Capítulo Bônus
Capítulo Bônus
A campainha tocou; Antes mesmo de Hermione pensar em abrir a porta, Gina pulou do sofá e já estava lá para atender a visita. Mas não era quem a ruiva esperava, a julgar pela cara dela ao olhar através do olho-mágico. Quando a ruiva abriu a porta, Harry entrou e Hermione levantou-se para receber o namorado enquanto Gina voltava para o sofá.
Hermione beijou Harry longamente. – Olá, amor.
- Olá. – ele respondeu, sorrindo. – Estava com saudade.
- Não seja bobo, - ela respondeu, dando um soco leve no ombro dele – nos vimos ontem à noite.
- Há exatamente 23 horas e... – ele consultou o relógio que ela lhe dera – 46 minutos.
Hermione sorriu, carinhosa. – Te amo, sabia?
Harry beijou-a outra vez e, ao se separarem, ele lançou um olhar para p sofá onde Gina estava sentada impacientemente, batendo um dos pés de modo irritante no chão. Voltou a encarar Hermione.
- Isso tudo é ansiedade para ver o Malfoy? – ele indagou.
- Acho que ela quer que tudo isso acabe logo, para poder me trucidar depois. – respondeu Hermione, fazendo cara de preocupação.
- Você realmente pegou pesado, Mione.
Hermione não respondeu. Ele tinha razão, ela sabia; à princípio, a idéia fora engraçada, mas agora, pensando melhor, não fora tão boa assim. Mesmo malfoy estando mais amigável desde que eles terminaram a escola, ele e a ruiva ainda eram de famílias rivais e não haviam melhorado seu “relacionamento”.
- Eu acho que você deveria poupá-la – continuou Harry – Como ela mesma disse, o nosso namoro só deu certo por causa da Gina, mesmo que indiretamente.
- Eu sei, meu amor, e estou começando a me sentir muito culpada. – ela desabafou – Mas tenho que dizer que ela não fará nenhum sacrifício tendo que “fisgar” o Draco. Quero dizer, ele não é de se jogar fora...
- Como é? Você acha aquele oxigenado bonito? – ele perguntou, fazendo uma careta.
- Por mais que ele seja um Malfoy, ele tem seu charme, é bonito, inteligente, um auror brilhante, e agora até está mais sociável.
- Eu devo sentir ciúmes? – Harry perguntou, erguendo uma sobrancelha.
- Claro que não, é óbvio. Eu já tenho você, não preciso do Malfoy. – ela sorriu e o beijou.
A campainha tocou novamente, interrompendo-os. Eles ouviram a ruiva murmurar algo como “Finalmente” e se levantar para atendê-lo. Gina respirou fundo após constatar que era mesmo Draco e não a comida que havia chego antes dele. Mas Hermione impediu-a de abrir a porta.
- Gina, escute... Se quiser desistir, podemos fingir que só resolvemos convidá-lo para vir conhecer nosso apartamento.
- Não, Hermione, por mais que você tenha sido a pior melhor-amiga do mundo, eu fiz uma aposta e perdi, então agora vou ter que fazer isto. Eu cumpro minha palavra, sabe. – ela respirou fundo mais uma vez – Agora esse loiro vai ser meu.
Ela finalmente abriu a porta. Parado em frente a ela estava um rapaz loiro, alto, vestido de maneira elegante, sem exageros. Ele carregava um buquê de flores e sorria, fazendo Hermione pensar que não seria tão ruim assim.
- Boa noite – cumprimentou Draco, ao que todos responderam e Gina o convidou para entrar. Ele entrou o buquê de flores do campo para a ruiva – Para perfumar sua casa, Weasley.
Gina não quis levar o comentário para o sentido ofensivo - Obrigada, Draco. E eu acho que já está na hora de você começar a me chamar pelo primeiro nome, sabe.
Ele ergueu a sobrancelha. Onde estava a Weasley brigona e mandona? Ele apenas concordou com a cabeça e murmurou “Como queira”.
Harry e Hermione se entreolharam, ambos pensando aonde aquilo ia parar. Gina estava dando em cima de Draco descaradamente, o que o loiro não poderia de modo algum ignorar.
- Venha, vamos nos sentar... Enquanto o jantar não chega. – disse Hermione, pegando a mão de Harry e dirigindo-se aos sofás. Draco e Gina os seguiram e sentaram-se juntos no sofá de frente ao do casal.
- Quando é o casamento? – perguntou Draco. – Eu quero uma festa, o mundo bruxo está tão parado!
– Se depender de mim, vai sair logo. Mas não tenho certeza se mandaremos um convite para você, Malfoy. – respondeu Harry, e Gina não pode deixar de soltar uma risadinha que abafou com as mãos.
- Ora, mas eu tenho certeza que a minha querida Hermione vai me convidar para o casamento dela. Não vai, Hermione? – Draco perguntou, sem se abalar com a alfinetada do moreno.
- Imagine se eu te deixaria fora do meu casamento, Draco!
Draco sorriu, gabando-se para Harry – Você vai ter que me aturar, Potter... Até porque, se a Hermione não estivesse com você, eu estaria no lugar do noivo no altar!
Hermione gargalhou – Você não tem jeito mesmo, Draco.
Mas Harry e Gina não pareceram achar tão engraçado. O moreno fechou a cara e a ruiva soltou um muxoxo de discordância. Hermione percebeu e tratou de puxar outro assunto.
- E então, Draco, como vai aquele caso dos Tompsons?
- Oh, estamos progredindo. Esta semana nós apanhamos um cara que faz parte da quadrilha e ele está cantando como um passarinho para ver se diminuímos o tempo dele em Azkaban. – o loiro respondeu.
- Mas vocês vão mesmo reduzir o tempo dele? – perguntou Gina.
- Bom, podemos reduzir uns trinta anos, e mesmo assim ele passaria o resto da vida lá. A ficha dele é quase igual a do Comensal mais fiel de Voldemort.
- Wow! – disse Hermione. – Falando em Comensais, Draco... E sua mãe, ela melhorou? Ainda não entendo como seu pai pôde tentar matá-la.
- Ela está melhor, sim, obrigada. Mas vai ter que passar um tempo se tratando, pode haver seqüelas. Fiz um apagamento mental nela, então mamãe não vai se lembrar do que o Lúcio fez a ela.
- Deve ser difícil ver uma mãe sofrendo. – disse Gina, pousando a mão no ombro de Draco e reconfortando-o. Ele estranhou a atitude dela.
Harry sorriu. Hermione cutucou o namorado.
Para a sorte deles, a campainha tocou novamente. Gina foi atender; Era a comida.
- Espero que você coma comida italiana, Draco – disse Hermione enquanto a ruiva pedia para o entregador colocar a entrega sobre a mesa da cozinha.
- Sim, eu adoro. Na verdade, estive poucas vezes na Itália, mas gosto da comida. – ele respondeu, sorrindo. Todos voltaram, inconscientes, sua atenção para Gina, que estava pegando o dinheiro para pagar o homem. Ao entregar o dinheiro para ele, a ruiva sorria esbanjando charme e feminilidade. Depois, fechou a porta.
- Vamos jantar? – ela disse.
- Você é sempre assim, Weasley? – Draco perguntou.
- Assim como, Draco? – ela perguntou e deu um sorriso falso. – E, por favor, eu já lhe pedi... Meu nome é Gina.
- Desculpe-me, Wea... Gina. – ele sorriu – Você é sempre assim com os homens? Porque se for não é difícil entender o porquê de estar solteira.
- Está criticando meu método de sedução? – Gina estava fervendo, mas tentava não transparecer.
- Os homens se assustam se você fica se jogando tanto assim para cima deles. – continuou o loiro.
- Bom, nenhum nunca reclamou. Ao contrário das mulheres que ficam com você... Elas sempre reclamam do seu método de sedução extremamente VULGAR!
- Engraçado... Acho que você está com dor de cotovelo por eu nunca ter usado meus métodos com você. – Draco disse. Gina abriu a boca para responder, mas lembrou-se de que estava no meio de uma missão dificílima: conquistar aquele loiro azedo e prepotente. – Ficou sem palavras Weasley?
- Não, Draco. E, pelo amor de Deus, é difícil para o seu cérebro armazenar a informação de que o meu nome é GINA? – ela falou, calmamente. – Eu acho que você deveria tentar usar seus métodos comigo e vice-versa e veremos se eu estou realmente com dor de cotovelo ou se você é quem não sabe agradar uma mulher.
Draco apenas olhou-a durante muito tempo, e Gina não se atrevia a desviar o olhar. Harry estava achando a situação muitíssimo engraçada, mas Hermione estava entrando em desespero. Os dois, se continuassem daquele jeito, acabariam explodindo o apartamento. Ela interveio.
- Gente... vamos almoçar antes que esfrie. – ela disse. Todos concordaram e eles foram para a mesa. – Então, Draco, você estava dizendo que foi para a Itália algumas vezes. O que fez por lá?
Durante todo o jantar, a pequena discussão de Draco e Gina fora esquecida e eles até riram juntos das “aventuras de Draco Malfoy pela Itália”. A sobremesa já estava sendo servida por Hermione, com a ajuda de Harry, que vez ou outra lhe dava beijos carinhosos no pescoço.
- Você não sente ciúmes, Gina? – perguntou o loiro, em voz baixa, indicando Harry e Hermione com a cabeça.
A ruiva ergueu as mãos aos céus – ALELUIA! Obrigada, Merlin, ele finalmente me chamou de Gina!
Draco riu do jeito dela. – Devo entender que você sente ciúmes, já que fugiu da minha pergunta?
- Não, Draco. Eu não sinto ciúmes, o Harry é mais do que passado para mim. Atualmente eu procuro, como posso dizer... Uma aventura, alguém que transforme os meus dias, deixando-os todos diferentes um do outro!
Ele observou-a durante algum tempo, pela primeira vez notou o quanto Gina Weasley era bonita. Os cabelos dela estavam ondulados agora e seu rosto emanava um brilho interno que o enfeitiçava. Draco só foi despertado do “transe” quando Hermione colocou um prato com a sobremesa à sua frente.
- Obrigado – ele disse. Gina também já tinha seu prato e estava levando uma colher com o doce à boca. Aquele simples gesto deixou Draco petrificado mais uma vez; O prazer com que ela comia aquele simples pedaço de torta o fascinara. A moça percebera o olhar dele e deu uma piscadela para ele, voltando a comer do doce.
Harry e Hermione falavam de um assunto estranho a ele, então não precisava participar da conversa, o que lhe dava mais tempo para observar a ruiva. Ele só precisava desviar o olhar quando percebia que ela olharia para ele – o que acontecia constantemente.
Draco assustou-se quando algo lhe tocou a perna por debaixo da mesa. Logo ele percebeu que Gina havia tirado a sandália e acariciava sua perna com um dos pés. Discretamente, ele ergueu uma das sobrancelhas para ela, que simplesmente sorriu e lançou um olhar infantil, porém sensual. O mundo à sua volta havia acabado de parar.
- Draco... Draco...
Ele voltou à realidade quando Hermione o chamou. – Desculpe, Hermione, o que dizia?
- Perguntei se posso tirar o seu prato. – ela disse, rindo dele.
Draco assentiu – Não sei porque vocês não têm um elfo doméstico por aqui...
- Eu sou totalmente favorável a essa idéia, mas a Hermione é uma defensora dos direitos dos elfos domésticos... Puf! – disse Gina, ainda passando o pé pela perna dele sem que ninguém percebesse – Se dependesse de mim, nunca faria nenhuma tarefa de casa!
- Pelo menos uma coisa em que concordamos, Ginny. – Draco sorriu.
Hermione lançou um sorriso para Harry antes de prosseguir – Eu não vou expor minhas idéias novamente. Só não acho justo que os elfos sejam escravos.
- Docinho... Eles gostam disso – disse Harry, limpando os óculos na camisa branca.
- Até você, Harry? Achei que me apoiasse! – disse ela, indignada.
- Ah, Mione, ninguém apóia essa idéia maluca. – comentou Gina, rindo.
- Então já sei o que vou dar de presente de casamento para vocês dois – disse Draco, repentinamente. – Um elfo doméstico, é claro! – ele completou quando todos o olharam.
Harry sorriu, mas Hermione revoltou-se. – Eu vou enfiar o elfo doméstico no...
- Hey! – Draco interrompeu-a – Sem violência, Hermione. Era apenas uma brincadeira. Talvez a Gina aceite um quando ela se casar.
- Oh, com certeza! – Gina disse, imediatamente. Neste instante, ela passou o pé por entre as pernas do loiro e deu um sorriso provocante. – Você me daria esse presente, Draquinho?
Harry cuspiu todo o vinho que estava colocando na boca e começou a gargalhar loucamente. – Draquinho... Você passou dos limites, Gina...
Nem mesmo Hermione conseguiu não rir. – O que o vinho não faz com duas pessoas... – ela disse, referindo-se a Draco também, por não ter questionado o novo “apelido”.
- Depois disso, posso deduzir que já está na minha hora de partir. – disse Draco, acariciando o pé da ruiva antes de se levantar.
- Já? – reclamou Gina.
Harry deu mais uma risada, desta vez abafada. – Eu diria ‘finalmente’.
- Você, pelo visto, vai ficar, Potter.
- Vou. Mas a minha namorada mora aqui, então eu posso ficar sem ser considerado um folgado.
- Okay, acho que fui chamado de folgado e ganhei um novo apelido. Está realmente na hora de ir.
Hermione sorriu para ele – Apareça mais vezes, então.
Ele segurou a mão dela e beijou-a – É só chamar, gata.
- Hey, vamos parar com essa indecência... – resmungou Harry.
- Eu te levo até a porta, Draco. – disse Gina, parecendo também estar enciumada.
Draco despediu-se, a contragosto, de Harry com um aperto de mão e deu mais um beijo na face de Hermione para finalmente acompanhar Gina até a porta. Ao chegarem lá, Gina olhou-o com um sorriso malicioso.
- Até que foi divertido, Malfoy.
- Nem me fale, Weasley. Acho que podemos nos ver mais vezes sem que a casa pegue fogo, afinal.
Gina sorriu e aproximou-se dele, depositando um beijo leve em seus lábios – É só me convidar, Draco. Ou se esqueceu que eu ainda tenho que testar os seus métodos de sedução?
- A que horas te pego amanhã?
Fim. Ou continua?
N/A: Olá, gente! Obrigada por ler a fic, eu me dediquei bastante a ela!
Espero que tenham gostado do bônus. Dependendo do tanto de gente pedindo eu posso fazer um outro capítulo bônus D/G. =D
Comentem!
Beeeeeeijos, Tha Potter Malfoy.
Comentários (2)
CONTINUA... CONTINUA... CONTINUA... COM MUITO HH E MUITO DG... CONTINUA... ESSA FIC É MARA... CONTINUA
2014-09-01Eu adoraria mais um capítulo D/G
2014-05-23