Revelações



N/A: Oi! Como puderam notar pela barra de rolagem, esse capítulo é grande, mas não pretendo fazer a fic com 50 capítulos, não. Pretendo reduzir a história em menos de dez capítulos super encantados. Espero que gostem e comentem! Beijinhos mágicos!


Capítulo Um – Revelações


Lily e suas amigas estavam na aula de Adivinhação, aparentemente entediadas, olhando para a professora que tagarelava sem parar. A Prof. Delsa era o tipo de pessoa que adorava o som da própria voz, e assim como o professor Binns, ela tinha uma voz enjoada que fazia todo mundo cair no sono. Alice estava quase caindo no sono quando a professora bateu com o livro na mesa dela e sorriu.

- A Srta. poderia me dizer três coisas usadas na Adivinhação? - perguntou a professora com uma expressão vazia.

Alice sentiu o rosto esquentar. Não sabia nadinha de nada de Adivinhação desde o terceiro ano, quando começaram a ter essa matéria. A garota parecia sem fala. Não fazia idéia de como chegara ao sétimo ano sem desistir daquela aula medíocre e só tirando Exede Expectativas. Ela olhou para os lados procurando ajuda, mas suas amigas não se arriscaram a sussurram a resposta para ela, seria muita loucura, afinal, a professora parecia ter um sexto sentido para colas.

- Então... - disse a professora, esperando uma resposta – qual é a resposta?

Alice suspirou e achou melhor arriscar uma resposta.

- Hm... bola de cristal... - disse ela olhando para a professora -, cartas de tarô e... folhas de chá?

A professora sorriu pelo canto dos lábios.

- Está correto, senhorita. - disse a professora.

Alice suspirou aliviada. Não só havia se livrado daquela pergunta constrangedora, como tinha acertado. Sorriu para as amigas e deitou a cabeça na mesa. Lily, Kathryn e Amber trocaram olhares alegres, contentes pela sorte da amiga.

- Que sorte a da Lice, não? - comentou Amber. - Se fosse eu, já teria desmaiado. Afinal, essa professora me dá muito medo.

A Prof. Delsa virou para Amber como se soubesse exatamente do que se tratava a conversa. Caminhou até a mesa da garota e sorriu de um jeito muito apavorante.

- Srta. McLanne – disse a professora, maldosamente – poderia me dizer qual é principal coisa para poder ver algo numa bola de cristal?

Amber engoliu em seco. Ao contrário de Alice, não tinha coragem nem pra arriscar a resposta. Mas por sorte, seu livro de adivinhação estava aberto no colo dela, oculto pela carteira, aberto no prefácio. A garota fez um pouco de esforço, mas conseguiu ler.

- Precisa-se basicamente do dom da adivinhação – disse a garota -, mas algumas pessoas que não possuem esse dom também podem ver. Mas com o dom pode-se ver mais claramente.

A professora fez uma careta como se não quisesse parabenizar a aluna pela exelente resposta.

- Muito bem, Srta. McLanne. - disse a professora.

Amber suspirou e escorregou na cadeira, olhando aliviada para suas amigas.

- Será que a professora não vai notar que você colou? - sussurrou Lily para a amiga.

- Sei lá. - disse Amber – Essa professora nunca nota muita coisa.

Esse comentário arrancou risinhos de suas amigas e se alguns alunos que estavam por perto. Amber fechou o livro que estava em seu colo e, assim colo Alice, descansou a cabeça na mesa. A aula pareceu durar horas, de tão chata que estava. Lily já tinha achado uma distração; fazer a pena flutuar para cima e para baixo. Kathryn já estava quase dormindo, quando o sinal estridente tocou, assustando-a de tal forma que a fez cair da cadeira. Ela se levantou devagar, para ver se não havia se machucado. Ela e suas amigas colocaram as coisas nas mochilas e foram jantar.

- Eu odeio essa aula. - disse Alice passando a mão nos cabelos castanhos.

- Idem. - disse Lily enquanto caminhava para o Salão Principal – Sabem, deveriam mandar essa professora para Azkaban.

- Sob quais acusações? - perguntou Kathryn curiosa.

- Por matar a nossa paciência. - disse Lily arrancando risinhos das amigas.

- Essa foi boa, Lils. - disse Amber ainda rindo.

Ela sentaram-se na mesa da Grifinória, serviram-se e continuaram a conversar sobre a professora de Adivinhação e como ela era apavorante.

- Ela deveria arranjar um namorado. - comentou Alice.

- Concordo, Lice. - disse Kathryn. - Se ela saísse um pouco, talvez não fosse tão...

- Chata? - sugeriu Lily.

- É. - disse Kathryn. - Ela deveria encontrar alguém parecido com ela.

- Como um sósio? - disse Alice confusa.

- Não, bobinha. - disse Amber – Ela quis dizer alguém com os interesses parecidos com os da professora Delsa.

- Talvez ela devesse sair com o Prof. Binns. - comentou Kathryn rindo.

- Mas como ela poderia sair com um fantasma? - perguntou Alice.

- Foi meio que uma metáfora, Lice. - disse Kathryn – Eu quis dizer que ela deveria sair com alguém como o Prof. Binns; chato e que adora o som da própria voz.

- O Prof. Binns não é tão chato assim. - reclamou Lily.

- Sópraluncomcê. - disse Amber com a boca cheia de espaguete.

- O que? - perguntou Lily fazendo uma careta.

Amber engoliu o espaguete e suspirou.

- Eu disse: só para alunas como você. - disse ela.

- Como assim? - perguntou Lily tomando um gole de suco de abóbora.

-Você sabe... certinhas e CDFs. - respondeu Amber sorrindo.

-Eu não sou CDF. - reclamou Lily.

- Ah... claro que não é. - disse Kathryn, ironicamente.

- Está sendo irônica? - disse Lily erguendo as sobrancelhas.

- Claro que não, Lily. - disse Kathryn rindo. - É só impressão sua.

Ela ficaram rindo e conversando sobre a pressão dos N.I.E.M.s.

- Amanhã eu tenho que ir na biblioteca pegar o livro Mágica Líquida de Poções. - comentou Lily apoiando o braço na mesa - O Prof. Slughorn disse que o conteúdo desse livro vai cair no N.I.E.M.

- Ele não disse isso na aula. - disse Amber.

- Ele me falou quando eu estava saindo da biblioteca ontem. - disse Lily.

- Claro, né Lils? - disse Alice. - E faz tudo pela aluna preferida dele.

- Quem disse que eu sou a preferida dele? - reclamou Lily cruzando os braços.

- Tá na cara, queridinha do Slugue. - disse Kathryn.

- Não sou a queridinha dele. - protestou Lily.

- É sim. - disseram Kathryn, Alice e Amber ao mesmo tempo.

Lily se rendeu como “queridinha do Slugue”, mesmo esse apelido sendo muito constrangedor. Mas o mais constrangedor estava a acontecer. Alguém chegou de fininho e abraçou-a por trás. Hesitando a se virar e descobrir quem era, a ruiva preferiu adivinhas.

- É o Potter? - perguntou ela às amigas.

Kathryn, Alice e Amber assentiram. Lily respirou fundo para não ter um ataque de nervos.

- É bom você me soltar, Potter – ameaçou Lily -, ou eu posso sem querer, lançar uma Maldição Imperdoável em você.

O garoto a soltou e se espremeu entre ela e Kathryn.

- Potter, quantas vezes eu tenho que dizer para ficar a mais de um metro de distância de mim? - disse a garota não gostando da idéia dele se sentar ao lado dela.

- Você diz isso todo dia – falou ele sorrindo marotamente -, mas não fala sério.

- Falo sim, sua ameba anormalmente grande! - exclamou ela irritada, olhando para o garoto como se fosse louca o bastante para prendê-lo numa árvore no centro da floresta proibida, no meio de leões, tigres e ursos – Agora sai de perto de mim!

- O seu pedido é uma ordem, minha ruivinha. - disse ele piscando para ela e se levantando para ir se juntar aos seus amigos, do outro lado da mesa.

- Não sou sua ruivinha! - gritou ela para ele.

- Lily, é impressão minha ou você adora chamar atenção? - comentou Amber meio constrangida com os olhares dos colegas.

- É só impressão sua. - disse Lily terminando seu suco - Vamos pra próxima aula.

- Er... Lily, a próxima aula só começa daqui a uma hora. - disse Kathryn meio indignada com a pressa da amiga de sair dali – Como os N.I.E.M.s estão perto, Dumbledore nos dá uma hora de descanso para estudarmos.

- Quando ele disse isso? - perguntou Lily olhando seus horários.

- No começo do ano – respondeu Alice -, quando ele repete aquele discurso super chato.

- Não me lembro de ele ter dito isso. - disse Lily olhando no relógio, mal podendo esperar pela próxima aula.

- Você anda tão desligada ultimamente. - comentou Kathryn – Parece...

- O que? - perguntou Lily – Eu pareço o que?

Kathryn sorriu e olhou para a amiga que tinha a face meio corada.

- Apaixonada. - disse Kathryn calmamente.

- Não estou apaixonada. - protestou Lily.

- Não disse que estava. - disse Kathryn – Só disse que parecia.

- Não pareço apaixonada. - reclamou Lily, pegando um livro na mochila.

- Agora que a Kathy comentou, Lily – disse Amber -, você parece mesmo apaixonada.

- Afinal – disse Alice -, os sintomas são os mesmos.

- Quais são os sintomas? - perguntou Amber confusa.

- Andar destraída – disse Kathryn -, não prestar atenção na aula, ficar desenhando coraçõezinhos nas páginas dos livros. - pegou o livro das mãos de Lily e abriu na última páginas que estava repleta de coraçõezinhos – Admita Lily. Você está apaixonada.

- Não estou não! - disse ele irritada pegando o livro de volta – E daí que ando meio destraída? E daí que fico... desenhando coraçõezinhos no meu livro?

- E daí que você nunca fez isso. - comentou Amber.

- Só porque eu começei quer dizer que estou apaixonada? - disse Lily ficando zangada.

- É. - disseram Kathryn, Alice e Amber ao mesmo tempo.

- Mas eu não estou apaixonada. - disse Lily – Eu só... gosto de desenhar corações.

- Ah, Lily – disse Amber –, você é capaz de inventar desculpa melhor.

Lily respirou fundo e fez sinal para que as amigas se aproximassem.

- Tá bom, eu estou apaixonada. - confessou Lily em voz baixa para que ninguém ouvisse – Mas prometam não contar a ninguém.

As amigas assentiram.

- Agora nos conta o nome do gato. - pediu Alice animada.

- Er... - disse Lily, corando – eu não posso dizer.

- Ahhhhh Lily! - reclamaram suas amigas.

- Tá bom, tá bom, eu conto! - rendeu-se Lily – Mas não vou contar agora.

- Lily! - reclamou Amber.

- Conto a vocês no dormitório, depois da próxima aula que é... - falou Lily.

- Astronomia. - completou Kathryn.

- E-eu me esqueci. - disse Lily corada – Estava... distraída.

Suas amigas soltaram gritinhos animados, morrendo de curiosidade para saber quem era o príncipe encantado de Lily. Depois de jantarem, Lily conseguiu arrastar elas para a biblioteca, para pegarem o bendito livro que Slughorn dissera que tinha uma parte do conteúdo dos N.I.E.M.s. A ruiva anotou as partes que ela achava mais importante, principalmente algumas frases do capítulo quatro. Anotou tudo num pergaminho e com um aceno da varinha, o pergaminho se multiplicou em mais quatro. Assim, todas elas tinham o mesmo conteúdo para estudar.

Foram para a aula de Astronomia, que estava até bem legal. Mas como o tempo voa, o sinal logo bateu e todos foram para as Salas Comunais ou para os dormitórios. As amigas curiosas de Lily a arrastaram para o dormitório feminino.

- Pronto Lily. - disse Kathryn – Cá estamos. Agora conta!

- Não sei se eu devo... - disse Lily só para provocar.

- Lily... - disseram as amigas.

- Ok, ok. - disse Lily – Eu sei que vocês vão gritar histéricamente, dar pulinhos de alegria e dizer “finalmente”, então eu vou dizer de uma vez sem rodeios. Mesmo que eu odiasse essa pessoa e tal...

- Lily, vai direto ao ponto! - reclamou Amber.

- Ok! Eu estou total e completamente apaixonada pelo James. - admitiu Lily corando.

Suas amigas ficaram paralizadas. Olharam umas para as outras, gritaram histéricamente e começaram a pular alegremente, dizendo “finalmente”, assim como previra Lily.

- Lily e James debaixo de uma árvore... - Alice começou a cantar.

- Lice, não começa. - pediu Lily.

- Ah Lily, isso é tão romântico! - disse Amber juntando as mãos e fazendo uma expressão apaixonada.

- Quando vai dizer pra ele? - perguntou Kathryn.

- Dizer o que? - perguntou Lily.

- Que você gosta dele. - disse Kathryn como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Não vou dizer pra ele! - protestou Lily.

- Vai sim! - disse Alice – E vai dizer agora!

- Agora? - perguntou Lily meio inconformada.

- Agora! - disseram as outras ao mesmo tempo.

- Tá bom! - rendeu-se – Eu vou lá na Sala Comunal... dizer pra ele que... eu gosto dele.

De repente aquela idéia parecia a coisa mais doida do mundo. Ela o odiava e sempre demonstrou odiá-lo. Até naquela noite mesmo, ela dera a entender que ainda o achava o maior idiota da face da Terra. Mas era melhor por as cartas na mesa, dizer que gostava dele e finalmente, aceitar sair com ele. Respirou fundo e saiu do dormitório, descendo as escadas e indo para a Sala Comunal. O que vira lá não foi nada agradável. Sentira seu coração quebrar em mil pedaçinhos.


N/A: Pelo que notaram, parei na melhor parte. Fica por conta da imaginação de vocês até eu postar o próximo capítulo. Comentem! Beijos encantados!!!

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