Pesadelo
O salão principal estava preparado, como de costume, para seleção. Draco seguiu para a mesa da Sonserina quase bufando, quando viu a cena mais improvável que ele já pensou em ver: Harry Potter sentado na mesa da Sonserina?!... Mas se fosse só isso...
Além de estar sentado na mesa que não era da sua casa, Harry tinha uma cadeira maior que as outras enfeitada de verde e prata. Vários alunos da casa sentava ao seu lado, com expressões desdenhosas de superioridade. Enquanto ele, Harry Potter, olhava para o resto da escola como se ele fosse um rei em meio aos seus servos.
O choque dessa cena só deixou Draco mais furioso. Mas qualquer coisa que tivesse vontade de falar, iria ter que esperar até amanhã, não queria arranjar encrenca na abertura do ano.
Ele seguiu até a mesa e se sentou. Estava confuso e furioso ao mesmo tempo. Em sua mente estava arquitetando um plano para acabar com esse “festinha” do Potter quando ouviu uma voz do lado dele:
_ Preocupado?
Draco olhou para o lado e teve um sobressalto. Era um fantasma. Parecia ter a mesma idade que ele, mas... era... colorido?
_ Que-quem é você?
_ A mesma coisa que você é aqui.
_ Um aluno?
_ Não! Um espectro.
_ Mais uma fantoche! _ reclamou Draco, e várias cabeças se voltaram para ele. Inclusiva a de Harry Potter que revirou os olhos e o chamou de panaca.
_ Calma! Você é de carne e osso, mas eu ainda não! Somente você pode me ver. Então disfarça antes que te mandem par a enfermaria.
_ Como?
_ Escuta. Você não existe nesse mundo, tá?! Mas você está existindo agora. Quando os alunos forem para seus dormitórios, siga para o jardim perto da floresta proibida. Vou te explicar tudo! Mas por enquanto lembre-se disso: a realidade pode não passar de uma ilusão!
_ EI! Espera! Como assim eu não existo?!! _ Draco gritou para o fantasma que estava saindo pela porta do salão.
_ Cala a boca! _ Harry gritou da sua cadeira enfeitada visivelmente irritado.
_ Cala você ô seu testa aberta!!! _ Draco explodiu ficando de pé em cima do banco com a cara vermelha.
Um silêncio geral, inclusive dos professores, inundou o salão.
_ Não sei o que você está tramando Potter! Mas esse teatrinho já cansou! Só por que ganhou o torneio Tribruxo ano passado está se achando o máximo?!
_ Oh-ou! _ exclamou Dênnis Creevey da mesa da Grifinória.
Harry continuou o encarando sem se levantar de onde estava:
_ Quem é você? _ perguntou ele com desprezo.
_ Não se faça de palhaço! Se queria me irritar conseguiu! _ ele sacou a varinha e apontou para Harry _ Não importa se estou na frente dos professores, ou se vão me expulsar! Eu nunca fui tão longe com as minhas provocações!!!
Snape se levantou da mesa dos professores, mas se sentou novamente obedecendo a um gesto de Harry.
_ Não se incomode, Snape! Eu cuido dele! _ Harry se levantou calmamente e sacou sua varinha _ Foi você quem pediu!
Olhares espantados contemplavam a cena. Harry tinha um sorriso calculista e frio no rosto. Draco estava começando a pronunciar alguma palavra, quando sentiu alguém fechar sua boca com a mão, levanta-lo no ar e sair voando para fora do salão principal. Ele ouviu gritos vindos da onde saiu, e olhando para cima e viu o mesmo fantasma colorido de antes o segurando.
_ Lá vão eles! _ Snape começou a persegui-los juntamente com Filch e mais dois professores que ele não conhecia. Mas, quando o fantasma percebeu que corriam riscos de serem atingidos por algum feitiço, ele virou bruscamente e se jogou em uma das janelas, quebrando a vidraçaria colorida. Draco sentiu um réstia de sangue escorrer de sua cabeça.
_ Desculpe! _ Disse o fantasma destampando a boca de Draco_ Precisei fazer isso!
_ Quer me matar, é?! _ perguntou Draco meio sem fôlego.
_ Você está morto! _ riu o fantasma.
_ Claro que não estou! E em solta!
_ Estamos a 30 metros do chão.
_ ME COLOQUE NO CHÃO!
_ Vou te colocar no chão! Mas não aqui!
Draco sentiu que ele estava aumentando a velocidade e viu as imagens da floresta proibida por onde estava passando, virarem manchas. Ele já estava passando mal olhando para baixo, quando pararam.
_ Chegamos!
_ Que lugar é esse?
_ A sua casa nos últimos dois anos!
Eles pousaram. Draco, olhando a sua volta, percebeu que estavam em um antigo cemitério onde eram enterrado todos os seus parentes.
_ Aqui! _ o fantasma o chamou apontando par um epitáfio.
Ele se aproximou e leu as letras talhada na pedra: “Draco Malfoy, que descanse em paz”, com a data de dois anos atrás.
Draco olhava pasmo para o epitáfio. Conseguiu voltar e si e exclamou:
_ Mas nesse dia eu estava tendo a aula!
_ Sim... Primeira aula de Trato de Criaturas mágicas. Foi morto por um Hipógrifo.
_ Não! Eu fui FE-RI-DO por um Hipógrifo!
_ Crabbe e Goyle foram os responsáveis de soltar uma das coleiras e atiçar o bicho para cima de você. Foram expulso no mesmo dia e quebraram suas varinhas. O Hipógrifo executado.
_ Crabbe e Goyle? Eles não teriam inteligência para soltar um animal daqueles!
_ Eles não, mas Harry Potter sim.
_ EU NÃO ESTOU ENTENDO NADA! _ esbravejou o garoto
_ Calma!... vai me escutar agora?
Draco confirmou com a cabeça meio que contra sua vontade.
_ Muito bem!... Me siga!
Eles caminharam até os túmulos mais antigos. O fantasma apontou para outro túmulo.
_ Já ouviu falar dela?
_ Sim. Charlotte Malfoy, ela se matou, não?
_ Sim. _ respondeu ele suspirando _ E esse? _ ele apontou para um outro de menos idade que o de Charlotte.
_ Meu tataravô. Amadeus Malfoy!
_ Sim, seu tataravô. Irmão de Charlotte Malfoy. Mas acho que nunca lhe contaram como Charlotte se matou.
_ Não, nunca.
_ Ela era um gênio, que não era reconhecido pela família.
_ Eu sou um gênio também, que não é reconhecido pela es-co-la!
O fantasma revirou os olhos e continuou:
_ Ela conseguiu um livro de artes negras sem o conhecimento da família. O único que estava ciente de quem ela realmente era, foi seu irmão mais velho, Amadeus. Ela demorou um ano para decifrar um antigo encanto que é capaz de transportar as pessoas para outra época. Assim que conseguiu tudo o que precisava executou esse encanto, e nunca mais apareceu. Amadeus tentou a impedir, mas não conseguiu. Para os demais, ele contou que Charlotte havia se suicidado. Mas não conseguia esconder a verdade de si mesmo.
“ Ela tinha lhe confessado seus planos para o futuro, mas na época Amadeus imaginou que eram apenas ambições de criança. Quando ele percebeu que se um dia essa maldade de sua irmã fosse liberada, e ele não estivesse junto par detê-la, muitas desgraças iriam recair sobre sua família. Decidiu então lacrar o livro com outro encantamento. Assim quando sua irmã volta-se, ele também voltaria.”
_ ... Nunca ouvi uma história tão absurda! _ Draco torceu a cara _ Da licença que eu vou tentar voltar para a escola, tá!
_ Eu ainda não acabei! _ o fantasma apontou o dedo para ele, e no mesmo instante Draco ficou paralisado. _ Você foi o minha chave para vir para esse mundo! Enquanto eu estiver aqui, tenho todos os poderes sobre você!
_ Ora seu...
_ Eu sou Amadeus Malfoy, Draco! Sou um espetro do seu tataravô criado para lhe ajudar a deter Charlotte! E se você não me escutar, nunca poderá voltar para a sua realidade!
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