O fim de todas as coisas

O fim de todas as coisas




O Fim de Todas as Coisas

Never coming home
(Nunca voltando para casa)
Could I, should I
(Eu poderia, eu deveria?)
And all the wounds that are ever gonna scar me
(E todas as feridas que nunca irão cicatrizar)
For all the ghosts that are never gonna
(E todos os fantasmas que nunca irão)

O lugar estava uma confusão, Gina se viu andando em meio aos escombros. Estava tudo escuro, e destruído, a fumaça não a deixava enxergar direito. Um cenário muito familiar. Ela procurava algo desesperada por entre os destroços e os corpos. Haviam ganho a luta, disso ela estava certo. Mas, onde estavam os outros? Enquanto andava, ia se sujando de sangue e poeira, no que reconhecia ser os restos de Hogwarts. Confiria cada corpo em seu caminho, temendo a cada momento encontrar um de seus amigos. Seus sentimentos variavam de desespero e um pouco de alívio.
Foi quando ouviu uma voz ao longe, parecia que alguém estava conversando! Se aproximou, a varinha pronta. E olhando por cima dos cadáveres, no meio da confusão viu o que mais temia. Um grito parou em sua garganta, e ela sentiu como se tivesse sido atingida por um feitiço atordoante. Tremendo, correu rapidamente para o corpo estendido de Harry.
Ele estava caído de costas, todo ensangüentado. Sua varinha caída a alguma distancia, a mão ferida de Harry em volta do colar que ele sempre usava, o que fora de Luna.
_Olá, Gina. - ele murmurou fracamente, abrindo os olhos.
_Harry... - ela começou a chorar, sentando ao lado dele.
_Eu reconheço esse lugar. Eu o vi em meus sonhos, assim como vi você e ela...
_Preciso te tirar daqui!- ela gritou, tentando se controlar, mas ele segurou-a pelo pulso.
_Não, Gina. É tarde demais, eu não vou ficar bem. Pelo menos cumpri minha missão, vocês agora estão à salvo.
_Não fale assim! - ela mandou furiosa, ainda chorando e tremendo.- Você não vai morrer! Eu vou procurar ajuda e vamos te levar ao hospital.
_Eu sou a última parte de Voldemort.- ele explicou com urgência.- Quando ele fez essa cicatriz em mim, deixou um pouco dele em mim. Por isso posso falar a lingua das cobras, por isso tinhamos aquela conecção. Entende? Eu preciso ir para tudo isso acabar.
_Não.- Gina chorou.- Eu não me importo em continuar lutando, contanto que você continue aqui comigo.
_Eu não estou com medo.- ele sorriu, olhando para o lado. Um pouco afastada deles, sorrindo carinhosamente estava Luna. Lembrou-se do sonho que tivera com ela, e suas palavras. "Não se preocupe... eu ainda estou aqui.". Agora ele entendia, ela havia voltado da morte para estar a seu lado naquele momento, para que ele conseguisse ir embora em paz, sem medo.
_Você não, mas eu estou.- Gina soluçou, apertando com força a mão dele.
_Não precisa, eu não vou estar sozinho, e nem você.- ele passou a mão no rosto dela.- Seja feliz com quem quer que você queira, Gina.
_Eu quero você!- ela afirmou.- Por favor, não me deixe sozinha.
_O que nós tivemos foi maravilhoso, mas não era para ser para sempre. - ele respondeu, sorrindo.- Seja feliz, porque eu vou ser.- e com isso, ele fechou os olhos.
_Harry!- Gina gritou o sacudindo, mas era tarde, ele já se fora. E sem poder fazer mais nada, ela se sentou em meio dos escombros, chorando desesperada, ainda segurando a mão dele. O grande herói Harry Potter estava morto, e não havia nada que ela pudesse fazer.

XXX

Harry abriu os olhos, mas quase fechou-os imediatamente. A claridade era muita. Sentiu uma mão suave em sua mão, e ao abrir os olhos viu Luna, na sua frente, que lhe sorria.
_Acabou.- ela falou.- Você está seguro agora, todos estão. Você conseguiu.
Ele sentiu uma felicidade e uma paz inexplicável dentro de si, finalmente havia feito tudo o que tinha que fazer. E não resistindo ele a beijou, como quisera fazer por tanto tempo. Ele a amava, de uma maneira diferente da que amara Gina, mais calma e mais forte. E estava feliz por saber que agora podiam ficar juntos.
_Por que você foi gostar de mim? - ele perguntou surpreso, quando eles se separaram.- Eu nunca fiz nada por você, como eu fiz para a Gina.
_Você fez, muitas vezes, sem nem reparar. Você me deu sua amizade, sempre foi muito legal comigo, me convidando para festas e tudo. Gina o amava pelo herói que você foi, e eu o amo pela homem que você é.- ela falou, como se fosse a coisa mais simples do mundo, mas ele entendeu a força daquelas palavras.
Ele a amava pelo que ela era, e ela o amava não importando se ele era o garoto-que-sobreviveu ou não, ela o amava apenas por sua amizade e por seu jeito de ser. E nada poderia mudar isso.
_E o que vamos fazer agora? - ele perguntou curioso- Eu sou ainda um pouco novato nessa coisa de estar morto.
_Vamos conhecer todas as pessoas que querem te abraçar, e levaram mais tempo que eu para isso. E também tenho que te apresentar a minha mãe.- ela sorriu e ele sorriu de volta.
E se dando as mãos eles caminharam juntos, se afastando da guerra e da tristesa, em direção a um mundo de paz onde podiam ser felizes juntos, sendo apenas eles mesmos.

N/A- Bem, chegamos a um final. Espero que tenham gostado da fic. Ela é bem curtinha, eu queria escrever algo um pouco diferente e ficou assim. Obrigada pelo comentário, fico feliz que alguém tenha gostado. É isso. Beijos a todos, Mary.

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