Armadilha
Harry Potter e a Bruxa Misteriosa – Capítulo 12 – Armadilha
O
coração de Harry deu um pulo ao ouvir esse nome. Hermione agarrou seu braço
bem forte. Por um segundo o garoto esqueceu de Decke para dar uma olhada melhor
no morcego. Então ele se lembrou de um motivo porque o morcego não podia ser
Voldemort:
-Se esse morcego fosse mesmo a forma animaga de Voldemort – Começou
Harry voltando sua total atenção para Decke. – Minha cicatriz estaria doendo
agora.
-Talvez ela não esteja doendo, Potter. Mas eu tenho provas de que esse
morcego é Voldemort!
-Ah é? – Disse o garoto segurando a varinha cada vez mais forte. –
Então nos diga quais.
-Eu o vi! Ele assassinou Matea Mississipi, agora, na frente do meu nariz,
Potter!
-Harry… - Choramingou Hermione ainda segurando o braço do garoto. –
Acho que você deve deixá-la contar sua versão de como veio parar aqui…
Harry se virou para Hermione. Ela parecia muito amedrontada:
-Ok, Mione…
-Obrigada, Srta. Granger. – Disse Decke olhando Hermione.
-Denada…
-Bom, já faz algum tempo que eu ando observando Matea… - Disse Decke
num tom que parecia muito prudente.
-Posso saber por que? – Perguntou Harry sem se preocupar em
interrompe-la.
-Claro, Potter. O silêncio de Voldemort me deixou inquieta. E quando
Matea entrou para tomar o lugar de Filch que aliás foi assassinado por um
Comensal, eu desconfiei dela. Eu a observei. Observei cada detalhe…desde os
cabelos despenteados até o morcego de estimação…que eu por acaso achei
muito estranho…suspeito…por isso o alimentei com veneno… Eu estava crente
que ela era uma Comensal…
-E ela era? – Perguntou Hermione que agora tinha colado no braço de
Harry.
-Não, Srta. Granger. O que me surpreendeu um pouco. Mas também… -
Decke deu uma risada fria. – Voldemort não ia querer uma Comensal com a
inteligência menor do que a de um Trasgo.
-E a Sra. não vai dizer como veio parar aqui?? – Perguntou Harry começando
a ficar impaciente.
-Calminha, Potter. – Respondeu a Professora virando o rosto para
observar o morcego. – Como eu já te disse, Potter, é mais fácil combater
certas coisas quando você as conhece profundamente. Quem conhece as Artes das
Trevas profundamente, sabe que deve prestar atenção em mínimos detalhes para
saber se uma pessoa está sob a maldição Imperius. E eu sou uma daquelas
pessoas que presta atenção em detalhes. Hoje eu percebi que Matea estava se
comportando estranhamente. Eu percebi que ela não estava distribuindo sorrisos
dementes para os alunos que cruzavam seu caminho. Eu percebi que seus cabelos
estavam menos despenteados do que normalmente. Eu percebi que ela não estava
falando com aquela língua presa irritante. E quando eu fiz uma visitinha a sala
dela, eu percebi que o morcego não estava mais no lugar de sempre…Eu percebi
que Matea entrou na Floresta Proibída depois de despachar os alunos para
Hogsmead. Eu a segui…passei por vocês dois adormecidos em baixo da árvore,
mas não tive tempo para me preocupar isso… eu observei como Voldemort a
assassinou cruelmente…
-E se esse morcego é realmente Voldemort… - Perguntou Hermione. –
Então por que ele não se transforma em Voldemort?
-Essa pergunta merece 10 pontos para Grifinória, Srta. Granger. É claro
que ele não se transforma porque quer que vocês dois não acreditem em mim e
me matem. Eu estava tendo uma conversinha com ele quando vocês chegaram.
-Harry… - Chamou Mione tímida. – É uma história muito prudente…
-Eu diria que é uma história bem formulada… - Retrucou Harry.
-Granger… - Disse Decke impaciente tirando os olhos do morcego para
mirar Hermione. – Eu já te contei minha história! Não posso te obrigar a
acreditar nela, mas Voldemort está aqui, e eu preciso de minha varinha!!
Hermione lançou um olhar de canto do olho a Harry. Harry devolveu.
Nenhum dos dois sabia o que fazer. Devagar, Hermione pos a mão do bolso das
vestes e tirou a varinha de Decke. Antes de entregá-la, ela lançou um último
olhar a Harry. Este, por fim abaixou sua varinha que apontava para a cabeça de
Decke. Hermione entregou a varinha
a Professora, que agradeceu com um movimento de cabeça:
-Isso foi o mais prudente o que a Srta. poderia ter feito, Srta. Granger.
– Disse enquanto se virava para o morcego e apontava sua varinha para ele.
Este porém, não deu sinal de vida.
Muito tempo se passou. Ninguém falava nada. Nem o morcego tão pouco
Decke se mexiam. Harry e Hermione não sabiam se tinham feito a coisa certa ao
entregar a varinha para a bruxa. A cada segundo que se passava, os garotos
duvidavam mais disso. Mas se Decke estivesse mentindo, por que não matava Harry
e Hermione logo de uma vez ao invés de continuar apontando a varinha para o
morcego? Seria o morcego, realmente a forma animaga de Voldemort? E se sim, por
que a cicatriz de Harry não doía? Os dois garotos continuaram lá, abraçados,
totalmente desorientados. De repente, ruídos de passos no chão da Floresta
quebraram o silêncio. Hermione abraçou Harry mais forte ainda, e Decke se
virou imediatamente. Os passos estavam cada vez mais próximos. Harry, Decke e
Hermione mantinham as varinhas apontadas para o lugar de onde o barulho vinha. A
cada segundo os passos ficavam mais próximos. De repente, eles puderam avistar
uma silhueta atrás das árvores. Não demorou muito, e os três puderam ver a
quem pertencia a silhueta. Draco Malfoy saiu de trás das árvores. Ele não
disse nada, apenas observou calmamente as três varinhas apontadas para sua cabeça:
-Malfoy! – Começou Decke. – É melhor o Sr. voltar para seu dormitório!
Alunos não tem permissão de fazer passeos noturnos pela Floresta Proibída!
Draco não respondeu nada, mas sorriu:
-Posso saber por que estão todos apontando a varinha pra mim? –
Perguntou com cara de inocente.
Decke, Harry e Mione abaixaram as varinhas. Isso foi um erro.
Imediatamente, Malfoy tirou sua varinha do bolso:
-Accio Varinhas! – Berrou o garoto. As varinhas de Harry,
Hermione e Decke voaram em suas mãos.
Draco sorriu novamente e guardou as três varinhas em seu bolso:
-Foi mais fácil do que eu imaginei que seria… - Disse com ar
triunfante.
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