaginar que eu terei que trabalhar junto com você, na mesma sala. – disse o loiro, simplesmente. Gina arqueou as sobrancelhas.
- Na minha opinião você está muito bem humorado ultimamente. – resmungou a ruiva. Draco riu.
- Mas quem não ri ao ver essa sua cara de criança? – perguntou ele, recebendo um olhar mortífero da ruiva. Ela não disse nada, apenas bufou e concentrou-se nos papéis em sua mesa. Ficaram assim por bastante tempo, incontáveis horas em que Gina tentava ao máximo se concentrar no trabalho, o que não é muito fácil quando se está junto com seu maior inimigo do passado em uma salinha. Tudo bem, ele dissera que havia mudado. Por dentro ela não sabia, mas por fora... era visível a mudança. Ele era seu inimigo, mas nenhuma mulher em sã consciência negaria que ele era um homem bonito. Muito bonito. Bonito até demais. Mas esse não era um pensamento muito recomendável para uma Weasley. Sentiu sede. Muita sede. Precisava de água. Não, era melhor um cafezinho pra ver se conseguia se concentrar no trabalho. Pegou o telefone que havia em sua mesa e apertou um dos botões, que ia direto para o telefone de sua secretária. Agora telefones eram comuns para os bruxos, principalmente em empresas. Facilitava a comunicação. Esperou por um segundo e logo alguém atendeu.

- Pois não? – disse a voz de uma mulher que parecia bastante animada. Devia ser uma das jornalistas que trabalhavam nos cubículos, com quem Gina não se dava excepcionalmente bem...
- Por favor, posso falar com a Ellen? – perguntou a ruiva, impaciente, mas a mulher do outro lado não pareceu perceber.
- A Ellen foi resolver umas coisinhas para o Sr. Crowne, e eu me dispus a ficar no lugar dela. Pode pedir pra mim, Gina querida. – disse a voz bem fina da mulher. Gina teve uma leve idéia de quem se tratava. Para chamá-la de Gina querida só podia ser Lauren, a loira falsa mais odiável do mundo, na opinião da ruiva. Ela era uma extrema puxa-saco, sempre dava um jeito de tentar ser promovida, e isso irritava Gina. Ela tinha mais ou menos sua idade, e trabalhava no Profeta há um ano, na seção de Coluna Social, outra coisa que Gina não suportava. Bom, se a loira estava sendo cínica, ela também podia ser.

- Lauren, meu amor! Porque não faz o imenso favor de me trazer um cafezinho? – perguntou a ruiva, segurando o riso.
- Claro, Gina querida, é pra já! – Gina já ia desligar, mas Lauren voltou a falar. – E o seu novo colega de trabalho, não quer nada?
É, tinha demorado pra ela começar seu puxa-saquismo. Bem que Gina estava estranhando a loira estar tão prestativa. Olhou Draco de esguelha, que parecia concentrado nos pergaminhos que segurava.

- Não sei e não quero saber. – respondeu seca. A loira pareceu se assustar com o tom da ruiva.
- Nossa Gina, precisamos tratá-lo bem, afinal é o primeiro dia dele! E ele parece se tão simpático... além de ser lindo, né?! – comentou a loira, animada. Gina revirou os olhos. – Anda, pergunta pra ele se ele quer alguma coisa!

- Não vou perguntar nada, e vai logo buscar a porcaria do café, sua loira oxigenada nojenta e oferecida! – É, ela adoraria falar isso, mas sabia que no mínimo a loira correria até Sr. Crowne pra dizer que a ruiva a havia insultado e empurrado pra fora de sua sala, o que resultaria em uma bela advertência. Observou o loiro mais uma vez, que estava na mesma posição. Era melhor perguntar logo se ele queria alguma coisa, antes que a loira o fizesse. Abriu a boca várias vezes, mas nada saía.

- Malfoy? – chamou. Ele levantou a cabeça. – Estão perguntando se você quer alguma coisa pra beber ou comer. – disse ela, deixando bem claro que a idéia de oferecer alguma coisa não fora dela. Ele pareceu pensar, mas Gina só o encarava, percebendo como ele era bonito.
- Um café, por favor, Weasley. – disse ele, acordando-a de seus devaneios. Ela pegou o telefone.
- Dois cafés. – disse, e pensou ter ouvido um gritinho de felicidade vindo do outro lado da linha.

- É pra já! – disse Lauren, desligando o telefone na cara de Gina, que a xingou mentalmente e colocou o telefone no gancho. Assim que levantou a cabeça percebeu que Draco a encarava inexpressivo. Sentiu suas bochechas corarem.
- O que foi, Malfoy? – perguntou, hesitante. Draco riu.
- Vejo que não mudou nada, Weasley. Brava até por telefone. – disse ele, com um ar irônico. Ela ia responder, mas Lauren a interrompeu, entrando com tudo na sala. Gina revirou os olhos.

- Lauren, não sei se você sabe que existe uma coisa chamada bater na porta. – disse Gina, como se explicasse alguma coisa para uma criança. A loira foi até Gina, mas lançando vários olhares para Draco, que segurava o riso.
- Gina querida, porque não tenta ser educada uma vez na vida? – perguntou a loira, cínica. Gina a encarou mortalmente.

- Eu sou educada, mas apenas com aqueles que merecem. – disse a ruiva. – E você, Lauren querida, não merece.
A loira lançou um olhar mortal à ruiva e entregou-lhe o café, seca. Mas sua expressão mudou completamente quando se virou para Draco, que observava a briga das duas.

- Olá! – disse ela, aproximando-se da mesa de Draco, sedutoramente. – Você deve ser o novo jornalista nessa seção.
‘Não brinca! Ele está aqui sentado na minha sala, lendo os meus papéis, mas está só de passagem! Como ela é ridícula, Merlin!’ pensou a ruiva, enquanto recostava-se em sua cadeira e tomava o café. Hesitou um pouco. Aquela loira podia muito bem tê-lo envenenado. Mas não... ‘Ela não tem capacidade pra tanto’. Voltou a assistir à cena.
- Sim, sou eu. – disse Draco, segurando o riso, pelo mesmo motivo de Gina. A loira sorriu, sem perceber nada.

- Sou Lauren! – disse ela, estendendo a mão para o loiro, que a apertou.
- Muito prazer, Lauren, sou Draco. Draco Malfoy. – respondeu ele, educado. Ela sorriu de orelha a orelha, fazendo Gina revirar os olhos. Ela não era uma mulher feia, tinha até um corpo decente e um rosto bonitinho, mas parecia mais uma boneca de porcelana oferecida. ‘Não chega nem os pés da beleza da Weasley.’ pensou Draco, mas logo tratou de tirar isso da cabeça. Pensamento infeliz e impróprio, mas não deixava de ser verdade. Qualquer homem em sã consciência acharia isso.
- Bom, aqui está seu café. – disse a loira, entregando uma xícara igual à de Gina para o loiro. – Espero que esteja bom.
Draco deu um leve sorriso e tomou um gole do café. Lauren ficou ali parada, observando-o por alguns segundos. Gina não agüentou.

- Suponho que você tenha trabalho a fazer, não é Lauren? – disse, irritada. A loira encarou-a. – Quer dizer, isso se você faz o seu trabalho. Mas eu e o Sr. Malfoy estamos tentando fazer o nosso trabalho, e você está nos atrapalhando.
A loira pareceu ofendida. Virou-se mais uma vez para Draco.
- Em nome de todas, seja bem vindo! – disse a loira, sorrindo sedutora. – E sempre que precisar é só me chamar.
Draco sorriu.
- Muito obrigado. – disse. Gina bufou.

- Já acabou o teatrinho, Lauren? – perguntou a ruiva, irônica. A loira ignorou o comentário e saiu da sala.
- Até mais, Draco. – disse, fechando a porta atrás de si. Gina esperou um instante e logo se pronunciou.

- Não acredito! Até a minha sala vou ter que dividir com você! – disse, batendo de leve na mesa. Draco arqueou a sobrancelha.
- Seu raciocínio anda meio lento, não é Weasley? Demorou uma tarde pra perceber isso! – disse ele, irônico. Gina fechou a cara.
- Não estou falando disso, Malfoy! Disse que vou ter que agüentar essas oferecidas nojentas vindo atrás de você pra servir cafezinhos... – disse irônica. – E, realmente, dividir a sala com você não é o meu maior sonho.
- Não pense que eu estou feliz com isso, Weasley. – rebateu ele. Gina fingiu estar surpresa.

- Olha, ele respondeu! Onde foi parar o Malfoy educado que estava aqui? – perguntou a ruiva, irônica. O loiro passou a mão pelos cabelos e largou os papéis que estavam em sua mão, encarando a ruiva.
- Ele continua aqui, mas cansou de falar com você, Weasley! – respondeu Draco, irritado. – Eu tentei mudar em relação a você para o nosso trabalho ficar mais suportável, mas vejo que não funcionou!
Ela bufou.
- Você não achava realmente que bancar o bonzinho ia funcionar comigo, não é Malfoy? – perguntou, encarando-o mortalmente. Ele encarou-a, inexpressivo.
- Não, Weasley. Não imaginava. Afinal, você é teimosa demais pra aceitar mudanças! – disse ele, tentando se controlar. Ela riu, no momento em que um sino tocou. Fim do expediente.

- E quem você pensa que é pra falar sobre a minha teimosia? – perguntou, levantando-se e guardando suas coisas em sua bolsa. Draco fez o mesmo.
- Alguém que te conhece há muito tempo e que sabe o quão teimosa você é. - respondeu ele, indo até a porta no mesmo momento que Gina.
- Ah, agora tá achando que me conhece, é?! – perguntou ela, irônica, passando pela porta da sala com o nariz empinado. Draco foi atrás, vendo todas as mulheres nos cubículos olharem para si. Mas não podia deixar uma Weasley com a última palavra.

- E você acha que depois de 7 anos discutindo quase todo dia eu não iria percebe que você é a mulher mais irritante e teimosa que eu já conheci? Além de ser uma grifinória exibida. – disse ele alto para que Gina ouvisse. Ela já estava no meio do corredor, mas parou nesse momento. O silêncio reinou no corredor. Todos, sem exceção, prestavam atenção. Ela se virou para ele, que estava a poucos passos de si. Os dois sabiam que aquilo era a coisa mais infantil que podiam fazer, mas não conseguiam parar. Sentiam-se em um corredor de Hogwarts, brigando por quadribol.

- Pois é, Malfoy. E nesses 7 anos discutindo quase todo dia eu pude perceber que você é o homem mais presunçoso e odiável que eu conheço. Além de ser um sonserino covarde. – as mulheres em volta olharem-se indignadas. Achavam que Draco era muito bonito para ser insultado. Gina virou-se e voltou a andar, chegando ao elevador, que ainda estava vazio. Draco foi até ela, parando a porta deste.

- Pois você não sabe do que eu sou capaz, Weasley. – disse ele, encarando-a mortalmente. Ela fez o mesmo.
- E você não sabe do que eu sou capaz, Malfoy. – dito isso o elevador se fechou. Draco ficou ali parado por um instante, e saiu em direção à escada, deixando muitas mulheres assustadas e admiradas para trás. Aquela Weasley ainda lhe pagaria. Desceu as escadas correndo e saiu do logo do jornal, indo até um beco ali perto e aparatando na frente de seu prédio. Pegou o elevador e logo estava em seu andar. Entrou em casa mau humorado, encontrando Blaise já sentado em seu sofá.

- Nossa! O que é isso? Seu primeiro dia foi tão ruim assim, Draco? – perguntou o moreno, rindo. Draco jogou sua pasta na mesa e afundou-se em sua poltrona.
- Não, imagina! Deu tudo certíssimo! Melhor impossível. – disse ele, irônico. – O único problema é minha querida parceira de trabalho.
Blaise animou-se.
- E aí? Ela é gostosa? – perguntou o moreno. Draco encarou o amigo, irritado.

- Claro, muito gostosa, maravilhosa! – disse o loiro, irônico – A não ser pelo fato que ela é Virgínia Weasley!
O queixo do moreno caiu.
- Você está falando da Weasley-fêmea? – perguntou Blaise.
- De quem mais estaria? – perguntou, irritado. – Mas eu tenho que me acalmar. Nunca me estressei por uma briga com a Weasley, não é agora que isso vai acontecer.
Blaise ia dizer alguma coisa, quando ouviram um barulho e uma exclamação de dor no corredor. Devia ser a vizinha. De repente uma coisa veio na sua cabeça. Claro! Porque não pensara nisso antes? Tinha esquecido completamente. Abriu seu maior sorriso cínico e foi até a porta.

****
O elevador estava mais devagar que o normal. Parava em todos os andares, com jornalistas desesperados tentando sair de trabalho. Um bom tempo depois conseguiu chegar ao hall de entrada do Profeta. Foi até o beco e desaparatou na frente de seu prédio, entrando rapidamente por lá. Não olhou para ninguém e ninguém falou com ela. Conheciam bem os ataques de Gina Weasley. Subiu no elevador, espumando de raiva. Aquele Malfoy continuava sendo o estúpido mais repugnante de toda Terra. Chegou em seu andar, mas quando foi sair do elevador chutou a porta deste com o bico da bota, causando bastante dor.
- Merda! – disse, em um tom relativamente alto. Foi até a porta de seu apartamento, amaldiçoando tudo e todos que se lembrava, quando ouviu uma voz atrás de si.

- Weasley... sempre descontrolada! – disse Draco, recostando-se na beira da porta, sorrindo cínico. Blaise correu e se posicionou ao lado de Draco, confuso. Gina virou-se e encarou-o mortalmente, quando se lembrou de uma cena. Era ele o loiro lindo que tinha visto no outro dia. Ele era seu vizinho. Tentou não demonstrar nenhum sentimento, mas não agüentou.

- Não me diga... não me diga que você é o novo vizinho! – disse, abrindo a porta de seu apartamento e parando na frente dela.
- Você tem uma péssima memória, Weasley. Nos vimos aqui ontem. – respondeu o loiro. É claro que ela lembrava. Lembrava até demais, mas ele não podia saber disso. Pensou no que dizer, mas nada parecia querer sair.
- Até parece que eu ia prestar atenção em um loiro aguado como você! – disse, um pouco mais afobada do que pretendia. Mas era ótimo, afinal sabia que Malfoy odiava que xingassem seus cabelos. Mas em vez de se estressar, ele sorriu. ‘Merlin, que sorriso!’
- Mas você pareceu gostar... – comentou ele, sorrindo irônico. Ela sentiu seu rosto corar. Claro que ela pareceu gostar! Quem não gostaria de ver um homem daquele? Mas em vez disso ela disse outra coisa.

- Gostar? Até parece que eu gostaria de um idiota como você! – Draco ia responder, mas uma voz, até agora não notada por ninguém, interrompeu.
- Posso saber o que está acontecendo aqui? – perguntou Luna, a voz um pouco alterada. Todos a olharam, estranhando. Blaise aprumou-se e sorriu.
- Você aqui há essa hora?- perguntou Gina, desconfiada, observando a amiga que vestia uma calça e uma blusa brancas e o cabelo preso.

- Saí mais cedo do hospital. E o que você está fazendo toda descabelada aqui no corredor, Gina? – perguntou a loira, encarando Blaise e Draco, confusa. Gina riu irônica.
- Só conversando com nossos queridos vizinhos. Sabe quem é ele? – perguntou a ruiva, referindo-se a Draco.
- Quem? – perguntou ela sorrindo simpática para o loiro.

- Draco Malfoy. – disse a ruiva, quase cuspindo o nome do loiro. O queixo da loira caiu, literalmente. Ela levou alguns segundos para se recompor, até que sorriu mais uma vez e estendeu sua mão para Draco apertar.
- Malfoy! Eu sou... – disse ela, mas Gina não a deixou terminar a frase, pois a puxou para seu lado.
- Você só pode estar louca! – comentou a ruiva, indignada. Luna riu.

- Gina, meu amor, só estava tentando ser simpática! – disse ela, encarando Blaise. Pensou um pouco – Bom... você deve ser Blaise Zabine, não é?!
Blaise estranhou e sorriu galanteador. Não se lembrava daquela loira maravilhosa, mas não sabia que Draco já fazia uma leve idéia de quem ela era, pois ria consigo mesmo, o que não passou despercebido por Gina.

- Tá rindo do que Malfoy? – perguntou, seca. Ele encarou-a no fundo dos olhos.
- Isso é realmente inacreditável, Weasley. O único problema é que além de aturá-la no jornal vou ter que te agüentar aqui. – disse ele, calmo. Ela respirou fundo.

- Pois fique tranqüilo, Malfoy. Eu vou tentar ficar o mais longe possível de você e desse seu apartamento aí. – disse ela, já entrando em seu apartamento puxando Luna, que reclamava alguma coisa. Quando foi fechar a porta, Draco encarou-a atentamente.

- Luna Lovegood, não é?! – perguntou. A loira sorriu e ia falar alguma coisa quando ouviu um grito de Gina de dentro do apartamento. - É... ela não está pra conversa! – murmurou para Draco, fechando a porta do apartamento. Draco virou-se para entrar no seu quando viu Blaise, que estava parado e chocado.
- O que foi Blaise? – perguntou o loiro, rindo da cara do amigo. Ele encarou-o, ainda chocado.

- Você não disse que aquela loira gostosa que acabou de entrar naquele apartamento é a Di-lua Lovegood, não é?! – disse, esperançoso. Draco puxou o amigo pra dentro do apartamento.
- Morando com a Weasley quem mais podia ser? – perguntou, se jogando no sofá. Blaise arregalou os olhos.
- Como a coisas mudam, não é?! – perguntou, correndo até a geladeira e pegando duas cervejas amanteigadas.

- Agora só o que nos resta é beber! – disse, entregando uma a Draco, que ria.

****
- AH! COMO EU ODEIO ELE! – gritou Gina, jogando uma almofada na parede. Uma se sentou no sofá, rindo.
- Ontem você demorou pra dormir por causa dele, lembra amiga? – perguntou a loira. Gina se jogou no sofá.

- Isso apenas porque eu não sabia que ele era ele! – disse, cansada – E sabe o que mais? Ele também é o meu novo parceiro de trabalho.
Luna arregalou os olhos.
- Nossa Gi! Isso com certeza deve ter sido bem perturbador. – disse a loira, imaginando Gina Weasley e Draco Malfoy sozinhos em uma sala a tarde inteira. Riu da situação. Observou Gina, que parecia bem cansada em cima do sofá. Correu até a geladeira e de lá tirou duas garrafas de cerveja amanteigada, entregando uma a Gina e sentando-se de novo na poltrona.

- Ruiva, agora só o que no resta é beber! – disse, assistindo Gina dar um enorme gole na cerveja. É... haja cerveja amanteigada!










N/A: *se esconde atrás da cadeira fugindo das imperdoáveis*
Oláa meus amoreees !! Tudo joia com vocês ? Capítulo 4 aki finalmenteeee !! caaara, até eu me impressionei de ter conseguido terminar esse capítulo !! tava com um bloqueio mental violento mesmoO !! foi beeem difícil, sabem ?! mas agora tá akii !! espero que não tenha ficado muito ruim !! O milagre do Natal veio meio atrasadoO !! sauhsuahsuahus³

Pelo amoor de Merlin, COMENTEEEM !! quase ninguém comenta, e isso me deixa triste ~*
bejoO*

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