A poção da conclusão
Agora Draco se encontrava em uma sal circular com um poço ao meio, onde borbulhava uma poção de cor roxa. Harry e seus pais, ainda amordaçados, estavam estuporados e presos por uma corrente no teto.
Voldemort, Charlotte e Rabicho, discutiam em volta de uma pilha de livros. Ao verem, uma mistura de espanto e raiva surgiu em seus rostos. Draco não esperou duas vezes e tentou chamar Amadeus, mas não conseguia nenhuma resposta.
_ PEGUE ELE!!! _ ordenou furioso para Charlotte.
O garoto ficou paralisado quando a espectra se transformou em uma raposa transparente e começou a correr em sua direção. Ela saltou para cima dele, o derrubando de costas. Ele ficou sem ar quando todo o peso da raposa, muito maior que uma verdadeira, o prendeu contra o chão.
Mesmo Charlotte ainda sendo uma espectra, ela muito mais perigosa assim. Como Amadeus, ela tinham algum poder sobre Draco, mas ele ao contrário, nada podia fazer contra ela.
_ Não sei como conseguiu fugir da jaula de chamas garoto estúpido! _ rosnou o Lord das Trevas folheando desesperadamente o livro. Mas o que quer que tenha feito só atrasou um pouco a sua morte!... NÃO É ESSE LIVRO!!! _ ele atirou o livro contra parede _ MATE-O!!!
A raposa rosnou ameaçadoramente mostrando os dentes. Draco fechou os olhos, já não podendo se mexer ou respirar, apenas esperando o seu fim. Mas de repente sentiu todo o peso que o sufocava sumir. Levantou-se ofegante, sentindo uma dor imensa quando respirava.
Na outra extremidade da sala, uma passagem também se abria. Amadeus entrava correndo empunhando sua varinha e segurando o livro na outra, que agora não estava mais transparente, o que significava que eles tinham muito pouco tempo.
_ O livro! _ Voldemort gritou _ Ele tem o Livro Negro!!!
Charlotte, que fora lançada e arrastada até a parede por um feitiço lançado pelo irmão, levantou-se o correu em direção dele ainda em sua forma animaga.
_ Cuide daquele moleque Rabicho! Não o deixe chegar perto dos prisioneiros!
“Ah” pensou Draco “Finalmente aquele clube de duelos vai servir para alguma coisa!”.
_ Eu vou acabar com você moleque! _ Rabicho avançou para cima do garoto.
_ EXPERILIARMUS!!! _ Gritou Draco sacando sua varinha e usando toda a sua força. E o homenzinho foi arremessado para longe, passando por cima do poço e batendo a cabeça na parede do outro lado. “Puxa!” pesou Draco surpreso olhando para a varinha “Tomara que quando acabar eu continue com essa força!”.
Ele olhou em volta. Amadeus tinha paralisado Charlotte. Mas parecia que o feitiço não iria durar muito, mesmo com o espectro tentando mante-lo com toda a energia que tinha. Voldemort se precipitou para cima dele a fim de lhe arrancar o livro enquanto tentava segura a irmã.
_ EXPERILIARMUS! _ Draco lançou o feitiço contra Voldemort, que o fez voar de lado e também bater a cabeça na parede. Mas ele continuou consciente e levantou-se ainda tonto com sangue escorrendo de um ferimento na testa.
_ IMPEDIMENTA! _ Ele paralisou Draco totalmente. O garoto tentava desparamente se mexer, mas nada acontecia. Quase no mesmo instante, Amadeus caiu exausto, não conseguindo mais manter o feitiço em Charlotte. Ela, agora livre, voltou a sua forma humana e Voldemort prendeu o espectro em outra jaula de chamas.
_ Quando vão aprender que não podem contra mim? _ riu-se Voldemort _ Muito bem Charlotte! _ ele olhou para Rabicho inconsciente e murmurou com desprezo _ Inútil!
“Droga! Drago! Droga! O que eu faço agora?!” Draco ainda não consegui se mexer.
“Draco? Está me ouvindo?”
“Amadeus?”
“Não o deixe pegar o livro! Charlotte é muito forte! Tentar paralisá-la custou me muito... não sinto mais minhas mãos e nada posso fazer para o impedir de pegar o livro!”
“Não posso me mexer!”
“ Você também é um espectro aqui, Draco! Um espectro que já recuperou toda a sua energia! Voldemort não tem poder nenhum sobre você!”
“Mas...”
“Mas nada! Esta vendo aquele poço? É a poção da conclusão. A única coisa que falta é o encantamento pronunciado na língua negra, e somente este livro o contém. Não os deixem pegar esse livro, Draco! Não... deixe... pe...”
“Amadeus! Amadeus! Droga Amadeus, responde!...”
O garoto percebeu que estava sozinho agora. Amadeus ficara enfraquecido tentando deter Charlotte e não poderia mais ajuda-lo.
_ Tolos, tolos, tolos! _ vangloriava-se Voldemort ao lado da pilha d livro negros _ Eu trouxe esses livros dos quatro cantos do mundo. Mas somente dois me servem: o original e a sua única cópia. A cópia mandei para Charlotte, mas o original ainda estava desaparecido... Não acredito que estava tão perto assim! Nas mãos dos meus inimigos! _ Charlotte sorria desdenhosamente ouvindo-o _ Agora... Accio Livro!
O livro que estava com Amadeus atravessou a jaula de chamas e flutuou lentamente em direção ao Lord das Trevas, que o aguardava com os olhos cintilando.
Draco, ainda sem conseguir se mover, viu sua única chance de voltar para a sua realidade flutuar sobre o poço da poção. Ele pensou em tudo o que aconteceu nesse curto período e de tudo o que fez para conseguir chegar até ali. Ele não podia se mexer, mas também não podia deixar que Voldemort concluísse o seu feito.
_ NÃÃÃÃOOOO! _ Draco concentrou toda a força que ainda lhe restava e conseguiu se mexer quebrando o encanto.
Amadeus tinha razão. Voldemort não tinha controle sobre ele. Toda aquela situação estava fora do controle de qualquer um. E se Draco não acabasse com isso nessa oportunidade, talvez nunca mais tivesse outra chance.
Em um salto ele voou e agarrou o livro. Viu as caras de espanto de Voldemort e seus seguidores. Agora era só fugir dali o mais rápido possível, esconder o livro e tentar resgatar Amadeus. Mas... alguma coisa estava acontecendo.
No instante em que ele tocou o livro, perdera todo o equilíbrio e sentia que não podia mais flutuar no ar. Ele caiu dentro do poço, segurando firmemente o livro e trancando a respiração. De repente o livro começou a tremer e brilhar, era a mesma luz da noite passada quando libertara Charlotte. Ela aumentou, e Draco não conseguiu deixar os olhos abertos. Tudo ficou silencioso e pouco tempo depois ele perdeu a consciência.
***
Draco acordou assustado, ofegava muito e suava frio. Olhou em volta desesperado. Ainda estava escuro e os baús estavam revirados na mesma bagunça que ele deixara.
“Será que...”
Ele pegou sua varinha no bolso das vestes e ordenou:
_ Lumus!
Correu pelos extensos corredores até que chegou onde queria: a sala de reuniões. O quadro do velho bruxo ainda estava lá.
“Como Dobby tinha feito mesmo?...”
_ DOOBBYYYY!
Nada aconteceu, nenhum ruído, nenhum som de passos apressados de elfos.
_ Droga! _ ele chutou a parede abaixo do quadro _ O que aconteceu?!
Ele escorou a cabeça na parede tentando lembrar o que tinha acontecido depois que caiu no poço com a poção.
_ Draco?
Ele se assustou e olhou em direção a porta de onde a voz veio. Era sua mãe segurando um castiçal. Ele balançou a cabeça negativamente e disse em um suspiro mal humorado:
_ Se quiser desmaiar agora fique a vontade! Já sei por...
_ Virou sonâmbulo agora?! O que está fazendo fora da cama? Se esqueceu que amanhã tem que voltar para escola?!
Draco estudou profundamente a reação da mãe e perguntou:
_ Eu não morri?
_ Por Merlin, Draco! _ disse ela irritada indo até ele e o puxando pelo braço para fora da sala _ Pare com essas brincadeiras bobas! Volte já para a cama! E não quero mais ver você andando por esses corredores durante a noite! E pare de mexer naqueles baús velhos!... hunf! Não sei por que Lúcio não joga todo aquele lixo fora!
_ Não é lixo!
Ela parou e o olhou falando no mesmo tom:
_ Aquilo é tudo lixo, Draco! Não quero que mais que vá lá e muito menos que fique gritando e acordando todo mundo durante a noite! _ ela respirou profundamente e tentou falar mais calma apontando em direção ao longo corredor _ agora vá! _ e tomou a direção contrária.
Draco ficou apenas com a luz da sua varinha depois que sua mãe sumiu de vista.
“Com certeza ela foi colocar outro feitiço de tranca nos baús...” pensou, ainda atordoado, e seguiu para onde mãe mandara.
Estava passando pelo corredor principal da casa, quando ouviu um som estridente.
“O relógio... que horas serão?”. Era um relógio grande e antigo de carvalho. Era um dos artefatos mais estranho que ele tinha em casa. Mostrava as horas como em um relógio de trouxas, e só ainda estava ali pelo fato de sua mãe o ter ganho de herança. O garoto parou na frente dele e iluminou com a luz azulada da varinha. Já era de madrugada.
Já estava retomando o caminho quando um coisa lhe chamou a atenção: Um quadro datado de mais de dois séculos pendurado ao lado do relógio.
Em uma pintura bem real da biblioteca de sua casa, havia um senhor obeso sentado em uma poltrona, uma mulher loura e ricamente vestida ao seu lado, e mais duas figuras que lhe chamou a atenção. Sentada graciosamente no chão, apoiando a cabeça no braço da poltrona, estava Charlotte olhando tristemente par o nada. E atrás dela um bruxo jovem e sorridente.
_ Amadeus! _ Draco exclamou.
O Amadeus do quadro o cumprimentou saudosamente com a varinha, enquanto os outros permaneciam indiferentes.
_ Mas... esse quadro... nunca vi você nele!
O bruxo afirmou com a cabeça com um sorriso maroto, e puxou do bolso interno das vestes o pequeno livro roxo que começara toda aquela confusão. Bateu nele coma varinha como se indicasse que estava lançando um encantamento sobre ele e depois o guardou novamente dando leves tapinhas no volume das veste para indicar que estava bem guardado.
Draco piscou algumas vezes até que entendeu o que ele queria lhe dizer.
_ Ainda bem! _ falou no seu tom desdenhoso _ Já estava começando a achar que eu tinha ficado maluco! Será que não podemos ter uma família sem maldi...
_ Ainda não foi Draco?! _ A voz esganiçada de uma Narcisa furiosa ecoou pelo corredor.
_ Estou indo! Só queria ver que horas eram! _ ele escutou o estrondo de uma porta sendo fechada com força e voltou a olhar para o quadro, onde o Amadeus da pintura achava graça da situação _ Acho que agora o resto é com o Potter, não?
Seu tataravô balançou a cabeça positivamente e voltou a ficar estático como os outros.
_ Bom, então... boa noite para vocês _ ele se precipitou para seguir o corredor mas se deteve e olhou novamente para o quadro onde Amadeus continuava sorrindo _ Obrigado, Amadeus...
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Fim!... mas, será que é o fim nessa realidade ou na outra?... brincadeira!
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