Esgotamento





CAPITULO 30- Esgotamento



Harry estava na enfermaria ha quatro dias depois do ataque, e não agüentava mais. Estava na hora do almoço e Madame Pomfrey viria trazer sua comida... Era aquela a hora para fugir.
O moreno ouviu a enfermeira dizer as palavras para abrir a porta, por algum motivo "desconhecido" Dumbledore havia enfeitiçado a porta para que ela não se abrisse a não ser que a enfermeira permitisse. Harry tinha uma leve certeza de que o velho tinha feito isso para evitar possível fugas do garoto.
Sorriu e se preparou para correr, tinha poucos segundos, pois quando a enfermeira fechasse a porta o feitiço voltaria a ativa.
Papoula abriu a porta e... agora!
Harry pulou da cama e saiu correndo, empurrou a enfermeira para poder passar e ir para o corredor.
-Potter!- berrou ela.
O moreno riu e saiu correndo, desviou de um feitiço de impedimento, dobrou para a direita, nem se tocou para onde ia, apenas estava tentando fugir. Passou por um grupo de estudantes que o fitaram chocados. Foi então que ele notou, estava apenas de cueca. Felizmente, para ele, as bandagens cobriam partes do seu corpo e a cueca era preta.
Corou, mas continuou a correr, agora que seu plano havia dado certo ele não iria parar por nada.
Mais a frente havia um grupo de alunos que interditava o corredor, o moreno deu um salto e correu na parede para a admiração de todos e a raiva de Madame Pomfrey.
-Potter! Pare! Impedimente!- berrava a mulher.
Harry riu, ficou correndo por mais alguns minutos quando se sentiu incrivelmente cansado, deu uma parada para descansar, a enfermeira ainda estava longe.
Ficou descansando por uns cinco minutos quando a enfermeira apareceu, desviou do feitiço da pernas presas e de um feitiço de impedimento, pôs-se a correr.
Desceu as escadas até chegar no primeiro andar, infelizmente a porta que dava para os jardins estava fechada, só sobrava então o Grande Salão ou as masmorras para ir.
O Grande Salão estava cheio de alunos, poderia se enfiar em baixo de uma mesa para se esconder...
-Descarneus!- berrou Madame Pomfrey.
Harry desviou, abriu as portas do Grande Salão e as fechou logo em seguida.
Todos ali o olhavam, alguns surpresos, outros chocados, mas a maioria estava curiosa, incluindo os professores.
-Harry! O que esta fazendo aqui?- perguntou Dumbledore segurando o riso- E ainda mais só de cueca.
-Professor! Ela vai me matar com aquelas poções!- berrou o moreno segurando a porta para impedir a passagem da enfermeira.
-POTTER! ABRA A PORTA E VOLTE AGORA PARA A ENFERMARIA!- Berrou alguém atras da porta.
Harry fez uma cara de horror.
-Viu, agora ela vai realmente me matar!- disse o moreno- Colo Portus.
Harry saiu correndo e se jogou em baixo da mesa da grifinória, lego em seguida a enfermeira apareceu, ela tinha o rosto vermelho e arfava.
-Onde esta o Potter?- perguntou a enfermeira.
-Acalme-se Papoula- disse Dumbledore segurando o riso- O que aconteceu?
-Ora Albus! Quando fui levar o almoço para aquela peste ele saiu correndo da enfermaria! Estou correndo atras dele pelo castelo a mais de dez minutos! O garoto não para! Por Merlin! Quando eu botar as mão nele...
Muitos alunos começaram a rir.
-Onde esta ele?- perguntou Papoula- eu o vi entrar aqui!
-Se escondendo embaixo da mesa da Grifinória, obviamente- disse Snape.
-AH! Por que falou?!- perguntou Harry saindo debaixo da mesa- Eu podia dribla-la!
-Agradeça por eu não lhe dar uma detenção Potter!- disse Snape.
-Agora moçinho- disse a enfermeira- pra enfermaria!
-Ah, me deixa ficar pelo menos hoje fora- pediu Harry fazendo carinha de filhote sem dono- Plisss!
-Não mesmo Potter- disse a enfermeira.
-Estou ótimo!- disse o garoto- Não agüento mais ficar lá!
-POTTER, Não vou mandar novamente!- disse Papoula.
-Professor!- pediu Harry para Dumbledore- Não vai fazer isso comigo, ne!?
-Obedeça a Papoula, Harry- disse Dumbledore se divertindo com a cara do moreno.
Harry fez uma careta e correu ate o diretor, murmurou algo em seu ouvido sob o olhar curioso de todos.
-Tudo bem, Harry- disse Dumbledore sorrindo- Por hoje, mas amanha de volta a enfermaria!
-O que!?- berrou a enfermeira- Diretor!
-Ele parece estar bem- disse Dumbledore- Além de que ele não irá para as aulas, então não há problema.
A enfermeira encarou Dumbledore atônica e saiu resmungando algo como "Tem o diretor na mão"
-FINALMENTE LIVRE!- disse Harry fazendo muitos rirem.
-Pode ir se acalmando- disse Dumbledore sério- nada de forçar....
-Pode deixar!- disse Harry- Hm, pode me dar uma mãozinha? Eu tive que sair correndo da ala hospitalar e, bem, minhas roupas...
Dumbledore riu.
-Você já está a tanto tempo assim que não vai fazer diferença- disse maroto.
-Pode ter certeza, Albus, vai ter diferença- disse apontando para Sara que estava vermelha de raiva.
Dumbledore sorriu e com um aceno da varinha fez uma calça e uma camisa aparecerem.
-Obrigada!- agradeceu Harry.
O moreno seguiu para a mesa da grifinória e beijou Sara antes que esta pudesse fazer ou falar algo.
-Me perdoe, mas não tinha outro meio- disse para ela- você sabe eu eu a amo mais do que tudo, não importa o que aconteça, eu a amarei.
-Bobo- disse a garota beijando o moreno- se você quiser ter herdeiros não faça mais isso.
Harry ficou pálido.
-Você não faria isso comigo ,faria?
-Nunca deixe uma ruiva furiosa- disse a garota sorrindo.
Harry riu e sentou ao lado da garota que mais amava no mundo.


-------------------------------------------------


-Tiago vivia entrando no Grande salão sem camisa- disse Dumbledore- Ele dizia que havia acordado atrasado e não dava tempo de colocar a camisa.
-Minha mãe devia ficar furiosa- comentou Harry.
-Ficava- disse Dumbledore- uma das únicas vezes que Lilian ficou de detenção foi quando Tiago entrou no Grande Salão sem camisa e ela o azarou.
Harry riu ao imaginar a cena.
-Professor- disse ele- o senhor teve filhos o uma esposa?
-Nunca tive filhos- disse Dumbledore- Tive uma esposa que fora morta por Grindewald pouco antes de eu vencê-lo. Seu nome era Elisabeth, ela era uma grande amiga de seus avós, assim como eu. Nós nos encontramos em um jantar na Mansão Potter e começamos a namorar, até que nos casamos.
-Deve ter sido ruim quando ela morreu- disse Harry.
-Foi, eu a amava muito -disse o diretor- mais chocolate quente?
-Sim, obrigada- disse Harry- hm, não se importa se eu o chamar de vovô?
Dumbledore riu.
-Não- disse ele- pode me chamar assim, menos na frente dos alunos, acho que não seria algo muito bom.
-O que você faz o dia todo?- perguntou Harry.
-Depende, reunião com o ministro, com a ordem, fazendo planos para a ordem, analisando Voldemort, conversando com alunos que duelam nos corredores...
-Não fica entediado?- perguntou o moreno.
-Não, raramente- disse o diretor- quando não tenho o que fazer vou a Hogsmead ou chamo algum professor ou amigo para conversarmos.
-Ainda assim eu iria ficar entediado- disse o moreno.
-Os jovens tem mais energia e precisam fazer mais coisas que os velhos- comentou Dumbledore- e são mais inquietos.
Harry riu.
-Que tal uma partida da xadrez?- perguntou Dumbledore.
-Pode ser- disse o moreno- quem sabe possa vence-lo.
Dumbledore pegou o tabuleiro e ficaram jogando.

-Peão casa A3- disse Dumbledore.
-Torre na casa A3-Disse Harry- Xeque.
-Hm...Rei casa B2.
(Após cinco minutos)
-Xeque- Mate!- disse Harry- Ae! Venci!
Dumbledore riu quando Harry deu pulinhos.
-Mais uma!- disse o garoto.
-Tudo bem.
Infelizmente o moreno não teve sorte desta vez.
-Não é justo- choramingou Harry- Revanche!
-Tudo bem, melhor de três.
E Dumbledore venceu novamente.
-Derrotado novamente-disse Dumbledore.
-Malvado- disse Harry.
-Biscoito?- ofereceu o bruxo.
-Eu aqui lamentando a minha perda e você vem me oferecer biscoitos?! Francamente!- disse Harry fazendo um drama.
-Então você não quer? Tudo bem.- disse o diretor retirando o pote de biscoitos perto de Harry.
-Ei,ei,- disse Harry- você vai fazer isso comigo? Olha pra mim, fraquinho, magrinho, pequenininho...
Dumbledore gargalhou.
-Ei, esta a gozar da minha cara?- perguntou Harry- Não falo mais contigo! Vou embora!
Dumbledore deu um biscoito para Harry.
-Hmp, não pense que pode me comprar com doces!- disse Harry.
-Quer mais?Da a mãozinha- disse o diretor segurando o riso e colocando mais um biscoito na mão estendida de Harry.
-Tudo bem, desta vez passa- disse Harry- continuarei fazendo companhia pra ti!


------------------------------------------



-Entre- disse Dumbledore.
-Albus, o ministro.... Potter? O que esta fazendo ai?- perguntou Minerva
-Comendo biscoitos- disse o garoto- e tomando chocolate quente.
A bruxa o olhou chocada.
-O que?
Harry riu.
-O que você queria Minerva?- perguntou Dumbledore
-Fudge esta aqui- disse a mulher- quer falar contigo e de alguma maneira ele ficou sabendo que o Harry esta acordado e quer falar com ele.
-Tudo bem- disse Dumblledore suspirando- Acho que não podemos mais evitar essa conversa.
-Vou deixa-lo subir- disse a bruxa.
-Harry...- disse Dumbledore- o ministro...
-Não se preocupe- disse o garoto tomando um gole do chocolate quente- O senhor me engorda.
Albus sorriu.
-Com licença, Dumbledore- disse Fudge entrando na sala- Ah, senhor Potter.
-Boa noite, Fudge- disse Dumbledore ( detalhe, eram 20h)- AH, boa noite, sr. Weasley
-Boa noite, professor Dumbledore, Harry- disse Percy.
-Vim aqui falar sobre as proteções do castelo e sobre o ataque.
-Sei.
-Hum-hum, não sei se é uma boa idéia que Harry...- começou o ministro.
-Como você deve saber, Fudge, Harry e seus amigos nos ajudaram muito. Tenho total confiança nele- disse Dumbledor- e sei que você gostaria de falar com ele, então para poupa-lo de sair e ter que voltar, deixarei ele permanecer e escutar a nossa conversa.
Fudge olhou para o garoto que apenas pegou mais um biscoito e o comeu.
-Posso perguntar o que ele esta fazendo aqui sendo que deveria estar na aula?- perguntou o ministro.
-Madame Pomfrey não permite que eu vá a aula- disse o moreno- Diz que eu tenho qeu descansar, você sabe, o ataque retirou minhas energias.
-Sim, sei- disse o ministro sentando na cadeira vazia ao lado de Harry enquanto Percy ficava em pé.
-Então vamos apressar- disse Dumbledore- Papoula deve estar atras de Harry.
-Sim, Albus, vamos...


---------------------------------------------



"AI que cara chato!" -pensou Harry-" Não cala a boca nem um segundo!"
Fudge estava falando com Dumbledore já faziam duas horas e Percy anotava tudo o que diziam.
-Harry, e quanto ao fato de você ser um elemental... -começou o ministro.
-Algum problema? -cortou Harry.
-Não, nenhum, mas...
-Elementais são bruxos como qualquer outro, apenas tem o controle da natureza.
-Sim, mas...
-Os bruxos são ignorantes quando se trata de outras espécies ou poderes- continuou o moreno- Não sabem o que perdem ao ignorar a sabedoria dos centauros, o quanto podem aprender com os lobisomens...
-Bom... mas esse não é o ponto- disse Fudge.
-Então qual é?
-Foi um choque para todos descobrir que você é um elemental- disse o ministro- quero dizer, você... o menino-que-sobreviveu...
-Como os bruxos são preconceituosos!- exclamou Harry- Sabe, ministro, se os bruxos deixassem esse preconceito de lado e começassem a viver como irmãos, o mundo seria bem melhor, não acha? Quero dizer, podemos aprender muito uns com os outros.
-Mas...
-Elemental ou não, somos humanos- cortou Harry- querendo ou não, somos parte da sociedade! Se os bruxos parassem com o preconceito, os lobisomens, elementais, vampiros e gigantes não iriam para o lado das trevas. Se estabelecêssemos uma aliança com as raças as coisas seriam bem melhores, não? Vocês julgam os elementais por causa de um grupo de elementais que resolveu dominar o mundo. Agora diga-me, quantos elementais estavam querendo proteger o mundo e as pessoas? Vocês não viram esses, não é? Os bruxos viram apenas os que queriam destruir.
"Sabe, os trouxas tem uma péssima impressão dos bruxos apenas pelo fato de alguns bruxos das trevas terem tentado dominar o mundo ha sei lá quanto tempo atrás, mas os trouxas não vem que nem todos os bruxos são maus, eles não sabem que a maioria dos bruxos os protegeriam e salvariam de desastres, eles se baseiam apenas nos bruxos das trevas e julgam uma população inteira por causa desses poucos bruxos. Não vamos repetir este erro, não é? Não baseie-se apenas em um grupo de sete elementais que quiseram destruir o mundo, baseie-se nos cem elementais que quiseram salvar o mundo."- disse Harry sabiamente.
-Certo, certo, mas o que eu vou dizer para a população...
-O que eu acabei de falar- disse Harry para o ministro e depois o moreno voltou-se para Percy- Você anotou tudo o que eu disse?
-Sim- respondeu o ruivo.
-Mande para o jornal se for necessário, apenas peço que parem com esse preconceito idiota- disse Harry - e por favor, não venham me incomodar mais.
-Você devia ter mais respeito com o ministro- disse Percy.
-Mil perdões- disse Harry- Mas ainda não esqueci o ocorrido no ano passado, sabe. E falando no ano passado, estou pensando em abrir um processo contra Dolores Umbridge.
-P-por que?- perguntou o ministro.
-Ela utilizou uma pena de sangue em detenções contra os alunos- disse Harry- Pelo que me consta, essas penas foram proibidas por serem um instrumento de tortura. E o uso delas da uma passagem só de ida a Azkaban.
-Qual é a prova de que ela utilizou uma Pena de Sangue?- perguntou Percy.
-Esta!- Harry levantou o braço, colocando a mão fechada na frente do rosto e deixando visível a cicatriz- Tenho também mais uns dez alunos de prova, além é claro, de minhas lembranças e minha palavra.
Fudge engoliu seco e levantou-se.
-Bom, já resolvi meus assuntos, Dumbledore, Potter- disse ele- Boa noite.
Ele e Percy saíram rapidamente do escritório.
-Nossa, que cara chato!- disse Harry- Não sei como você agüenta.
-Harry- disse Dumbledore- é verdade... sobre a pena?
O garoto sorriu amarelo.
-Sim-disse ele.
Dumbledore pegou a mão de Harry e olhou as cicatrizes, a frase" Não devo contar mentiras" ainda era visível e dificilmente sairia.
-Por que não me contou?
-Não queria incomoda-lo.
-Não iria me incomodar, Harry- disse Dumbledore- Eu podia mandar ela parar...
-Só teria problemas, além do mais, no ano passado você não estava... acessível.
-Eu estaria- disse Dumbledore- o que ela fez foi ilegal. Você deve ter sofrido...
-Agora já passou- disse o garoto sorrindo- fico contente por ter voltado a falar com o senhor. E para mim, isso já é o bastante, não precisa se incomodar com essas cicatrizes.
Dumbledore levantou, foi até Harry e o abraçou carinhosamente.
-É melhor você ir para a enfermaria, Papoula deve estar furiosa a sua procura.
Harry sorriu.
-Boa noite, vovô.
-Boa noite, filhote- disse Dumbledore sorrindo.
Harry saiu do escritório e correu até a enfermaria, após explicar onde estava para a enfermeira, tomou as poções e foi para a cama. Ficou rolando nela por mais de duas horas quando finalmente conseguiu adormecer .



---------------------------------------------




Acordou tonto e com ânsia de vômito, catou os óculos e olhou no relógio, 5 horas da manha.
Fechou os olhos e respirou profundamente e soltou o ar pela boca, fez esse exercício de relaxamento umas quatro vezes .Não adiantou. Se sentia incrivelmente fraco, como se fosse desmaiar a qualquer momento.
Levantou para tentar fazer com que tudo parasse de girar, mas teve que voltar a deitar quando sentiu suas forças esvair como o ar que sai de um balão furado.
Ficou deitado com os olhos fechados por uma meia hora, quando finalmente recuperou as forças levantou-se e foi ao banheiro, passou uma água no rosto e tomou um banho ao constatar que estava suado. Quando saiu do banho já eram 6:20. O moreno estava se vestindo quando Madame Pomfrey entrou na enfermaria.
-Potter, acordado a esta hora?- disse a mulher.
-Perdi o sono- mentiu ele- e resolvi tomar um banho.
A mulher olhou para ele desconfiada.
-Deixe-me fazer alguns exames- disse ela retirando a varinha.

Eram 7h quando a enfermeira acabou de fazer os exames.
-Então? Posso voltar as aulas?- perguntou o moreno.
-Tudo bem- disse a enfermeira- mas tome cuidado.
-Sim senhora!- disse Harry- Obrigado por tudo.
Harry saiu da ala hospitalar e seguiu para o grande salão onde tomou o café da manha, depois subiu correndo até a Torre da Grifinória e pegou o seu material. Saiu correndo para as masmorras, estava atrasado.
Bateu na porta e foi recebido pelo professor.
-Ah, sr. Potter- disse ele- vejo que decidiu nos dar a "honra" de sua presença.
-Bom dia, professor- disse Harry- Madame Pomfrey acabou de me liberar...
-Sim , isso é óbvio- disse Snape- contudo você interrompeu minhas explicações, então vejamos, dez pontos a menos para a Grifinória. Agora, va para o seu lugar.
Harry lançou um olhar assassino ao professor e sentou-se ao lado de Sara.
-Muito bem, como estava falando antes de ser interrompido, a poção...
Harry já não escutava mais o que o professor falava, sentiu sua energia acabar do nada, sua visão ficou borrada e ele ficou tonto.
Ficou assim por uns dez minutos, quando notou que seus amigos o olhavam preocupados fez um sinal para dizer que estava tudo bem, mas não estava.
Respirou fundo e olhou para o quadro negro, sabia como fazer a poção que o professor mandara. Pegou os ingredientes e começou lentamente a corta-los.
Após uma meia hora sua energia voltou tão rápido quanto havia ido.
-Harry, esta tudo bem? -perguntou Sara.
-Sim, fora a minha vontade de matar Snape- disse ele sorrindo.
Seus amigos pareciam ter acreditado, pois não perguntaram mais nada.
Harry terminou a sua poção cinco minutos antes de Snape mandar todos pararem, pegou um frasco e o encheu com a poção, quando estava no caminho para a escrivaninha do professor, sentiu-se fraco e tonto novamente e teve que se apoiar na primeira coisa que sua mão encontrou, o caldeirão de Crabbe. Sentiu a mão queimar quanto tocou no cobre e deu um pulo para traz batendo em Zabine que caiu em um caldeirão e o virou fazendo com que a substância que nada se parecia com a poção pedida pelo professor fosse espalhada e respingada nos alunos ali perto.
-Acalmem-se!- disse Snape para os alunos que berravam, alguns de dor ao ter a pele queimada e outros de medo- Todos os alunos atingidos pela poção venham aqui... Potter, depois falo contigo.
Harry engoliu seco, estava morto, com certeza ele iria ganhar um mês de detenção.
Após todos serem medicados e terem saído da sala, Snape se voltou ao garoto.
-Então, achou divertido?- perguntou o professor.
-Não senhor- disse Harry- Não foi...
-Calado!- disse Snape- Você podia ter deixado algum aluno ferido gravemente, Potter, mas é claro que a sede por atenção...
-Não foi por querer- disse o garoto- encostei em um caldeirão e me queimei, pulei para traz e sem querer bati em Zabini e...
-Ah sim, sempre um desculpa- disse Snape.
-Não é uma desculpa! É a verdade!- gritou Harry nervoso.
-Menos dez pontos por gritar comigo, Potter- disse Snape- E detenção, todos os dias até o final da próxima semana.
"Pelo menos não é ate o próximo mês"- pensou o moreno .
-Hoje a noite, as 20 horas aqui- disse Snape- agora saia dessa sala antes que eu o deixe até o final do ano.
Harry suspirou, pegou as coisas e saiu da sala.



---------------------------------



-O que você pensa que estava fazendo?- perguntou Hermione- Você podia ter ferido alguém!
-Foi sem querer- disse Harry- Eu me queimei no caldeirão do Crabbe e pulei pra traz, o problema é que tinha alguém atras.
-Mas foi hilário os sonserinos berrando- disse Rony- você atingiu quase todos os sonserinos da classe, cara.
Harry forçou um sorriso.
-Pelo menos vai ficar apenas até a semana que vem em detenção- disse Sara- Você acabou de sair da Ala hospitalar, devia tomar mais cuidado, não deve forçar o seu corpo.
-Eu sei Sara- disse Harry se sentindo pouco tonto- "O que será que esta acontecendo?"- pensou.



----------------------------------



Finalmente o sábado chegou e Harry deu graças a Merlin por isso.
Snape estava quase matando o moreno nas detenções, ele( Harry) chegava as oito da noite e saia as duas horas quando o professor estava de bom humor, senão ele apenas saia as quatro da manha.
O moreno mal agüentava em pé, os ataques de tontura estavam cada vez mais presentes e piores, demoravam mais tempo para Harry voltar ao normal e muitas vezes o moreno tinha que se apoiar em algo para não ir para o chão.
Eram onze horas da manha e Harry continuava na cama para a preocupação dos amigos, já que Harry sempre era o primeiro a acordar.
-Harry- chamou Sara entrando no dormitório- esta tudo bem?
-Sim- disse o garoto- Snape me manteve em detenção até as cinco da manha! Vê se pode!
A garota sorriu gentilmente.
-Já são onze horas- disse ela- Quer continuar a dormir?
-Não, já estou indo- disse Harry- Vou tomar um banho e encontro vocês lá embaixo.
-Certo-disse Sara saindo.
Harry esperou a ruiva fechar a porta para tentar levantar.
Sentiu seu corpo mais pesado que o normal e teve dificuldades em manter-se em pé, sua visão saiu do foco e ele perdeu o equilíbrio caindo no chão.
-Estou cada dia pior- disse ele tentando se levantar novamente.
Ele conseguiu se levantar e seguiu cambaleante para o banheiro, sua visão estava borrada fazendo com que ele tivesse que ir tateando até o chuveiro e tateou em busca do xampu e do sabonete. Sabia que estava demorando mais do que o normal, mas não conseguia ir mais rápido.


------------------------------------------


-Aleluia!- disse Rony quando Harry apareceu- Achei que perderíamos até o almoço pelo tua demora
-Desculpe- pediu o moreno.
-Tudo bem- disse Sara -Já são 11:40, daqui a pouco o almoço sai.
-Vamos, estou com fome- disse Rony.
-Sério Rony?! Tem certeza de que não está doente?- perguntou Harry.
-É sério, cara, minha barriga esta roncando!
E ela deu um ronco bem alto fazendo todos rirem.
-Vão indo- pediu Harry- tenho que fazer uma coisa e encontro vocês lá!
Os três se entre-olharam curiosos.
-E o que...
-Dumbledore pediu para mim passar lá- disse Harry- Acho que ele quer saber sobre a detenção... ou algo do tipo.
-Então boa sorte- disse Hermione.
Harry sorriu e se separou do resto.
O moreno caminhou calmamente até o escritório do diretor, disse a senha para a gargula e subiu pela escada tão bem conhecida, quando estava no penúltimo andar tropeçou no degrau e caiu no chão fazendo o maior barulho, ficou ali sem forças para levantar até que a porta de carvalho abriu.
-Ah, Harry, então era você- disse Dumbledore- ouvi um barulho...
-É, eu tropecei- disse o moreno corando e tentando se levantar.
Dumbledore viu que o garoto estava tendo dificuldades para levantar e o ajudou.
-Esta tudo bem?- perguntou preocupado.
-Fora que Snape me deixou em detenção até as cinco da manha...- resmungou o moreno se apoiando em Dumbledore para conseguir manter-se me pé.
-Não sobre ele, e a propósito, é professor Snape, Harry- disse Dumbledore- Quero saber se machucou algo com o tombo, afinal esta se apoiando em mim.
-Não, acho que não- disse o moreno parando de se apoiar no diretor, mas infelizmente mais um ataque de fraqueza e ele voltou a se apoiar.
Dumbledore o ajudou a andar até a cadeira e o fitou preocupado.
-Acho que é o sono- disse Harry- Snape não tem me liberado antes das duas e meia.
-Tudo bem- disse o professor embora não acreditasse na desculpa do garoto- Agora o que aconteceu na aula de poções?


-----------------------------------------------------------------


Harry estava cumprindo mais uma noite de detenção, a ante-penúltima. Já estava limpando caldeirões há mais de quatro horas e Snape não parecia estar com vontade de libera-lo antes do sol raiar.
O moreno sentiu mais um ataque de tontura, mas dessa vez foi pior que os outros e ele achou que iria desmaiar. Sentiu sua energia esvair, seu corpo ficou pesado demais e ele se apoiou no caldeirão que limpara para não ir para o chão.
-Potter, não lembro de ter lhe dado permissão para descansar- ele ouviu Snape falar.
Harry começou a respirar com dificuldade, sentia que tremia violentamente. Fechou os olhos tentando recuperar-se, mas não adiantou. A sua visão ficou borrada e ele sentiu que iria desmaiar.
-Potter, para de fingir que esta mal- disse Snape ao observa-lo- Mas o que...?!
Harry não chegou a cair no chão, Snape o segurara antes. Sentiu o professor pega-lo nos braços e sentiu ser carregado.
-Potter, esta acordado? -perguntou Snape enquanto o carregava para algum lugar
O moreno abriu os olhos, ou melhor entre abriu. Ouviu o professor dizer o feitiço do patrono e o mandou para chamar Dumbledore.
Após o que Harry deduziu serem dez minutos, eles chegaram na ala hospitalar e foram atendidos por Madame Pomfrey e o resto dos professores.
-O que aconteceu, Severo?- perguntou Dumbledore.
-Ele simplesmente começou a passar mal no meio da detenção- disse Snape- chegou a desmaiar por alguns segundos.
-Coloque-o na cama- disse Papoula.
Snape obedeceu, a enfermeira caminhou até Harry e perguntou:
-Harry, esta me ouvindo?
-Sim- disse fracamente.
-O que você esta sentindo?
-Tonto, muito tonto... cansado, não estou enxergando muito bem... fraco... não consigo respira... Meu poderes... é como se tivessem esvaindo... O que esta acontecendo?
-Acalme-se- disse a enfermeira- Me diga, você já ficou antes assim?
-Não... sim, mas não tão forte- disse o moreno, sua voz não passava de um sussurro- Estou cansado... nunca me senti tão fraco.
-Fique calmo- disse a enfermeira colocando a mão na testa do moreno-Esta muito quente... Tente descansar, durma.
Não foi preciso pedir novamente, o moreno entrou em um sono pesado.
-O que aconteceu?- perguntou Minerva.
-Não vou mentir- disse a enfermeira- ele realmente não esta bem, o caso é sério. Potter esta entrando em um processo que chamamos de esgotamento mágico. Isso é, a magia do bruxo entra em colapso por causa de um descontrole na sua utilização. É muito difícil chegar a esse ponto, mas infelizmente Harry faz parte de um grupo de risco para esse problema, ele é um elemental.
"Agora, mais da metade dos casos de esgotamento mágico ocorrem em empáticos ou elementais, principalmente ao usarem seus poderes por muito tempo e gastarem energia demais.
-E a Sara?- perguntou Lupin .
-A garota não chegou a ultrapassar o seu limite de energia- disse a enfermeira-Harry por outro lado, deve ter passado de seu limite quando utilizou aquele ataque para vencer os comensais e não parou por ai, Malfoy disse que ele atacou uma quimera com uma bola de energia e depois Potter teve de sentar para recuperar parte de sua energia, e não podemos esquecer dos clones da sombra e da morte de Kalin. Nessa semana ele teve detenções, temas, aula e conhecendo ele, outras coisas. Sabe, elementais tendem por natureza trabalhar mais do que podem, não sei por que, talvez para que sejam aceitos ou queiram mostrar que eles estão ali apenas para proteger, deixam seu bem estar de lado para ajudar os outros e isso os prejudicam e ajudam no processo de esgotamento mágico.
"Felizmente Harry esta apenas no primeiro estágio do esgotamento, se sente cansado e fraco, então o efeito ainda pode ser reversível, se chegasse em um estado mais avançado teríamos problemas. Agora a prioridade é fazer Harry PARAR, ele não deve usar magia ou seus poderes, não deve fazer absolutamente nada, senão o estado pode se agravar e talvez não aja mais volta, e então ele perderá seus poderes mágicos ou morrerá- disse a enfermeira séria.
-Hm, o esgotamento mágico então não aparece de uma hora para outra- disse Lupin- isso quer dizer que ele já devia se sentir mal, mas mesmo assim ele não abriu a boca, fingiu que estava tudo bem!
-Ele parecia estar cansado e fraco quando falei com ele sábado- comentou Dumbledore- Mas ele me disse que estava apenas com sono por causa que o professor Snape o segurou até as cinco da manha na detenção...
-Você conhece o Harry, Albus- disse Lupin- ele segura as coisas para ele até não agüentar mais, e só então diz que esta sofrendo ou está com algum problema... só quando não agüenta mais... Isso deve ser por causa dos Dursley.
-Não duvido- disse o diretor- é melhor nós irmos descansar, amanha tem aula.
- Sim- disse Sprout- amanha voltamos para vê-lo.
-Boa noite, filhote- disse Dumbledore beijando a testa do moreno- descanse.
Os professores saíram da ala hospitalar, cada um em seus próprios pensamentos.



-------------------------------------------


CERTO GENTE, SEI QUE QUEREM ME MATAR POR DEMORAR TANTO E ETC. MAS ESTOU COM UM SERIO PROBLEMA: FALTA DE TEMPO E DE IMAGINAÇAO! (ALEM DA AULA)
PEÇO MIL DESCULPAS, ESTOU TENTANDO ESCREVER O MELHOR QUE POSSO, MAS AINDA ACHO QUE FALTA ALGO, SEI O QUE ESCREVER, MAS NAO SEI MAIS COMO COLOCAR ISSO NO PAPEL! MIL PERDOES.
ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO.
JULIIA-CHAN
















Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.