De volta á Hogwarts



CAPÍTULO 5: De volta à Hogwarts

- Não! – disse Remo, ainda dando risada – Vamos falar sério agora.
- Já é a décima vez que você diz isso Aluado – disse Pedro, fazendo todos recomeçarem a rir – Mas tudo bem, vamos falar sério.
- Sério. – disseram Tiago e Sirius, caindo na risada
- Ta vendo Pontas? – repreendeu Remo – É por causa disso que você não consegue ficar com a Evans.
- Por causa do que? – perguntou Tiago, parando de rir
- Você não leva nada a sério.
- Tem razão – disse Tiago – Vamos falar sério.
- Olha. – disse Sirius aprumando-se – Eu tive uma idéiazinha, mas o Remo vai ter que colaborar.

Os garotos começaram a discutir o plano de Sirius. Logo, o trem começou a desacelerar.
- OK. – disse Sirius – Vamos procurar a ruivinha.



O trem já começava a desacelerar, o que significava que os alunos logo iriam desembarcar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Lily nunca ficara tão aliviada na vida quanto no momento em que o trem parou.
- Bem, chegamos. Ãhn... tchauzinho! – disse ela para Davies.

Sem permitir que o garoto se despedisse, Lily saiu correndo com intenção de voltar à cabine em que estava com Alice. Talvez a amiga ainda estivesse lá. Mas foi apenas botar o pé pra fora da cabine de Davies, que a garota deu um encontrão com as pessoas que ela menos queria ver naquele momento: Tiago Potter e seus amigos.
- Ah! Era só o que me faltava! – disse ela, estressada – Sai da frente Potter! Ou eu vou ter que fazer você sair?
- Ei! Calma aí. Abaixa esse negócio, por favor. – disse ele. Lílian estava ameaçando-o com a varinha – O que foi que eu pra você?
- É mais pelo fato de você ter nascido!
- Tenho a impressão de que já ouvi um diálogo muito parecido com esse. – disse Pedro, que foi ignorado solenemente
- FURÚNCULUS!!! – berrou Lily, acertando Tiago no meio da cara
- EPA!!! Que palhaçada é essa?!? – disse Remo com autoridade.(N/A: Pra quem se esqueceu Remo era monitor) – O que vocês dois pensam que estão fazendo. Ao invés de sair do trem civilizadamente, vocês ficam aí, brigando como duas crianças. Me desculpem, mas eu vou ser obrigado a dar uma detenção à vocês.
- Mas Remo, foi ela quem me atacou. – defendeu-se Tiago
- E ainda joga a culpa em mim!!! – disse Lily, indignada
- Mas a culpa foi sua!
- Ei, vamos parar de brigar, por favor? – disse Remo – Pelo amor de meus filhinhos. Você ta horrível. FINITE INCANTATEM.

Os furúnculos desapareceram e Lily começou a falar.
- É. – disse ela com sarcasmo – O ano passado ele e o Black atacaram o Snape. Você fez que não viu. Não é, Lupin?
- Vocês fizeram isso?!? Como foi que eu não vi? – mentiu ele – Que vergonha!
- Agora quando “eu” faço alguma coisa, você vem dar uma de monitor exemplar.
- Senhorita Evans, não é “dar uma de monitor”. Eu sou monitor. Portanto cabe a mim, e não a você, dar lições de moral – rebateu Aluado
- Ah, dá licença! – disse ela, indo em direção à saída do trem.

Depois de Lílian afastar-se bastante, Tiago concluiu:
- Parece que o encontro com Davies não foi muito bom.



- Alunos do primeiro ano, por aqui. – dizia Hagrid como de costume

Lily se lembrava do dia em que chegara em Hogwarts como se tivesse sido no dia anterior. Ela saiu do trem e deu de cara com Hagrid, o guarda-caça meio gigante. Lílian levou tremendo susto ao vê-lo, mas uma voz gentil disse em seu ouvido:
- Não tenha medo. Hagrid só tem tamanho.

Foi a primeira vez que Tiago falara com ela. A princípio o garoto parecia gentil, divertido e educado. Mas com o passar do tempo,no ponto de vista de Lily, ele se tornara uma tremendo idiota.
Quando ela se deu conta, já estava parada em frente às carruagens que levavam os alunos ao castelo. De dentro de uma delas, Alice acenava para ela.
- Oi Lica! – disse Lily, entrando na carruagem – Ah não! Só faltava essa!

Só aí que ela foi reparar nas outras quatro ocupantes do carro: Pamela Inglethorp, Rita Skeeter, Narcisa e Bellatriz Black.
- Boa noite pra você também, sangue ruim. – disse Narcisa, com sarcasmo
- Péssima – respondeu Lílian, que depois cochichou para Alice – Não tinha outro carro?
- Só o do Potter, mas eu achei que você preferiria esse. – cochichou ela em resposta
- É, dos males o menor.

Lílian e Alice passaram o caminho todo quietas, apenas ouvindo as garotas falarem dos meninos da Sonserina. Muito feios por sinal.



- Eu não entendi o plano. – dizia Pedro, enquanto tentava entrar na carruagem
- Oh!!! Não diga! – zombou Sirius, puxando o garoto pra dentro do carro, sem sucesso
- Rabicho entra aí que nós te explicamos. – disse Tiago, empurrando Pedro, que caiu com um baque lá dentro
- Também, com esse corpinho atlético, ninguém conseguiria entrar sem ajuda. – disse Remo, brincando
- Pedro, o negócio é o se... pois não?

Alice Banks, que estava visivelmente procurando um lugar, olhou dos dois lugares vagos para Tiago, de Tiago para os lugares e foi embora sem dizer nada.
- Ãhn, então Pedro, - continuou Tiago – depois eu explico.

Os garotos foram novamente interrompidos, dessa vez por Frank Longbottom e Perereca, seus companheiros de quarto.
Perereca tinha esse apelido por causa do seu sobrenome. Na verdade ele se chamava Flávio Bussetti.
- Fala aí Frank, meu chapa! – disse Tiago apertando a mão de Frank
- O que você quer Tiago? – perguntou Frank, passando a mão pelo rosto
- Orra Frank, por que eu tenho que querer algo?
- Simplesmente porque você não cumprimenta uma pessoa dessa forma dessa maneira se não estiver com segundas intenções.
- Sabe Tiago, - disse Sirius, entrando na conversa – ele tem razão.
- Ah, ta legal. – assentiu Pontas – Frank, eu preciso que você me ajude.
- Hum... depende. – disse Frank desconfiado
- Eu podia roubando, eu podia estar matando. Mas não, eu estou humildemente pedindo a sua ajuda.
Nesse momento, os marotos restantes e Perereca caíram na risada. Eles finalmente entenderam que ajuda era aquela que Tiago queria de Frank, ou melhor, de Alice.
- Eu acho que você quer que eu te ajude com a Lílian. Não é isso?
- É... mais ou menos isso.
- É ou não é isso? – perguntou Frank, irritado
- Sim. Er... de certa forma.
- Ou você quer a ajuda da Alice?

Tiago abriu e fechou a boca várias vezes, como se fosse responder. Isso provocou mais risos.
- Olha Tiago, eu...
- Por favor Frank!!! Pensa no que eu já fiz por você!
- Tiago, - disse Frank, rindo – você nunca fez nada por mim.

Mais risos.
- Então pensa no que eu vou fazer!
- Meu, por mim eu te ajudava, mas eu me dou tão bem com a Alice, que...
- Pelo amor que você tem pela Alice, me ajuda! – Tiago já estava ajoelhado no chão da carruagem, com as mãos juntas, completamente descontrolado.
- Tudo bem, tudo bem! Eu falo com ela.
- Valeu cara! Eu sabia que podia contar com você.
- Mas se isso prejudicar o meu namoro de alguma forma...
- Não vai prejudicar. Veja bem...

Tiago contou o que fizera na Florean Fortescue. Frank ouvia tudo, incrédulo.
- Enfim, se ela tocar nesse assunto, você diz que eu só queria provocar ciúmes na Lily, e que agora eu preciso da ajuda dela.
- Você é louco. – disse Frank
- Eu sou louco por ela.
- Hum, que frase mais manjada. – disse Perereca, arrancando risos de todos, exceto de Tiago
- Podem rir – disse ele – Vambora.

A carruagem havia parado. Eles finalmente chegaram no castelo.



Os alunos do primeiro ano já haviam sido selecionados, o banquete já havia terminado, Lily e Alice conversavam na sala comunal de Grifinória.
- Então? Como foi com o Davies? – perguntou Alice
- Horrível. Ele é ridículo.
- Bem, você sempre disse isso dele. Eu bem que estranhei quando você foi com ele.
- É, até eu estranhei. – disse Lily, mais pra si mesma do que pra Alice
- O que foi que disse?
- Nada! Nada não.
- Credo Lily. Você anda muito estranha.
- Ah, impressão sua.

Era verdade. Ela estava estranha desde o dia em que Tiago abordou Alice na sorveteria. Diversas vezes ela se pegava pensando se o julgamento que ela fazia dele não estaria errado. Se atrás daquela máscara de filhinho de papai não existiria um cara legal. Ás vezes ela até se imaginava namorando aquele garoto de cabelos negros e rebeldes, de óculos, com aquele sorriso que...
- Lily? Você está bem?
- Ãhn? Estou. Você não vai acreditar no que aconteceu.



Os marotos também conversavam na sala comunal.
- Então Rabicho, - começou Remo – nós finalmente vamos explicar o plano pra você.
- É simples é rápido. – disse Sirius – Nós queremos aproximar a Evans e o Pontas.
- Então vamos fazer isso da forma que entendemos melhor. – completou Tiago
- Levando uma detenção. – concluiu Pedro – É brilhante!
- Brilhante eu não digo. – disse Tiago – Mas é bom. A propósito, que detenção vai ser?
- Bom vamos pensar.- disse Remo – Que local deixaria os dois mais próximos?
- Um lugar pequeno. – sugeriu Pedro
- Sim é óbvio. – disse Remo, gesticulando freneticamente – Mas qual?
- Agora embaçou. – disse Tiago, franzindo o cenho – A cozinha é enorme.
- A sala de troféus também.
- Mas tem o vestiário da Grifinória. – disse Sirius
- Só que não tem nada pra fazer nele. – disse Tiago, nervoso – O vestiário não é usado desde o ano passado.

Seguiu-se um silêncio de uns cinco minutos. Os marotos estavam concentrados, pensando num outro local para a detenção diferente do vestiário da Grifinória. Então, Pedro cortou o fluxo dos pensamentos.
- Por favor, não me xinguem e nem me batam.
- Fala Pedrinho. – disse Pontas, desanimado
- Bom, a detenção poderia ser marcada pra amanhã á noite. – disse Pedro, lentamente
- Só isso? – disseram os outros em coro
- Não! Bem, hoje, depois que sala esvaziar, nós vamos até o vestiário e sujamos ele todinho.

Pedro esperava toda e qualquer reação dos marotos, menos aquilo:
- Ótimo!!!
- Rabicho, você é um gênio!
- Como foi que nós não pensamos nisso antes?!?
- Mas esperem. – disse Tiago, sorrindo – A Lily ainda não sabe da detenção. Quem será que vai contar pra ela?



Lily contou para Alice sobre o que acontecera no trem e da primeira detenção da vida dela, que teria de ser cumprida na companhia de ninguém mais, ninguém menos do que Tiago Potter.
- Muito me admira você ter azarado o Potter. – repreendeu Alice – Ainda mais assim, á toa.
- Ele que apareceu na minha frente na hora errada. Eu já tava nervosa por causa do Davies, daí eu dou de cara com ele! É muito pra uma pessoa só.
- Meu Deus, agora a culpa é do garoto. – Alice não podia acreditar – Mas o que vai ser a detenção?
- Não sei ainda.
- Mas eu sei.

Era Tiago. Ele vinha se aproximando das garotas, sorrindo de orelha a orelha. Ele não podia deixar de sorrir.
- É mesmo? Então o que vai ser? – perguntou Lílian, com desprezo
- Limpar o vestiário da Grifinória
- Mas ele não é usado desde o ano passado. Como pode estar sujo?
- Ele foi invadido por pufosos. – inventou Tiago
- Ah não!
- Ah sim. Vai ser amanhã, ás oito da noite.
- Droga! – disse Lily, Tiago continuava sorrindo. Ao ver isso Lily completou – E você ainda sorri?!?
- É que vai ser a melhor detenção da minha vida. – dizendo isso, Tiago deu um selinho em Lílian e se retirou.

Lílian estava roxa de raiva, vergonha e indignação. Vergonha porque tava todo mundo olhando. Indignação com a audácia do garoto. Raiva porque ela tinha gostado.

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