Detenção com Tiago Potter
CAPÍTULO 7: Detenção com Tiago Potter
Lily e Alice acordaram bem cedo naquele dia. E as coisas não começavam muito bem.
- Ah não! – disse Lílian, desanimada – Ola que horário ma-ra-vi-lho-so. Dobradinha de Poções, dobradinha de Adivinhação, dobradinha de História de Magia, dobradinha de Defesa Contra as Artes das Trevas.
- Pelo menos tem DCAT pra quebrar o gelo. – disse Alice, tentando se animar, inutilmente
- É, pelo visto o meu dia vai ser péssimo. – lamentou Lily, lembrando-se da detenção noturna
- Tá se lamentando por causa da detenção com o Potter? – disse Alice, divertindo-se
- Também.
As garotas terminaram café e se dirigiram para as masmorras. No caminho pra lá, elas tiveram uma surpresa desagradável.
- Olá Evans! Olá Banks!
- Bom dia Snape. – disseram as duas, desanimadas
- Evans, - começou ele – eu gostaria de lhe pedir desculpas por ter te chamado de sangue ruim imunda no final do ano passado. Ahn... você gostaria de sair comigo?
Lílian não podia acreditar no que ouvia. Nem mesmo Tiago havia lhe convidado pra sair naquele ano e Snape vinha com aquela história. Ela não pode se conter e deu uma gargalhada na cara do garoto.
- Francamente, se eu não saio com o Potter, você acha que eu vou querer sair com você? Ora, me poupe.
Lily deu as costas a Snape e rumou para a aula de Poções com o garoto berrando aos seus ouvidos
- Quer saber de uma coisa Evans?!? Quando você diz que o Potter é arrogante e metido, você tem toda a razão! Mas você não é diferente dele, sua sangue ruim nojenta! Vocês dois se merecem! Ta ouvindo? Vocês se merecem!!!
- Pontas! Pontas! – sussurrou Sirius
- Fica na sua Almofadinhas! – respondeu Tiago – O professor Müller pode ouvir!
- Achei que você gostaria de saber que a sua gata não pára de olhar pra você.
Tiago olhou para Lílian. Seus olhares se cruzaram. Eles ficaram se encarando por uns trinta segundos. Então Alice chamou Lily. Só nesse momento que Tiago se deu conta de que todos estavam saindo e que a aula tinha acabado.
- É. Tava vendo você e a Evans de lá da minha mesa – disse Remo, em tom de deboche – “Só love.”
- Ah! O amor é lindo. – suspirou Pedro
- Vai plantá batata, vocês dois! – disse Tiago, corando
Os garotos foram até a sala de adivinhação rindo da cara de Tiago.
Olhando de longe, parece normal.
De perto, distante e um pouco atrás.
Diferente até entre iguais.
Eu corro o risco de parecer um pouco tolo
um ser abissal e um péssimo ator.
Falando sem parar naquela coisa cega
Que começa com “a” e termina com “or”
(trecho da música Rosas e vinho tinto, Capital Inicial)
A aula de Poções transcorreu sem maiores incidentes. Lily estava totalmente dispersa. Snape havia lhe dado algo em que pensar. Talvez ele tivesse razão.talvez ela não fosse muito melhor do que Tiago. Talvez ela se sentisse superior às outras pessoas. Talvez ela devesse deixar de ser tão orgulhosa e dar uma chance a Tiago.
- Lily? Você ta legal? – perguntou Alice
- Ah, estou. Eu só tava pensando.
- Sei, ficou pensando a aula toda, né? Tem algo a ver com o que o Snape disse?
- Vamos andando, vamos. Se não nós vamos perder a aula de Adivinhação. – desconversou a garota
- Tudo bem, a gente conversa enquanto anda. – contornou Alice – pode se abrir comigo Lily, eu sou sua amiga. Pode confiar.
- Ah! Eu to com medo Alice! – desabafou Lily
- Medo? Medo de quê? De gostar do Snape?
- Alice! – disse Lílian irritada – Realmente não dá pra me abrir com você.
- É não dá mesmo! – disse Alice, sarcástica – Nós vamos entrar pra aula agora.
As garotas entraram na sala de Adivinhação. Lá estava a professora Höppner, parada em frente à sua mesa, olhando os alunos se acomodarem e sorrindo feito uma boba. A professora ficou ali, parada, sorrindo tolamente durante uns cinco minutos. Os alunos olhavam pra ela com cara de paisagem até que ela “despertou” e começou a falar.
- Bom dia meus queridos!
- Bom dia. – disseram alguns alunos
- A partir de hoje nós iremos revisar tudo o que aprendemos desde o terceiro ano.
Após alguns murmúrios de desaprovação, professora continuou.
- Eu irei dividi-los em duplas mistas. – disse ela, feliz – Não quero ouvir reclamações meus amores.
Ela começou a dividir as duplas. Remo foi com uma garota baixinha cheia de acne. Pedro foi com Berta Jorkins. Perereca acabou com uma loirinha meio roliça. Frank ficou com Alice. A dupla de Sirius foi Pamela Anderson, que, segundo ele era gostosíssima. E Tiago foi com, adivinhem quem.
- Potter você vai com a Evans. – disse a professora por fim – Bom, em todas as aulas deste ano as duplas serão estas. Eu mudei um pouco a ordem das coisas. Nós vamos começar com a Quiromancia. Podem se agrupar.
Tiago pegou suas coisas e foi até Lily, decidido a cantá-la a aula toda. Ele estava radiante, afinal, Lílian não poderia evitá-lo durante as aulas de Adivinhação durante o ano inteiro.
- Senta aí, Potter. – disse ela, friamente, enquanto estendia a mão pra ele
Tiago sorria. Como ele ficava lindo quando dava aquele sorriso. Aquele sorriso de derreter corações. Lílian nunca se abalara com o sorriso do garoto, mas ultimamente ela se sentia perturbada com aquilo.
- Sabia que mesmo quando você está irritada, você não deixa de ficar bonita? – disse Tiago, ainda sorrindo
- Ah, pronto. Começou! – disse ela nervosa – Pode começar você.
Tiago pegou a mão dela. Ele ficou um bom tempo admirando e acariciando a mão dela. Lílian nunca havia ficado tão perturbada com a presença do garoto.
- Diz logo o que você está vendo! – irritou-se ela
- Como a sua mão é linda. – disse ele, que continuava sorrindo – Aliás você é linda por completo.
- Potter, você está aqui pra me elogiar ou praticar Quiromancia?
- Praticar, mas eu sou capaz de fazer os dois.
- É mesmo? Pois eu não sou. Portanto nós vamos praticar apenas. Me dá a sua mão que eu começo.
Tiago passou o resto das duas aulas mudo. Só abriu a boca pra dizer as bandalheiras que via na mão de Lílian.
A aula de História de Magia quase ninguém assistiu. Nos primeiros vinte minutos de aula, a turma toda adormeceu.
Defesa Contra as Artes das Trevas não foi tão proveitosa quanto Alice esperava. Apesar das piadinhas oportunas do professor Murphy que divertiam tanto toda a turma, a única pessoa que parecia animada era Tiago. Não por causa da aula, mas por causa da detenção que se aproximava.
Enfim o sinal bateu. Logo após o jantar, Tiago e Lílian se dirigiram para o vestiário.
- Vamos entrar então? – disse Lílian, impaciente
- Calma. – disse Tiago, sorrindo – Nós vamos entrar.
Tiago abriu a porta e levou um susto. Em meio a sujeira, havia uma faixa do piso que estava limpa. Ela vinha da porta em direção aos armários.
- Potter, o que aconteceu? – perguntou Lily apreensiva. Mas não foi Tiago quem respondeu.
- Eu não queria!!! – berrou uma voz – Eu não sou mau! Eu fui obrigado! Me desculpem!!! Eu não queria! Nããããão!!!
Tiago foi entrando no vestiário com cautela, com Lílian em seu encalço.
- Quem está aí? – perguntou Tiago, enérgico
- Não!!! Não me levem pra Azkaban!!! Eu não queria matá-la! Eu não sou mau!
Com isso, a pessoa que estava gritando saiu correndo e fugiu pela janela. Tiago queria ir atrás dela, mas Lílian impediu.
- Não! – disse ela, segurando-o pelo braço – Não vale a pena se arriscar assim de graça. Esse cara é um assassino.
Apesar das circunstâncias, Tiago não pôde deixar de sorrir.
- Bom... ahn?!? – Lily percebera por que Tiago sorria – Você não ta afim de abrir o armário, não?
Ela apontou para o armário em frente ao rastro de limpeza. O sorriso se esvaiu das faces de Tiago.
- Tudo bem. Eu abro. – disse ele desanimado
Ele foi em direção ao armário e o abriu. Lá dentro havia um corpo. O corpo de Emília Parker, filha do renomado auror Richard Parker.
- Ai... caramba. – disse Lily, nervosa – E agora? O que nós vamos fazer?
- Nós? – perguntou Tiago, perturbado – Temos que avisar Dumbledore. Agora.
- Agora?!? Por acaso você sabe onde fica o escritório dele?
- Sei. Se não me engano, da última vez a senha era... sarapintose.
- Credo.
- Existem senhas piores. – disse Tiago, com pesar – Bom, é melhor não mexermos nela. Vambora.
O garoto praticamente arrastou Lílian pra fora do vestiário. Eles fizeram o caminho de volta para o castelo em silencio. Apesar do que acontecera, Tiago não podia deixar de reparar que, pela primeira vez na vida, Lílian conseguia dizer outras coisas a ele além de: “Cala a boca, Potter.”, “Fica na sua garoto.”, “Não me enche.”, “Pára com isso” entre outras coisas. Eles subiam as escadas em direção ao escritório do diretor. Tiago quase passou reto da gárgula.
- É aqui. – avisou ele – Sarapintose.
A gárgula nem piscou.
- Deve ter mudado. – disse ele, sorrindo debilmente – Anh... Me ajude, são sempre coisas exóticas.
- Anh? Torrão de Barata? – tentou ela, inutilmente
- Nariz de Grindlow.
- Bunda de Trasgo.
A gárgula imediatamente ganhou vida. Ainda impressionados com a senha, eles subiram na escada em caracol. Logo já estavam em frente à porta do escritório. Tiago bateu na porta.
- Entre Sr. Potter. – disse Dumbledore, de dentro da sala
Tiago abriu a porta e deu passagem à Lílian, entrou logo em seguida. Lá estava Dumbledore, com um pijama azul-celeste com bolinhas amarelas.
- Vejo que está acompanhado. Olá Srta. Evans. – disse o diretor, cordialmente – Bem, o que desejam?
- Olha professor, - começou Tiago – nós estávamos cumprindo uma detenção e...
- Detenção, hein? – comentou Dumbledore, encarando-o
- É. Bem, nós estávamos limpando o vestiário da Grifinória. Não sei se o senhor sabe, mas ele foi invadido por pelúcios.
- Oh sim. Pelúcios. Sempre invadindo os vestiários da escola – disse ele, divertindo-se
- Enfim, nós estávamos limpando lá. – disse Lílian – Daí a gente abriu um armário e... e...
- Tinha um corpo lá dentro – completou Tiago – Emília Parker. Professor, antes disso, é... tinha uma pessoa lá. Tava gritando, chorando. Dizendo que não queria, que não era mau, pra nós não levarmos ele pra Azkaban. Então o cara saiu correndo. Eu queria ir atrás, mas ela não deixou.
- Com toda a razão. Vocês mexeram no corpo.
- Não.
- Deu pra ver quem era a pessoa que estava gritando.
- Não. – disse Lily – Mas era homem.
- Ótimo. Vão prar os seus dormitórios. Eu vou averiguar isso. Se precisar eu chamo.
Com isso, Dumbledore saiu do escritório. Tiago e Lílian foram junto, mas tomaram o rumo da torre da Grifinória.
- Nós deveríamos ir com ele. – disse o garoto, indignado – Nós que achamos o corpo
- Quer ir? – ironizou ela – Então vá sozinho. Sinceramente, nós não temos nada a ver com isso.
Eles continuaram andando em silencio. “Como é que um cara pose ser tão idiota a ponto de querer sair correndo atrás de um assassino? Pior ainda, ter o gosto em ver cadáveres. Que coisa mais mórbida” pensava Lílian “Eu devia ter deixado ele ir. Agora ele ta achando que eu me preocupo com ele. Ai, que ódio!!! O pior é que eu me preocupo.”
- Li... Evans.
- Que é?
- Quem você acha que foi?
- Que foi a onde?
- Quem foi que matou?
- Potter!!! Nós não temos nada a ver com isso. Você não entendeu ainda? Tudo bem eu soletro pra você: N-Ó-S N-Ã-O T-E-M-OS N-A-D-A A V-E-R C-O-M I-S-S-O. Entendeu agora ou quer que eu desenhe?
- Ta bom, ta bom. Já entendi. Hocus Pocus (NA:Quanta criatividade) – disse ele para a mulher gorda
Eles entraram na torre em silencio. Depois de um frio “boa noite”, Lílian foi para o seu dormitório. Tiago seguiu para o dormitório masculino, onde foi bombardeado com travesseiros e perguntas.
Nota da autora:
Fala ae... Mandei ou naum mandei bem?
Tá melhorando gente, estamos progredindo, isso é bom.
Comentem por favor.
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