Cap. 2
Titulo: Lei do Retorno
Cap. 2
Hermione não sabia o certo há quanto tempo estava procurando Harry pelos corredores do colégio, só soube quando parou de supetão, ouvindo um gemido vindo de um corredor a sua frente.
Curiosa, resolveu seguir o corredor e ver quem era o dono ou dona sei lá, daqueles gemidos, que no corredor escuro e silencioso, ecoava de uma forma incrível. Como se o tal do gemido estivesse usando algo para ampliar o ruído.
Estava louca de curiosidade pra saber quem era que estava fazendo aquilo no colégio a aquela hora da noite, por mais que ela não tivesse nada a ver com a coisa, teria que impor sua autoridade e na certa informar aos professores responsáveis sobre os alunos.
Agora que estava mais próxima, conseguia também ouvir os gemidos de uma segunda pessoa, aquilo só serviu para confirmar para ela que se tratava realmente de um casal, fazendo algo que não devia.
Quando os sons já estavam bem nítidos, ela avistou uma pessoa perto de uma porta, andando muito devagar, como se estivesse espionando algo por entre a mesma.
Percebeu de quem se tratava, assim que as nuvens que encobriam a lua, no momento desapareceram, fazendo assim o corredor ficar mais iluminado. Os cabelos platinados brilhando na luz do luar, o corpo másculo, alto, e a amostra. Hermione percebeu muito bem que Malfoy se encontrava muito a vontade, com a camisa semi-aberta, dando a visão do seu abdome e tórax muito bem trabalhados.
Nunca o tinha visto daquela forma tão despojada, sempre o via engomadinho. Com os cabelos e roupas impecáveis, como se dormisse e acordasse todo dia em uma forma.
Era uma coisa certa a se dizer, ele era uma pessoa incrivelmente insuportável, mais ela jamais poderia negar que ele era lindo. Muito lindo por sinal!
Se aproximou lentamente, queria surpreende-lo, saber o que ele estava tramando, mais seu esforço foi em vão, já que seus olhos prateados caíram sobre si, a perfurando como facas.
- Ora, ora se não é sangue ruim.
- O que faz aqui Malfoy? – Ela ignorou seu comentário e partiu para o interrogatório.
- O que eu faço e deixo de fazer não é da sua conta Granger. – Respondeu de forma esnobe.
- Sabia que eu posso te denunciar por está fora da cama no horário não permitido. – Hermione falou de sua forma autoritária de sempre.
- Idem. – Ele sorriu em descaso. – Estamos no mesmo barco imbecil.
Ela resolveu ignora-lo mais uma vez e seguiu para o seu objetivo, o que tinha a trazido até ali. Com passos lentos e decididos seguiu ate a porta, esticou a mão para pegar na maçaneta, mais algo não permitiu que ela a tocasse. Um puxão na sua capa, quase a derrubando no chão, isso fez com que ela parasse de ignorar o louro e olhasse diretamente para ele.
- Posso saber por que fez isso? – Perguntou curiosa, querendo saber uma resposta plausível para tal comportamento do louro.
- O que te faz crer que eu deixarei que fique com todo crédito? – Malfoy perguntou com uma sobrancelha levantada.
- Isso não é uma disputa, idiota.
- Pra mim é sim. – Ele passou a mão pelos cabelos os fazendo cair novamente nos olhos como cascatas. – Eu que os encontrei primeiro.
- Isso não vai fazer diferença, ambos vamos denunciá-los e cumprir com os nossos deveres de monitores. – Hermione falou com a mão nas cadeiras, finalizando o assunto.
- Okay Granger, vai lá, se quer tanto assim pegar o casal na orgia, vai lá! – Draco a desafiou.
Hermione não respondeu nada, apenas seguiu até a porta novamente, com Draco ao seu encalço. Segurou maçaneta e a girou vagarosamente, com todo o cuidado para que o casal não a ouvisse. Ela abriu uma brecha e o que viu fez com que todas as suas entranhas se embolassem dentro dela, com se estivem dando um gigantesco nó.
Ela não podia acreditar no que seus olhos estavam vendo. Ali deitado em cima da mesa do professor, estava Harry e Gina, nus, do jeito que vieram ao mundo, transando loucamente. A ruiva se encontrava em cima do moreno, o cavalgando enlouquecida de tanto prazer, enquanto Harry a segurava, tão louco quanto ela.
Draco parecia ter tomado ou quem sabe te sido atingindo por um feitiço paralisante, pois do jeito que ele estava, foi o jeito que ele ficou com a cena que presenciou. Ele jamais pensou que a fedelha dos Weasley fosse tão, tão caliente. Malfoy não queria assumir, mais tinha ficado em choque com a cena, não que ele nunca tenha visto algo do gênero, ou feito, pelo contrario, Draco era conhecido no meio de suas amantes, como o rei das orgias, como um mestre, o que enlouquecia qualquer mulher. Mas ele jamais pensou que presenciaria o menino que sobreviveu, com a Weasley pobretona nesse estado.
Granger não parecia nada diferente de Malfoy, sua cara pasma e seus olhos de tamanho de pratos focados no casal em cima da mesa, que pareciam que não viam nem escutavam nada em volta, pois todas as atenções estavam voltadas um ao outro.
Hermione sentia seus olhos se umedecerem, a raiva, o ódio, o calor, a traição, a dor, tudo junto, se misturando dentro de si, fazendo sentir enjôo, vontade de vomitar, de morrer, de desmaiar. Eram tantas coisas, que ela não saberia dizer ao certo o que estava sentindo.
Sentiu-se idiota, por não ter percebido nada, por ter pensando que iria se declarar e que ele ficaria consigo. Por ter pensando que poderiam namorar e quem sabe casar e ter um monte de filhos.
Levou a mão direita ao coração e sentiu como se uma mão invisível o apertasse, girou nos calcanhares sem dizer nada seguiu pelo corredor, sentindo tudo dentro de sim se quebrando, se destruindo, sentindo pela primeira vez na vida que era a pessoa mais infeliz do mundo.
Draco percebeu que Hermione tinha deixado o local, desorientada, ele não soube o porquê, mais não atrapalhou o casal, como ele havia planejado, ele simplesmente girou nos calcanhares como a Granger e seguiu para seu salão comunal, louco para cair na sua cama e esquecer de vez todas aquelas visões infernais dessa noite.
Mas uma coisa o louro pensou consigo mesmo.
“A sangue ruim deve está sofrendo essa hora, seu amado herói lhe trocou pela pobretona, e pelo o que eu percebi, não contou nada a ela!”
- Tadinha da sangue ruim. – Ironizou antes de virar o corredor e seguir seu caminho gargalhando com a mão na barriga.
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