Pântano
Depois do triste incidente com o seu piso de carvalho, Gina Potter limpou as janelas, observando dois passarinhos cantando desfinadamente, e tentou, sem sucesso, recuperar seu piso. Então, sem alternativas, resolveu comprar um piso novo e mais resistente. Molly estava auxiliando-a em sua nova jornada.
- Gina milha filha, olha que lindo este aqui, que graça.
- Quanto custa?
- Dez galeões o metro quadrado.
- Credo! Muito caro.
- Ah... Mas olhe, tem este outro, olha que graça...
- Quanto?
- Nove galões e desesseis sicles.
- Continua caro mamãe!
- Ahhh! Mais desse jeito vai ser difícil.
- Pois é... Mas o que eu posso fazer?
- Tive uma idéia. Tingimos.
- O que?
- Está na moda. Bem bonito.
- Mas... com que cor?
- Ahh... Sei lá, verde talvez. Combina com seus olhos!
- Ah mamãe! Que comparação.
- É só uma brincadeira.
- Mas gostei da idéia.
Gina deixou os mostruários de lado.
***
Subiu para ver as crianças. Parecia um milagre. Estava tudo em silêncio. Nem um barulho.
- Crianças?
- Sim mamãe?
Gina quase caiu de costas. Era um milagre. Estava funcionando. Elas estavam brincando civilizadamente! Incrível.
- Querem descer para tomar um chá com mamãe e vovó?
- Não, estamos muito ocupados.
- Ocupados?
- Sim.
- Olha nossa cidade, está perfeita.
- E quase pronta.
- Ah, que bonita. Bom, estamos lá em baixo, se quiserem, desçam.
- Certo.
Gina desceu tranquilamente as escadas, tudo parecia perfeito. As crianças estavam se comportando maravilhosamente bem. Foi quando um pernsamento terrível lhe veio à cabeça, e se os garotos estivessem apenas fingindo? Pensamento positivo, foi o que Gina tentou pensar com todas as suas forças, mas nem precisou pensar muito, pois jé teve em que pensar, já que sua mãe veio correndo com novas idéias.
***
Olha Gina, castanho, que lindo!
- É, boa ideia, bem tradicional.
- Temos então que comprar as tintas.
- Podemos ir agora.
- E as crianças?
- Nem ligue, estão lá em cima. Como anjos.
- Que milagre.
- É, parece que essa tal de Bruxa Educadora funciona mesmo.
As duas sairam em busca de uma simples loja que vendesse uma tinta castanho-escuro para tingir o chão. Parecia uma missão super-simples, mas foi muito demorado. Não porque foi difícil encontrar a tinta, mas porque Gina e a Sr.Weasley paravam em todas as lojas de roupas, mesmo que fossem de roupas de trouxas, e ficavam admirando. Já que tinham que fingir ser trouxas, podiam ser bem arrumadas. Depois de duas horas buscando, elas finalmente encontram o caminho de volta para casa. Quando viraram a esquina viram que não havia mais a casa dos Potter, e sim um Pântano dos Potter.
***
Dentro do Pântano dos Potter, Alberto e Ricardo estavam fazendo a festa. Brincavam sem parar. Aquilo era incrivel, inimaginário. A cidadezinha que eles estavam brincando, de repente começou a crescer, e crescer, surgiram pessoas, bruxos, super-heróis. Havia uma centena de personagens cruzando os ares, bruxos voando em suas vassoura e lançando feitiços e até mesmo uma cômica imitação do falecido Voldemort e seus seguidores. Para os gêmeos, aquilo era um paraíso, onde eles eram autoridade absoluta. Só que ninguém sabia como duas crianças sem conhecimento nenhum de magia, conseguiram criar um mundo daquele.
***
Gina queria morrer, ou melhor queria matar, ou queria morrer mesmo, ou queria matar e morrer, tanto faz, o que importa é que Gina não sabia o que fazer.
- O que aconteceu! O que essas criaturas fizeram agora?
Molly teve um aceso de riso.
- Isso não tem graça.
- Ah, Gina, pega leve. Isso deve ser só brincadeira.
- É porque não é na SUA casa, não mamãe.
Molly ria tanto que não podia nem falar, ria tanto que se afogou e foi ficando vermelha.
- Mamãe, o que está acontecendo?
- Não... não... posso... resp...
Gina deu um tapão nas costas de Molly.
- Ufa, que alívio.
- Castigo.
- Ah, Gina, pega leve.
- Segunda vez que a senhora me fala isso.
- Então, já devia ter escutado.
Gina viu que era uma briga perdida. Resolveu entrar na casa.
***
O paraíso de Alberto e Ricardo estava por um fio, Gina, a mãe deles, ia entrar lá e ia ficar furiosa.
- Ei Beto, mamãe está chegando!
- Ih, ferro!
- Ah, nem ligue. Temos uma carta na manga, esqueceu?
- Ah, sim.
***
Gina abriu a porta e viu aquela cidade enorme cheia de florestas.
- O que significa isso?
- Nossa cidade.
- Ah sei, o que vocês fizer...
Gina quase foi acertada por uma bando de bruxos em vassouras que se deslocavam para o leste. Eles foram até Ricardo.
- Para onde fica a cidade de Panelândia?
- Na região das Cozinhas, logo alí naquela porta.
- Obrigado.
O grupo seguiu feliz pelo destino, finalmente haviam achado o caminho certo.
- No que vocês transformaram minha casa!
- Em nosso paraíso.
- Ah não. Eu vou chamar o mago!
***
Gina foi para a sala de estar chamar o mago. Quando chegou lá, teve uma surpresa. O mago, de dentro do espelho, estava comandando uma civilização, os povos Salenses, segundo eles mesmo informaram. Gina ficou muito decepcionada. achava que o mago era confiável.
- Ah não! Vou ligar hoje para a Bruxa.
Voltou para o hall de entrada.
***
- Esse mago é um incompetente.
- Incompetente nada. Ele governa como ninguém. Melhor que Manoelito.
- Manoelito?
- O Mini-Pufe. O mago liberou ele. Está lá em cima, governa os povos Corredorenses do Sul.
- Isso é pior do que eu pensava. Mas, pera aí, COMO VOCÊS FIZERAM ISSO?
- Tivemos ajuda.
- De quem?
- Deles.
Os dois passarinhos que mais cedo estavam cantando, vieram até eles e se transformaram. Eram animagos.
O primeiro se tornou um rapaz alto. O segundo também. O primeiro era ruivo, o segundo, também. Eram iguais.
- Fred e Jorge!
- Ai não!_ disse Molly, depois de muito tempo calada.
- Estamos perdidos.
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