O Casamento - 1ªparte



Vou começar me desculpando pela demora...passei por um momento de bloqueio muito delicado, mas prometo que se Merlim ajudar isso não se repetirá mais.

O bloqueio passou e eu me empolguei um pouquinho no capítulo “O casamento”, então tive que dividi-lo em duas partes.
Mas fiquem calmos, postarei um seguido do outro, apenas tenham paciência pra que eu possa betar a segunda parte.

A grande novidade desse capítulo é a participação especial de Ara Potter, no desenvolvimento de um dos PO’s, ela moldou e desenvolveu a personagem e o seu relacionamento.
Agradeço imensamente e me sinto lisonjeada por poder ter um pouquinho dela nesse meu filhotinho...

Obrigado pela compreensão e vamos ao capítulo.





...Vamos lá meu ruivo, me beija como só você sabe fazer...- ela disse com a voz melosa o fazendo sorrir de canto e capturar seus lábios com carinho. Era sempre assim, ela terminava com qualquer discussão da mesma maneira, fazendo ele se derreter com o jeitinho dela.


Capitulo 9
“O Casamento – 1ª parte”


Ela era carinhosa, delicada e quente extremamente quente. Enlouquecia o gigante ruivo com um simples sorriso, definitivamente tinha conseguido domá-lo da melhor forma possível e agora ali deitado sobre ela sentindo cada pedacinho do corpo dela colado ao seu, ele se sentia o homem mais feliz do mundo. O jeito que ela correspondia a suas carícias aumentava ainda mais à vontade de dar prazer a ela. Ela se derretia a cada toque e ficava totalmente entregue a ele.

- Você é tão linda...eu estava com tantas saudades – Carlinhos sussurrou no ouvido de Ara, fazendo-a resmungar com o toque dos lábios dele no lóbulo de sua orelha. Ele foi depositando beijos pelo pescoço, colo e contornando com os dedos os seios dela, admirou ela arfando de desejo. Ele a amava de tal forma que fazia o impossível para agradá-la, habituo-se a dormir e acordar com o rosto dela bem próximo ao seu e o corpo encaixado ao dela como se fosse um. Nunca pensou que chegaria a se devotar tanto a uma pessoa, como fazia com ela. O que mais queria era vê-la feliz, realizada e amada, e estava fazendo isso nesse momento.

Ela levantou o tronco e agilmente se livrou da camisola. Carlinhos sorriu com o desespero afogueado da morena e seguiu o caminho começado alguns minutos antes, desceu o dedo lentamente pela lateral do seio em movimentos espiralados até chegar ao mamilo rosado e rígido, ela olhou-o em expectativa e ele sorriu mais uma vez antes de deslizar os lábios em direção aos seios de Ara.

Ela embrenhou os dedos nos cabelos dele, arfando a cada movimento que a língua do namorado fazia. Ele desceu os lábios para a barriga, distribuindo beijos por toda a extensão e continuou a descer, passando direto pela intimidade da namorada e beijado-lhe as pernas. Ela estava enlouquecida, não sabia nem mais o que falava, soltava palavras desconexas e tentava por vezes se levantar.

- Você é muito malvado comigo, ruivo... não faz isso comigo...- ela choramingou quando ele começou a contornar a calcinha dela com a pontinha da língua.
- Que foi domadora? Não está gostando? – ele perguntou provocativo ao mesmo tempo em que se livrava da última peça de roupa que cobria o corpo delicado de sua amada. Ela soltou um gemido alto quando ele passou de leve a pontinha da língua em sua intimidade, para logo em seguida começar uma dança enlouquecedora, com os lábios e a língua. Ela tremia dos pés a cabeça, sentia-se flutuando e precisava urgentemente que ele a completasse.

- Eu quero você...eu quero você...agora...- ele levantou os olhos e viu o rosto da namorada vermelho, os olhos escuros de desejo, ela estava queimando e isso só aumentava o desejo dele. Sem pensar duas vezes, levantou, tirou a calça do pijama e se acomodou sobre ela, que no mesmo instante capturou seus lábios em um beijo cheio de desejo. Ele posicionou-se e penetrou-a devagar, fazendo com que um gemido escapasse de sua garganta ao mesmo tempo em que ela gemia também.

Eles se movimentavam em uma sincronia impressionante, se completavam completamente. E quando estavam chegando ao máximo do prazer, se olharam profundamente e ela gritou a frase que sempre enchia seu peito nesse momento de explosão.
- Eu te amo!!!! – ele sorriu e relaxou o corpo sobre o dela, afundando o rosto na curva do pescoço da morena, responde o que sempre respondia.
- Eu te amo mais. - ficaram se acariciando por um tempo até que caíram no sono.

Carlinhos acordou muito tempo depois, ou foi o que ele achou. Tentou mover o corpo e se espreguiçar, mais algo não o deixou, focando melhor a vista, percebeu o porquê de não conseguir se mexer, a sua princesa. Sua domadora. Ela dormia tão tranqüilamente em cima de seu peito, e ele sentiu que naquele momento poderia guardar aquela cena pra sempre.

Quem não conhecia Ara achava que ela não passava de uma menininha bobinha e extremamente meiga, mais não ele. Carlinhos a conhecia bem, conhecia o temperamento e determinação naquela morena.

Lembrava com um sorriso nos lábios o dia que tinha a conhecido.

Flashback

Há dois anos atrás...

Carlinhos tinha acabado seu turno, e agora se dirigia à saída. Só queria chegar logo em casa e poder descansar. Cuidar de dragões realmente não era pra qualquer um. Exigia muito e ele se sentia sacrificado em certos momentos, mais jamais iria reclamar, pois fazia algo que realmente gostava.

Lembrava como seus pais tinham ficado chocados com a noticia de seu novo emprego, eles jamais notaram a fascinação que o ruivo tinha pelos dragões. Seres inteligentes e mitológicos. Possuidores de uma força gigantesca, e perigosíssimos. Mas na opinião de Carlinhos, dragões eram apenas seres majestosos e mal compreendidos. Capazes de façanhas maravilhosas, e quando domesticados, ótimos soldados para o combate.

Enquanto seguia pelo corredor, ouviu uma gritaria que lhe chamou a atenção. Apertou o passo e seguiu movido pela curiosidade.

Assim que chegou quase no final do corredor, viu seu chefe e uma jovem morena que nunca tinha visto ali, cabelos cacheados castanhos um pouco abaixo dos ombros. Uma blusa de alça preta, colada ao corpo, calça de couro preta, apertada lhe moldando os quadris. E uma bota de salto finíssimo, que na opinião dele seria impossível se equilibrar, também preta.
Ela permanecia quieta, enquanto o homem a sua frente gritava feito louco, gesticulava e parecia que iria soltar fogos pelas ventas a qualquer momento.

- VOCE É LOUCA SRTA. ROBERT, COMPLETAMENTE LOUCA. – e ele continuava a gritar, suas palavras saindo de sua boca com uma chuva de saliva, estava lívido de tanta ira. – QUANTAS VEZES TENHO QUE LHE DIZER QUE SEU TRABALHO É OUTRO. VOCE TEM NOÇÃO DE QUE QUASE MORREU? DIGA-ME SINCERAMENTE, SE TIVESSE MORRIDO HOJE, O QUE EU FALARIA PARA AS PESSOAS? O QUE FALARIA PRO SEUS PAIS?
- Que eu sou incrivelmente corajosa e inteligente, por ter burlado a segurança e entrado numa jaula sozinha com um Rabo Córneo Húngaro? – Carlinhos que até agora permanecia quieto escutando e babando pela mulher, sentiu seus olhos se arregalarem de espanto.

O porquê de seu chefe estar tão irado tinha razão agora. Aquela mulher era completamente insana!

- Está me gozando Srta. Robert? – Sr. Jones sibilou mais irado do que nunca, seu rosto ficando numa tonalidade entre roxo e azul muito escuro.

Carlinhos conhecia muito bem o chefe pra saber que quando ele ficava daquela cor, era melhor correr, correr muito, pois ele seria capaz de cuspir fogo pela boca.

- Não. Apenas estou dizendo a verdade. Eu precisava colher um pouco do sangue dele, e ninguém desse departamento se prontificou para fazê-lo, então eu mesma fui buscar. – Carlinhos estava mais chocado ainda, aquela mulher era muito segura de si, e louca de pedra.

Peitava o seu chefe sem um pingo de medo, os gritos e a chuva de saliva, e nem a coloração de seu rosto parecia lhe afetar. Era como se ela fosse inatingível. Era a própria determinação em pessoa. Mesmo sem perceber, Carlinhos já começava a admirá-la.

- ESCUTE BEM SRTA. ARA ROBERT, A PROXIMA VEZ QUE EU A PEGAR FAZENDO ALGO DE ERRADO, BURLANDO AS REGRAS, PODE ARRUMAR SUAS COISAS E IR EMBORA DAQUI. A SRTA ME OUVIU? – ele falou rápido e bufando de raiva, apontado o dedo no seu rosto.
- Sim senhor. – ela respondeu calmamente, como se nada tivesse acontecido.

Carlinhos viu seu chefe passar por si, sem nem ao menos fitá-lo. É parecia realmente não ter enxergado ele ali, no meio do corredor. E assim que seu chefe sumiu de vista, ele viu a morena que a pouco demonstrava força e uma incrível determinação, soltar um gemido e cair quase que inconsciente no chão. Ele correu até ela a segurando pela cintura.

- Você está bem? – Ele a apoiou em seus braços e escutou outro gemido vindo dela.
- Minha perna. – Carlinhos a ouviu murmurar, e direcionou seus olhos para o lugar, e o que viu, fez ficar com muita dó dela.

Sua coxa direita, na parte interna dela, tinha uma queimadura muito feia, que deveria estar doendo demais.

Como ela estava errada e pelo o que ele tinha percebido era bastante orgulhosa, não quis mostrar para o seu chefe que tinha se machucado, e tinha permanecido todo o tempo sentindo dor e agüentando tudo calada e camuflando sua agonia. Aquela mulher era decididamente incrível.

- Eu vou levá-la a enfermaria, não se preocupe. Você ficará boa logo e nem vai ficar marca, eu garanto, já cansei de me queimar, e não tenho marca alguma. – ele falou pra ela enquanto a carregava no colo.
- Não diga... nada ao... chefe. – e não agüentando mais a dor, desmaiou nos braços de Carlinhos.


Já tinha passado umas duas horas desde que Carlinhos tinha entregado a garota aos cuidados de John. Estava começando a ficar preocupado, John não aparecia para lhe dar um parecer, e aquela espera estava o matando. O ferimento da perna dela parecia estar tão feio.

Estava quase a ponto de abrir um buraco onde estava; andando de lá para cá, atordoado, quando a porta abriu e por ela passou seu amigo John, chefe dos curandeiros.

- Como ela está John? Vai ficar bem? – Carlinhos estava aflito, e não conseguia entender o porquê daquilo, nem a conhecia.
- Calma Carlinhos. Ela ta bem sim, está sedada, e provavelmente só acordará amanhã. – O curandeiro falou calmo.
- Posso vê-la?
- Ela está dormindo agora. Se você não se importar?
- Não. Claro que não.

E assim Carlinhos seguiu John, rumo ao quarto que se encontrava a bela morena de cabelos cacheados.

Ela estava dormindo serenamente, e nem parecia àquela mulher decidida que tinha visto a pouco. Seu rosto era o mais belo que ele já tinha visto, angelical, doce, com maças rosadas e boca carnuda.

Engoliu em seco quando percebeu o rumo de seus pensamentos e aqueles lábios tentadoramente carnudos. Vermelhos, como morango maduro.

“Se controla cara, se controla!”

Aproximando-se mais da cama dela, ele notou que ela não estava mais com aquela roupa preta, de couro, e sim com uma camisola fina de hospital. Olhando novamente pro seu rosto, viu uma mecha cacheada em cima do seu olho esquerdo e sem conseguir se segurar levou sua mão ao local e a tirou. Mas não recuou sua mão, passou de leve pelo rosto dela e sentiu a textura dela. Sua pele era sedosa, macia, e Carlinhos se sentiu desesperadamente tentado a descobrir se só aquele pedacinho era macio, ou se seu corpo inteiro era assim.

Enquanto acariciava seu rosto, delicadamente, não percebeu que Ara tinha acordado.

- Devo denunciar você por estar se aproveitando de uma doente? – ela perguntou ainda de olhos fechados. Foi como se tivesse levado um choque, pois Carlinhos logo recuou sua mão.
- Eu...eu... hã...
- Você é sempre articulado assim? – Ara falou sorrindo e abrindo os olhos o fitou intensamente.
- Ah! Eu... bom... eu... meu nome é Carlinhos... Carlos... Carlos Weasley. – terminou muito vermelho e se sentindo um verdadeiro idiota por está gaguejando.

Aquela mulher exercia um poder estranho sobre ele. Nunca tinha se comportado daquele jeito, tão abobalhado na frente de uma mulher, pelo contrario, ele era até muito seguro, e não era a toa que tinha uma fama particularmente grande de galinha.

- E então, não respondeu a minha pergunta? – ela mais uma vez sorriu, e ele não sabia por que suas pernas tremiam quando ela sorria daquele jeito. Ao mesmo tempo meigo, ao mesmo tempo sexy, como uma garota travessa.
- Você me fez duas. – ele agradeceu aos deuses a sua voz ter saindo mais calma.
- Talvez eu queira resposta pra duas. – dessa vez foi à vez dele sorrir, ela jogava com ele, e ele simplesmente adorava mulher que sabia jogar.
- Não estava me aproveitando de uma doente. – ele a viu sorrir novamente, e como reflexo sua perna tremeu. - E eu costumo ser mais articulado sim, mais não posso controlar quando estou de frente com uma mulher tão bonita.
- Está tentando me seduzir Sr. Weasley?
- Eu não sei, você se deixar seduzir?
- Depende. – respondeu marota, e aquilo mexeu mais ainda com ele.
- Isso foi um sim?
- Não.
- Também não foi um não? – ele já se sentia contagiado pelo jogo dela.
- Não. – E de alguma maneira ele não conseguiu parar de sorrir com a resposta dela.

A partir daquele momento, nasceu uma amizade forte entre eles, que com o tempo se transformou num sentimento forte. Forte para ambos.


Fim do Flashback

Carlinho sorriu mais ainda com aquelas lembranças. A mulher que ele tinha nos braços era uma louca mesmo, uma louca que ele amava incondicionalmente.

Olhou para ela novamente e percebeu que fingia dormir, já tinha aprendido a notar quando ela fingia apenas para lhe pregar sustos. Era uma menina mulher, a sua noiva.

- Eu sei que está acordada Srta. Robert, futura senhora Weasley.
- Assim não vale! – falou fazendo bico que ele achou lindo.
- Já te conheço mocinha, acha que eu não percebi sua travessura? – perguntou divertido.
- Eu não ia fazer nada. – e assim ela subiu em cima do ruivo e sorriu mais travessa que nunca.
- Sei. E eu não conheço essa sua carinha de diabinha não é?
- Que calúnia, logo eu a própria inocência em pessoa.
- Perai, estamos mesmo falando da mesma pessoa? – e como resposta ela bateu no braço dele, rindo.
- Bobo.
- Linda. – e como agradecimento ela o beijou apaixonadamente.
- Eu estava com tanta saudade de você meu ruivo gigante das neves.
- Ruivo gigante das neves? Você realmente é criativa Arinha, só, por favor, não me chame de Priscila a rainha do deserto, por Merlin! – e ele se deliciou com as gargalhadas dela, que preencheram o quarto e seu peito. Céus! Como a amava!
- Meu amor, eu adorei essa! Você também é muito criativo, e pode deixar que irei criar cada um melhor que o outro, você nunca se sentirá na mesmice.
- Contanto que eu possa te chamar de Tatu-peba por mim tudo bem.
- Olha aqui seu ruivo metido a besta, me chama disso de novo e eu juro que acabo com a tua raça. – Ara ameaçou com o dedo apontado em riste pra ele. Carlinhos por pouco não gargalhou. Sabia o quanto ela odiava aquele apelido.
- Mais meu amor, é um apelido tão lindo, seus pais são bem criativos você tem que concordar. – adorava vê-la com raiva.
- Meus pais são surtados isso sim, isso lá é apelido que se ponha numa filha? – cruzou os braços de frente ao corpo nu, e ele sentiu seu corpo queimar com a visão dela, toda nua, brabinha, em cima de si. – Esse apelido bobo me transforma num...
- No ser mais lindo que eu já tive o privilegio de ver. – ele completou pra ela, a deixando corada.
- Esse apelido idiota não faz isso. – falou baixo e ainda com as bochechas vermelhas.
- Ponha uma coisa na sua cabecinha cacheada, você pode até se chamar Cacilda Genoveva, e mesmo assim eu vou ser completamente louco por você.
- Cacilda Genoveva, por Merlin Carlinhos, me mata logo de uma vez, cruzes!

E ele não agüentou mais e caiu na gargalhada, como tinha sentindo falta dela, das suas risadas, das suas loucuras, de sua doçura, do seu cheiro, do seu corpo, dos seus beijos, do seu carinho, cabelos, sorriso, olhar.

- Eu te amo sabia?
- Eu te amo mais.

E ela, como se estivesse hipnotizada, passou a acariciar a face do ruivo com a ponta de seu dedo, como se tivesse o descobrindo pela primeira vez. Passou pelo rosto, testa, nariz, boca, queixo, bochechas, desceu pelo pescoço, sentindo o ruivo arfar.

Sorriu ainda mais travessa e continuou com sua investida, desceu seu dedo indicador, pelo peito dele, passando de leve a unha, arranhando de um jeito completamente sensual, deixando Carlinhos à beira da loucura.

- Vai me castigar pela minha tortura anterior? – perguntou arfando, quando sentiu a mão dela descer pelos seus músculos da barriga.
- Menino esperto. – e se inclinando por cima dele, ela capturou seus lábios num beijo quente e desejoso.

Carlinhos gemeu na sua boca, a língua dela era quente, parecia que provava o mais doce e perfeito mel. Sentia, e tinha a plena certeza que jamais poderia viver sem beijá-la. Ainda entorpecido pelos beijos possessivos que ela lhe dava, sentiu um choque correr por todo seu corpo quando ela deslizou sobre si, o acomodando, naquele lugar quentinho e molhado, foi como uma bomba relógio tivesse acabado de ligar em seu ventre.

Ele pulsava dentro dela, e conforme Ara rebolava em cima de si, ele percebia que seu controle ía para o espaço. Fechou os olhos e um longo gemido saiu de sua boca, um gemido de prazer, de loucura, de amor.

Ele não estava no seu quarto, ele estava a amando nas nuvens, ele tinha certeza.

- Você... ainda pretende... ser um... menino mau? – Ara perguntou com a respiração falha, Carlinhos parecia delirar embaixo dela.
- Sim... se for para ganhar... – ele parou para puxar o ar que estava difícil de chegar aos seus pulmões e continuou. - ... um castigo tão gostoso, eu certamente irei... ser um menino... muito mau... Merlin Ara!

Ela continuou naquele vai e vem, e Carlinhos sentia que seu corpo a qualquer momento iria pegar fogo, nas suas veias parecia que lava incandescente corria por elas, sua testa já mostrava as primeiras gotículas de suor, suas mãos que estavam encaixadas nas coxas de Ara a impulsionando naquele vai e vem prazeroso, suavam a ponto de escorregar na pele da morena.

Ela gemia, arfava, lamuriava coisas desconexas, segurava seu cabelo no alto da cabeça, seu corpo também estava suado, tremido, quente, exalava prazer e uma fascinação que Carlinhos não conseguia desviar o olhar.

E então os dois estavam juntos, movendo-se cada vez mais depressa numa dança fantástica que fazia girar o quarto, o mundo, o universo até acontecer uma explosão que se transformou num êxtase delirante, numa viagem inacreditável, arrasadora, uma chegada e uma partida, um fim e um começo, e Ara jazia exausta e atordoada em cima de Carlinhos, ambos com a respiração ofegante, e uma certeza no coração, que para ambos não existia melhor lugar no mundo do que está um no braço do outro.

**********

O dia 4 de agosto começou muito cedo para todos na A’Toca, não pela ansiedade pelo casamento, mas sim por uma explosão no piso térreo da casa.

- O que aconteceu? – Perguntava um Harry amarrotado que saia de seu quarto vestindo apenas o short de dormir e a varinha na mão, para Gina e Hermione igualmente amarrotadas, com cara de espanto, também com as varinhas na mão.

- Não sei, alguma coisa explodiu lá embaixo, vamos lá ver. – Gina disse um pouco atrapalhada pelo sono, mas foi impedida pelo namorado e pela amiga que a seguraram cada um por um braço, ao mesmo tempo em que os ocupantes do andar acima deles apareciam na ponta da escada.

- Alguém já desceu? – Carlinhos perguntou para os três garotos parados no corredor. Harry fez sinal negativo com a cabeça e foi ao encontro dos outros, tomando o cuidado de manter as garotas as suas costas. – Eu vou descer e ver o que pode ser.

- Peraí Carlinhos. – disse Gui – Pra alguma coisa o imprestável do Fenrir serviu, os meus sentidos estão mais aguçados, deixa eu checar e se tiver alguma coisa diferente eu aviso. -Carlinhos apenas confirmou com um aceno, mas quando Gui estava no primeiro degrau para descer a escada, ouviram um barulho de discussão vindo da sala da casa.

- Seu estúpido, eu disse que não podia misturar isso agora, tinha que esperar até ficar azul escuro.

- Estúpido é você. Você disse que eu podia colocar o pó quando ficasse azul – eram Fred e Jorge discutindo na sala e assim que os demais moradores da A’Toca reconheceram as vozes desceram pra ver a confusão.

Encontraram os gêmeos cobertos de fuligem, com as sobrancelhas queimadas e com o que deveria ter sido uma de suas invenções nas mãos.

- FRED e JORGE WEASLEY, O QUE SIGNIFICA ISSO? – essa era a Sra Weasley que vinha abrindo caminho pela multidão, vermelha como um pimentão e fuzilando os gêmeos com os olhos.

- Ahhh...oi vocês já acordaram? Está cedo não está Jorge? Podem voltar a dormir, está tudo sob controle. – Fred disse tentando ficar o mais longe possível da mãe.

- É não se preocupem, estamos bem. – disse Jorge dando o melhor dos seus sorrisos.

- Porr Merrllimm!! Eu sou a noiva aqui, prrrecisava de mais algums horrinhas de sono. – disse Fleur emburrada no que foi prontamente abraçada pelo futuro marido que estava se segurando para não gargalhar.

Harry respirava pesadamente, a única coisa em que pensava era na A’Toca sendo atacada, em feitiços voando por todo o lado e as garotas no meio do tiro cruzado. Instintivamente colocou-se à frente delas e fez de seu próprio corpo um escudo, qualquer que fosse o feitiço que viesse naquela direção, o acertaria antes de atingir Gina. Estava tenso e só acordou do transe quando sentiu a mão pequena da namorada pegando na sua e acariciando enquanto sussurrava em seu ouvido.”Calma meu amor, abaixe a varinha, por favor”, só ai que ele percebeu que segurava tão firme a varinha em frente ao corpo, que os nós de seus dedos estavam brancos. Sentiu a outra mão dela subindo em direção ao seu peito, tentando fazer com que ele controlasse a respiração, que estava pesada devido à tensão. Respirou fundo e apertou a mão da namorada, tentando passar tranqüilidade. Só então se deu conta da situação dos gêmeos e se permitiu sorrir. Carlinhos e Rony que estavam em alerta aos movimentos de Harry, pois perceberam que ele estava a ponto de lançar uma azaração em alguém, viram os movimentos da irmã e Rony lançou um olhar “não te disse” pra Carlinhos.

- Bem, eu não sei o que vocês aprontaram, mas eu ainda quero dormir mais um pouco. Venha mamãe, deixe esses dois paspalhos limparem essa sujeira toda – Gui disse olhando feio para os irmãos - E vamos voltar a dormir. É muito cedo e eu não quero ninguém dormindo no meu casamento. - com isso, todos se permitiram xingar um pouco os gêmeos e subiram para seus quartos.

Gina disse que ia tomar um copo de água e ficou para trás, assim que percebeu que todos já tinham se recolhido, menos os gêmeos, subiu com um copo de água na mão, mas não entrou em seu quarto e sim no do namorado.

Quando abriu a porta do quarto encontrou o namorado exatamente como havia imaginado, sentado na cama com os braços apoiados nos joelhos e o rosto enterrado nas mãos, completamente fragilizado.

- Oi, achei que você gostaria de tomar um pouco de água. – disse enquanto se aproximava dele e passava a mão em seus cabelos rebeldes. Ele levantou a cabeça olhou em seus olhos e sem dizer nada a puxou delicadamente para o meio de suas pernas e enterrou o rosto na barriga da namorada.

- Vai ser sempre assim?- a voz dele saiu fraca e tremula. – Eu achei que estavam atacando a A’Toca, Gi. Eu achei que eles tinham conseguido entrar aqui.

-Shhhiii...não fica assim, eu também me assustei, mas estamos meio acostumados com esse tipo de coisa, os gêmeos vivem fazendo isso. Vamos, beba um pouco de água e vamos voltar a dormir. – ele levantou o rosto e pegou o copo de água que a namorada ofereceu. – Se você quiser ... eu fico aqui com você até de manhã. – ela disse acariciando o rosto dele, mas não de uma forma marota, e sim de forma carinhosa, que mostrava que ela apenas queria ficar junto dele para tranqüilizá-lo, e isso era exatamente o que ele precisava naquele momento.

Ele pegou a mão dela que antes acariciava seu rosto e beijou-a demoradamente. É incrível como simples atos, são capazes de demonstrar tanto sentimento. Ela inclinou-se sobre ele e beijou sua testa, pegou o copo que estava na mão dele, colocou na escrivaninha junto com as varinhas. Deitou-se e fez com que ele deitasse em seu peito, de forma protetora, colocando-se a acariciar seus cabelos.

Não disseram mais nada até pegarem no sono, ficaram apenas sentindo a presença um do outro. E Harry mais do que nunca teve a certeza de que amava essa mulher mais que tudo.


Na manhã seguinte, foram acordados por Hemione, que pedindo desculpas, tinha ido avisar que a Sra Weasley tinha batido na porta das garotas pedindo pra que elas levantassem para ajudar a arrumar o resto das coisas.

- Brigado Mione, eu já estou indo. – Gina disse espreguiçando manhosamente e abraçando o namorado que até então dormia abraçando ela pelas costas. – Bom dia, lindo.- disse beijando a ponta do nariz de Harry. – Dormiu bem? – ele sorriu e acariciou seu rosto com a ponta do dedo.
- Perfeitamente bem. Obrigado. – disse olhando em seus olhos - Eu te amo muito, sabia?
- Lógico que sim, mas eu não me canso de ouvir. – disse sorrindo encantadoramente e beijando-o em seguida. – Eu vou tomar um banho e te encontro lá embaixo pra tomarmos café, ta bom?
- Ta, eu já estou indo.

**********

Desceu e percebeu que havia varias pessoas pela casa, não somente os atuais moradores. Tonks e Lupin estavam próximos à lareira conversando com uma senhora loira muito bonita, que Harry logo deduziu que fosse a mãe de Fleur. Carlinhos, Gui, os gêmeos, Lino Jordan e o Sr Weasley estavam saindo para os jardins e Gabrielle e Luna estavam conversando com duas garotas loiras, uma morena e dois garotos loiros, provavelmente familiares da noiva. Assim que Gabrielle avistou-os descendo, lançou um sorriso malicioso para as outras garotas, que sorriram. Fora Luna que apenas revirou os olhos e foi de encontro a Neville que logo a abraçou.
- Bon jour Harry. Dorrmiu bem? – ela disse numa voz melosa, que fez com que Harry arqueasse uma sobrancelha e olhasse para Rony procurando uma resposta para a atitude da garota. Ron apenas deu de ombros, mas decidiu que pelo bem do moreno iria ficar junto dele, para que Gina não pensasse nada. – Eu querria te aprresentar meus primos. Essa são Marie, Anne e Juliete e esses são Teodore e Julius. – Marie e Anne eram loiras como Gabrielle, já Julliete, era morena de olhos extremamente azuis, os garotos eram, loiros e altos, provavelmente tivessem a mesma idade de Harry, assim como Juliete.

- Muito prazer Harry Potter, é realmente um prazer conhecê-lo. – disse Julius, num inglês bem falado, mas um pouco polido demais para o gosto dos garotos. – A Gabrielle fala muito de você, só espero que o que ela fale seja realmente verdade, porque eu sinceramente achei que você fosse maior e mais forte do que é. – estava bom de mais pra ser verdade. Harry sentiu Ron se movimentando atrás de si e apenas tocou em seu braço para que não fizesse nada.

- O prazer é meu, Julius, não é? Tenho certeza que ela deve ter exagerado. Eu sou apenas isso que você está vendo e nada mais. Foi um prazer conhecê-los, com licença. – e puxou um Ron enraivecido, sendo seguido por Neville e Luna para a cozinha, onde encontraram as garotas e a Sra. Weasley.

Gina estava com um vestidinho de alcinha que ia ate o meio da coxa e estava encostada na bancada da cozinha de forma relaxada, rindo de alguma coisa que Hermione dizia. Como ela podia ser tão simples e encantadora ao mesmo tempo, ele se aproximou dela, passou o braço pela cintura dela e beijou-lhe o topo da cabeça, ela sorriu, virou-se e antes de beijá-lo, fez um carinho com a ponta de seu nariz no dele e depois o beijou.

- Vamos tomar café? – ela perguntou enquanto guiava-o para uma das cadeiras da mesa da cozinha. – Eu estava te esperando.

- É, encontramos um loiro que ta louquinho pra ser espancado, no meio do caminho. – Ron disse enquanto beijava a namorada, que não sabia se ria da cara do namorado ou perguntava o que tinha acontecido, mas Luna foi mais rápida.

- Os primos da Fleur chegaram e quiseram conhecer o Harry. E é claro que a Gabrielle fez o favor de apresentar. – ela disse com um pouco de raiva na voz. No que a Sra Weasley correu para a sala para recepcioná-los.

- E o priminho dela ta pedindo pra tomar umas boas porradas. – disse Neville igualmente revoltado.

- As priminhas também, se é que vocês querem saber. Enquanto vocês estavam descendo elas começaram a “elogiá-los” demais pro meu gosto, umas folgadas, se acham as maravilhosas. Elas começaram a falar em francês, achando que eu não ia entender. Umas descaradas. – e pela 1ª vez na história eles viram Luna Lovegood vermelha de raiva.- E ainda por cima esse francesinho veela vem falando que o Harry é um fracote...

- O que? – Hermione que até o momento estava se divertindo com o recém descoberto acesso de fúria de Luna, quase gritou. – Ele disse isso? E ta vivo ainda? Não acredito?

- Ta vivo porque o Harry não deixou eu fazer nada. – o ruivo respondeu mal humorado, olhando para o melhor amigo que estranhamente olhava divertido para eles enquanto acariciava a mão da namorada, que agora ele tinha percebido também estava calma demais para a situação, afinal Luna tinha acabado de dizer que as francesinhas estavam dando em cima do namorado dela. – Hei, vocês estão bem? Gina!? Você escutou todo o que a gente falou?

- Escutei sim, e adorei ver a explosão Lovegood. – ela disse divertida – Não se preocupem com eles...eles vão embora hoje a noite e se elas ou eles tentarem alguma coisa, eu tenho é dó do estado em que eles vão ficar. – e continuou a comer como se nada tivesse acontecido.

Hermione olhou para os amigos e deu de ombros, era realmente estranho o comportamento do casal, mas antes assim do que vê-los nervosos. Ela se se lembrou de como o amigo ficou durante a confusão de madrugada e realmente era melhor desse jeito.

A Sra Weasley voltou para a cozinha quando eles já terminavam de comer, ela recrutou as garotas pra cozinha e os garotos foram para o jardim, ajudar os outros com as arrumações finais.

**********

O casamento estava marcado para as 17h30min, ou seja, dali à 1h e elas já estavam se arrumando a pelo menos 1h, e mesmo assim parecia que não iam ficar prontas nunca.

- Mione me ajuda com o meu cabelo, eu não estou conseguindo fazer os cachos com aquele feitiço que você me ensinou. – Gina estava se arrumando em seu quarto com Luna e Tonks.
Ela tinha discutido com a mãe que queria a todo custo que ela fosse para o salão onde Fleur estava se arrumando, junto com Gabrielle e companhia. Mas a ruiva não queria passar nervoso, não naquele dia. Já ia ter que usar aquele vestido dourado, por ser uma das damas e ainda ia ter que ficar agüentando as provocações de Gabrielle e suas primas, não...isso era demais.

- Calma Gi deixa eu acabar o da Luna que já faço o seu. – Hermione que já estava praticamente pronta, só faltava colocar o vestido, ajudava as outras com seus feitiços de beleza.

Em Luna, usou um feitiço que fez com que seus cabelos ficassem mais brilhantes e alinhados na altura do queixo, dando à loira um ar jovial e sexy. Ela usava um vestido azul marinho de um ombro só, colado em seu corpo de maneira comportada, mas provocante. Ele batia em sua canela e ela usava uma sandália se salto alto prateada.

- Nossa loira...coitadinho do Longbotton, acho que ele não vai conseguir nem falar depois de te ver assim. – gracejou Tonks, que também estava dando uns retoques em sua maquiagem. Ela usava um simples vestido preto, que ia até um pouco abaixo do joelho e ostentava seus cabelos rosa chiclete, a pedido do noivo que era seu amigo desde Hogwarts e adorava quando ela usava aquele tom nos cabelos, mostrava que ela estava feliz. Estava simples, mas muito bonita.
- Tomara que seja por mim mesmo, porque se eu ver o Nev olhando para aquelas ridículas, eu acabo com ele. Ela disse bufando.

- Luna, não vai acontecer nada, fique calma.

- Eu não sei como você consegue ficar tão calma assim, afinal o alvo principal delas é o Harry...aíii Mione – ela reclamou assim que a morena puxou seus cabelos tentando impedi-la de falar aquilo. Mas já era tarde demais. A ruiva parou de fazer o que fazia e encarou a amiga.

- O que você disse?

- Eu ouvi elas falando, parece que a Gabrielle contou pra elas que o Harry não quis nada com ela por causa de você e elas disseram que até o final da noite vocês teriam terminado, elas estavam falando em francês e pensaram que eu não entenderia. E ainda falaram do Nev e do Rony também.

- Era só o que me faltava...porque essas coisas só acontecem comigo? Vocês já perceberam que sempre tem alguém ou alguma coisa tentando acabar com o meu namoro. Só pode ser uma maldição. – Gina falou derrotada sentando-se em sua cama.

- Ihhh fica calma ruiva, ninguém vai fazer nada pra vocês não. O Harry nunca vai te trocar por nenhuma delas. – Tonks disse sentando-se a seu lado.

- É Gi, vamos ficar de olho nelas e na primeira tentativa a gente “educadamente”, da um chega pra lá nelas. Nem que eu tenha que azará-las. Não me custaria nada, eu já posso fazer magia fora da escola e estou precisando treinar umas azarações.- Hermione disse agachando-se de frente a amiga. – E eu concordo com a Tonks, o Harry nunca te trocaria por elas.

- Eu não tenho medo que ele me troque, eu sei que ele não fará isso. Só não queria estragar o casamento do Gui, mas se precisar – ela levantou uma sobrancelha marotamente – Eu não vou me importar em azará-las, o Ministério nunca vai saber quem foi, com tantos bruxos presentes. – e logo em seguida caiu na gargalhada com as amigas.


Continua...


N/A: Bem pessoal essa foi a 1ª parte do capítulo.
Responderei as reviews na 2ª parte, mas desde já agradeço.


Special tanks: Minhas irmãs queridas...Nani, Ara, Geo, Sally, Pri e Paty.


Bjs a todos.

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