O início do Caos



N/A: Essa fic é de autoria das Srtas Aisha, Evy(Ela sempre preferiu o Rony) e Lara(Contos Marotos), pedimos desculpa por qualquer erro de português porque a gente tava tão ansiosas pra postar que nem revisou. Bom, a fic como vocês devem ter percebido é baseada no filme Efeito Borboleta, só baseada, vai ter muita coisa diferente, espero que vocês gostem e sempre que der, dêem uma passadinha nas nossas fics.

Malfeito, feito!


Efeito Borboleta

Capítulo 1: O início do Caos

O simples bater de asas de uma borboleta pode provocar um tufão do outro lado do mundo...
Teoria do Caos

Era uma bela manhã de Sol e Ronald Billius Weasley ainda estava deitado em sua cama. A noite passada seus antigos medos e pesadelos voltaram com maior freqüência e ele custara a pegar no sono. Ele tinha apenas 24 anos e carregava um semblante de um homem de verdade. Tinha um peso em suas costas que ninguém jamais imaginaria...

Tudo começou com o fim da Segunda Grande Guerra do Mundo Bruxo, Harry Potter derrotara Voldemort, haviam perdido muitos entes queridos, mas nenhum doeu tanto quanto ela...

FLASHBACK

Era o confronto final, Harry havia treinado muito, já não era mais aquele moleque metido a herói, todos haviam crescido e deixado de lado as bobagens de crianças. Mas algumas coisas nunca mudam e Rony ainda nutria um forte sentimento por sua melhor amiga, inseguro que era nunca teve coragem de se declarar. Naquele dia que se seguia tão modorrento quanto os outros o Sol nasceu brilhando, como se fosse um raio de esperança pairando no céu e mais tarde isso veio comprovar a realidade.

-Ron! – Hermione chamava o amigo, no que se virou e sorriu – Bem, eu não sei o que dizer, bem estivemos juntos tanto tempo lutando com nossos conflitos internos e com o conflito dos outros, que eu já não tenho mais certeza de nada!

-Você está muito esquisita Hermione! – o ruivo respondia – Eu não sei se entendo o que você quer dizer...

-Olha, - ela prosseguia – eu também não entendo... Só que hoje eu estou sentindo algo diferente Ron, algo que eu não sei explicar... Nossas vidas vão mudar pra sempre hoje, eu sei... – ela olhava angustiada para ele – Me desculpe! – ela começou a chorar.

-Pelo quê? – Rony queria consolá-la, Hermione havia desmoronado, uma coisa que ele jamais presenciara e era um milagre que a nova sede da Ordem não estivesse apinhada de gente esbarrando neles.

-Por tudo! Por sempre ter sido a CDF, a amiga que brigava, por ser a Sabe-Tudo, por sempre implicar com você, por ser ciumenta dos meus amigos, por empatar a sua vida e a do Harry...

-Pode parar! – Rony abraçara a amiga – Hermione, eu não sei o que deu em você, mas não é hora de pirar certo? De nós três você sempre foi a fortaleza, hoje mais do que nunca a gente vai precisar da sua força, talvez essa seja a luta definitiva dessa guerra. Além disso, você deixou de ser um pesadelo há muito tempo e se tornou um sonho, sem você, não existe trio, sem um de nós não existe trio. – Os dois se separaram e a morena olhava fundo nos olhos do ruivo, aqueles olhos que tanto a emocionavam, que transmitiam sinceridade e graça, agora transmitiam convicção e dor.

-Ron, - ela insistia – só prometa que... Apenas prometa que... Que vai voltar pra mim!

-Eu prometo! – ele chegou mais perto e beijou-a ternamente, anos de espera, medo e angústia misturados em uma coisa tão profunda, tão doce. A necessidade daquele beijo era avassaladora. A única coisa que ela não superava era a timidez e receio dos dois.

Depois se separaram. Aquele simples beijo tinha durado tanto tempo, mas para eles fora muito rápido. Hermione finalmente recuperou-se e disse:

-Tome! – entregou um pergaminho enrolado para ele – Não abra antes da grande batalha, só abra quando tudo tiver acabado, você entenderá. – e saiu com a cabeça baixa rumo a seu quarto.

-O que houve? – Gina perguntava à amiga que chegara no quarto com cara de choro.

-Rony. – a outra deu de ombros.

-Mas será possível? – a ruiva se esquentava – Hoje pode ser o último dia de todos, amanhã também, a gente não sabe, e tudo o que aquele insensível sabe fazer é brigar?

-Não Gina. – Hermione estava séria – A gente conversou exatamente sobre isso, as nossas brigas tinham diminuído muito, eu acho que é mesmo o medo de perder um ao outro. Mas eu não sei.

-Que cara é essa cara? – Harry interrompia os pensamentos de Rony, parado no meio do caminho com cara de besta.

-Sabe quando você tem a sensação de que poderia ter feito muito mais e se sente um grande bosta por ter perdido tanto tempo vendo sem enxergar? – o ruivo respondia.

-Eu acho que sei o que quer dizer – o moreno lembrava nesse momento de uma ruiva que estava no andar de cima – mas, o que aconteceu?

-Hermione. – Rony deu de ombros.

-Brigaram de novo? – Harry fazia aquela cara de incrédulo.

-Não. – Rony esboçava um sorriso – Eu beijei ela.

-O quê? – isso sim era novidade, Harry nem acreditava no que estava ouvindo, e Ron se dispôs a narrar o que acontecera agora pouco.

-E o que você vai fazer? – Harry tentava dar um tom casual à pergunta, estava muito feliz por seus amigos cabeça dura.

-Eu não sei. – o ruivo parecia refletir – Não sei o que está havendo com tudo. Sabe, parece que está tudo fora do lugar, ela é Hermione, a nossa amiga, desde sempre e a mais inteligente, a mais estudiosa, a mais tudo e eu sempre fui... eu! Não sei o que pensar, parece que algo não bate nessa história entende?

-Não. – Harry era sincero – O que eu entendo é que essa sua mania de se colocar lá em baixo não vai te ajudar em nada! E já que você mesmo disse que está com a sensação de ter perdido tanto tempo vendo sem enxergar, agora que você finalmente enxerga, por que ainda está aqui perdendo tempo?

Harry tinha razão, e Rony sabia disso, era hora de deixar a insegurança de lado e tentar ao menos uma vez na vida, ousar. Ele sorriu para o amigo, os olhinhos azuis transbordando expectativa, girou nos calcanhares e subiu as escadas indo bater direto na porta do quarto que a amiga dividia com a irmã.

-Pois não? – Gina sorria zombeteira do irmão – Em que posso ser útil senhor?

-Será que eu posso falar com a Mione? – ele parecia um pouco nervoso – a sós? - a ruiva se virou para a amiga que assentiu.

-Claro que pode meu senhor! – ela continuava brincando, ao passar pelo ruivo na porta ela sussurrou em seu ouvido – Finalmente você resolveu agir... Meu irmãozinho está apaixonado e admite isso! – virou-se para os dois que agora estavam dentro do quarto, sorriu, imitou um cupido lançando uma flecha nos dois, jogou um beijo pra eles e saiu fechando a porta.

-Ela é maluca – Rony tentava parecer menos ansioso – está na cara que é irmã do Fred e do Jorge...

-E sua também! – Hermione parecia incisiva – Vocês têm muito em comum... E não são só as sardas e o cabelo... – ela ria, quando ele apontou para o cabelo, sorrindo para ela também. – Um dia talvez você repare...

-Te expulsaram do quarto? – Harry sorria para Gina que descia as escadas.

-Nesse caso, - ela fazia a cara de uma revolucionária – eu não me importo! Se ser expulsa do quarto é o preço que eu tenho que pagar pra ver aqueles dois orgulhosos juntos, então eu faço! – e sorriu.

-Eh... – Harry lutava intimamente contra sua grande vontade. – Será que podemos conversar? – aquilo a pegara de surpresa.

-E... eu... não sei! – droga! Ela tinha que gaguejar na frente dele – Eh... Tudo bem, a gente pode ir lá pra fora, você deve estar querendo desabafar, e os dois – rolou os olhos em direção ao andar de cima – estão ocupados agora.

Os dois saíram em direção aos jardins da propriedade, Gina com o coração aos pulos e Harry ansioso, sentaram-se embaixo de uma grande árvore que ficava mais longe um pouco.

-Então Gi, - ele começara – você entendeu o por que do nosso fim não é?

-Eu acho que sim. – ela falava meio ressentida – Mas eu não entendo por que agora? Porque a gente nunca falou sobre isso, quer dizer não falou quase sobre nada esse tempo todo.

-Eu sei, mas eu não queria que fosse a oportunidade de ferir mais entende? A você e a mim. – ele buscava os olhos dela.

-E agora que cicatrizou você vem reabrir? – ela dava um tom raivoso à pergunta.

-Cicatrizou em você? – ele pareceu triste e baixou os olhos – Você me esqueceu?

-Cicatrizou em você? – ela não tinha coragem de mentir, queria se vingar por tantas noites de choro, mas não era capaz de mentir assim.

-Não! – ele respondeu – E ainda dói muito toda vez que eu tento não pensar, porque é quando mais eu penso e dói, porque eu não queria que fosse assim, eu só queria te proteger.

-Pois eu não sou de vidro Harry! – ela falava sincera – E ninguém estará imune nessa Guerra, nunca esteve e não será afastando as pessoas que você vai protegê-las, só vai desproteger a si mesmo, não foi isso que Dumbledore disse que você tem algo que o cara de cobra não tem? Amor, Harry. – ele já sentia as lágrimas descerem quentes pelo rosto e vendo-a chorar também só intensificava tudo – O que mais me dói é que você só se afastou de mim! Só eu que tive de sair de cena para não correr riscos, riscos que eu já corro desde o dia em que nasci! – Tudo foi muito rápido, Harry a agarrou pela cintura e beijou-a intensamente, desejo, amor, raiva, tudo misturado naquele beijo.

-Me perdoa Gina – ele falava entre sussurros – me perdoa, eu tive medo de te perder, de perder mais alguém, eu não sei porque fiz isso, eu só queria que você ficasse bem e não sofresse mais... Eu te amo!

-Eu sei Harry, sei que tudo que você fez foi pensando em mim, eu também te amo! E não, eu não te esqueci, de qualquer jeito eu ia te esperar, esperei cinco anos por isso e não ia ser agora que eu ia desistir, isso não é marca dos Weasley!

-Então Mione, - Rony tomava coragem – sobre aquilo que houve lá embaixo, eu vou entender se você tiver achado que foi um erro, mas eu quero dizer que pra mim não foi... Que eu esperei muito por isso sem saber se um dia ia acontecer, e aconteceu e foi maravilhoso e eu... Só queria que você soubesse. – Hermione se lançou nos braços dele e eles começaram a se beijar novamente, um beijo mais sem inibições e tão intenso quanto o primeiro, parecia que o fim iminente da Guerra estava agindo como mágica.

Rony e Hermione desceram de mãos dadas para o andar inferior, passaram pela cozinha que àquela hora estava cheia de pessoas, foram muito ovacionados pelos gêmeos, foi quando Harry e Gina entraram no aposento também de mãos dadas.

-Parece que hoje é o dia dos casais – Tonks sorria ajudando a servir os talheres.

-Ham ham! – Gina se fazia ouvir – Fred, Jorge, onde estão os meus doze galeões?

-Que doze galeões? – a Senhora Weasley questionava.

-Os que apostei com eles! – a ruivinha sorria – Rony e Hermione se acertaram antes do fim da Guerra, portanto eu ganhei a aposta!

-Gina! – Molly ralhava – Como você apostou um dinheiro que você não tem?

-Eu sabia que ia vencer! – ela sorria – E se eu perdesse era só não pagar!

-Ora sua mercenária! – Fred fingia-se de indignado. – Como pode fazer isso? – tinha os olhos marejados de falsas lágrimas.

-Aprendi com os melhores! – ela rebatia.

-Eu sei, - Jorge ria e Fred também – por isso estamos tão emocionados.

-Ora calem a boca! – Molly tentava por um fim naquilo – Chega de besteiras. Harry,fico muito feliz que vocês tenham reatado e bom, Rony e Hermione, acho que todos já esperavam por isso, eu sempre soube minha querida, um Weasley reconhece o outro!

Era engraçado como a Senhora Weasley conseguia fazer todos ficarem sem graça, até mesmo a despachada Gina.

Passaram o resto do dia jogando quadribol, uma coisa que não faziam há muito tempo, até Hermione tentou jogar um pouco, depois foram para um lago próximo à casa, nadar, jogaram snap explosivo, xadrez de bruxo e por algumas maravilhosas horas se esqueceram que o mundo lá fora estava desabando a cada momento. Aquela paz e felicidade momentâneas passariam muito mais rápido do que eles imaginariam.

Muito mais tarde naquele mesmo dia, as coisas começaram a acontecer. A Ordem recebera uma mensagem dos Comensais:

Tudo terminará onde tudo começou!

-O que isso quer dizer? – Gina questionava.

-Eu acho que sei o que isso quer dizer... – Remo atalhava – Eles vão atacar Godric’s Hollow!

-Mas como... – Molly intervinha.

-Claro! – Hermione raciocinava – Faz todo sentido... Godric’s Hollow foi onde Voldemort perdeu os poderes, e onde ele quer que tudo termine! E além de tudo vai ser uma grande jogada, porque Godric’s Hollow foi a vila fundada por Godric Grifinória!

-Tudo bem então! – Alastor Moody concordava – Vamos começar a nos preparar, para o fim dessa batalha!

Os membros da Ordem bem como outros bruxos e seres mágicos que estavam contra o Lord das Trevas rumaram imediatamente para o local atacado. Quando a defesa chegou em massa, desenrolou-se uma grande batalha, lobisomens, gigantes, centauros, elfos, vampiros, gnomos, duendes entre vários seres lutavam entre si, cada um defendendo o seu lado. Naquele momento o trio teve que se separar...

Hermione fora cuidar de alguns comensais que estavam atacando crianças, Rony fazia parte do Esquadrão Ases Indomáveis, a força aérea do exército bruxo, e Harry Potter foi procurar seu pior inimigo para acabar de vez com todo aquele sofrimento de tanta gente.

-Sabe Granger, - a voz do homem encapuzado era inconfundível, Severo Snape estava torturando duas crianças trouxas do povoado – eu estive me perguntando até quando você ia agüentar essa Guerra, porque como você vê, imundos como você não sobrevivem, vocês são os primeiros a morrer!

-Você fala, mas se esquece que é como eu! – Hermione tentava ganhar tempo – Aliás é bem pior que eu! Porque além de ser o traidor de Dumbledore, ainda se bandeou para o lado que despreza tudo o que você é e que seu sangue representa! Você é patético!

-Densaugeo! – um feitiço fora disparado em Hermione que sentiu seus dentes crescerem – Lembra desse feitiço Sangue-Ruim? – Draco Malfoy vinha brandindo sua varinha – Cadê o seu amigo protetor agora pra te defender Granger? – Hermione fizera o Finite Incantatem mentalmente, se virara para aquela doninha azeda, furiosa.

-Eu me lembro muito bem do feitiço, Malfoy, e me lembro mais ainda da sua cara de medo quando o Rony veio me defender, ah, mas não foi tão boa, quanto o soco que eu te dei, ou quando o Moody te transformou! – ela sorria vitoriosa, tocara no ponto fraco do loiro – E se você está com saudades, rapidinho o Ron aparece por aqui e te dá mais uma lição! Corrigindo, eu não preciso de proteção, mas pelo menos eu tenho amigos que fazem isso por mim, caso eu necessite!

-Basta! – Snape se intrometia – Não vou mais perder meu tempo com algo tão insignificante...

-Estupefaça! – ela acertara o mestre desprevenido, libertando as crianças – Fujam! Agora, somos eu e você Malfoy... Será que você aprendeu alguma coisa nesse tempo de comensal? Ou você só é mais um capacho igual ao seu pai?

-Cala a boca sua sangue-ruim! – ele respondia – Já me cansei desse jogo... Sectusempra! – ela começara a jorrar sangue.

-An... dou tendo... aulin... nhas... com o seu queri... do profes...sor? – ela arfava.

-Você não é a única que aprende rápido! – ele respondeu. – Agora me diga Granger, você afinal se conformou em perder o Cicatriz? Porque mesmo ele não querendo nada com você, de hoje ele não passa!

-Você, não sabe de nada! – ela se recuperava – Vocês enxergam tanto, que nem repararam em quem eu gostava mais do que como amigo!

-Até que vocês dois formam um belo par... O REI dos pobres e a RAINHA dos sangue-ruins! – ele rebatia – Mas sabe, eu não estou muito a fim de ficar aqui discutindo com você... Ainda mais seus assuntos amorosos, isso me dá nojo! – dizendo isso Draco convocou a varinha de Hermione, deixando-a desarmada. A morena se vendo em desvantagem desabalou a correr entre as pessoas e seres, tendo o loiro em seu encalço.


Rony acabava de desmontar da vassoura e se dirigir para Gina:

-Cadê a Hermione? – ele perguntava.

-É, estou bem. – ela respondia – Obrigada por perguntar. E não, não estamos precisando de ajuda para levar os trouxas daqui, obrigada por se importar. – a ruiva recuperou seu tom normal – Eu não sei onde ela está, isso aqui está muito pior do que imaginei!

-E você queria o quê? – ele rebatia – Isso é uma Guerra, a Batalha Final! E como você não sabe onde ela está? Vocês estão juntas na Força Tarefa!

-As pessoas da Força Tarefa se separaram e já que você lembrou Ron, é melhor voltar para o seu posto, podem estar precisando de você! Cuidado! – a ruiva se virava enquanto o irmão levantava vôo.

-Muito bem, - Gina assumia o comando – vocês, - apontava para um grupo de trouxas que estavam escandalizados e encolhidos a um canto – venham comigo!


-Não me admira nada que você tenha que me enfrentar de um modo tão desleal. Primeiro porque você é um legítimo Sonserino, segundo porque você é um medroso! – Hermione se via encurralada por Draco que girava a própria varinha nos dedos.

-Eu não preciso disso... – ele sorria malicioso – Toma! – ele dera um soco no rosto dela – Isso é por você ter se atrevido a encostar essas mãos imundas em mim um dia! Isso... – ele deu um tapa nela – É por você ser tão metida a inteligente! – ela tentava se soltar, mas o loiro já a segurava e ele era bem mais forte que ela e continuava a espancá-la – Por você ser tão feia e chata que nem o pobretão te quis! Uma sangue-ruim! – ela começara a chorar de dor e mágoa, uma dor que nem se comparava a aquelas provocadas pelas mãos pesadas de Malfoy – Chore Granger, chore! Isso só me faz mais feliz! Somente o idiota do Krum teve uma quedinha por você e com certeza você fez alguma coisa pra isso, porque ninguém em sã consciência ia querer algo com você! – ele agora sorria com ar de desdém – Está vendo, eu não preciso de uma varinha pra acabar com você!

-Mas precisa de uma pra acabar comigo! – Rony chegara ao local, virara Draco para ele e começara a socá-lo enquanto uma trêmula Hermione tateava em busca de sua varinha, quando encontrou o objeto ela fez um feitiço desacordando Malfoy, em seguida o amarraram e o deixaram escondido.

-Você está bem? – Rony perguntava tentando limpar um filete de sangue em seu rosto.

-Levei uma surra daquelas! – ela tentava sorrir – Mas eu consigo sobreviver! Vamos, precisamos ajudar o pessoal! – ela já corria em outra direção – Cumpra sua promessa! – ela gritara para Rony que seguia os passos dela lá de cima.


A batalha se seguia feroz, já havia baixas de ambos os lados, machucados e alguns até mortos. Os Ases Indomáveis estavam organizando um ataque em V, em que eles voariam próximos ao chão, atacando os comensais e quem mais se disposse contra eles.

-Sai do meu caminho! – Gina disparava a ordem para a mulher que atravessou em sua frente.

-Ah, - a voz estridente de Bellatrix Lestrange se fazia ouvir – a garotinha Weasley não quer brincar... – ela sorria maliciosamente – Será que você está um tanto maluca, ou a ousadia ridícula do seu queridinho bebê Potter é contagiosa?

-Se você chama a coragem de ousadia ridícula... – a ruiva dava de ombros – Mas não me espanta que você não saiba a diferença, isso não é coisa que um Sonserino compreenda, valores como coragem e lealdade aos amigos é coisa de Grifinório! – ela apontou a varinha direto na cabeça da bruxa – Agora saia da frente, porque eu vou levar essas pessoas daqui!

-Ui! – Bellatrix provocava – Vai mesmo? Eu acho que não... – nesse momento Rabicho e Narcisa se juntavam ao grupo, cercando Gina e os trouxas.

-Estupefaça! – Hermione chegara atingindo Narcisa.

-Estupefaça! - Gina imitava a amiga atingindo Bellatrix que fora pega de surpresa, sozinho, e com medo, Rabicho aparatou - Brigado Mione, vem, me ajuda a levar eles daqui, as duas não vão demorar a acordar! – e ambas saíram guiando os trouxas pela multidão afora.

Do outro lado do povoado já bastante degradado, Remo Lupin lutava contra Lobo Greyback, no caso deles não havia conversa desperdiçada, eles lutavam como animais. Lobo arranhara o abdômen de Lupin, fazendo com que o ex-professor dobrasse ao chão de dor. O inimigo se pôs a engatinhar no chão, soltando alguns rosnados de vez enquanto, entediado por sua luta não ter sido tão boa quanto imaginava.Ele se levantou, soltando uma gargalhada fria e assustadora, se preparava para um visível ataque final.

Foi nesse momento em que Gui Weasley surgiu de algum ponto mais adiante e estuporou o lobisomem.

Muita coisa estava acontecendo ao mesmo tempo, pessoas da AD e da Ordem lutando, se ferindo salvando umas as outras e não dava tempo de reparar em tudo ou em todos. E nem sinal de Voldemort ou de Harry Potter.

Tonks estava dando cabo de dois comensais quando Remo se juntou a ela, o ex-professor apertava com força a barriga, mas se recusava a deixar o campo de batalha antes do final.

Carlinhos vinha pelo céu com mais seis amigos voando em dragões.O estrago que eles faziam chegavam a ser aterrorizantes.Vários mergulhos eram realizados onde comensais eram capturados pelas garras dos dragões, outros sofriam a dor dos espinhos de um Rabo-Cornel Húngaro, sem contar o fogo que era ateado nos comensais que insistiam em incendiar as casas do povoado.


Grope e Hagrid lutavam contra alguns gigantes.O gigante se divertia dando socos em cada um que se aproximasse, já Hadrid exibia um numero maior de cortes, mas quando algo ficava realmente difícil para ele o seu irmão se postava ao seu lado, defendendo-o.

Os elfos domésticos tentavam apagar o fogo das casas, recolhiam alguns animais a coados, ou seja, ajudavam em tudo que lhe era possível. Aquilo estava literalmente o caos.

Não demorou muito tempo até que Bellatrix Lestrange começar a correr em direção a Tonks e Lupin, ela atacava a cada ser que se postasse em seu caminho.

_Sobrinha querida! – a comensal abriu os braços teatralmente – Você nunca me deu o ‘prazer’ de sua visita em Azkaban... Vejo que minha irmã deixou seu marido imundo cuidar de uma Black. A gente vê isso quando repara quem está em seu lado... – ela lançou um olhar de repugnância para Lupin.

_Beleza, Titia... Agora você passou dos limites! – Tonks levantou a sua varinha ameaçadoramente. Remo segurou-a em meio a um gesto.

Bellatrix gargalhou, jogando a cabeça para trás e permitindo ser vista por de baixo do capuz negro.

_Uma idiota que obedece a um lobisomem amantes dos trouxas... Parabéns Ninphadora uma ótima escolha... – a bruxa começou a bater palma, se deliciando com as expressões do rosto da sobrinha.

_Não pronuncie esse... – Tonks tremia. Os olhos semicerrados e a boca cuspia cada palavra.

_Ô! Você não gosta deste nome? – a morena fingia-se de desentendida – Pois deixe eu te contar uma história minha sobrinha...

A auror tinha os músculos tensos, seus cabelos atingiram cores de vermelho fogo muito rapidamente, ela começou a olhar para os lados impaciente. Não era ora para histórias infames, estavam em uma Guerra. A Guerra.

_Não, não querida! – Bellatrix meneava com a cabeça – Eu faço questão de contar uma história a minha sobrinha, afinal os acontecimentos me privaram de tal ato quando você era jovem... – ela gargalhou mais uma vez, balançando os cabelos para trás – Voltando a história... Era uma vez, uma garotinha chamada Andrômeda, ela era a filha mais velha de 3 irmãs. Mas a irmã do meio era perversa. Ó sim... Muito má. Essa irmã, que iremos chamar de Bella, fez com que sua irmã mais velha fizesse um voto perpétuo, obrigando que o nome de sua filha tivesse o nome mais ridículo existente. Você tem idéia de qual nome é querida?

Tonks apertou com mais força a sua varinha, fazendo Bellatrix gargalhar.

_Sinto muito, sobrinha querida... Mas chega de historinhas! – a comensal levantou o braço rápido - Sectumsempra !

_Protego! Nem tão rápido assim Bella... – Remo mantinha uma pose didática inconfundível – Foi o meu melhor amigo que você matou a alguns anos atrás...

Bellatrix abriu um sorriso debochado e fez uma breve reverencia. Tonks entendeu os motivos do namorado, os dele eram bem mais importantes do que simples implicâncias de família.Sua mãe tinha lhe contado o verdadeiro motivo de seu nome, Bellatrix estava blefando. Ela sorriu e deu um leve aperto no ombro dele, desejando força e seguiu para não muito longe onde sua outra tia estava.

_Você não deveria se reverenciar para um adversário... Ele pode te atacar quando menos espera... – Remo continuava empunhando a varinha firmemente.

Ela começou a rir novamente, fazendo uma reverencia maior do que a anterior.

_Não seja tolo! Um grifinório não atacaria uma pessoa indefesa, mesmo que esta pessoa fosse uma sonserina. Não um ex-monitor.

_Você está certa, Bella! – Remo sorria – Nem mesmo você merece ser atacada por trás...

_Fico honrada que me veja em tão alto grau de perversidade... Espero que isso lhe de mais sorte do que a do meu querido primo. – ela fingiu tristeza – Sabe aquilo foi um ‘tombo’ grande.

A comensal riu, na cabeça do ex-professor passavam as imagens daquele dia na Seção dos Mistérios, sua varinha se postou mais firme que antes.

_Estupefaça! - ela se aproveitou da distração do adversário para finalmente iniciar a luta.

_Protego! - afinal, aqueles anos em convivência com os Marotos não tinham sido tão ruins assim. Era notória a rapidez do lobisomem. - Sectumsempra!

Era como se uma faca invisível marcasse o rosto e peito da comensal. Ela abriu a boca deixando o sangue escapar da mesma, respirava com dificuldade e sorriu para Remo, exibindo a boca manchada de sangue.

_ Tenho que lembrar de dar os parabéns para o Snape, sem duvida um ótimo feitiço! – ela se pôs ereta novamente, limpando a boca com as costas da mão – Mas eu acho que você está usando os feitiços errados... Os ‘bonzinhos’ podem se contaminar quando usam um feitiço das trevas como esse.

Remo poupou palavras, ele levantou novamente sua varinha, executando um feitiço não-verbal. Mas desta vez Bellatrix se defendeu com um gesto da varinha, também não usou palavras. Era uma maneira de mostrar que estava a altura dele, não era apenas ele que tinha seus truques.

_Chega de brincadeiras! – bradou a mulher de cabelos negros quando desviou de mais um feitiço - Crucio!

Remo tinha certeza que se não fosse o arranhão em sua barriga ele não estaria com aquelas milhões de espadas em brasa sobre o corpo. O ar faltou e ele arfou, uma das pernas cedeu e bateu no asfalto daquele vilarejo quase destruído.

Bellatrix olhava-o com os olhos brilhando de adoração, felicidade e soberania.Viu o ex-professor apertar com força o seu abdômen enquanto a outra mão arranhava o chão duro, tentando inutilmente acabar com aquela dor.

Ele se recompôs, cambaleante, mas se recompôs. A mão que segurava a varinha estava vermelha de seu próprio sangue. Bellatrix sorria.

_Eu devia ter deixado o Almofadinhas ter acabado com você quando ele queria fazer... – as palavras saíram com dificuldade, pois Lupin tinha que colocar uma grande força nas pernas.

_Almofadinhas? Almofadinhas? Ah sim... Meu querido primo... – ela riu do apelido – Não culpe os mortos pelo que você não consegue fazer Lupin! Isso é tão feio...

Ele levantou a varinha com dificuldade. O sangue já estava molhando toda a sua camisa e vestes, respirar era difícil. Bellatrix riu da teimosia do maroto em continuar a batalha.

_Não seja ridículo! Essa batalha terminou para você! Expeliarmus - a varinha do maroto rolou para longe de sua mão e ele cambaleou para se equilibrar novamente – Adeus ultimo integrante daquele grupinho irritante... Avada Ked...

O feitiço morreu no ar. Garras tinham sido pressas em volta do corpo da comensal, o dragão levantou vôo rapidamente. Remo vislumbrou uma cabeleira ruiva guiando o animal, sorriu era a segunda vez que um Weasley lhe salvava a vida hoje. Não muito longe dali ele ouviu Hagrid gritar: “ Isso mesmo Norberto!”

Ele sorriu enquanto se sentava. Hagrid e sua fascinação por bichos perigosos acabara de salvar sua vida.Fechou os olhos pedindo que aquela dor passasse, foi quando sentiu mãos quentes em volta do rosto e aqueles lábios doces. Quando abriu os olhos se deparou com uma cabeleira rosa chiclete, passou a mão sobre eles.

_Eu prefiro eles assim...

Tonks sorriu e voltou a beija-lo, não antes de ter chamado ajuda para retira-lo dali o mais rápido possível.

_Narcisa... Onde?

Ela tampou a boca do namorado, poupando esforços.

_Ela está tento o mesmo tratamento que a irmã... – ela deu uma olhada rápida para o céu e sorriu – Beleza agora vamos sair daqui!


******


Rony estava sobrevoando alto. O seu pelotão tinha decidido se separar, temendo um ataque em massa dos comensais. O ruivo tinha agradecido a Merlin por aquele presente, se voasse por conta própria poderia vigiar de perto os passos de uma morena linda de cabelos indomáveis.

Ele passou os olhos novamente pelo local e lá estavam aqueles cabelos cheios bem ao lado de cabelos ruivos. Sorriu, não tinha como desejar melhor companhia pra a namorada e ao mesmo tempo em que não existia bruxa mais competente para acompanhar a irmã.

Amava aquelas garotas. Cada uma de uma maneira diferente, mas uma mais intensamente que a outra. Tudo bem que se abordado iria desmentir tal fato pra a irmã caçula irritante. Gina iria lhe perturbar toda a sua vida se soubesse desse sentimento.

Já Mione... Para ela ele fazia questão de contar o quanto lhe amava. Contar como é bom quando ela ralha com ele, lhe chamando a realidade. Como é bom quando ela lhe toca, mesmo que esse toque seja um simples aperto de mão ou um beijo mal dado na bochecha. Nossa aquilo era avassalador. Uma única garota fazia ele se sentir assim: entorpecido e elétrico ao mesmo tempo.

Uma única garota não. Hermione Jane Granger que futuramente receberia um Weasley.Rony não pode deixar de achar que se tornaria um lindo nome, o nome da mulher mais perfeita que ele um dia já conheceu.

Tudo nela era certo. O cheiro, o cabelo, a pele, a boca... E mesmo quando ela errava alguma coisa, Rony achava que era certo, pois ela ficava tão linda assim. Irritada consigo mesma, mordendo o lábio inferior devido a preocupação. Aquilo era tentador para ele.

Continuou sobrevoando o povoado, lançando olhares para aquelas duas garotas. Foi quando ele o viu.Mesmo com aquele capuz e mascara cobrindo o rosto ele o reconheceu. Aquele gesto amplo com a varinha, como se passasse uma espada de um lado á outro da vitima era reconhecível de longe.

Rony virou bruscamente na direção dele, segurando a varinha nas mãos.

_Dolohov... – Rony balbuciou o nome do comensal quando seus pés tocaram no chão.

Ele terminou o movimento que se encontrava, fazendo sua vítima cair no chão seco.Virou-se devagar e uma risada foi abafada pela mascara negra, mas ela não escondia o brilho maníaco daquele olhar.

_Weasley... – o comensal parecia sorrir por debaixo da mascara.

Rony sustentou o olhar. Pode ver pelo canto dos olhos que varias pessoas estavam no chão, todas com cortes e apertando algum lugar do corpo. Alguns imóveis, alguns aurores que já vira no Ministério e ou na ordem.Tentou engolir o bolo que se formava na garganta inutilmente.

Ele empunhou a varinha na frente do corpo. Dolohov riu com o nariz pela ousadia do jovem ruivo. O comensal também levantou a varinha, debochando do ato do rapaz.

Sem aviso, sem qualquer movimento que indicava tal coisa, Dolohov cortou com sua varinha no ar, na altura do peito de Rony.

Mas o garoto não era amigo do Eleito a toa. Pensar que Rony iria acompanhar Harry Potter em uma batalha mortal sem preparo era burrice. E ele agradeceu a Merlin pela segunda vez no dia por isso.

Foi em uma cambalhota meio torta que ele se desviou, mas ele não tinha tempo de analisar a perfeição da manobra, o importante era que o objetivo tinha sido conquistado.

O ruivo não demorou a contra-atacar, ele gritou um estupefaça que atingiu de raspão no comensal, fazendo ele dar uns passos para trás.

Dolohov levantou o rosto mantendo um olhar furioso, um reles garoto tinha ousado lhe enfrentar. No começo achou graça da ousadia daquele garoto cumprido, mas receber um estupefaça de raspão era humilhante.

_Imperius !

Os olhos do ruivo perderam um foco. Ele se levantou um pouco relutante, voltando ao normal logo em seguida.

_Muito bem Weasley! Eu tinha lhe subestimado agora pouco... Mas não se preocupe... Eu não costumo cometer um erro duas vezes seguidas.

Rony engoliu em seco, o triunfo da surpresa já não existia.Ele viu o comensal levantar a varinha com ódio, tinha que ganhar tempo. Seus olhos correm pelo local, mas nada parecia útil no momento.

A varinha cortou o ar com precisão e força.Rony segurou o ar inconscientemente esperando o inevitável contato, mas ele não veio. O ruivo chegou a pensar que Dolohov tinha errado o feitiço e esboçou um pequeno sorriso, mas ele logo sumiu quando ouviu um gemido de dor na sua frente.

Uma mão pequena tocou o seu peito fazendo com que seu coração se apertasse.Abriu os olhos e encontrou a pessoa que mais desejava que não fosse.Hermione tentou sorrir, mas em vez disso soltou um gemido de dor.

O ar faltou para Rony, vendo ela assim tão frágil. Ele segurou sua cintura fina, guiou ela fazendo com que se deitasse no chão.Ela voltou a gemer de dor e Rony amparou suas costas.

_Mione... O que você fez... – ele meneava com a cabeça passando seus dedos grandes pelo rosto da amada.

_Fazendo... com que... Voltasse... lembra?

Ela respirava rápido, as palavras eram fracas e os olhos retratavam a dor que sentia. O coração do Rony estava estraçalhado, ele não conseguiu segurar algumas lagrimas que rolaram soltas pelo seu rosto.

_Eu não lembrava que isso doía tanto... – ela terminou a frase tentando um novo sorriso que foi acompanhado de um grito de dor.

_Shiii... Mi... Fica quietinha ta? – Rony continuava a passar a mão no rosto dela ao mesmo tempo que passava os olhos sobre o lugar tentando pedir ajuda.

Viu que Gina e Moody davam um jeito em Dolohov, mas no momento estava impossível de sorrir, não com Mione em seus braços gritando de dor.

_Ron...

_Eu já disse pra ficar quietinha, não? – ele tentou a todo custo passar calmaria para aqueles olhos chocolates.

_Não Ron... Ninguém vai poder ajudar... – ela dava pequenos gemidos a cada palavra.

_Não diga isso... Por favor... – ele passou o dedo sobre os lábios dela – Não agora!

_Me beije!

Ele não teve como contestar. Encostou os lábios trêmulos nos dela, deram um beijo sem língua. Um beijo terno de carinho entre lábios tristes.

_Eu tenho tanta coisa pra te falar... – Ron ajeitou os cabelos dela, tentando toca-la o máximo possível.

_Eu me limito em dizer... – Hermione tentou se ajeitar, mas soltou mais um grito de dor pela atitude – Eu te amo!

Rony encostou a testa na dela. Seus lábios tremiam pela visão do inevitável. Sua Mione estava o deixando aos poucos. Deixando de uma maneira cruel e insensível. Por que Merlin estava fazendo isso com ele? Era algum tipo de troca pelos dois favores que fizera mais cedo?

Ele roçou o nariz no dela, percebendo que ela estava começando a se tornar fria.Seus lábios se abriram involuntariamente e de lá saiu uma tentativa de tirar aquele aperto no peito, aquela dor, aquele arrependimento de não ter se declarado antes.

_Eu também te amo muito... – foi a única coisa que ele conseguiu sussurra no ouvido dela, se afastou um pouco e viu que ela sorria pedindo um novo beijo.

Ele arrumou uma mecha insistente de seus cabelos, tentando sorrir. Mas sua mão tremia. Se aproximou dos seus lábios quentes com dificuldade, tremia em cada canto de seu ser. Selaram mais um beijo simples.

Quando ele se separou vislumbrou um sorriso na morena, para logo depois seu corpo ficar pesado sobre seus braços. Ela não fazia mais força para respirar, o olho estava estático.

Ele a abraçou com força em uma tentativa inútil de reanima-la. Começou a balançar, como se ele tivesse zelando pelo sono de um pequeno anjo. O seu anjo. Um anjo que nunca mais abriria os olhos, que não ia sorrir.

As lagrimas já rolavam soltas pela sua face, quando ele, pois o corpo imóvel dela no chão. Rony tomou cuidado para que ela ficasse alinhada, afinal ela podia a qualquer momento se levantar e dizer que fora uma mera brincadeira.

Ela não se mexeu. Rony repousou o rosto sobre a barriga dela, chorando copiosamente, incapaz de soltar algum grito de angustia ou dor. Ele queria apenas ficar ali. Do lado dela, com ela.

_Rony? !

Rony se remexeu na barriga de Mione, viu que Gina se encontrava embaçada pelas lagrimas que insistiam em cobrir seus olhos e rosto.

_Ela se foi Gina... Mione se foi... –as lagrimas voltaram a seus olhos.

Gina também não agüentou. Seus joelhos bateram em um baque seco no chão. A amiga jazia morta no chão e seu irmão desesperado em seu colo.Buscou a mão dele e a apertou com força, ele abafou seu choro com as vestes da amada.

Foi então que aconteceu. Uma luz clara intensa que cegava a qualquer um iluminou o local, parecia que sua forte era uma clareira não muito longe.A luz foi diminuindo aos poucos e tornando possível de se ver vários espectros pairando sobre a clareira, Gina apertou mais ainda a mão do irmão sabendo exatamente quem estava duelando ali.

Os espectros cantavam uma melodia triste e comovente, Gina sentiu seu coração diminuir de tamanho. Não parecia certo cantar uma musica tão triste se o lado do bem estivesse ganhando.

Rony soltou a mão da irmã, ela o olhou assustada para logo em seguida compreender o que se tratava. O irmão queria que ela fosse atrás de seu amor, cuidar dele. Gina esboçou um pequeno sorriso e se levantou.

Caminhou buscando forças até a clareira, mantendo o olhar fixo naqueles espectros, a mão segurava a varinha.Os pés da ruiva pararam de obedece-la quando os olhos encontraram com uma marca negra ao centro dos espectros. Ela continuava assustadora, tão ou mais assustadora do que a primeira vez que a vira no Torneio Tribuxo de seu terceiro ano.

O crânio se preparava para abrir a boca e deixar aquela cobra passear sobre o céu escuro, mas uma fênix fora mais rápida, atravessando bem ao meio o crânio no céu. A marca negra urrou, como se tivesse vida própria, ela foi acompanhada pelo grito de dor dos comensais presentes. As suas marcas negras ardiam que nem ferro quente em pele.

Um a um eles caíram no chão, obedecendo uma ordem de posicionamento macabra.Eles estavam no chão sem vida.

Gina estremeceu. E suas pernas voltaram a ter vida e a dar passos largos, ao longe ela viu Voldemort morto. Não sabia ao certo quando, mas percebeu que corria, corria em direção a Harry que se apoiava com dificuldade em uma árvore próxima.

Ela o abraçou com força, recebendo um gemido de dor em resposta. Talvez ela estivesse ajudando a quebrar mais algumas costelas ou abrindo ainda mais uma feriada, mas para ela nada disso importava. Ela estava feliz em ter Harry vivo a seu lado. Buscou a boca do moreno com pressa e necessidade.

Ele sorriu em meio a aqueles lábios doces e respondeu com tamanha urgência quanto a dela, sorrindo, satisfeito. Passou os olhos sobre o céu e encontrou-os ali. Abraçados e sorrindo. Gina beijou seu pescoço nesse momento e ele arfou. Não sabia se pela emoção de ver os pais ou as sensações provocadas pela namorada.

Gina seguiu o olhar do namorado e vislumbrou os Potter’s abraçados e sorrindo para eles. Ela abraçou Harry mais forte ainda, fazendo com que eles rissem e balançassem a cabeça em concordância. Ela sentiu algo molhar sua bochecha e viu que Harry chorava.

Gina passou a mão sobre aquelas lágrimas e sussurrou em seu ouvido:

_Não é mais tempo de chorar...

Harry sorriu e concordou com ela. Ele beijou-a mais uma vez, rodando-a em círculos contínuos fazendo a garota rir. Ele gritava para ela que a amava e ela lhe respondia a altura.


Rony só lembrou que acordara em um lugar que não passara a noite:

-Hermione! – ele gritara.

-Calma Rony – a Senhora Weasley se encontrava ao lado do filho.

-Onde estamos mãe? – ele insistia.

-No St. Mungus. – a mãe repondia.

-E Hermione? – ele queria ter certeza – ela está bem não é?

-Ron... – a mãe enchia os olhos de lágrimas.

-Não! – ele já chorava – Não foi tudo um pesadelo, aconteceu mesmo! Onde ela está?

-Não sei se seria bom pra você... – ela começou.

-Mãe, - ele suplicava – por favor...

O dia amanhecera frio e chuvoso, o vento fustigava a pele das pessoas. Rony se vestira e estava indo para o velório de Hermione. Ele não podia acreditar. Doía tanto, anos ele demorou para dizer pra ela o que sentia e quando finalmente o fez, ele a perdeu. Era tão triste.

A chuva caía cada vez mais forte, os bruxos faziam feitiços impermeabilizantes para não se molharem, mas Rony se quer tentou evitar os respingos de água, era como se aquela água vinda dos céus pudesse lavar as feridas abertas em seu peito.

Ela morrera para salvá-lo, se ele não fosse tão ruim em promessas, ele tinha feito uma promessa, e ela morrera para fazê-lo cumpri-la, mas agora não tinha mais jeito, ele não poderia voltar pra ela nunca mais. Rony estava junto com o cortejo, vira Harry e Gina olhando pra ele, a irmã fez menção de se aproximar, mas ele se afastou. Ele seguia tudo de longe, segurando um exemplar da flor favorita de Hermione, uma flor que se parecia tanto com ela, uma flor de Lótus, exótica e com uma simetria perfeita.

Todos tinham se aglomerado em volta, e o encarregado do cerimonial havia começado a falar:

-Estamos aqui reunidos...

Mas o que aquele homem sabia de Hermione pra estar ali falando aquelas coisas? O que ele dizia não tinha sentimento algum, não tinha o brilho dela, não era nada como ela e Ron jamais se perdoaria por aquilo. Hermione morrera para salvá-lo o mínimo que ele podia fazer era tornar aquele momento um momento digno de Hermione.

-Espere! – ele interrompia o cerimonial – Eu sei que isso é meio inesperado, e que provavelmente eu esteja quebrando o proto alguma coisa, mas eu queria fazer isso... Queria dizer só dizer adeus! – como ninguém fizera objeção Rony começara a falar, mas ele não falava para as pessoas, ele falava para Hermione – Sabe, parece que hoje até o dia está mais feio, até o sol se escondeu Mi, porque você não está mais aqui. Não está mais pra me alegrar, pra brigar comigo, pra tentar me fazer melhor, pra acreditar no meu potencial, você não está mais aqui e até o céu está chorando! Eu nunca me senti merecedor, digno de você, mas você me escolheu, você que sempre foi a melhor em tudo, que sempre foi tão segura de si, que sempre foi perfeita Mione. E agora Mi, como vai ser? Sem você aqui pra poder me dizer que eu estou fazendo tudo errado? Como vai ser sem você pra me ajudar? Como vai ser sem você na minha vida? Dói muito aqui dentro – e passou a mão pelo peito – dói demais Mione, eu perdi você, e quando eu quiser te abraçar? Te beijar? Sentir você? Passar as mãos nos seus cabelos? Meu anjo por que? Eu sei que eu demorei uma vida pra te encontrar mas agora que te achei não posso e não quero te deixar! Volta pra mim e faça parar de chorar meu coração! Por favor... – ele depositara a flor sobre o caixão – Eu voltarei pra você Mi, é uma promessa. – e saiu andando sem rumo pela chuva que caía.


Já eram quase 20:00 horas e nada de Rony voltar pra casa:

-Eu estou preocupada com ele – Molly dizia – eu não fazia idéia que ele fosse explodir tudo de uma vez daquele jeito.

-Mãe, deixa ele – Gina estava com uma cara muito triste – ele precisa de um tempo sozinho, ele não quer que as pessoas fiquem em volta perguntando se está tudo bem... Porque não está! Não está bem pra ninguém! Muitas pessoas morreram ontem, muitas morreram ao longo da guerra, ele precisa ficar sozinho. Eu também. Vou para o meu quarto, eu não consigo mais por hoje. – e subiu as escadas.

Rony caminhava por uma trilha de terra e grama batida, o cheiro de umidade no ar, foi quando ele se lembrou da carta de Hermione, ele tinha que achá-la e abri-la. Correu em direção à Toca desabaladamente. Passou zunindo pela cozinha:

-Mãe, minhas coisas, - ele falava rapidamente – ainda estão na sede?

-Bem, sim, ainda não tivemos tempo de pegar nada. – ela respondeu.

-Ótimo, eu vou sair, - ele já estava à caminho da porta – não sei se vou demorar, não se preocupe.

O ruivo saiu correndo em direção à Nova Sede da Ordem da Fênix, estava tão desesperado em chegar lá que até se esquecera de aparatar.

Assim que entrou no local, subiu os lances de escada rapidamente, Tonks e lupin estavam lá com algumas pessoas, mas o ruivo nem lhes deu atenção e seguiu seu caminho.

-Ele está muito transtornado não é? – A professora Sprout comentava.

-Todos estamos... – Tonks respondia – Mas acho que pra ele é pior... Levou anos para admitir uma coisa pelo que ele mesmo disse, e quando finalmente criou coragem isso aconteceu...


Rony revirara o quarto do avesso até finalmente encontrar o pergaminho que tanto procurava:

Querido Ron

Eu sei que você odeia ler, e deve estar pensando “mas que droga, mais essa agora, ler uma carta depois da Guerra!” Só que eu tinha que te dizer algumas coisas, eu sempre fui boa com livros, redações e estudos, mas na hora de falar, eu não consigo. Já estou até vendo a sua cara “ Hermione Granger, dizendo que não é capaz de algo?” Pois eu não sou perfeita Sr. Weasley, digo isso, porque você vive me jogando na cara que sou a Srta. Perfeição, mas não sou! Bem que eu queria ser, porque assim eu teria meios de conseguir o que eu mais quero. Sei que é bobagem, provavelmente você vai rir de mim quando acabar de ler, mas eu não podia mais sufocar com isso em minha garganta. Ron, vou ser direta... Eu te amo! Não sei desde quando, acho que desde muito tempo, talvez desde sempre. Eu não sei dizer. Eu tentei lutar contra isso porque nós somos amigos e eu não queria parecer ridícula, mas foi mais forte que eu, então estou lhe escrevendo. Escrevo porque não tive coragem de dizer olhando nos seus olhos, esses olhos lindos que mexem tanto comigo. Eu sei, eu sou uma Grifinória, estou na Casa da coragem, mas eu não sou tão forte assim. Essa muralha aqui tem suas falhas e bem grandes. Eu não sei o que haverá depois da Guerra, mas eu só queria que você soubesse dessas coisas, talvez não signifiquem nada, mas podem significar tudo e é o que mais espero. Você deve estar achando que eu estou louca, porque eu só faço brigar com você o tempo todo, talvez você também brigue comigo pelos mesmos motivos que eu, e é nessa esperança que eu me agarro, você entenderá. "Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirigi aquele carro
E odeio seu desmazelo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Nem mesmo só por te odiar"

Esse poema é o trecho de um filme trouxa, acho que você entendeu o que eu quis te dizer com isso não é? Espero não estar parecendo uma idiota, mas é o que eu sinto.

Sempre sua...

Mione

PS: Espero uma resposta, caso aconteça alguma coisa, fique com meu álbum de fotos.


Rony limpava as lágrimas dos olhos, rumou para o antigo quarto da namorada em busca dôo tal álbum de fotos, revirou tudo e quando o encontrou passou a noite deitado naquela cama que tinha o perfume dela olhando para aquelas fotos, até que adormeceu.


N/A: E aí começa a história... Próximo capítulo, algumas revelações!
Votem e comentem please! Brigadissima.
Aparatei!

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