De volta ao Largo Grimmauld nº
Harry Potter e a Bruxa Misteriosa - Capítulo 1 – De volta ao Largo
Grimmauld nº 12
Era uma tarde calma de verão e Harry estava deitado em sua cama na casa
dos Dursley. Pela primeira vez na vida Harry não se sentia mal nas férias de
verão. Sentia um pouco a falta de seus amigos, mas se sentia bem na casa dos
Dursley, porque estes o tratavam como um mero desconhecido.Tia Petúnia, tio Válter
e Dudley não faziam perguntas desagradáveis a Harry que ele não quisesse
responder, não olhavam para Harry com aquele olhar de pena com que as pessoas
do mundo bruxo passaram a olhar
para o garoto desde a morte de seu padrinho. Eles não tinham idéia da vida de
seu sobrinho, de todo o sofrimento por que o garoto tinha passado no ano
anterior, de toda a dor que ele sentia no momento.
Os resultados dos NOMS
de Harry tinham chego à mais ou menos uma semana atrás. O garoto tinha
que adimitir que os resultados eram melhores do que ele tinha esperado:
Defesa Contra as Artes das Trevas: “E”
Transfiguração: “E”
Poções: “A”
Feitiços: “A”
Trato das criaturas mágicas:
“A”
Astronomia: “P”
História da Magia: “P”
Adivinhação: “D”
Harry levantou-se da cama e abriu a janela para Edwiges que vinha
chegando de um “paseio” de 3 dias . A coruja
entrou e pousou na escrivaninha de Harry. Não trazia nenhuma carta.
Harry não recebera cartas o verão inteiro. O perigo de sua coruja ser
interceptada era muito grande. Ele alisou as penas do coxe e saiu de seu quarto,
descendo as escadas para a cozinha.
Tia Petúnia cozinhava para Tio Válter e Duda que ainda não haviam
chegado. Quando o garoto entrou, a tia lançou-lhe um olhar de indiferente:
-
Chegou isso para você hoje de manhã. – disse, apontando para um
envelope roxo na mesa da cozinha.
-
O.K. – devolveu Harry com a mesma expressão indiferente.
Harry
apanhou o envelope e subiu para seu quarto, seu estômago roncava de fome, pois
o garoto não tinha tomado café-da-manhã aquele dia. Mas a fome não o
incomodava, nada o incomodava mais
do que aquele vazio no peito desde a morte de Sirius. Ele jogou o envelope no
criado mudo, sem sequer se perguntar quem mandaria
a ele uma carta pelo correio trouxa. Deitou-se novamente na cama, e em poucos
minutos pegou no sono. Harry não praticou Oclumência durante o verão. E mesmo
apesar disso, não teve nenhum sonho suspeito. Desta vez o garoto estava
sonhando com uma chuva de envelopes roxos quando foi acordado por batidas duras
na porta, que foi logo escancarada por Tio Válter, seu rosto estava vermelho.
-POR QUE
VOCÊ NÃO NOS AVISOU QUE ELES VIRIAM? -
berrou o tio.
-Eles quem?
– perguntou Harry com uma calma que não é digna de quem acabou de ser
acordado por um maluco berrando.
-QUEM?
QUEM? SEUS AMIGUINHOS… estranhos… - e baixou o tom de voz – da sua raça…
Harry levantou da cama, e, passando reto pelo tio como se ele não
existisse desceu as escadas. Reunidos na sala de jantar dos Dursley, estavam
Lupin, Moody, Tonks e Quim. Todos eles sorriam para o garoto.
-
Olá… - disse ele meio que deduzindo o que estava escrito na carta do
envelope roxo.
-
Olá! – retribuíram os outros ao mesmo tempo.
-
Então Harry, - começou Moody – pronto para partir?
-
Não fiz as malas. – Harry tinha um quê de raiva no tom de sua voz,
voltar para o mundo bruxo a trazeria lembranças desagradáveis à tona.
-
Sem problemas! – disse Tonks animada – Acho que o velho feitiço de
fazer as malas de minha mãe pode ser útil.
E subiu as escadas passando
reto pelos 3 Dursley que não falavam um tom.. Tia Petúnia lançava um olhar de
nojo para seus cabelos cor-de-rosa.
Em pouco tempo
Tonks estava de volta com os cabelos amarelos, o que fez Duda soltar uma
exclamação de surpresa, e com a
mala de Harry numa mão e a gaiola de Edwiges na outra.
-
Creio que podemos ir Harry. -
disse ela – Não vai se despedir dos seus tios?
Harry se virou para os
Dursley.
-
Vejo vocês no próximo verão então. – e, dando meia- volta saiu pela
porta seguido dos outros bruxos.
Harry até se surpreendeu um
pouco quando viu um carro velho trouxa parado na entrada da casa dos Dursley,
mas, sem fazer perguntas, o garoto embarcou no banco de trás do carro. Os
outros bruxos fizeram o mesmo. Lupin sentou-se de um lado de Harry, e Tonks
jogou suas malas no porta malas e se sentou do outro. Quim se sentou no assento
do motorista e Moody ao seu lado.
-
Você deve estar se perguntando o que isso aqui significa Harry. –
disse Quim tocando a varinha na direção do carro. – Correio trouxa, carros
trouxas…
-
Hm…- o estômago de Harry dava pontadas de fome.
-
Bom…- continuou o bruxo enquanto o carro começava a sair do lugar. –
Queríamos fazer tudo da maneira mais segura, para não sermos seguidos ou coisa
do tipo. Voldemort nunca imaginaria que estamos fazendo tudo como trouxas. Eu
enfeiticei o carro para andar sozinho. Nunca que eu saberia manejar uma coisa
dessas. – e com um pequeno sorriso, virou a inútil direção para direita.
***
Algumas horas depois, o carro começou a se aproximar do Largo Grimmauld,
como Harry reconheceu. Seu estômago agora doía, mas o garoto continuava com a
mesma expressão de indiferença no rosto, olhando para a janela do carro,
ignorando os outros bruxos.
-Chegamos, Harry… - disse Lupin – você vai passar o resto das suas férias
de verão aqui, achamos mais seguro. Rony, Hermione e Gina estão a sua espera.
Com mais um toque da varinha de Quim no volante, o carro parou. Todos
desembarcaram, Harry tirou seu malão do porta malas
e pegou a gaiola de Edwiges. Moody se aproximou das casas número 11 e
13, e, de repente, uma nova casa, número 12, apareceu no meio dessas duas. O
olhar daquela casa trazia muitas lembranças de Sirius a Harry, mas mesmo assim
o garoto seguiu Moody e entrou na casa sem deixar que os outros percebessem
algo.
No hall de entrada se encontravam Dumbledore, Professora McGonagall,
Snape e Sra. Weasley. Todos olhavam Harry com uma expressão ansiosa e ao mesmo
tempo curiosa no rosto. O garoto se sentiu como um bicho de zoológico, pois
Tonks, Lupin, Moody e Quim não paravam de lançar olhares como esse a Harry
toda a viagem até a sede da ordem. Harry murmurou um “Oi” um tanto tímido.
-Harry! – disse Dumbledore com cerimônia – Acho que falo por todos
quando lhe dou as boas vindas!
Ver Dumbledore foi um motivo de alegria para Harry. O garoto arriscou um
sorriso, e o diretor continuou:
-Seus amigos te esperam todos no quarto acima.
Harry deu um abraço na Sra. Weasley, largou o malão num canto e subiu
as escadas carregando apenas a gaiola de Edwiges. Passou pelo quarto de Sirius,
parou por alguns instantes na porta, mas logo continuou, e abriu a porta do
quarto de Rony, encontrando o amigo, Hermione, e Gina sentados numa cama. Todos
olhavam para ele com aquele olhar curioso, mas isso o incomodou menos agora.
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