O início...
Ele foi de todos os garotos, o que eu amei verdadeiramente. O que me fez feliz apesar de termos ficado juntos durante pouco tempo, mas como alguns pensadores insistem em dizer, tudo o que é bom, dura pouco embora seja inesquecível. Ele já estava gravado em mim com todas as letras.
Harry Potter combateu o mal durante anos e mais anos... Ele estava sempre ocupado em salvar o mundo do mal e talvez tivesse deixado de viver intensamente por esse fato.
Uma ruiva com os olhos completamente verdes, encarava o horizonte, como se esperasse pela volta de alguém que há muito tempo não aparecia. Suspirou um pouco, voltando a refletir...
Na verdade, estou aqui para narrar a vocês a história da vida de Harry Tiago Potter. Absolutamente tudo. Suas conquistas, derrotas, seus desejos e ambições e de meu amor incondicional por ele. Peço que mantenham a calma, não tenho todas as informações à mão. Aliás, tenho poucas delas. Somente as que ele me disse pessoalmente e as que vivenciamos juntos serão narradas. O objetivo é tentar curar o vazio que sinto sem ele nas noites de verão. Eu o amei muito e nunca irei esquecê-lo.
Uma lágrima escorreu pela face da ruiva que escrevia em seu diário. Ela estava desapontada, perdida ultimamente com os fatos atuais. Queria ele ali, perto dela, mas será que isso ainda era possível?
Gina passou as mãos pelo rosto inchado, ela não era aquela garota de antigamente. Já era uma mulher basicamente, mas já não tinha a felicidade exposta no rosto, como quando tudo era um mar de rosas. Mergulhou a pena no tinteiro e continuou escrevendo até que o sol se pusesse ocasionalmente, como em todos os dias...
[...]
Harry Potter, garoto dos cabelos bagunçados, olhos verdes quase no tom dos meus, óculos um pouco tortos devido ao tempo de uso, roupas de trouxa simples e antigas, e uma cicatriz no meio da testa, deitou-se em sua cama para observar o luar...
Já fazia muito tempo em que não se encontrava na paz... As lembranças do passado sempre o mantinham elétrico, com ódio no coração...
Não fora à toa que Lorde Voldemort matara seus parentes. Ele sempre faria isso, até que Harry colocasse um ponto final nessa “maldita” linhagem.
“Um não pode viver enquanto o outro sobreviver...” Pensou o garoto.
Ele estava a ponto de completar dezessete anos, mas não ligava. Havia coisas mais importantes a se pensar, como na segurança de seus amigos restantes.
Harry virava noites com o pensamento focado neles... Rony, Hermione e Gina eram pessoas importantes demais para ele... E o garoto ficava se remoendo, com medo de perdê-los...
“Tudo por uma profecia idiota...” Tornou a pensar.
Devido a essa profecia, Harry perdera os que mais amava. Seus pais, seu padrinho, Dumbledore. Ele já não sabia como prosseguir, mas teria que acabar com as horcruxes e por um fim no sofrimento. Embora essa fosse uma missão perigosa, decidiu que iria até o fim.
O despertador tocou. Uma e meia da manhã. Já completara uma hora e meia que ele havia feito aniversário e não se tocara disso.
Um barulho se materializou ao longe, e ele meteu a mão na varinha bruscamente.
Olhou ao redor, quase imperceptivelmente, mas tudo estava escuro, as luzes da Rua dos Alfeneiros estavam todas apagadas e aquela hora era quase impossível que alguém estivesse acordado.
Suando frio, ele se levantou, percebendo que havia duas coisas na janela e se aproximando viu que eram Edwiges e Pichitinho.
Eles traziam enormes embrulhos para o garoto, que apesar de ter ficado surpreso e feliz, não esperava que alguém se lembrasse dele. Não aquela altura do campeonato.
Abriu a janela permitindo que os dois animais adentrassem o quarto. Ele já não se importava em fazer barulho.
Edwiges e Pichitinho se aproximaram do garoto que pegou os embrulhos e as cartas presas às pernas das corujas enquanto elas entravam na gaiola pra descansarem após o longo vôo.
Ele resolveu abrir as cartas primeiro, já que estavam em maior concentração, estava ansioso por notícias do que acontecia, embora já soubesse que Voldemort estava sob o comando da situação.
No geral, as únicas novidades eram sobre o casamento que seria realizado na Toca. Sr. E Sra. Weasley julgaram ser menos perigoso se a cerimônia fosse realizada ali, já que teriam toda a proteção do Ministério da Magia. Todos mandavam abraços a eles, especialmente Gina, que ainda o amava e deixava isso bem claro. Harry sorriu ao ler e reler a carta inúmeras vezes e deitou-se na cama ao lado dos presentes recebidos.
Viu que Sra. Weasley preocupou-se em dar-lhe um suéter, por sinal muito elegante. Os gêmeos entregaram-lhe vários objetos da Gemialidades Weasley que já fazia sucesso no mundo todo, Rony e Hermione deram-lhe alguns livros em que acharam pequenas ilustrações de feitiços, além de mencionarem algumas vezes horcruxes e feijõezinhos de todos os sabores.
Hagrid lhe mandara uma botina que voava ,excepcionalmente interessante, enquanto que eu mandei-lhe um enorme coração com uma foto que nós dois havíamos tirado ano passado. Era triste a idéia de não poder mais ficar junto dele. Ele mais do que todos prezava a amizade e o companheirismo e se importava muito com nós, afinal, éramos como irmãos para ele.
Nem posso imaginar como a cara dele ficou surpresa ao ver meu presente. Era realmente de todo o coração embora não lhe servisse para procurar as horcruxes.
Eu sabia e não sabia o que fazer, mas deixei-me levar e com o tempo decidi realmente que ele não precisaria de um encosto, ele não poderia ter namorada, não teria tempo para isso, mas falei com ele sobre isso e disse que o esperaria para sempre porque na minha vida outro homem não entraria.
No outro dia, fomos buscá-lo na casa de seus tios. Foi uma emoção sem tamanho que me atingiu, limito-me a narrá-la porque não se sabe o sentimento de euforia, adrenalina, o coração bater cada vez mais forte quando se lembra que verá a pessoa amada há pouco. Não pude deixar de sorrir e resolvi ir com meu pai até ele.
[...]
Quando chegamos lá ele não estava. Tivemos uma conversa com os tios de Harry e embora eles tenham sido da mesma maneira, os desinteressados e mal educados de sempre resolvemos esperá-lo.
Passaram-se horas. Eu já estava preocupada afinal, naqueles tempos que se sucediam era perigoso andar só pelas ruas escuras e vazias.
Harry não sabia o perigo que corria ainda mais que o mundo da magia chocou-se com o mundo dos trouxas que a essa altura já sabiam dos fatos no nosso mundo.
Eles já sabiam de Voldemort e seus seguidores e que Harry tinha a missão de salvá-los.
As mortes eram cada vez maiores e isso me assustava. Perdê-lo seria de todos os meus temores o pior.
Pude ouvir um barulho da porta da sala e esbocei um sorriso quando o vi no hall.
Ele entrou, parecia interessado já que ouvia vozes, no caso de meu pai com seus tios.
Mal pude me conter, levantei-me de um salto e saltei em cima dele, beijando seu rosto que corava instantaneamente. Pouco me importei de meu pai ver aquela cena, era constrangedor, mas a saudade era abundante e eu precisava dele. Eu necessitava daquele abraço. Desvencilhei-me do abraço enquanto ele me encarava também sorrindo. Uma pontada de felicidade que a muito eu não sentia, tomou conta de mim e mais que tudo eu queria que o momento ficasse daquele jeito. Nós dois juntos e que o resto do mundo desabasse, mas não era assim. A vida era difícil... Nem sempre nossos desejos eram atendidos, mas eu manteria a calma, eu o esperaria demorasse anos, séculos. Eu estaria sempre ali.
-Calma Gina, deixe o garoto respirar.
Harry corou um pouco com aquela frase, não sabia ele que meu pai era ciente de que namoramos ano passado. Sorri ao pensar naquilo. Papai levantou-se para cumprimentá-lo e como se a casa fosse sua, pediu a ele que se sentasse para botá-lo a par do que teria que ser feito.
-Harry, creio que você está surpreso afinal, ontem mandamos os presentes mas não o alertamos de que certamente viríamos te buscar.
-Sem problemas Sr. Weasley!-Ele mal pode conter a felicidade, podia-se notar a energia que passava pelo seu corpo como uma corrente elétrica enquanto ele alargava o sorriso.
-Aproveitei para dizer aos seus tios sobre as medidas de segurança, aliás, eles mudarão de casa porque agora que você completou 17 anos a proteção aqui não será mais a mesma e sem dúvida alguma os comensais virão aqui atrás de você... Não podemos demorar, vá lá arrumar as malas. Gina ajude o garoto.
Eu sorri, era tudo o que eu queria. Viramos o hall e começamos a subir as escadas em silêncio. Ele ainda parecia bastante surpreso com aquilo tudo. No primeiro lance dos degraus ele me segurou pelo braço, fazendo nossos corpos ficarem juntos, como antigamente. Ele me olhou fundo nos olhos e eu pude perceber a beleza de seus orbes verdes.
-Senti tanto sua falta!
Arrepiei-me de ouvir aquilo, eu devia falar isso, mas já que ele disse primeiro o que fazer?Sorri para ele intensamente.
-Eu também, você não faz nem noção... Harry eu te am...
Antes que eu pudesse terminar de falar a frase, ele me beijou profundamente. Beijou-me como no tempo em que namorávamos e percebi que a distância não interferiu em nosso amor... Correspondi da mesma maneira o beijo, com a mesma intensidade e tempos depois, nos separamos ofegantes.
Nunca me esqueci dos beijos dele, beijos bons, beijos intermináveis...
Acho que o amor ajudava também, pois como eu já ouvi dizer, beijo apaixonado é melhor e eu estava mais do que apaixonada por ele. Eu precisava dele e sentia que ele precisava de mim.
Harry passou as mãos pelo meu rosto e me beijou novamente. Remexi nos seus cabelos bagunçando-os ainda mais e me desvencilhei do beijo o puxando para o andar superior.
Entramos no quarto, as respirações descompassadas acompanhavam o ritmo de nosso coração.
Separei-me dele, ainda o encarando. Ele passou a mão pelos meus cabelos enquanto eu sorria.
Harry pegou a mala dele e se pôs a arrumá-la me dando as costas. Não agüentei, meu desejo era maior do que qualquer tarefa que teria de ser cumprida.
O virei a minha frente, o sangue fervendo enquanto o empurrei e ele caiu num ângulo perfeito em cima da cama. Aproximei-me dele beijando seu pescoço, enquanto ele ainda em choque com minha reação começou a retribuir os beijos que ficavam cada vez mais profundos.
Não tenho palavras para descrever o quanto aquela noite foi maravilhosa. Eu me senti a mulher mais feliz do mundo.
Algumas horas depois descemos, meu pai deveria estar preocupado e se nos pegasse no flagra seria uma falação até falar chega.
-Por que demoraram tanto?
Tentei fechar minha mente o máximo que pude e rezei para que Harry também o fizesse, caso contrário, estaria frita.
-Ora, Harry tem um absurdo de coisas materiais. Estávamos separando as mais importantes. Vamos?
Meu pai ergueu as sobrancelhas, ainda desconfiado. Harry atrás de mim olhava para o chão, ele não sabia disfarçar. Graças a Merlin, meu pai despediu-se dos tios de Harry que ainda se mantinham em silêncio, rezando para que fossemos logo. Despedi-me, assim como Harry que embora não tenha recebido todo o carinho necessário desde a infância e embora tenha sofrido com aquela família, tinha um enorme respeito por eles.
Saímos pela porta da frente e a brisa gélida da noite bateu em nossos rostos. Estremeci.
Harry que a muito nada dizia, resolveu disfarçar, por Merlin, ele ficava lindo quando estava sem graça.
-Sr. Weasley vamos de quê?
-Gina não te contou? Vamos de Nôitibus. –O velho levantou a varinha e em um milésimo de segundos, apareceu diante de nós o ônibus tão conhecido do mundo dos bruxos.
Sorri para Harry que corou um pouco a passou as mãos pelas minhas costas enquanto subíamos ali.
[...]
Em algum ponto longe dali, Harry instantaneamente tentava penetrar o mais fundo que conseguia na mente de Voldemort. Passou as mãos pelos cabelos rebeldes e deitou-se na cama próxima, mas nada conseguiu. O esforço foi em vão, mais uma vez.
Nos dias que se sucederam ele sentia-se muito só. A muito não via os amigos. Conseguira despistá-los. Não queria que eles se arriscassem por ele. Desde a morte de Dumbledore já se passara oito anos, oito anos sangrentos e cruéis. Muita coisa havia mudado, muitos haviam morrido... Agora contava com a ajuda de seus amigos Ken e Ashton para realizarem as missões, tentarem achar as horcruxes dentre várias coisas.
Ele recebia cartas e mais cartas de todos. Componentes da ordem da fênix, membros da AD, a família Weasley, mais não se arriscava a responder nenhuma. Ele queria vê-los, matar as imensas saudades, mas já não era possível. Era muito perigoso e já que todos estavam bem, com ou sem ele teriam que seguir em frente, pelo menos por enquanto.
Ele sentia-se mal por não dar notícias. Eles podiam estar preocupados à toa. Várias vezes pegou pedaços de pergaminho para responder, mas perdeu a coragem... Era triste fazer isso, mas a situação pedia cautela.
Harry nos últimos anos vivia atrás de horcruxes embora não tenha achado nenhuma.
As pistas eram por vezes falsas e isso o irritava.
Ken adentrou o estabelecimento que ocupavam. Nos tempos atuais vivíam em lugares distintos. Geralmente fábricas abandonadas, lojas atingidas por pragas, enfim, não estava fácil. Sem Gina e os amigos por perto, era ainda mais difícil, mas ele teve que resistir a tentação.
-Alguma novidade Ken?-Perguntei sem esperanças. Ele tinha uma nota misteriosa na face que não pude reconhecer.
-Creio que sim Harry! Há algo muito bom a te contar, onde está Ashton?
Balancei a cabeça fazendo um sinal de que não sabia. Ele estava desaparecido a horas procurando pistas de onde estariam as horcruxes. Por um acaso Harry encontrara Ken e Ashton um dia, estavam movidos pelo mesmo desejo, acabar com o mal. Erradicá-lo para sempre das vidas de ambos. Os dois eram com irmãos para ele, em quem Harry confiava plenamente.
Eu contava sobre minha vida a eles, sobre minhas pretensões, minhas vontades... Eles me ouviam quando eu necessitava e era eu que dava conselhos aos dois. Ajudávamos-nos sempre, estávamos na mesma. Sem poder dar notícias, sem poder aparecer... Tudo isso era devido ao nosso plano atual.
Ken voltou preocupado, Ashton ainda não retornara e acabamos indo atrás dele.
Saímos por debaixo da capa da invisibilidade e atravessamos a rua que aquela hora da noite estava completamente deserta. Um arrepio perpassou por meu corpo e senti minha cicatriz formigar, mas continuamos nosso caminho sem paradas. Viramos a quinta rua com a Avenida Principal e sem sinal de Ashton seguimos adiante.
De repente, um temporal despencou e entramos debaixo de um empório que por sinal, estava fechado embora as luzes internas estivessem acesas.
Achamos aquilo tudo muito estranho e resolvemos espiar.
-O que você acha que está acontecendo aí dentro?
Balancei a cabeça rapidamente espantando os maus pensamentos.
-Não sei, mas creio que não seja algo bom!
Mais uma vez minha cicatriz formigou e Ken pareceu perceber, pois a fisgada foi forte e dolorida e soltei um gemido baixo.
-Está doendo Harry?
Eu balancei a cabeça positivamente, estava fraco para dizer qualquer coisa. Pude notar a preocupação de Ken, e embora fossemos malucos e meio, continuamos por ali.
Sempre que a cicatriz doía, era um mau sinal.
Continuamos espiando por uma fresta o que ocorria dentro daquele estabelecimento. Não localizamos o dono do local, embora o conhecêssemos e achamos mais estranho ainda o fato.
Por um segundo, pensei ter visto os cabelos repicados e louros de Ashton balançarem, e me virei para constatar se Ken o tinha visto, mas o garoto já não estava ali.
Levantei-me bruscamente tirando a varinha do bolso interno das vestes e virei a esquina para ver aonde se metera Ken, mas ele também havia sumido.
Voltei a olhar pela pequena fresta na porta dentro do local e nada...
Ouvi um barulho e me virei rapidamente. Um cheiro ruim veio à tona e senti uma pontada de desespero ao ver aquelas palavras escritas em vermelho, bem a minha frente.
“O SÉTIMO PORTAL FOI ABERTO... FIQUE ATENTO, QUALQUER PASSO PODE SER EM FALSO...”
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N/A: Estava eu aqui, lendo "O grande mentecapto", obra de Fernando Sabino... tive idéias loucas e resolvi reescrever essa fic, mesmo sem acabá-la... Espero que curtam a nova história que está por vir...
Preciso mais do que tudo de COMENTÁRIOS... Me ajudem, caso contrário, farei greve e não postarei mais [gargalha] Brincadeirinha!
Não sei se está boa, mas já agradeço aqui aos que estão perdendo seu precioso tempo para ler minha humilde fic...
Passem nas outras se puderem e não se esqueçam... Comentem!!!
O capítulo está praticamente "cru"... Terminei agorinha e peço que me desculpem pelos erros...
beijinhos!
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