Hogwarts:Uma História
HOGWARTS:UMA HISTÓRIA
Harry estava abaixado ao lado de um carro trouxa muito bonito e bem equipado,parecia ter saído da loja naquele dia.Rony e Mione estavam em outras partes da rua,mas os três observavam a mesma coisa:Havia um grupo de pessoas com longas vestes negras e tétricas máscaras brancas em círculo olhando ao redor,percebia-se que alguns deles estavam no chão desacordados,assim como alguns homens com uniformes ministeriais.
Harry olhou através do vidro um por um dos comensais e esperou o momento certo de fazer algo para continuar aquela batalha e terminá-la de vez.
Eles haviam parado depois de lançar vários feitiços e atingirem muitas pessoas,os comensais pareciam mais preparados dessa vez do que da última noite.
Voldemort estava ficando nervoso.Essa era a nona noite de ataques sem sucesso algum.
Enquanto isso,Harry apenas comemorava os avanços que havia tido naquela guerra, prendendo alguns seguidores de Voldemort,mas nenhum muito notável ele sabia.
Tom estava jogando os peões para depois usar as outras peças, mas Harry estaria preparado para enfrentar até a rainha.
Logo ele ouviu um barulho e percebeu que os aurors ainda de pé voltaram a atacar,então se juntou a eles.
Logo o carro bloqueou um Crucio que ia direto para ele e começou a apitar o alarme enquanto os vidros se espatifavam e começava a sair fumaça de onde se encontrava o motor,Harry se afastou e lançou um feitiço no comensal para desacordá-lo e quando se voltou para ver o carro,suspirou desanimado e disse:
-Espero que tenha seguro!
Harry abriu os olhos gargalhando, Rony e Mione o olharam, assustados.Eles tinham voltado para o Caldeirão Furado na noite passada, esgotados,por isso só agora Harry resolveu entrar na mente de Voldemort para saber o que acontecia.E não parava de rir de seja lá o que for.
-Harry você ta começando a me preocupar!-Disse Mione.
-Desculpe!-Disse se controlando.-É que ele ta achando que tem um espião e quer...-Ele voltou a rir,respirou fundo e continuou.-Quer matar quem quer que seja.
-E isso é engraçado?-Perguntou Rony não entendendo o ponto e,pelo visto, coisa que Mione também não tinha feito já que olhava para Harry, ainda gargalhando, com uma cara confusa.
O moreno tentou se controlar de novo e finalmente conseguiu algo duradouro,parou de rir e disse:
-É que eu pensei que se ele soubesse que o espião é ele mesmo me livraria de um belo problema cometendo suicídio.
E voltou a rir histericamente,os amigos finalmente entendendo a questão respiraram aliviados pela manutenção da sanidade mental do Eleito e, contagiados pelo momento de relaxamento,começaram a rir também.
-Como acha que vão nos receber?-Perguntou Rony parecendo preocupado.
-Bem.Afinal,nós vamos para Hogwarts,não para a sede da Ordem e é lá que sua mãe está, então ela não vai pular na gente e começar a gritar o quão preocupados eles estavam por termos desaparecido e nos metido em tantas confusões.
Os três estavam na passagem que há entre a Casa dos Gritos e a escola,sabiam que havia alguém vigiando por se um acaso Voldemort aparecer e esperavam não ter que ser alguém que iria fazer apenas a parte do sermão da Sra. Weasley.
-Tem razão!-Rony disse se concentrando.-É só Hogwarts,minha mãe não vai nos mandar um par de feitiços e nos aprisionar porque ela não vai estar aqui.
-Francamente,Ronald!-Disse Hermione enfadada.-Parece que tem medo da sua mãe.
-Mione querida,eu vivo com ela desde antes de eu nascer e sei muito bem que até Voldemort deve temê-la.
Harry e Mione pararam no meio do caminho e Rony estranhou.
-O que foi?
-Você disse...-Começou Mione.
-Voldemort!-Terminou o moreno.
O ruivo ficou vermelho e disse:
-Vocês viviam reclamando que eu não fazia e quando faço agem assim?
Os outros se olharam e sorriram cúmplices:
-Então Mione,o que você acha?
Ela fez uma pose pensativa e disse:
-Acho que...Parabéns Rony!-O abraçou e o beijou.
Harry olhou para o outro lado para dar privacidade a eles.
-Por que fez isso?-Perguntou o ruivo,mais vermelho do que ele já ficou na vida.
Harry olhou para ele sem acreditar naquela pergunta.Mione só deu de ombros e respondeu antes de voltar a caminhar:
-Uma recompensa pela sua coragem.
Rony ficou olhando ela ir e Harry lhe bateu na cabeça para acordá-lo:
- “Por que fez isso?” -Repetiu ainda sem acreditar.-É sério Rony,se você não se adiantar só vão ter filhos com 50 anos.-E seguiu a amiga balançando a cabeça negativamente.
O ruivo ainda sem palavras só reagiu uns segundos depois,quando seu sangue voltou a correr por outras partes do corpo que não as bochechas e seguiu os amigos com um sorriso bobo na cara.
-Estranho não ter ninguém por aqui!-Disse Mione quando entraram no castelo.-Cadê todo mundo?
-É hora do almoço,provavelmente estão no Salão Principal.-Respondeu Rony.
Os três seguiram para lá e quando chegaram tudo que fizeram foi deixar o queixo cair uns centímetros.
Estava lotado!
Mas não de alunos.
-RONY!-Ouviram um grito e logo viram a Sra. Weasley sufocando o filho,para depois fazer o mesmo com Harry e Mione em um apertado abraço.
Ouviram também risos dos poucos alunos que estavam sentados em uma única mesa,enquanto vários adultos ocupavam as outras.
Outra ruiva foi em direção deles,mas logo para Harry.
-Por que não me contou o que está acontecendo aqui?-Perguntou sussurrando enquanto a abraçava.
-Primeiro,sempre nos interrompiam e depois...Você nunca perguntou!
-Ha!-Fez Harry indignado.
-Bem vindos!-Falou Remo.
-Como você está?Como está todo mundo?O que ta acontecendo aqui?E quem é essa gente?
O homem apenas riu.Outra pessoa respondeu:
-Estão todos bem!-Disse McGonagall.-E aqui, Sr. Potter,é a nova sede da Ordem da Fênix.Estava ficando com muitos membros e com pouco espaço.
-Toda essa gente é da Ordem?-Perguntou feliz.
-Todos querem paz Harry!-Respondeu Remo.-E você está os ajudando a ter esperanças.
-Eu?-Perguntou sem entender.
Tonks se aproximou com um jornal na mão.
-É de algumas semanas atrás.-Disse.-Aqui uma menininha linda diz que você a prometeu que ia acabar com Voldemort.
Harry sorriu um pouco sem graça e disse baixo para os seus dois amigos:
-Por isso ele quer me matar mais agora do que antes!-Eles riram.
-Venham!-Disse Molly.-Vamos comer!Vocês estão muito pálidos!Se aventurar desse jeito é uma barbaridade,principalmente se não se alimentam bem.Você Hermione deveria colocar juízo na cabeça desses dois,mas pelo visto não tem também.-A garota só abaixou os olhos, envergonhada,Rony se aproximou e disse:
-Francamente,Hermione!Parece que tem medo da minha mãe!
Harry e Rony riram e Hermione, depois de um suspiro indignado, também.
Harry entrou naquela sala onde sempre previam sua morte e não pôde deixar de suspirar.
O que o dever não obriga a pessoa a fazer?
-Professora!-Chamou quando ouviu um barulho de um esbarrão.
-Oh meu querido!Há quanto tempo!-Disse a mulher com as enormes lentes enfrente aos olhos.-Devo dizer que sei que seu tempo entre nós está cada dia mais perto do fim,meu querido.Não são boas notícias,mas tenho que dá-las.
-Eu sei professora.-Disse com cara de tristeza.-Vim aqui lhe perguntar algo pela última vez.
A mulher colocou a mão na boca e Harry podia jurar que foi para esconder o sorriso que apareceu por breves segundos.
-Oh!Sinto tanto ter sido quem lhe deu a notícia.
-É professora.-Continuou fingindo grande pesar.-Mas antes de ir eu queria saber uma coisa.
-Fale,pergunte o que quiser!-Disse ela animada.
-No dia da sua entrevista de emprego.-Começou.-A senhora viu o Snape ser pego ou só percebeu depois de um tempo?-Perguntou olhando diretamente para ela.
-Ah!Eu vi tudo!-Disse dramática.-Eu avisei sobre a torre atingida pelo raio meu querido.Você é testemunha!Ele sempre teve um futuro que amedrontou meu olho interior.
-Sim,sim,claro,mas fale mais daquela noite.
-Ah, eu fui ser entrevistada e...
-Essa parte eu já sei, professora.-Vendo que ela parecia ofendida completou.-Sabe, não sei se tenho muito tempo!
-Oh claro!-Disse penalizada.-Na verdade eu lembro de ter tossido muito e logo depois ele foi pego nos ouvindo.
Harry fez uma cara de espanto e disse para si mesmo:
-Então ele ouviu tudo...
-O que foi querido?
-Nada professora!-Disse se lembrando dela e logo continuou.-Agradeço a generosidade de me ajudar nos meus últimos momentos.
-Oh querido!Sempre que precisar!
E agradecendo mais uma vez saiu dali correndo,tinha mais uma coisa pra pensar.
-Eu não acredito que você caiu!-Harry ouviu Rony furioso desde fora da Sala Comunal da Grifinória.
-E eu não acredito que você seja tão patético!-Ouviu a resposta de Mione quando já tinha entrado.
-Patético?Eu só estou tentando fazer você ver que ele é um mentiroso!
-Cale a boca Ronald,deixe de ser infantil!-Disse Hermione já mais nervosa.
-Eu não sou...
-O que está acontecendo aqui?-Perguntou Harry e pela primeira vez os dois notaram não só ele,mas os alunos que estavam ali naquele momento.
Ficaram muito vermelhos!
-Ela caiu no papo do Krum!-Disse Rony e a luz finalmente atingiu Harry.Quando chegaram no dia anterior ele se reencontrou com o Búlgaro, que agora era parte da Ordem da Fênix.
-Olha aqui Ronald,Vítor e eu somos amigos,e se eu fosse você deixaria esse ciúme idiota de lado!
O ruivo ficou muito,muito vermelho!
-Eu não estou com ciúmes!-Quase gritou ele e todos os alunos voltaram para olhá-los.
Harry estava começando a se divertir.
-Então por que está se comportando como uma criança birrenta?-Perguntou a garota como uma expressão de impaciência.
-Pelo amor de Merlim!Ele diz que morreu de saudades e você se derreteu inteirinha e eu é que sou infantil?
-Eu não me derreti,Ronald,só fiquei feliz de reencontrá-lo!
-Ah claro,como se eu fosse acreditar nisso,você ta é...
-Tenho que falar algo pra vocês!-Interrompeu o moreno vendo que aquela briga de divertida estava se tornando perigosa.
-O que é?-Perguntaram os dois irritados.
Harry os olhou assustado e disse:
-Nada!Podem continuar brigando se quiserem,mas acabei de falar com a Trelawney e descobri algo interessante.
-Você acha que ele a conhece inteira?-Perguntou Mione quando estavam no dormitório dos garotos protegidos por um feitiço de silêncio.
-Voldemort só sabe o início,mas Snape estava ouvindo até o final.-Respondeu o moreno.
-Mas por que ele não a contaria inteira então?-Perguntou o ruivo.
-Foi o que eu pensei vindo para cá,mas não tenho certeza de nada.A única coisa que eu pensei,é improvável demais.
-E o que seria?-Perguntou a garota.
-Talvez ele quisesse que Voldemort fosse derrotado.
Eles ficaram em silêncio por uns momentos até que Rony disse:
-Ele matou Dumbledore!É claro que ele está do lado de Voldemort.
-Eu sei o que ele fez Rony,mas algo me diz que esse assunto é mais complexo do que a gente imagina.
Novamente o silêncio que Rony quebrou mais uma vez:
-Já falou com Zabini?
-Falei!Disse que devolveria o dinheiro e usei a desculpa de que é uma lembrança do meu padrinho,eu sei que ele não acreditou,mas disse que ele me daria o medalhão se eu pagasse o dobro,relutei,mas acabei cedendo.
-Quando ele vai te entregar?-Perguntou Mione.Rony só se limitou a sussurrar algo como “sonserino nojento”.
-Ele já pediu para os pais o enviarem via coruja, disse que amanhã chega,mas acho que isso não será tão fácil pra mim.
-O que você acha que ele vai querer mais?-Perguntou de novo a garota.
-Eu não sei Mione,mas ele não gosta de mim,afinal eu sou só um “mestiço nojento”,os pais dele podem não ser comensais,mas sei que eles apóiam as idéias de Voldemort,por isso eu vou atingi-lo bem aí!
-Como assim?-Perguntou Rony,mas a resposta eles não souberam,já que ouviram alguém bater forte na porta para que eles ouvissem.
Retiraram os feitiços e Gina entrou,deu um beijo em Harry e disse:
-Querem ver vocês no Salão Principal!Parece que resolveram algo importante.
Eles se entreolharam e seguiram a ruiva para fora do quarto.
Entraram no Salão sem Gina já que ela disse que não poderia:
-Besteiras da Ordem!-Foi o que falou.
E, realmente, toda a Ordem da Fênix estava lá.
Tinha mais gente do que quando eles chegaram e todos olhavam para os três.
Alguma coisa estava acontecendo ali.
-Aconteceu algo grave?-Foi o que Harry perguntou.
McGonagall sorriu e disse:
-Nós estamos com problemas na Ordem, Harry.Desde que Dumbledore morreu não temos um líder e estamos tentando ajudar o ministério a proteger as pessoas,mas...-A voz dela tremeu.-Não sabemos bem o que fazer.
Harry a olhou com medo do que estava por vir e ela continuou:
-Dumbledore sabia coisas,coisas que só ele sabia, e assim nos guiava e mostrava o que precisávamos fazer.
-Já disse que não vou contar nada!-Disse firme na decisão.
-Espere Harry!-Pediu Remo.
-Na verdade, Potter.-disse Moody dessa vez.-A pesar dos contras,nós achamos que o melhor é que você lidere a Ordem da Fênix.
Silêncio foi tudo que se ouviu até que o jovem moreno começasse a gargalhar.
Todos o olharam com preocupação.
Os dois amigos apenas discutiam atrás dele,até que Hermione deu um galeão para um feliz Rony.
Harry viu e os olhou interrogativo.
-Eu apostei que só iam te oferecer depois do natal,Rony disse que seria antes,ele venceu.-Esclareceu a amiga deixando Harry espantado.
-Vocês estão brincando né?-Ele perguntou para todos.
Nunca recebeu olhares tão sérios.
-Eu tenho que lembrar o que vocês me diziam há uns meses quando me proibiam de participar da Ordem,eu só tenho 17 anos e muitos de vocês tem mais poder do que eu posso sonhar pra mim!
-Mas você tem algo que nós não temos Harry,conhecimento.-Disse Remo.
-Dumbledore te contou essas coisas porque confiava que você saberia o que fazer com elas,Harry.-Disse Tonks.-E nós decidimos que para o bem de todos,vamos confiar nisso também.
-Mas...eu não sei o que fazer!-Disse Harry preocupado.
-Todos vamos te ajudar.-Disse Hagrid que estava mais perto dele.-Você cresceu tanto.-Disse emocionado.-Todos estamos orgulhosos disso Harry,especialmente eu.
Harry olhou para a pessoa que ele sempre considerou um amigo e herói por tê-lo tirado dos Dursleys e a única coisa que pôde fazer foi sorrir e dizer:
-E eu estou orgulhoso por conhecer todos vocês,especialmente você Hagrid.
O meio-gigante se emocionou e deu um abraço apertado em Harry,mas,felizmente,não apertado demais.
Quando se separaram,Harry falou:
-Eu espero mesmo que me ajudem,porque eu não sei mesmo o que tenho que fazer.
Hermione deu um grito de triunfo e Rony bufou indignado devolveu a moeda a ela.Harry novamente os olhou:
-Ela disse que você aceitaria no mesmo dia e eu disse que esperaria até o seguinte.-Respondeu o ruivo mal-humorado.
Dessa vez todos riram.
-Aqui está!-Disse Harry entregando um saquinho de moedas para o sonserino.
Ele contou e depois disse:
-Muito bem Potter!Vejo que cumpre o que promete,mas...só vou te dar esse medalhão quando descobrir o motivo por que o quer tanto,não pense que vou acreditar na desculpa que me deu antes.
-Claro que não!Você é esperto!-Disse se sentando,sabia que algo assim aconteceria.-Só quero te perguntar uma coisa Zabini:quer que Voldemort limpe o mundo dos sangues-ruins e mestiços e reine nele?
O garoto o estudou antes de responder:
-Não creio que seja necessário chegar a extremos,mas ficaria feliz de não cruzar com nenhum mestiço.-Finalizou o olhando com raiva.
Harry sorriu,foi mais fácil do que imaginava.
-E se eu disser que se não me der o medalhão vai ser dominado por um.
-Você acha que pode me dominar,Potter?-Perguntou rindo de lado.
Harry riu.
-Não, Zabini!Estou falando de Voldemort!
O outro o olhou por uns momentos em silêncio.
-Como assim?
Harry revirou os olhos e perguntou:
-Será que ninguém sabe que o pai dele é trouxa?
-É mentira!-Disse o outro nervoso.
-O que eu ganharia mentindo?-Perguntou Harry.
-O medalhão!-Respondeu com um sorriso superior.
-Muito esperto!Mas se não acredita em mim,pergunte a qualquer um que tenha estado nesse colégio na época dele,o professor Slughorn por exemplo.-Disse despreocupado.-Tom Servolo Riddle,filho de uma bruxa sangue-puro e um trouxa chamado Tom Riddle,por isso ele trocou de nome.Só descobriu que era bruxo quando o próprio Dumbledore foi ao orfanato onde ele vivia para lhe entregar a carta de Hogwarts.
O outro não sabia o que dizer,então Harry perguntou:
-Vai dar o medalhão agora?
Ainda em choque,Zabini retirou o objeto do bolso e o entregou.
Antes de sair Harry virou para ele e disse:
-Pode divulgar se quiser!
E saiu sem mais uma palavra e com o medalhão de Slytherin na mão.
Entrou em uma sala vazia de um corredor deserto,encontrou Rony e Mione ali,colocou o medalhão sobre uma mesa e apontou a varinha.
-Reducto!
O feitiço foi até o medalhão sob o olhar dos três,mas rebateu e atingiu Harry que caiu ao chão sem saber o que tinha acontecido.
Ele abriu os olhos aos poucos e logo reconheceu o teto da enfermaria e sentiu alguém lhe entregando os óculos.
-Que bom que acordou cara!-Disse Rony.
-O que houve?-Perguntou um pouco desorientado.
-Eu e Mione te trouxemos para cá você estava desacordado.A gente se preocupou muito.Isso foi ontem de tarde.
-Obrigado!
-Não precisa agradecer,os amigos servem para carregar os outros quando esses estão morrendo.-Brincou o ruivo.
Harry riu.
-Finalmente acordado!-Ouviu Madame Pomfrey se aproximar,ela tinha um vidro com uma poção dentro.
-Bom,vou avisar Mione.Boa sorte!-Esse último ele sussurrou só para Harry ouvir.
-Eu não sei o que você fez e seus amigos não quiseram me dizer,mas tem que parar de se arriscar dessa maneira,onde já se viu!
Minutos depois dela ter lhe examinado,Rony volta com Hermione,Gina,Neville e Luna que conversam com ele por um tempo.
Quando a enfermeira voltou os expulsou,mas Harry pediu pros dois amigos ficarem,contrariada ela deixou.
-Ficamos realmente preocupados,Harry!-Disse Mione assim que a enfermeira saiu.
-Onde esta o medalhão?
Rony olhou em volta e vendo que não tinha ninguém o entregou.
-Não podemos destruí-lo com um feitiço.-Disse Harry.Tentou abri-lo.-Não conseguimos abri-lo.O que vamos fazer?
Os amigos só deram de ombros sem idéias.
-Dumbledore morreu aquela noite achando que o problema do medalhão já estava resolvido e agora eu não consigo fazer nada.-Disse desolado.Os amigos ficaram calados reconhecendo o olhar que ele sempre tinha quando se afastava deles.-Eu tenho que destruí-lo,tenho que achar os outros horcruxes e tenho que acabar com Voldemort e vou fazer cada uma dessas coisas,posso prometer!-Disse olhando os amigos.
-Nós vamos conseguir Harry!-Disse a garota.
-É cara!Vai dar tudo certo!
Ele sorriu para os amigos e voltou a se concentrar.
-Nós conhecemos a vida dele e isso junto com Hogwarts é uma pista.Precisamos descobrir que objeto de Ravenclaw ele tem.-Voltou para os amigos.-Não podemos procurar algo que não sabemos o que é!
Os três ficaram em silêncio,coisa que acontecia muito ultimamente.
De repente uma idéia veio à mente de Harry e ele olhou Hermione:
-Será que não tem uma pista em “Hogwarts:Uma história”?
A garota levantou da beirada da cama e saiu correndo.
Harry e Rony se olharam divertidos.
Mione voltou minutos depois com o livro na mão e se aproximou dizendo:
-Vou ter que ler de novo procurando uma pista sobre Ravenclaw porque não lembro de nenhuma,mas sei que tem uma coisa que pode nos ajudar,disse folheando o livro até parar em uma página.
-Aqui está:
“As Relíquias de Hogwarts só podem ser destruídas pelas Relíquias de Hogwarts e quando só uma faltar,uma maldição mortal a destruirá,mas quem quiser destruí-las deve saber que um alto preço irá pagar:
Sonserinos são pessoas de visão,
Lufa-lufas são amigos leais,
Corvinais só usam a razão,
Grifinórios são valentes,mas mortais.
Aquele que aceitar o preço deverá o ciclo completar,pois só assim à normalidade tudo irá retornar.”
Eles se olharam confusos e Rony disse:
-Que papo de doido é esse?
-Não sei bem,mas uma coisa eu entendi!-Disse Harry se levantando.-A espada de Griffindor pode destruir esse medalhão.
-Harry, você acabou de se recuperar,não pode sair!-Disse Mione preocupada e Rony concordou.
-Eu tenho que sair Mione!-Falou o moreno.-E vocês dois sabem disso.Fiquem aqui e tranqüilizem Madame Pomfrey,logo vou voltar.
E saiu da enfermaria apertando o medalhão na mão direita.
Harry entrou na sala do diretor,atual diretora,bem receoso.
Ela estava vazia e ele agradeceu por isso,mas não quis olhar para nada além da espada.
Foi até ela e a tirou da parede e estava decidido a sair sem olhar para trás quando ouviu:
-Harry potter!Por que a pressa?
Olhou para trás e viu o chapéu seletor,uma idéia lhe surgiu:
-Você sabe o que eu vou fazer,não sabe?
-Tenho minhas suspeitas,escuto muitas coisas aqui.
Harry sorriu.
-Eu sei,mas eu queria te perguntar uma coisa.
-Não precisa dizer,porque eu não poderia falar,peço que me perdoe,mas a resposta sozinho deve encontrar,se eu interferir estarei violando a regra que me permite falar.
-Então se me contar qual é a Relíquia de Ravenclaw não vai poder mais falar?
-Exato,mas não tão certo assim,há mais coisas que poderia falar,o que devo dizer é que sozinho deve estar no momento em que a espada for usar.
-Por que?
-Meu feitiço não permite que lhe conte mais,por isso me desculpo em não poder mais ajudar.
Ele se calou.Harry se preocupou e notou o que não queria notar.
O escritório estava com as coisas pratas de Dumbledore até agora,mas havia algumas coisas lá que com certeza eram de McGonagall.
A lembrança do diretor só o fez piorar e ver o que não queria olhar.
O quadro de Dumbledore não estava dormindo e sim o olhando fixamente,vários outros também estavam assim,mas ele só olhou para aquele.
-Professor,eu...-Não sabia o que dizer.O olhar em frente a ele o fez se desconcentrar e ficar calado.
Sentou-se na cadeira em frente à mesa e continuou a olhar o quadro que de repente falou:
-Boa noite Harry!
Então,tudo que ele prendeu,todas as emoções que ele tentou esconder,toda a calma que ele tentou demonstrar, de repente,como se nunca tivessem existido desapareceu e ele não conseguiu evitar chorar.
Chorou,chorou e chorou,sem conseguir parar e nem querer fazê-lo,ficou assim minutos, talvez horas,não saberia dizer,só sabia que o peso,o medo,as responsabilidades,os planos, as vinganças e todas as coisas que ele tinha deixado encher sua cabeça estavam indo embora junto com as desesperadas lágrimas que ele derramava.
Aos poucos se acalmou e disse:
-Não sei o que me aconteceu!
-Você se fechou por tempo demais,e alguém como você não deve fazer isso,Harry.
-Alguém como eu?-Perguntou encarando o olhar bondoso a sua frente.
-Sim,Harry,alguém como você,alguém com uma capacidade enorme de amar e receber amor,se você se fecha,sentimentos negativos corrompem sua alma e destroem seu amor.Essas lágrimas foram seus bons sentimentos tentando expulsá-los.
-Eu...não sei o que dizer...
-Não diga nada,não posso te ajudar em muito,mas eu posso te dizer que só o amor vai te fazer vencer essa guerra Harry,vingança, Voldemort conhece bem demais.
-Eu prometo senhor!Prometo que vou fazer o possível para vencer!-Reiterou a promessa que já havia feito naquele mesmo dia para seus amigos.
-Eu sei,Harry!Sempre soube!Confio em você.Todos confiamos!
Harry sorriu,enxugou as lágrimas,se despediu,segurou o medalhão e a espada mais forte e saiu em direção à enfermaria, Madame Pomfrey devia estar enlouquecida com ele,Rony e Mione.
Depois de convencer a enfermeira de que estava muito bem,ele, Rony e Mione seguiram para a mesma sala vazia.Sentaram-se em algumas cadeiras e Harry disse:
-Sinceramente tem uma coisa que eu não consigo entender.Dumbledore disse que eu não posso querer me vingar de Voldemort e sim vencer através do amor,mas...o que ele quer que eu faça?-Perguntou confuso.-Correr pro Tom dizendo:Eu te perdôo Voldinho?
Os amigos riram junto com ele.
-Voldinho?-Perguntou Mione.
-É!Conheço o cara minha vida toda.Tenho direito de dar um apelido carinhoso a ele, não?
Eles voltaram a rir.
De repente ficaram sérios.
-Eu quero que vocês saiam!
-Nem pensar!
-Vamos ficar aqui!
Disseram ao mesmo tempo os dois.
-Vocês só precisam ficar lá fora,se algo acontecer vão poder me ajudar,mas se estiverem aqui também,pode ser que nós três estejamos perdidos.
Os dois se entreolharam e por fim Mione disse:
-Tudo bem!Mas nós ficamos aqui grudados na porta!
Harry sorriu e eles saíram.
Ele colocou o medalhão em cima da mesa,segurou a espada firmemente e o acertou em um golpe.
O medalhão se abriu e uma luz ofuscante saiu lá de dentro,ele fechou os olhos e usou a espada para protegê-los dela.
Logo sentiu Rony e Mione ao seu lado.
-O que aconteceu?-Ouviu a voz da amiga e sentiu ela segurar seu braço.
Piscou por alguns segundos e disse:
-Estou cego!
Pois é!
Acabei o capítulo!
Antes de tudo,eu não sei onde eu vi o Voldinho pela primeira vez,mas eu achei hilário e precisei usar em alguma fic.
Adiantei um pouco as coisas porque a história ta atrasada e semana que vem eu começo a faculdade e meu horário vai estar meio apertado.Vou tentar o máximo acabar a história antes do lançamento do último livro e o próximo capítulo vou tentar colocar antes do meu aniversário.
Espero que tenham gostado desse.O próximo vai ter uma coisa que eu não quero escrever,mas preciso,então...vai me dar um pouco de trabalho.
Obrigada a:
Lize Lupin, Mila Feitosa, Rafael Abrahão, Priscila Louredo (fiquei feliz de saber que ainda lê), Daniela Paiva.
Diogo Diniz Lima e Larissa Manhães, os comentários foram apagados,mas eu consegui salvá-los antes.
Teve alguém que votou só que o voto também foi apagado,mas mesmo assim obrigada!
Não esqueçam:
Comentem para eu saber o que acharam,seus votos e comentários são as únicas coisas que recebo em troca de escrever essa fic.
Muito obrigada por lerem!
Um grande Beijo e Tchauzinho!
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