A Conversa
Hermione subiu lentamente as escadas, tentando pensar em algo que pudesse dizer à Miranda, que melhorasse a situação. Ela nunca falhou em encontrar respostas para um problema. Mesmo no primeiro ano em Hogwarts, quando não conseguia descobrir quem era Nicholas Flamel, passou grande parte do seu Natal pensando, apenas para perceber que a resposta estava bem à sua frente.
Mas não haviam livros sobre novas namoradas, e mesmo se houvessem, ela duvidava que existisse um capítulo ensinando a como lidar com elas. Não, ela teria que lidar com isso sozinha- falar com Miranda e tentar faze-la entender porque seu namorado, de repente, tinha uma filha.
Se ela não o fizesse, e Miranda terminasse com Ron, ele não a perdoaria. Hermione estava surpresa por ele tê-la perdoado por esconder Hannah, e fez uma anotação mental de não pensar mal de Ron por enquanto.
Ela não sabia porque se sentia tão apreensiva; embora soubesse que não deveria se sentir assim. Já havia lidado com coisas piores. No sétimo ano enfrentou Voldemort durante a grande batalha, ao lado de Harry e Ron, os respeitáveis fundadores da Armada de Dumbledore, quando o derrotaram juntos.
Na época, Hermione descobriu a resposta para o problema- juntar a um pouco de sua mágica e da de Ron, transferindo-as para Harry, que lançou a Maldição da Morte no Lord das Trevas. Isso consumiu muita energia, uma quantidade que Harry não seria capaz de recuperar, caso Hermione e Ron não o tivessem provido.
Falar com Miranda deveria ser moleza.
O quarto de Ginny, onde Miranda estava acomodada, era quase no fim do corredor, e identificado com uma palca de metal pregada na porta, onde se lia Quarto da Ginevra. Hermione estava prestes a bater na porta, quando escutou duas vozes vindo lá de dentro. Não querendo interromper, aproximou-se mais da porta, para escutar melhor.
“... Então você não fazia idéia de que Harmony estava grávida?”
“O nome dela é Hermione, e não, eu já disse que não sabia.”
Hermione mordeu os lábios e hesitou, sabendo que bisbilhotar era falta de educação e errado. Mesmo assim, continuou escutando, esperando pelo melhor momento para anunciar sua presença.
Houve um suspiro baixo e ouviu Miranda dizer, “Pelo que você me disse, Ronald, Hermione é uma ‘boa garota’. Por que ela mentiria?”
Ron pausou e então respondeu, “Para me ajudar. Se ela tivesse me contado que estava- que estava grávida, eu teria voltado imediatamente para casa- e ela sabia disso. Ela queria que eu terminasse meu treinamento.”
Outra pausa, e Miranda perguntou, “Se nós já estivéssemos namorando e ela mandasse uma coruja lhe contando, você teria voltado?”
“Isso não é justo...”
“Pergunta válida.”
Ninguém falou por um tempo, e Hermione imaginou que Ron estivesse tentando encontrar uma resposta que satisfizesse Miranda. Não querendo saber a resposta, mesmo que a fizesse se sentir melhor, bateu na porta.
“Entra”, gritou Ron.
Hermione empurrou a porta e entro timidamente. Miranda estava sentada na cama de Ginny com os braços cruzados e Ron estava a sua frente, seu rosto sardento, corado.
“Eu, uh- vim ver se a Miranda está bem acomodada,” mentiu. Ela queria saber como Miranda estava reagindo à notícia, e pelo que escutou, estava aceitando bem, apesar de tantas perguntas. “Eu sei que estar em uma casa estranha pela primeira vez é um pouco assustador. Quando vim pra cá pela primeira vez, fiquei um pouco nervosa; mas isso foi, uh- por outros motivos...”, sua voz foi baixando, as mãos justas á frente do corpo.
“Obrigada, mas eu estou bem,” disse Miranda, com um sorriso falso. “É mais o fato de estar sobre o mesmo teto que a família do meu namorado, a ex-namorada e a filha, que é ‘assustador’.”
“Miranda,” bradou Ron. “Seja gentil.”
“Desculpe, Ronald,” disse, piscando sedutoramente. “Você poderia pegar alo para eu beber, por favor? Não confiei nos que nos ofereceram no avião,” adicionou, sorrindo de uma maneira que Hermione não acreditou.
Ron assentiu e assim que desaparatou, Miranda levantou e caminhou em direção à Hermione.
“Agora que o Ronald saiu, teremos a chance de conversar,” disse, um sorriso formando-se em seus lábios.
Hermione engoliu em seco, não estava gostando do jeito que Miranda a olhava. “Claro... sobre o que?”
Sorrindo com desprezo, Miranda respondeu, “Nós duas sabemos que você não veio ver como eu estava.” Cruzou os braços e arqueou a sobrancelha.
“Não sei do que você está falando,” Hermione mentiu novamente, tentando parecer casual. Como se encarasse um hipogrifo, tentou não piscar e nem desviar o olhar.
“Claro que não. Eu ouvi você e o Ronald discutindo lá embaixo, e ele me explicou tudo.” Disse a outra, colocando as mãos nos quadris. Seus lábios se curvavam em um sorriso presunçoso, e olhava Hermione de cima a baixo
Hermione corou; que maneira de descobrir. Baixou o olhar e se concentrou em uma mancha no tapete.
“Só queria lhe dizer, e sem parecer grosseira nem nada,” Miranda continuou, “mas o que você fez não muda nada. Ronald ainda é meu namorado, e nem mesmo uma criança mudará isso.”
Hermione contraiu o rosto por um instante, antes de respirar fundo e encarar Miranda. “Isso é tudo? Por que eu tenho que dar atenção ao Ron e à minha filha, se você não se importar.”
“Não, não saia,” disse Miranda, sua voz parecendo ameaçadora de repente. Caminhou para perto de Hermione até que ficassem a apenas um palmo distantes, e sussurrou, “Quero que saiba que eu não gosto de você. Acho que você é uma pessoa terrível pelo o que fez ao pobre Ronald, mentindo e escondendo dele uma coisa tão importante.”
A morena mordeu os lábios e manteve a cabeça erguida, determinada a não deixar Miranda atingi-la
“Oh, e acho que você deveria saber: Ronald já tinha te esquecido muito antes de vocês terminarem. Eu o ajudei, entende? Isso é o que nos torna diferentes; eu sou uma pessoa carinhosa e prestativa.”
Hermione disse entre dentes, “Fico feliz que Ron tenha encontrado uma pessoa que possa fazê-lo feliz. Agora, se me der licença...”
Ela tinha que sair dali, ou a coisa ficaria violenta. Apenas olhar para o sorriso presunçoso da outra a irritava profundamente. Caminhou para a porta, mas mirando bloqueou a passagem. Ainda não havia terminado.
Inclinou-se sobre Hermione e sussurrou, “Você não merece ser a mãe da filha do Ronald.”
As palavras atingiram Hermione como um soco no peito. Bufou e mordeu o interior da bochecha, num ato para impedir que as lágrimas de raiva caíssem; sentiu gosto de sangue na língua ao levantar ainda mais o queixo e lançar á Miranda o olhar mais frio e desaprovador que pôde.
“Mesmo assim, eu sou a mãe da filha do Ron,” disse, cerrando ainda mais os punhos para controlar o tremor em sua voz, “e Ron quer fazer parte da vida dela. Se isso lhe incomoda, é problema seu, e você vai me desculpar, mais ainda, por eu não dar importância para comentários sobre mim feitos por uma pessoa como você.”
Os olhos de Miranda brilharam perigosamente. “Você se acha muito...”
“Tenho coisas mais importantes para fazer do que discutir com você,” Hermione a interrompeu, sentindo que estava prestes a perder o controle. “Saia da minha frente.”
Passou rápido por Miranda, determinada a sair logo dali antes que a outra a visse desmoronar. A última coisa que precisava era mostrar fraqueza. Ao cruzar a porta, ouviu Miranda soltar uma risada irônica antes de fecha-la atrás de si.
Encostou-se na porta, respirando fundo, seus olhos fechados, o coração acelerado. As lágrimas contra as quais estava lutando, agora caiam livres; seu único consolo diante daquela cena, era que não havia começado a soluçar na frente daquela vadia.
Ela pôde ouvir que Ron havia retornado e perguntara para onde ela havia ido.
“Foi ver o bebê,” respondeu Miranda.
“Hermione?”
Ao abrir os olhos, deparou-se com uma Ginny preocupada.
“Há quanto tempo você está aqui?” Hermione perguntou, não recordando de tê-la visto quando saiu do quarto.
Ginny parecia embaraçada. “O tempo todo; usei as Orelhas Extensíveis. Fred e George disseram para usa-las se fosse importante... e se mamãe não estivesse por perto.” Juntou as mãos atrás de si, corando levemente. “Desculpe, eu não deveria...”
“Não, não, tudo bem,” disse Hermione, enxugando os olhos e feliz por Ginny estar lá para abraçá-la caso precisasse. “Assim não vou ter que explicar tudo o que aconteceu e foi dito lá dentro; só quero esquecer isso.”
Hermione foi para o quarto e Ginny a seguiu, surpresa pela reação da amiga.
“Mas nós temos que contar à mamãe! Ela acreditará em você, não tem motivos para duvidar, e então poderemos nos livrar da Srta Perfeitinha,” disse Ginny, fechando a porta do quarto de Hermione.
“É, e o Ron vai ficar super feliz,” a outra retrucou, irônica, jogando-se na cama, com um suspiro. “Depois de mentir pra ele por mais de um ano, esconder a filha e então expulsar a namorada da casa dele, acho que poderemos retomar de onde paramos.”
Ginny ficou em silêncio, sabia que a amiga estava certa, e não havia muito o que elas pudessem fazer sem que deixasse Ron infeliz. Ela conhecia o temperamento do irmão e se elas o aborrecessem pra valer, ele poderia sair da vida delas para sempre- ou pior, ir embora com Miranda.
“Não tem jeito, de qualquer maneira a Hannah fica sem o pai.” Hermione começou a chorar novamente, sentindo pena de si mesma e da filha. Isso não deveria ter acontecido; se as coisas tivessem sido do jeito que ela havia planejado, Ron a estaria ajudando a dar comida para Hannah naquele momento, ao invés de estar discutindo com a namorada.
“Não é tanto assim...”Ginny disse de repente. Hermione levantou o olhar para a amiga, enquanto Ginny lhe entregava uma caixa de lenços e se juntava à ela na cama, um sorriso dançando no rosto sardento da garota.
“O que quer dizer?” perguntou Hermione, incapaz de achar uma solução para seu problema.
“Nós não podemos expulsar a Miranda, mas... e se ela sair por vontade própria?” a ruiva perguntou, encarando Hermione como se a sentença explicasse tudo.
“E por que ela faria isso? Você a ouviu; ela vai adorar ficar isso. Ela tem Ron para esfregar na minha cara e ele não vai acreditar se contarmos.”
“Nós podíamos atiçá-la de vez em quando, falar ou fazer coisas que a façam ficar mal com o Ron,” Ginny explicou, parecendo excitada com o plano. “E se a fizermos ficar realmente mal, ela vai querer partir pra cima de você e isso vai ser perfeito. Ron sempre gostou de você e não sei se já percebeu, mas sempre que alguém te ataca- verbal ou fisicamente- ele aparece pra te defender.”
O plano de Ginny fazia Hermione se sentir incomodada. Não estava feliz com a idéia de sabotar o namoro de Ron, não importando o quanto não gostava de Miranda. Isso parecia baixo e desonesto.
“Eu não sei... eu quero que o Ron seja feliz,” disse, pegando um lenço para enxugar os olhos.
“Ele era feliz com você!” Ginny a lembrou. Havia desespero em seus olhos, e Hermione pôde dizer que Ginny sentia-se do mesmo jeito que ela em relação à Miranda.
Hermione suspirou e olhou desanimada para a ruiva. “Era, Ginny. Ele seguiu em frente.” Pausou e então adicionou calmamente, “Nós dois seguimos.” Hermione podia ver pela expressão de Ginny que ela não havia acreditado, e se ela fosse honesta consigo mesma, também não acreditaria.
“Ele só seguiu em frente porque ela, provavelmente, fez a cabeça dele.” Retrucou. “Todo mundo sabe que o Ron era mais feliz quando estava com você.” Suspirou infeliz, baixando o olhar para as mãos, que estavam largadas sobre a colcha que cobria a cama de Hermione. A morena deixou escapar outro suspiro.
“Parece bom na teoria, mas o que iremos fazer para que ela fique mal?” Hermione não podia acreditar que iria levar aquilo adiante.
“Simples. Você e Ron só precisam se aproximar,” Ginny explicou, como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo. Um sorriso começou a se formar em seus lábios, pela mudança de opinião da amiga.
Hermione piscou, surpresa. “Acho melhor você parar por aí. Tudo isso começou com o Ron e eu nos aproximando,” lembrou à amiga, dando-lhe tapinhas ao lado da cabeça.
Ginny riu. “Não estou falando desse jeito! Por Merlin, Hermione! E se você e Ron estivesses próximos, como uma família com a Hannah? Eu conheço meu irmão, e ele não escolheria uma garota ao invés da família, principalmente uma vadia como ela.” Ginny confirmava com a cabeça, enfatizando seus argumentos.
“Como você pode ter tanta certeza? Eu também o conheço. Ele pode se deixar levar por um rostinho bonito.”
“Ron faz parte de uma das mais antigas, unidas e numerosas famílias da região- ele tem seis irmãos! Família significa tudo para ele. Muito mais do que uma sessão amassos com uma piranha.”
Hermione contraiu o rosto em desagrado ao comentário de Ginny, mas depois refletiu sobre ele. Por um lado, ela não se iludia de que a maioria dos rapazes não se deixavam levar pela sua... libido. Por outro, elas estavam falando de Ron. E Ron era leal. Ele estava disposto a fazer a coisa certa por Hannah e fazer parte de sua vida, de ser um pai para ela.
E você ainda está apaixonada por ele...
Hermione afastou aquela voz culpada e carente de sua mente e sorriu para Ginny.
A idéia de se vingar de Miranda através do amor de Ron pela família era demais louca, mas poderia dar certo.
Hello povo! Saudações azulinas!!!!
Tá a maior festa aqui na cidade; a Nação Azulina tá que nem pinto no lixo por causa dos resultados dos jogos de hj... Nosso Remo "Lion King" ganhou e tá longe do rebaixamento, já a mucura rosada, aquele timinho furrepa do paysandu (argh!) levou uma mijada de 9x0 do Paulista e foi pro lugar que ele mais gosta, a zona!! hauhauahau
aiaiaiai vai ser uma semana de zoação... e eu chóóóóóóóro, quero mais é que ele caia mesmo... e fique por lá um bom tempo.
Bem, sorry por isso, mas a felicidade é tanta que não resisti... hehe
Mas falando do que interessa, que vadia, nojenta, super bitch essa Miranda hein?! Mas esse é só o começo... aguardem.
Próximo capítulo: Um dos momentos mais esperados: a aproximação entre pai e filha. Tão lindinho, é um dos meus cap preferidos... aiai...
Bjs e até mais
Ah, onde posso encontrar fotos bacanas do Wolverine e da Jean Grey? Me avisem, please!!!!!!
"Atletas Azulinos somos nós..."
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