Acontecimento Inesperado
Harry Potter e a Bruxa Misteriosa – Capítulo 5 – Acontecimento
Inesperado
A primeira semana de aulas
chegou mais rápido que o esperado, e na Segunda desceram Harry, Rony e Hermione
para o café-da-manhã no Salão Principal. Hermione olhava atentamente o plano
de aulas:
-Primeira aula de hoje é DCAT! Estou ansiosa para conhecer a nova
professora misteriosa…
-Eu também…- concordou Harry.
-Eu tambéééééém…- Rony deu um longo bocejo.
-E depois poções…- continuou Hermione.
Rony soltou um palavrão.
-Não é tão ruim assim, - Lembrou Harry. – pelo menos não temos mais
adivinhção…
-Também, os dois tiraram um “D”. – Hermione abafou um risinho. –
Eu sabia que isso não era nada pra vocês…
***
Harry, Rony e Hermione
procuraram um lugar no fundo da sala de DCAT.
Profª Decke foi pontual, entrou na sala e deu um sorrisinho.
-Não convence ninguém… - cochichou Harry para os amigos.
-Eu sou a Profª Decke, – Começou. – Sejam bem-vindos a aula de
DCAT. Como vocês sabem, é muito importante dominar no mínimo razoavelmente
essa matéria. Em tempos turbulentos como esses isso é fundamental. Para mim
teoria é o que menos conta, desde que vocês possam se defender bem. Mas eu
também acho interessante ouvir a experiência de outros bruxos. – Ela lançou
um longo olhar a Harry, que o deixou arrepiado. – Harry Potter, será que o
Senhor podia se levantar e vir a frente da sala?
-Sim, senhora. – Disse Harry se levantando. Ele temia que Decke o
fizesse lembrar e contar para a sala toda a experiência no Ministério da
Magia, o que o faria lembrar-se dos piores detalhes da morte de Sirius.
-Eu ouvi que o Senhor enfrentou um Basilisco no 2º ano de Hogwarts. É
verdade?
-Sim…
-E será que o Senhor pode descrever
a classe o que é um Basilisco, e qual sua arma mais poderosa?
-O Basilisco é uma espécie de
serpente gigante, sua arma mais poderosa é o olhar. Com um olhar ele pode matar
qualquer pessoa.
-Muito bom, Potter. 5 pontos para
Grifinória.
Os alunos da Grifinória sorriram todos, apenas Harry não. Ele sabia que
havia algo de errado com essa professora, e ele ainda descobriria o que.
***
Depois das aulas, Harry, Rony e Hermione decidiram matar o jantar para
fazer uma visitinha a Hagrid, afinal o trio não via o Guarda-Costas a um bom
tempo. Ainda não tinha escurecido quando eles bateram na porta da cabana do
gigante. Hagrid atendeu e deu um grande sorriso quando viu os garotos. Harry pôde
perceber que o rosto do amigo não estava mais ferido, suas roupas eram novas e
ele tinha feito a barba. Hagrid nunca tinha tido uma aparência tão boa desde
que Harry o conheceu. Os garotos entraram e começaram uma conversa animada:
-Mas o que aconteceu com Grawp, Hagrid? – Perguntou Hermione
apreensiva.
-Ah, Mione…Dumbledore descobriu tudo, é claro…Grawp teve que voltar
a viver com os outros gigantes… - Hagrid parecia muito triste. – não sei
quanto tempo o pobrezinho vai agüentar lá…os outros são simplesmente muito
grandes para ele…mas Dumbledore me convenceu a deixá-lo livre, a coisa estava
saindo do meu controle…
Hagrid parecia tão triste que Harry resolveu mudar bem rápido de
assunto…
-Hã…Hagrid…como vão os
centauros?
-Vão bem…
-Mas eles aceitaram Firenze de volta? – Rony entrou na conversa.
-Infelizmente não…eu e Dumbledore tínhamos esperanças de que eles
iriam aceitá-lo, mas pelo jeito acabamos nos enganando…
-E ele ainda está dando aulas de adivinhação? – Perguntou Harry.
-Ah sim! Pelo jeito os alunos gostaram muito mais dele do que da Profª
Trelawney…
Hermione riu:
-Talvez porque uma de suas diversões era prever a morte de certos
alunos! – Disse lançando um olhar significativo à Harry.
Todos riram.
-Mas no fim o que aconteceu com Trelawney? – Perguntou Rony ainda
rindo.
-Ah, ela aposentou…foi morar numa aldeia bruxa perto de Londres…alguém
quer chá?
***
Quando os garotos voltaram para o castelo já era escuro. Eles se
apressaram, pois era tarde, e numa hora dessas eles não deviam ser vistos
passeando por aí. Quando chegaram à sala comunal da Grifinória, ela estava
vazia. Rony foi direto para a cama, mas Harry e Hermione ficaram fazendo (ou
tentando fazer) os deveres de Poções.
Já fazia um tempo que Harry se sentia estranho na presença de Hermione.
Quando Rony estava com eles era diferente, mas quando os dois estavam sozinhos,
Harry se não se sentia a vontade. Harry começou a olhar para Hermione enquanto
ela escrevia em seu pergaminho. Ela levantou a cabeça e sorriu:
-Você pode ir pra cama se quiser, Harry. Seria melhor se você fizesse
isso hoje, mas você parece cansado…
-Não, tudo bem…é que eu…não consigo ir pra frente…isso fica a
cada dia mais difícil, e…
Mas antes de Harry completar a frase, Hermione se sentou numa cadeira ao
seu lado. Já havia passado de meia-noite, a lareira estava acesa e os dois
estavam sozinhos. Hermione estava encostada em Harry, debruçada sobre seu
pergaminho. Harry podia ver seu lábios femininos se moverem sem emitir nenhum
som enquanto ela lia sua redação:
-Está boa Harry…tem alguns erros, mas está boa! – Disse a menina se
levantando do pergaminho de Harry.
Os dois estavam frente a frente agora. O coração de Harry batia
disparado. Ele pos suas mãos nos ombros da garota e se aproximou, bem devagar.
Ele esperava que ela fosse fugir ou dar um grito, mas Hermione não se mexeu.
Harry chegou mais perto ainda e beijou seus lábios. O coração do garoto
disparou mais ainda. Foi diferente de beijar Cho. Os lábios de Cho não eram tão
macios quanto os de Hermione, os lábios de Cho não não faziam o coração de
Harry disparar tanto como os de Hermione, os lábios de Cho simplesmente não se
comparavam com os de Hermione.
Hermione…a garotinha de cabelos de lã e dentes grandes que se tornou
uma moça linda…Hermione…que esteve todos esses anos do lado de Harry, rindo
e chorando com ele…que o apoiou em tantos momentos difíceis, que o ajudou
tantas vezes…Harry mal podia acreditar que a estava beijando, e que tinha
demorado tanto tempo para descobrir que a amava.
Depois de alguns segundos ele se afastou da garota que estava muito
vermelha. Por um tempo os dois se olharam sem dizer nada, até que Harry quebrou
o silêncio:
-Obrigada. – Harry se agradecia porque tinha acabado de perceber o
valor de Mione, e o quanto ela significava para ele.
-Por que?
-Por tudo.
E dizendo isso, ele a beijou de novo e subiu as escadas para o dormitório
dos garotos.
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