Reflexões



Harry estava cansado. Já havia andado muito e nenhum sinal de algo anormal. Há um ano ele procurava incansavelmente por uma pista, um sinal, sem nem ao menos saber o que o aguardava.


O tempo o transformou em um homem crescido. Não apenas fisicamente, mas sua mente era adulta, séria, precisa e, desde que partiu, não teve tempo para emoções de verdade.


Todas as recordações do tempo de escola, dos amigos, de Dumbledore, estavam guardadas, muito bem trancadas dentro dele. Não podia, não devia e não queria lembrar. Não queria sentir saudades, não podia sucumbir à emoção no momento da sua vida que mais exigia frieza e determinação. Ele tinha um objetivo e só pararia quando o alcançasse.


Por mais difícil que fosse ficar sozinho em tempos como esse, ele não tinha escolha. Não podia colocar a vida dos amigos em risco. Voldemort não pensaria duas vezes em matá-los se soubesse que Rony, Hermione e Gina eram importantes demais na vida dele. Gina principalmente... se algo de ruim acontecesse àquela ruiva ele nunca iria se perdoar. Como havia sido idiota! Como não percebera que gostava dela antes? Mas não podia se arrepender, tudo o que estava fazendo era para o bem dos amigos.


Harry agora andava sem rumo em Godric’s Hollow. Estava indo para a antiga casa dos pais, visitar o túmulo deles. Nunca estivera lá antes, e ele sentia que falar com os pais em um momento como aquele o ajudaria, lhe daria forças para continuar.


Finalmente chegou a seu destino. A casa dos pais estava bem cuidada, apesar de estar fechada há 16 anos. Harry observava cada parte da casa tentando recordar-se dos momentos quando criança. Quanto mais andava pela casa, mais odiava Voldemort. Ele tinha acabado com a vida dele, tirado a vida das pessoas mais importantes no mundo para ele, seus pais, que no fundo não tinham nada a ver com aquela história toda. Mesmo Harry tendo visto a casa toda, ter tentado em vão reativar sua memória, ele não conseguiu. Encaminhou-se para os fundos da casa, onde estava o túmulo dos seus pais. Ele se ajoelhou em frente a ele e não agüentou segurar, uma lágrima correu pelo rosto, e estando frente a frente com seus pais, ele se sentiu protegido, como se nenhum mal o fosse afetar, como se não houvesse Voldemort para acabar com a sua vida.


Harry não soube dizer quanto tempo ficou ali conversando com os pais... parecia que ele se sentia mais seguro e protegido para continuar, sabendo e sentindo que não estaria sozinho nessa guerra: ele tinha o apoio de seus pais, acontecesse o que tivesse de acontecer.


Após esse momento de pausa e reflexões, Harry decidiu ir embora de lá e continuar sua procura. Não podia deixar seu lado emocional tomar conta dele, senão com certeza não resistiria.


Ele se preparava para uma guerra cruel e que poderia começar a qualquer minuto, sem aviso, sem que ele estivesse pronto (embora ele achasse que agora estava mais pronto do que nunca). Porém, a maior de todas as guerras ele já enfrentava dentro dele. Tudo o que tinha vivido, todas as confusões, os ensinamentos, as amizades, a lembrança de seus pais, tudo isso estava nele e lembrar doía. Tentar esconder esses sentimentos, essas recordações, era muito difícil e doloroso, mais deixar adormecido era a melhor forma de despertar o seu outro lado, que deveria aparecer. O lado frio, forte e decidido.


N/A: Bom, gente, espero que gostem desse 1º cap...
Essa fic eu escrevi juntamente com uma amiga minha, a Babi, então é nossa fic e esperamos que vocês gostem e COMENTEM!
Esse cap. ficou um pouco repetitivo porque tínhamos que explicar algumas coisas e situar vcs sobre a fic.
Mas têm muitas coisas emocionantes e inesperadas que irão acontecer...enjoy!
Paula Potter

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