A tentativa frustrada



A neve cobria a Grã-Bretanha por inteiro, todos estavam em suas casas diante da lareira, tomando chocolate quente, assistindo televisão ou vendo filmes. Lord Voldemort e os Comensais da Morte acabavam de chegar ao local de encontro. O cemitério estava vazio, no chão podia-se ver as sombras dos muitos túmulos que haviam ali.
- Dessa vez o garoto não vai escapar. - fez-se uma breve pausa - Eu vou matá-lo. Todos entenderam sua parte?
- Sim. - Responderam todos em um coro.
Voldemort não cogitava qualquer possibilidade de remorso ao que ia fazer. Estava determinado a matar Harry Potter.
- Temos que aguardar. Por enquanto temos que pensar na primeira parte do plano.
- Não será fácil passar pelos dementadores. - Snape levantara a voz - Há uma possibilidade muito grande de erro por ambas as partes.
- Fiz este plano pensando nos riscos, e pensando se realmente valeria a pena sacrificar nossos esforços por uma pessoa só. Mas como ele vai ser o principal meio para que cheguemos a Harry Potter, cheguei à conclusão de que isso é extremamente necessário.
Seguiram-se dois dias de frio intenso, sol e ventos fortes. A Inglaterra nunca havia tido um verão tão frio como esse.
A Prisão de Askaban ainda estava em crise, mesmo tendo se pasado três anos desde a fuga de Sirius Black. Por todo o castelo haviam dementadores observando os presos. Um vigia dormia em sua pequena cabina no portão principal. Estaria tudo calmo não fosse pelos barulhos de passos dados no lado de fora, que imediatamente acordaram o pobre homem. Curioso, o bruxo, cujo o nome podia-se ler em seu crachá (Thomas Mark Aunt), espiou pelos vidros embaçados do posto até conseguir ver um homem, relativamente alto e de cabelos curtos. Sacando sua varinha do bolso, com um leve gesto lançou ao céu uma imagem conhecida nos últimos tempos, e que aterrorisou o vigia, que deu um grito de horror que logo pode ser ouvido pelo homem do lado de fora da cabina.
- Quem está aí? - falou uma voz grave, perfeitamente reconhecível por qualquer um que já estivesse ficado na companhia de Bartô Crounch Junior.
O vigia ficou aterrorizado ao perceber um bruxo vindo na direção de seu posto. O homem se aproximou vagarosamente e notou uma pessoa abaixada ali na cabina.
- Avada Kedavra!
Não havia nenhuma testemunha, nenhuma evidência do que acontecera ali naquele instante. Nesse instante, uma sombra vinha vindo ao longe, e uma voz grave gritou ao fundo.
- Bartô!
- Os outros já devem ter aparatado lá em cima, é melhor subirmos.
E a sombra foi se aproximando cada vez mais, até que Snape se aproximou de Bartô, e foram os dois para o alto da torre oeste, onde Lúcio Malfoy estava preso. Os dois foram ao encontro de Voldemort e Rabicho, que já estavam no local.
- Abra-o Rabicho - sua voz fria acordara Malfoy.
Snape se prontificou a descer para observar o movimento, e notou, que havia um barco com as luzes acesas navegando no local. É claro que alguém deveria estar vendo a Marca Negra pairar no céu. Ele então voltou à torre para avisar a Voldemort.
- Há um barco - Snape chegou tão esbaforido que mal podiam-se entender suas palavras - um barco no mar, e está com a luz acesa!
- Como assim? Nós já estamos de sa...
Sua voz foi interrompida por um berro no fim do corredor: " Lá, há alguém lá! ".
- Corram! - vociferou Voldemort.
Severo Snape correu para o alto da torre subindo as escadas, mas percebeu que alguém estava atrás dele. Parou ao ouvir uma voz feminina nas suas costas: " Parado Snape! "
- Tonks?!
- Isso mesmo, você está cercado.
Ele aparatou com um brusco giro, surpreendendo completamente Tonks. " Vamos atrás dos outros. " Alguns aurores desceram as escadas com uma legião de Dementadores atrás. Ao chegarem no saguão do castelo, se depararam com Bartô Junior caído no chão.
- Os Dementadores já deram o beijo, mas os outros fugiram. - um auror falou para Tonks, que se mostrou decepcionada, apesar de tudo.

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