É TARDE DEMAIS POTTER... (Por



É TARDE DEMAIS POTTER... ( por Harry Potter)



Eu nunca me perdoei. Tudo o que a fiz passar... Tenho certeza que ela sofreu muito, muito mesmo. Mas eu também sofri, ela não imagina o quanto... Quando descobri que lhe amava, tive muito medo. Estávamos no sétimo ano em Howgarts. E eu me vi completamente apaixonado pela minha melhor amiga. Mas no meio daquela guerra, fiquei com medo de assumir aquele sentimento. Foi então que numa certa tarde, num passei a Hogsmade, eu não pude evitar, e acabei me declarando... Ela estava linda, me lembro como se fosse ontem. Usava uma blusa rosa, um sobretudo jeans branco, com uma calça jeans e botas brancas. Seus cabelos cacheados soltos, ao vento... De repente me tomei morto de “ciúmes” dela, pois estava conversando com Vítor Krum. Eles já haviam ficado no quarto ano, num baile de inverno. E lá estava ela, sorrindo pra ele. Minha vontade era de ir até lá, e puxá- la para perto de mim. Mas eu não podia fazer isso... Foi então que ela percebeu que eu estava lhe olhando e sorriu pra mim. Eu lhe retribuí o sorriso, e lhe chamei. Ela se despediu de Krum e veio até mim.

- Mione... vamo dar uma volta?

- Claro Harry... cadê o Rony?

- Não sei... mas vamos sem ele.

- Acho que ele não vai gostar, é melhor esperarmos por ele...

- Não Mione, eu preciso falar com você...

E foi assim que fomos passear sozinhos. E quando dei por conta de mim, já tinha me declarado, não sei como, fiquei tão nervoso, mas não aguentava mais reprimir meus sentimentos. E ela confesou que me amava também. Foi o dia mais feliz da minha vida. O tempo foi passando, e Voldemort estava cada vez mais perto. Eu sei que tinha que derrotá- lo, mas minha vontade era de largar tudo e fugir com a minha Mione. Tinha muito medo de perdê- la. Eu andava muito angustiado pensando nisso, até que tomei a decisão de terminar meu namoro com ela. Somente para protegê- la. Depois que tudo acabasse, eu ficaria para sempre com ela, era tudo o que eu mais queria na vida.

Não sei se o dia foi o mais apropriado, pois estávamos completando seis meses de namoro. Mas eu não podia mais pô-la em risco. Entrei no Salão cunal, e lá estava ela, como sempre, lendo um grosso livro, sentada numa poltrona, em frente a lareira. Quando a vi, pensei comigo que não poderia desistir agora. Pois pensei o dia inteiro em como falar com ela, mas nada saiu da maneira como planejei.

- Mione... her... eu preciso falar com você!

Mas ela veio em minha direção com aquele sorriso doce, que eu tanto admirava e me beijou. Mas eu não consegui corresponder ao beijo, me senti muito mal, pensando no que vinha a seguir. Não deveria nem ter deixado ela me beijar. Parece que ela percebeu e soltou- me.

- O que foi Harry... algum problema?

Eu levei as mãos a cabeça, sempre o faço quando estou nervoso. Eu realmente estava muito nervoso. A olhei sério e resolvi ser o mais breve possível. Ela já ficando nervosa, me questionando...

- Eu não posso mais continuar com você... er... eu não quero!
Ela estava quase chorando. Droga, eu não queria ver ela sofrer. Mas eu não podia fracassar, era para o bem dela. Eu não suportaria ver ela morta, jamais! Continuei sério, tinha que soar verdadeiro, e ela me conhecia muito bem.
- Co como assim??? O que você tá me dizendo?

- Você ouviu muito bem! Não preciso repetir.
- Você tá me deixando por causa do Voldemort, não é? Harry, ele já sabe que estamos juntos, não adianta nos separarmos ag..
Eu sabia que ela saberia o motivo, mas eu tinha que ser forte, e negar tudo, por mais que ela não acreditasse. Não deixei com que ela terminasse de falar, por medo de fracassar e abraça- la, beijá- la... Como eu sentiria falta de tudo isso.
- NÃO MIONE!!! Você não entendeu! Não é que eu não possa, eu não quero!!! Não te amo mais entendeu??? Acho que nunca te amei... Foi só uma paixão ou sei lá!
Droga!!! Não foi legal o que eu disse, me odiei por ter dito que nunca a amei, mas era a única maneira. Mas mesmo assim ela não acreditou em mim. Não consegui olhar em seu olhos. Ela chorava muito. Eu não aguentava mais aquilo, e saí lhe deixando sozinha. Fui para o dormitório e cheguei chutando tudo. O Rony preocupado veio me perguntar o que estava acontecendo, e eu só consegui lhe dizer, antes de começar a chorar, uma única coisa:
- Eu terminei com a Mione...
Em seguida deitei e tentei me conformar, pois ela não podia saber que eu estava sofrendo. Expliquei tudo ao Rony mais tarde, e ele entendeu meus motivos. Fiz ele prometer que não iria lhe contar nada, e ele não contou. Nos dias seguintes, ainda ela vinha me pedir explicações, pedia pra eu voltar, falava que eu estava errado, e que ela sabia que eu lhe amava. Por dentro eu lhe dizia que sim, eu te amo mais que tudo Mione... mas para ela eu negava. Ainda bem que ela não conseguia ler mentes, pois se conseguisse, saberia que eu estava mentindo. Mas ela acabou se conformando, e veio me pedir desculpas pela insistência:
- Harry, eu acabei te entendendo... acho que podemos ser amigos né... pois apesar de tudo, sempre fomos amigos!
- Claro Mione...
E eu lhe dei um abraço. Não sei se ela acreditou em mim no momento, mas saber que ela tinha se conformado me deu um certo medo; medo de que ela depois da batalha não quizesse mais nada comigo. Mas eu tinha que correr este risco, por ela. Pela vida dela. Eu andava muito triste pelos cantos, nem treinar mais quadribol, que era uma das minhas grandes paixões, eu tinha vontade. E ela me pegava olhando para ela, eu tentava disfarçar, mas nem sempre conseguia. Até que chegou o terrível dia. Voldemort e seus capangas invadiram o castelo. Eu estava jogando xadrez bruxo com o Rony no Salão Comunal, a espera da Mione. Escutamos vários gritos, e foi então que Gina entrou desesperada pelo retrato da Mulher Gorda:
- Vol Voldemort... ele está aqui!!!
- Merlim, fiquem aqui todos!
- Eu vou com você!
Saí igual louco pelos corredores, com Rony atrás de mim. Eu olhava por todos os lados a procura dela, mas não a vi em lugar algum. Foi quando saí do casteo, que a vi pegando a varinha. Fiquei desperado, nunca senti tanto medo em minha vida. Medo de perder ela. Fui ao seu encontro e lhe puxei o braço. Ela virou- se assustada:
- Você me prometeu!!! Saia daqui agora Hermione!

- Eu menti! Vou lutar sim!
Ela havia mentido pra mim. Uma raiva muito grande me tomou naquele momento. Senti vontade de arrastá- la para dentro do castelo, ou de imobilizá- la e tirar ela dali. Mas tudo acontecia muito rápido ao nosso arredor.
- POR QUÊ? VAI LUTAR PELO QUÊ?

- VOU LUTAR POR VOCÊ E POR MIM, PELO NOSSO AMOR!!! EU TE AMO HARRY, E SEI QUE VOCÊ TAMBÉM ME AMA!

- CALA A BOCA! CALA A BOCA HERMIONE! NADA DISSO É VERDADE! EU NUNCA TE AMEI!

Estava tão nervoso, tão preocupado por sua segurança, que resolvi ser o mais rude possível com ela, para que ela desistisse de lutar por mim e saísse dali imediatamente. Mas não foi o que ela fez.
- CALA A BOCA VOCÊ! EU SEI QUE ME AMA... e só quer me proteger...

Após dizer isso, tocou o meu rosto. Ela já estava chorando. Eu estava com medo, muito medo. Podia sentir que Voldemort nos observava.
- Não se iluda! Eu não vou ficar com você, nunca mais! SOME DAQUI HERMIONE!
Foi então que o desgraçado atirou um feitiço contra nós... mas este passou entre nós dois. Olhei assustado para Voldemort, mas Dumbledore chegou para duelar com ele. Olhei para ela mais uma vez. E percebi que ao meu lado direito estava Cho, lutando contra um Comensal, se livrando dele com sucesso. Então ela veio até mim e me chamou. Eu já ia lhe responder, mas ela para minha surpresa me deu um breve beijo. Fiquei pasmo com a atitude dela. Olhei para Hermione, que me olhava chocada. Ela devia ter sentido muita raiva de mim no momento. Nem sei por que Cho me beijou, pois fazia dois anos que tínhamos terminado. Talvez por ela não gostar de Hermione, a quis provocar. Mas aquilo ajudou muito no momento, pois o que eu mais queria era que a Mione saísse dali. Mas ela me surpreendeu, pois azarou Cho alguns instantes depois.
- O QUÊ VOCÊ FEZ? TÁ LOUCA? OU TÁ LUTANDO DO LADO ERRADO?

- É O QUE EU DEVERIA FAZER... JÁ QUE NÃO ME QUER LUTANDO DO "SEU" LADO POTTER!!!

- COMO VOCÊ É BAIXA! ATACAR A CHO DESTE JEITO....
Confesso que fiquei irado com a atitude dela, afinal, Cho estava do nosso lado. Não podíamos desperdiçar nenhuma ajuda. Foi então que resolvi fazer a pior burrada da minha vida, a coisa da qual mais me arrependo até hoje, por que sei que eu feri ela com minhas palavras, sei o quanto fui duro, pois ela estava ali por mim, para lutar ao meu lado, e eu lhe magoei muito. Toquei em seu ponto fraco mesmo... lhe chamei de sangue ruim.
- Eu amo a Cho! Sai daqui agora, prefiro até que lute contra mim, mas não por mim! Eu não te amo entendeu, nunca te amei!!! SAI DAQUI SUA SANGUE RUIM!!!

Não sei como eu consegui falar aquilo olhando dentro de seus lindos olhos amendoados. Mas eu disse, e me odiei no momento seguinte. E mesmo assim ela não saiu de lá. Foi então que vi um feitiço vindo em sua direção e lhe protegi. E nesse momento eu vi o quanto ela estava magoada comigo.
- Não preciso que me defenda Potter! Eu sei me defender sozinha.
Ela saiu e me deixou ali. Eu fui em busca de Voldemort, e lutei bravamente. Procurava por ela, mas não a via. Foi então que lhe vi lutando com Lucio Malfoy. Tudo o que lhe falei foi em vão, pois ela estava ali, correndo tanto perigo quanto eu. E quando eu derrotei Voldemort, fui tomado de um alívio imenso. A única coisa que me veio em mente foi ela, minha amada. Saí correndo pelos jardins, procurano por meu amor. Mas não a encontrei. Fiquei muito preocupado, nem consegui comemorar direito a vitória. Mas foi então que Rony me disse que havia um bilhete dela para Gina, dizendo que tinha ido pra casa. Fiquei mais aliviado. Decidi dar um tempo pra ela, deveria estar me odiando, e pelo que a conheço, deveria deixar a poeira abaixar. Mas eu pensei errado, pois ela sumira, não dizendo a ninguém pra onde fora.
Eu fui até a casa dela dela falar com seus pais mais de uma vez, mas eles não me revelaram o paradeiro da filha. E ainda por cima me disseram que "eu" era o único que não deveria saber onde ela estava. Aquilo me doeu. Ela deveria estar muito magoada. Resolvi procurá- la por muitos lugares, mas não obtive sucesso. Foi então que resolvi aceitar um emprego e fazer uns cursos. Um dia ela iria voltar, eu pensava comigo.
Foi então o dia em que o Rony me enviou uma couruja dizendo:
Harry
A Mione volta pra Londres hoje... e vai vir aqui em casa sab a tarde. Apareça
Rony...
Uma grande esperança me encheu o coração. Pois minha vida, nos últimos três anos, estava muito vazia, sem ela por perto. Nunca mais quis saber de outra mulher, e olha que o que mais tem é mulher atrás de mim. Mas eu só tenho olhos pra ela, meu coração é e sempre será só dela, da minha Hermione.
Chegou o sábado e eu fui até a Toca. Quando entrei na sala, a vi, linda, sentada no sofá. Fiquei sem ação. Minha vontade era de ir até ela e abraçar- lhe. Mas eu tinha que ir com calma. Ela me olhou com rancor, e levantou- se em seguida.
- Gina, estou indo embora! Eu te escrevo.

Ela estava me ignorando. Iria embora. Eu não podia deixar isso acontecer. Tinha que esclarecer tudo. Tinha que lhe dizer que a amava mais que tudo, e que ela sempre teve razão. Tinha que lhe pedir perdão. Foi então que segurei seu braço a empedindo de sair. Notei que todos saíram da sala. E também pude perceber que ela estava muito deconcertada com tudo o que estava acontecendo.
- Não vá! Preciso falar com você!

- Não tenho nada pra falar com você Potter! Me solta!

- Mas eu tenho, e você vai me escutar. Estou há três anos com isso entalado na garganta. E não posso mais esperar.

- Eu não quero ouvir. Me solte!

- Me perdoa Mione... eu sei que errei, errei feio com você! Mas você tinha razão, eu só queria te proteger. Não sabe como me doeu te dizer aquilo tudo. Depois que tudo acabou, fui correndo a sua procura, mas não te encontrei em lugar algum. Fiquei muito preocupado. Você sumiu sem deixar rastros... se não fosse Rony me contar que você estava bem...

-Ah então foi o Ronald!? Humf, eu deveria imaginar!

Eu sempre te amei Mione, me perdoa... por favor...

Ela estva muito magoada, eu não imaginei que fosse tanto assim. O olhar dela era frio, vazio, na verdade me olhava com desprezo. Senti vontade de chorar, e pude sentir meus olhos embaçarem.
- Se me amava, por que deixou que Cho te beijasse?

- Eu não tinha imaginado isso, mas acho que ajudou na hora e...

- Hahahaa... e como! Até me disse que amava ela. Ah, quer saber Potter, eu não posso te perdoar, eu não consigo, e sinceramente... eu não quero! Pra falar a verdade eu... eu... TE ODEIO!

Ela me odeia! Como me doeu ouvir aquilo vindo da pessoa que eu mais amava na vida. A minha razão de viver era ela. Mas eu fiz tudo errado. Senti que não podia mais me segurar e chorei. Ela estava firme no que dizia, suas palavras saíam seguras demais, e eu estava com medo, medo de perdê- la mais uma vez. Foi então que ela me deu as costas e saiu em direção a porta. Senti meu mundo desmoronar. Tinha muita esperança de ouvir que ela ainda me amava, e que quando eu lhe contasse toda a verdade, ela corresse para os meus braços. Mas eu deveria saber. A Mione nunca fora igual as outras garotas. E era por isso que eu a amava tanto. Eu ainda tentei mais uma vez...
- Mione...

Ela parou, mas nem sequer olhou para trás, apenas me disse friamente, assim como agi com ela aquele dia:

- É tarde demais Potter...

Eu desabei no sofá, enterrei o rosto nas minhas mãos e só o que consegui foi chorar e susurrar pra mim mesmo:
- eu te amo Mione... e não vou desistir de você!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (1)

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.