Eu queria ter um anjo
Capitulo 3
Eu queria ter um anjo
Após a violenta chuva na noite anterior, a rocha dos penhascos se encontrava úmida, o mar estava calmo e um cheiro inebriante de terra molhada e maresia impregnada no ar. A brisa passava por si carinhosamente, e a luz do sol poente estava tão débil que se podia olhar para o horizonte sem se preocupar em machucar os olhos. O céu estava divido entre o azul da manhã, a escuridão da noite e o efeito púrpura, que os raios solares causavam. Um verdadeiro resplendor.
Essa paisagem era observada através de um par de olhos castanhos. Gina terminou de enxaguar a taça de cristal que estava lavando, e depositou-a no escorredor. Do armário pegou dois copos e colocou-os na mesa, em seguida foi tirar o bacon da frigideira; tudo no mais profundo silêncio. Mais bacon foi colocado na frigideira, e uma fumaça que saiu tomou formas dançantes e sumiu pela abertura da caifas. O chilrear dos pássaros entrava sorrateiramente pelas frestas da janela, e novamente um novo cheiro de bacon frito se fez presente.
Aquela era uma região bem afastada dos tumultos dos grandes centros urbanos, ali o ritmo calmo do interior dominava, ao contrario das movimentadas avenidas de Londres. Parecia um lugar de outro mundo, outro tempo. As casas, as ruas, os armazéns eram todas construídas no estilo vitoriano, mas as lendas e histórias eram um tanto mais antigas. Isso se devia, por estarem perto do país de Gales; sendo assim, as lendas inglesas, gaulesas, celtas e saxônicas se difundiram de uma forma tão graciosa que pareciam uma só.
O lugar era tão reconfortante, tudo o que ela queria na vida. Estava tão feliz, e nem sabia por que, imaginou que da mesma forma que a chuva havia varrido o terreiro de sua casa, havia também lavado sua alma. Queria viver ali o resto de seus dias, decidiu-se. Mas não sozinha, queria viver um grande amor, uma nova grande aventura. Precisava daquilo, ou a chama em seu coração iria se apagar, e ela não queria que aquilo acontecesse.
Colocou o resto das coisas sobre o balcão, e tomou seu café da manhã rapidamente. Logo em seguida foi para o seu quarto se trocar, mas parou diante a porta do quarto onde Draco dormia. A porta estava entreaberta; por entre a fresta tentou ver de esguelha se ele ainda estava dormindo. Quando ela chegou mais perto para olhar, a porta se abriu bruscamente. Gina deu um pulo de susto, e se viu cara a cara com Draco.
-Me bisbilhotando ruiva?- a voz de Draco saía arrastada, calma e suave. Um sorrisinho debochado brincava em seus lábios, fazendo com que Gina se sentisse mais envergonhada.
-Não- a ruiva tentou parecer o mais normal possível.- Eu só achei estranho aporta estar aberta e vim ver se você estava ai ainda.
-Só isso mesmo?
-Na verdade não- pouco a pouco, Gina sentiu que as faces ficarem menos vermelhas. Percebeu que as ultimas palavras que ela disse, havia prendido mais ainda a atenção do loiro nela. Gina umedeceu os lábios ressequidos com a ponta da língua, observou que Draco estava sem camisa, ficou encantada com a vista.- Olha eu vou sair, vou resolver umas coisinhas lá em Londres, o café da manhã esta pronto. Por favor lave as vasilhas que sujar. Não vou demorar muito, mas não volto pro almoço.
-Mais alguma coisa que eu deva saber?- perguntou desapontado.
-Nada que mereça ser comentado.- ele apenas anuiu a cabeça.- Então deixe eu me apressar - deu um beijo no rosto dele e se foi. Naquele momento, foi a vez dele ficar com o rosto em chamas. Draco colocou a cabeça para fora do corredor e vigiou a ruiva desaparecer pela porta de um quarto. Ela acabaria lhe matando daquela forma, concluiu.
***
A ala de visitas de pacientes quase recuperados no hospital Sant Mungus era um lugar tranqüilo, diferente algumas outras. O sol entrava através das venezianas abertas. Hermione estava olhando através delas, um olhar vago e sem emoção. Os dias estavam se tornando tediosos para ela... Desde o fim da guerra, estava trancada naquele lugar. No ultimo duelo ela se feriu gravemente, devido a um feitiço de arte das trevas que a havia acerto pelas costas. As imagens sempre lhe vinham à tona, era inevitável. Por um momento viu o fluxo de sua vida esvaziar-se, era a pior sensação que alguém poderia ter na vida...
Ela passava dias e dias assim, (n/a: pensando na morte da bezerra) olhando para o além, e esperando a promessa de um novo começo. Estava longe de seus livros, de sua vida, de sua família. As pessoas vinham lhe visitar sempre, mas era sempre do ruivo de quem mais sentia falta. Havia sido graças a ele, no momento em que a levavam para o hospital na maca, Rony segurava sua mão e lhe fazia promessas... Era aquilo que a fazia aturar aquele lugar, as promessas de Rony!
Ficou sabendo por intermédio da auxiliar de seu curandeiro, que em breve ela teria alta, bastaria saber quanto era esse valor de em “breve”. Apesar de Rony visitá-la quase todos os dias, sentia uma vontade imensa de encontrá-lo logo. Não se agüentava de tanta excitação.
A moça estava tão presa em seus devaneios, que nem se deu conta quando uma das enfermeiras abriu a porta e deixou Gina entrar. A ruiva caminhou a passos largos até a outra, havia muito que se conversar por ali.
- Olá! - Hermione ouviu uma voz doce atrás de si. Estava tão presa aos seus devaneios, que por um momento não havia reconhecido a voz melodiosa de Gina. Com muito cuidado, virou-se levemente para poder encarar a moça. Seu corpo ainda estava dolorido, mas não o bastante que não pudesse esforçar-se para ver a amiga.
-Olá! Como estas?- Mione estava sentada em uma poltrona branca de frente para a janela do quarto. A ruiva pegou a mão dela e ajoelhou-se a sua frente com muito cuidado. Havia fragilidade por todo seu corpo, e uma palidez oriunda em sua pele.
-Estou bem. - um sorriso sincero alastrou-se em seu rosto. Mas será que estava mesmo?
-E quais são os bons ventos que a trazem aqui? - a voz da outra saia tão delicada devido à enfermidade, que mais parecia uma melodia mágica.
-Ora, não posso mais visitar a minha amiga?- indagou temerosa. Teria vindo só por que precisava dos conselhos dela? Não seria egoísmo e crueldade da sua parte? Oh, por Merlin, não havia se dado conta, mas Hermione estava tão mal quanto ela. Teve vontade de chorar. Seu sorriso desfez.
Hermione acariciou a face de Gina.
-O que foi Gi? Acho que temos muito o que conversar! Conjure uma poltrona, sente-se e me conte tudo! E isso é uma ordem e não um pedido.
A ruiva obedeceu, não protestou, apenas obedeceu. Sua mente estava um turbilhão agora. Conjurou a poltrona, sentou-se nela, e ficou calada por uns instantes, era necessário por tudo em ordem, e não se apressar para não esquecer nenhum detalhe.
-Pode começar- falou a outra.
Gina umedeceu os lábios ressequidos, mordeu o lábio inferior, aquilo era mais difícil do que aparentava ser. Pois então começou a contar tudo a amiga. Desde a ultima vez que viu Harry, do velório, como encontrou Draco Malfoy em seu portão e como havia se apiedado dele. Como havia ficado feliz com a melhora dele e como estavam indo tão bem...
-É mesmo?- retrucou- Não a nada mais do que isso?
Por um momento os olhos de Gina ficaram petrificados, como Hermione podia ousar tanto? Levantou-se com um pulo, abraçou os abraços e começou a andar impacientemente pela sala. – O que você pensa que eu sou?
-Um ser humano como todos os outros.- Gina virou-se para ela, e seu olhar havia trevas, arrependimento, culpa.
- Eu não a culpo,- a outra tentou justificar, sabia pelo que a amiga estava passando – é normal. Você esta vulnerável - Gina parou diante a janela
-É o que você pensa?
- Sim- respondeu calmamente- Tanto você quanto ele, acabaram de perder muita coisa importante, estão fracos, necessitam um do apoio do outro. É normal.
A ruiva virou-se para Hermione, uma lágrima havia escorrido de seus olhos, mas o que aquilo importava? Tinha coisas mais importantes com que se preocupar.
-E o que você me sugere? - replicou, sua voz saindo por um fiasco.
- Deixe ele viver lá, se algo acontecer, aconteceu!
Um sorriso realmente sincero brotou de seus lábios.
As duas ficaram conversando mais um bom tempo. Hermione contou para ela, como Rony a havia salvado, com que freqüência a ia visitar, e como era um tédio viver ali. Depois ficaram a conversar sobre outras diversas coisas.
- Fico feliz que tenha vindo me visitar.
-Ora, você sempre foi minha amiga, não acha que era o mínimo que eu deveria fazer?- Gina afagou a mão de Hermione, e sentiu-se imensamente grata por sempre poder contar com ela.
-Antes que se vá, quero lhe falar mais uma coisa. Harry faleceu, ele deu a vida por todos nós, e queria o melhor para você. Jamais iria querer vê-la se lamentando pelos cantos. Acredito que ele desejaria que você fosse feliz, mesmo que isso significasse substituir o amor dele.
Dizendo essas palavras Hermione soltou a amiga, e deixou-a partir, dando a ruiva o que pensar.
Ao caminho de casa, Gina teve muito o que pensar. Por isso resolveu passar o dia fora, sozinha. Isolada. E foi o que fez.
***
A ruiva parou diante a porta de azevinho de sua casa. Passou o dia inteiro pensando no que havia conversado com Hermione, sentia-se imensamente feliz por saber que ela e seu irmão estavam se acertando, e um temor profundo por não saber o que mais fazer de sua vida.
-Em um momento eu tenho tudo planejado, em outro o meu mundo se desmorona!- disse para se mesma.
Com um temor inexplicável, ela levou a mão até a maçaneta de bronze e a girou. Quando adentrou a casa, quase tomou um susto, não havia reparado que as luzes estavam apagadas. Exceto pelas velas nos pequenos pedestais de madeira, e as velas do dos castiçais e candelabros de prata.
A primeira coisa que fez, foi se perguntar se Draco estava na casa, a débil luz era insuficiente para iluminar os cantos da casa, ela não conseguia ver nada na penumbra.
-Draco? - chamou, não deu nenhum passo. Ainda se encontrava no hall de entrada. Quando virou-se levemente, tomou um susto com Draco bem do seu lado, com apenas o rosto iluminado pela luz da vela.
-Me chamou?- ele perguntou com uma falsa inocência. “Não, imagina, só estava a testar minha voz”, pensou a ruiva, mas achou melhor não dizer nada.
-O que você fez com a minha casa?- disse exasperada?
-Eu apenas apaguei as luzes e acendi as velas. Há algo de mal nisto?
-Por quê?
-Por que, como eu deduzi que você chegaria tarde, resolvi jantar a luz de velas. - respondeu simplesmente.
-Você não estava pensando em trazer nenhuma rapariga para minha casa, não é mesmo?- o tom da ruiva era ameaçador, ela mirou o dedo bem no peito dele. Só de pensar que ele poderia ter levado uma rapariga a casa dela, a enlouquecia.
-Não! Só estava esperando você chegar. Por favor, suba e tome um banho para que possamos jantar.- Draco disse de forma tão polida, que não houve como Gina retrucar. Ela então, fez o que ele pediu, subiu até o seu quarto para se banhar.
Como no resto da casa, o seu quarto só se encontrava iluminado por velas, e um cheiro doce pairava no ar, tornando tudo muito romântico. Sobre sua cama, jazia um vestido negro. Era um belo vestido, sobre o toucador dento de uma caixinha, estava separado um colar, brincos e uma pulseira de brilhantes. Não sabia o que fazer. No alto do espelho tinha um bilhetinho, escrito a uma letra pequena e bem caprichosa:
“Use-as, era de minha mãe, e vem sendo
passado a todas as mulheres da minha família”
Foi até o banheiro, tolhas verde musgo foram postas no lugar das brancas. Sais de frutas, e óleos de banho foram postos na mesinha que ficava próxima á banheira. Tudo minuciosamente arrumado. Enquanto se despia, a água quente jorrava dentro da banheira. O que Draco estava aprontando para aquela noite? Tinha medo até de pensar, por isso prolongaria o máximo possível o seu banho. Gina prendeu os ruivos cabelos, entrou na banheira.
(Eu queria ter um anjo)
Havia resolvido fazer uma surpresa à ruiva, era como se fosse uma forma de agradecimento pelo o que ela estava fazendo por ele. Torcia para que ela não houvesse o interpretado mal. Queria apenas uma noite romântica, nada de sério é claro, pois se sentiria um cafajeste; apenas uma noite diferente para animar a ruiva. Pegou um envelope dentro de um de seus bolsos, olhou, entregaria aquilo para ela. Só estava esperando o momento certo. Balançou levemente o liquido em seu cálice de cristal, e levou-o a boca.
(Para um momento de amor)
I wish I had you’re angel to night
(Eu queria ter o seu anjo essa noite)
Draco se colocou ao pé da escada, a espera da ruiva. Quando estava em toda a sua majestade no alto da escada, se pôs a descer da escada, Draco não pode deixar de pensar em algo malicioso. A mulher estava linda, um anjo, uma rainha em seu pedestal. Ela vestia um vestido negro todo bordado, com um decote quadrado e as costas toda nua, as mangas em tecido negro transparente em manga de morcego. O colar de diamantes tocava sua cálida pele, o único adorno ali. Os cabelos estavam presos em um coque, com algumas mechas soltas. Estava levemente maquiada, e os lábios estavam tingidos de vermelho. Só faltava um diadema, refletiu.
Havia preparado tudo minuciosamente. Através de uma coruja comprou o vestido, e o colar de diamantes, no cofre da família Malfoy no Gringotes. Não havia imaginado que Gina iria ficar tão deslumbrante. Um ar de soberba e ingenuidade, poder, amor, como se tudo aquilo concentrasse em sua beleza. Quando ela desceu o ultimo degrau, Draco pegou a mão dela e beijou.
A ruiva sentiu seu corpo arrepiar-se todo ao toque daqueles lábios macios em sua mão. O cheiro inebriante que emanava dele, oh, ela acabaria por enlouquecer. Com displicência ele acompanhou-a até a mesa. Ela se sentou em um dos extremos e ele no outro. Um de frente para o outro. Era uma mesa de seis cadeiras, ótimo, refletiu; Uma boa distância entre os dois. A escuridão ainda predominava, a mesa estava enfeitada com castiçais e flores silvestres secas.
Com um toque da varinha, uma comida apetitosa apareceu diante os seus olhos. Peixe grelhado, batatas, bacons, pernil, fole recheado... Um banquete. Mais um toque de varinha, e a comida foi servida e o vinho tinto posto em taças de cristal. Uma musica lenta começou a soar do radio da cozinha.
(Dentro de um dia de morte)
I took a step outside
(Eu estive um passo fora)
-Hum... Esse vinho é maravilhoso - a ruiva disse ao degustar do vinho. Um gosto doce, e um cheiro inebriante. A principio se sentiu zonza, estava de estômago vazio, isso não era bom, poderia ficar bêbada facilmente. Experimentou um pouco da comida, talvez assim a zonzeira passasse. Enquanto comiam, nenhum dos dois nada disse, foi um profundo silêncio quebrado apenas pela musica de fundo que tocava...
(De um coração inocente)
Prepare to hate me for when I may
(Prepare-se para me odiar)
A ruiva jamais imaginou como ela e Draco poderiam se dar tão bem. Parecia que estavam andando em completa sintonia, dançando no ritmo perfeito das estrelas cósmicas. Eles se davam tão bem... Quando se deu conta do que estava pensando, Gina balançou a cabeça levemente, aquilo era loucura, procurou no fundo de sua mente um bom motivo para detestar aquele homem de smoking. Sim, ele estava encantador. Os olhos cinzentos, mais vivos do que nunca. Como nunca havia o percebido antes, se perguntou, queria tirá-lo da sua cabeça, mas descobriu que já era impossível.
Do lado oposto da mesa, pensamentos devastos invadiam a mente do Loiro. Não sabia o que estava acontecendo com ele, sentiu uma vontade louca de possuir a ruiva, tê-la em seus braços, sentir a boca macia dela. Potter tirou a sorte grande, mas ele não estava mais entre eles; não poderia deixar uma mulher daquelas desolada, cuidaria dela com o maior prazer, pensando nisso, Draco abriu um sorrisinho sinico.
(Essa noite vai machucá-lo como nenhuma antes)
Após comerem, Draco girou a varinha e a comida tirada, no lugar dela, foi posta a sobremesa. Dessa fez porém, ele se serviu de champanhe (n/a.: meu Deus que mistureba é essa???? Ele ta afim de ficar tonto?????aposto que vai acordar de ressaca no dia seguinte). Enquanto comiam silenciosamente, ele a observou, o decote quadrado deixou o busto bem à mostra. Ele teve vontade de rir, seria loucura continuar ali uns dias, ficar do lado da ruiva e não poder tocá-la, era maldade com qualquer homem. Ela era diferente, nenhuma outra mulher o havia tocado daquela forma, havia levado várias outras para a cama, muito mais bonitas do que a ruiva. Mas nenhuma havia transpassado a fortaleza do seu coração. E ela, foi muito além, Draco só gostaria de saber como nunca a havia notado antes.
Estava na hora. O loiro pegou um envelope de dentro de um boldo interno da sua roupa e deu para a ruiva. Gina olhou para o envelope amarelado timbrado, com as mãos trêmulas a ruiva abriu o envelope, desdobrou-o. Draco observou-a ler o conteúdo da carta, e ficando cada vez mais horrorizada com o que lia.
-Você quer acabar comigo?- a ruiva segurava-se para não chorar, aquilo era horrível. Como ousavam.
-Eu não tinha conhecimento do conteúdo da carta.- ele respondeu.
-Por que não me entregou isto antes.
-Não queria lhe ver triste, por isso achei melhor te entregar agora.
-Olha Draco- Gina buscou inspiração no mais fundo do seu coração - a noite foi maravilhosa, muito obrigada mesmo, mas isto daqui acabou comigo...
-Já disse eu não sabia o conteúdo da carta - não estava mentindo,- por isso não vi mal algum lhe entregar somente agora. Desculpe se eu te chateei.
-Você não sabe mesmo o que tem aqui? - perguntou em um ultimo momento de esperança, mas ele balançou a cabeça negativamente - É uma carta...- teria coragem de continuar???- É uma carta...
Talvez fosse melhor começar de uma outra forma. Olhou no fundo dos olhos de Draco, e não havia expressão alguma, só dor...
-Eu só recebi esta carta h... - ele tentou explicar, mas foi cortado pela ruiva.
(Velhos amores são difíceis de morrer)
Old lies they die harder
(Velhas mentiras mais ainda)
-Você não me deve explicações. Aliás, você não sabia o conteúdo. - ela não estava brava, estava infeliz. – É uma proposta para que eu venda a minha história para um tablóide- disse por fim(n/a:aposto que pensaram que fosse outra coisa)- mas Rita Skeeter escreveu da forma mais vulgar possível.
Uma lagrima escorreu...
(Eu queria ter um anjo, Para um momento de amor)
I wish I had your angel, your Virgen Mary undone
(Eu queria ter um anjo, sua Virgem Maria desfeita)
Draco levantou-se e foi até a ruiva, no extremo oposto da mesa. Pegou-a pelo queixo e levou o olhar dela para junto ao seu, limpou as lagrimas que escorriam. A música tocava ainda, lenta, baixa e calma; o oposto de seu coração, que batia descompassado. Pegou a mão de Gina, e levantou-a. Ele só queria tê-la para ele, se Potter foi estúpido bastante para desperdiçá-la ele apenas lamentava, pois agora era a oportunidade dele. Levou-a mais para o centro da sala e começou a dançar.
Gina aceitou sem protestar. Um dor de cabeça tomou conta dela, causado pela notícia, o vinho e sua vontade de chorar reprimida. Precisava de um ombro amigo, e Draco estava emprestando-o para ela.(n/a: como ela é inocente!!!!) Hermione estava errada, ela não tinha nenhum sentimento colorido por ele, era apenas compaixão, ou era ao menos o que ela pensava. A dança era lenta...
(Estou apaixonada pelo meu desejo)
Burning angel wings to dust
(De transformar asas de anjo em pó)
O cheiro da ruiva era maravilhoso, a pele branquinha e sensível. Draco não tinha certeza de quanto tempo agüentaria se segurar. Estavam dançando tão colocados, os Deuses estavam querendo ser injusto com ele. Mas afinal, não havia sido ele quem provocara aquele momento???
A dança seguida, com os braços enrolados no pescoço de Draco, Gina sentiu a fragrância do corpo dele e por um momento desejou-o só para si. Os pensamentos dela eram os mesmo que o dele.
Draco não resistiu mais, e lentamente começou a beijar o ombro da ruiva, com beijos suaves e delicados.
(Eu queria ter o seu anjo essa noite)
Gina sentiu-se um arrepio subir pela espinha, como ele havia tido coragem? Não imaginou que ele fosse tão longe, então o que havia imaginado aquilo era uma emboscada para ela. Pensou que ele poderia tentar forçá-la algo, mas não, havia sido de uma forma tão natural. Na verdade não havia sido ousadia dele, ela desejava aquilo tanto quanto ele, se dependesse dela não haveria iniciativa. Mas ele havia tomado, e de uma forma bem romântica, e ela agradecia aos céus por isso. Não rejeitou as caricias.
(Eu estou caindo tão frágil e cruel)
Drunking disguise changes all of the rules
(O disfarce das bebidas muda todas as regras)
Ela parou de valsar, Draco sentiu o coração quase sair pela boca. Ela agora o mandaria embora, chamaria-o de cafajeste e nem queria pensar no mais o que. E ela tinha toda razão. Mas ele se surpreendeu, ela estava o olhando, no fundo dos olhos. Chegou mais perto agarrou-o pelo pescoço e deu um beijo nele. Ele ficou sem direção por um momento, e queria lembrar-se da vez em que alguma mulher o havia deixado assim. Nunca, a ruiva era excepcional. Ele retribuiu o beijo, e agarrou-a pela cintura.
Talvez fosse o efeito da bebida, talvez não, mas o que importava queria estar junto aquele corpo macio de qualquer jeito, e pouco estava se importando como isso ocorreria. Se a ruiva acordasse com raiva dele na manhã seguinte, não importava seduziria ela novamente até tê-la novamente.
(Velhos amores são difíceis de morrer)
Old lies they die harder
(Velhas mentiras mais ainda)
O rapaz começou a passar a mão por seu corpo, enquanto o beijava ela pensou se não estaria traindo Harry, afinal de contas nem havia esperado ele “esfriar no caixão” e já estava com outro. Aqueles pensamentos a torturavam, mas o que importava era resolver aproveitar o momento ao máximo, talvez não houvesse “bis” e queria aproveitar tudo o que podia, deixaria a consciência pesar na manhã seguinte.
(Eu queria ter um anjo, Para um momento de amor)
I wish I had your angel, Virgen Mary undone
(Eu queria ter seu anjo, sua Virgem Maria desfeita)
Disse para si mesmo que não queria que fosse tão rápido, queria aproveitá-la todinha. Por fim não resistiu, aliás não estava resistindo a muito, enfiou a mão por debaixo do longo vestido, sentiu o corpo desnudo dela ali, e quase viu o paraíso. Draco começou a beijar o busto dela desejando tê-la naquele momento, só bastaria saber se a ruiva iria querer...
(Estou apaixonada pelo meu desejo)
Burning angel wings to dust
(De transformar asas de anjo em pó)
I wish I had your angel tonight
(Eu queria ter o seu anjo essa noite)
Amor, desejo, o que era? Pouco importava agora. Queria poder tocá-lo sem medo, e sentir a rude pele dele em si. Enquanto ele lhe beijava com as mãos trêmulas ela desfez ao nó da gravata borboleta, e começou a desabotoar a camisa. Quando terminou a tarefa, tirou o casaco e a blusa dele de uma vez só e jogou-a para um canto qualquer. Começou beijar o ombro dele, então foi a vez dele de sentir um prazer crescente em si.
Ainda beijando-a, Draco resolveu que era hora de subir, para poderem ficar mais confortáveis em uma cama. A tarefa de levá-la para o quarto fora fácil, a ruiva estava experimentado de um êxtase que a impedia de pensar, deixando-o que fizesse o que quisesse com ela.
(Última dança, primeiro beijo)
Your touch, my bliss
(Seu toque, minha felicidade)
Draco fechou a porta atrás de si com o pé, num momento de lucidez pensou que aquilo era tolice, afinal estavam sozinhos na casa. Parou-a de beijar e olhou-a, era toda sua, iria devorá-la inteirinha. A ruiva o olhou esperando que ele dissesse algo, pensamentos passavam por sua mente, talvez ele houvesse desistido, mas percebeu que não, pois afinal não poderia sentir-se arrepiar com o dedos deles roçando em sua pele tentando tirar o vestido.
O loiro começou a tentar a tirar o vestido dela com paciência, mas suas mãos estavam trêmulas, e sua impaciência era dominante, queria tê-la rápido, queria-a nos seus braços novamente. E se demorasse muito talvez ela desistiria de toda aquela loucura.
Não foi difícil perceber a impaciência dele em lhe tirar o vestido, ela até poderia ajudá-lo mas estava se deliciando com o nervosismo dele. Por fim, ele rasgou o vestido e deixou-a completamente nua, exceto pela calcinha é claro. Então ele voltou a beijá-la com tanta fúria, que ela pensou que poderia se desfalecer nos braços dele. Pegou os braços dele e fez com que esses contornasse seu corpo, queria sentir aqueles braços fortes em torno de si, queria ser protegida por um homem como ele.
(Beleza sempre vem acompanhada de pensamentos sombrios)
Gina sentiu-se envergonhada por apenas ela estar despida, isso era injusto, ou só ele poderia ter prazer? Com as mãos ainda trêmulas, procurou desesperadamente pelo fecho da calça dele, enquanto ele ainda a beijava. Ainda com as bocas coladas, ele abriu um risinho.
- Vai com calma ruiva.
Ele pegou as mãos dela e entrelaçou na sua. Queria que ela ficasse louca, enquanto devorava-a.
(Eu queria ter um anjo, para um momento de amor)
Deixou-o beijá-la por inteiro, e até o ajudava a fazer coisas da qual os dois pudessem sentir prazer para distraí-lo. Ele mordeu a isca, ela conseguiu. Foi ágil e esperta, enquanto ela o beijava de forma doce e afrouxava os braços ao redor de si ela soltou os braços que estavam enrolados ao redor do pescoço dele e levou até a cintura, achou os botões da calça e desabotoou-as. Foi a vez dela abrir um sorrisinho malicioso.
Passou a mão pelas costas dele. O corpo dele estava quente.
(Eu queria ter um anjo, sua Virgem Maria desfeita)
A brincadeira de gato e rato havia passado dos limites, Draco pegou-a no colo e jogou-a na cama. Queria tê-la naquele momento.
(Estou apaixonada pelo meu desejo)
Queria tê-lo em seus braços, queria-o sempre ali. Tudo parecia irreal, queria que ele tivesse por inteira. Nunca em toda sua vida se sentiu tão mulher, tão frágil e tão forte ao mesmo tempo. Havia amado Harry e tiveram noites de amor, mas nada comparado àquilo. Queria que Draco a tivesse por inteiro, mas ainda existia uma dor em seu peito do velho amor, e precisava esquecê-lo. Ou como podia se deitar com ele, sendo que antes disso estava chorando. Não, aquilo não estava certo. Ela puxou o pescoço do loiro para um ultimo beijo de amor.
(De transformar asas de anjo em pó)
I wish I had your angel tonight
(Eu queria ter o seu anjo essa noite)
Respirou fundo e disse:
- Acho melhor paramos agora.
Draco olhou-a, perplexo e deixou-se cair do lado dela na cama. Uma lágrima escorreu de seus olhos. Levantou-se e saiu do quarto.
~*~*~*~*~*~
notas da autora: Meu coração foi a mil por hora agora. Nunca havia escrito uma cena tão Hot, me esforcei ao máximo para não deixar nada vulgar e nem ir bem a fundo nas sensações dos dois. Bom, minhas desculpas para quem não gostou. Bom a musica é Wish I had na Angel, do Nightwish, ela é um pouco barulhenta, ma cai muito bem. Quero a opinião de vocês, acho que estou indo muito rápido, mas é por que é apenas uma short fic. Respondendo a pergunta da Maggy, a musica do capitulo anterior foi With arms Wide Open, do Creed. E o poema que eu coloquei é de Camões (amor é fogo que arde sem se ver/ é ferida que dói e não se sente/ é o contentamento descontente/ é a dor que desatina sem doer). Para garantir que haja bastante comentários, hehehhe, eu irei disponibilizar para quem comentar até quarta feira um bônus dessa parte. As únicas pessoas que não precisarão se dar esse Trabalho serão: Maggy, KiKi Potter, Lize Lupin e Athena, são as únicas!!! Essas são fichinhas, eu mesma irei passar o bônus. Bom quem desejar me adicionar no MSN o meu profile é: http://www.orkut.com/Home.aspx?xid=13662845754801542990
e o meu MSN é o mesmo que eu uso como e-mail.bjos
P.s: não respondi todos os comentários, por que iria deixar para responder quando fosse postar o capitulo, ai fazia tudo de uma vez, mas só irei responder os do floreios quando o mesmo voltar ao ar. Bjos, desculpem pelo comentário grande e comentem.
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