Paris



Em um avião trouxa rumo a Paris era onde se encontrava o loiro de olhos azuis e sem nenhuma expressão no rosto. Draco Malfoy se mudava para viver sua vida de uma forma diferente, onde as pessoas não o julgariam e nem ficariam cochichando coisas toda vez que ele passasse.
Estava deixando seu passado fazer parte do passado, inclusa nele Hermione Granger, e buscando construir seu novo e diferente presente.

Em Londres o clima não era um dos melhores, na verdade era bem triste. Hermione encontrava-se no cemitério, rodeada de muitas pessoas e admiradores que vieram prestar homenagens e orações ao maior apanhador de todos os tempos. Vitor Krum. E em seu colo o pequeno Darthan que estava triste, apesar de não entender o que se passava.
Harry estava ao seu lado, com sua filha Jemily no colo, e Gina no segundo mês de sua gravidez que descobrira naquela mesma manhã.
Rony e Parvati também estavam lá e claro que com esse fato ruim, ainda nem tinham dado a noticia de seu noivado, e a data do casamento que já estava marcado.

Alguns dias depois, Hermione descobriu que estava mais uma vez grávida. Era impressionante, apensas uma noite com Malfoy e já estava esperando o segundo filho dele, que rapaz fértil!
Agora não havia mais nada a se fazer, então contou aos meninos, claro, não disse quem era o pai, afinal, o encontro da caverna era o segredo de Hermione Granger. Para todos os efeitos, o pai da criança era Vitor Krum.

Quatro anos depois, Hermione havia tido uma indicação para Aurora-Chefe, mas deveria representar-se como uma durante um ano, e se fosse apta, continuaria a exercer o cargo.
Darthan já era um rapazinho de seis anos, muito parecido com o pai, alem da aparência, na personalidade. Era teimoso, frio, porém às vezes muito carinhoso, possessivo, e tudo mais que se pode esperar de um Malfoy. Vivia aprontando travessuras, especialmente com Henry.
Henry era o filho mais novo de Harry, um ano mais novo que Darthan, mas eram grandes amigos e sempre se metendo em encrencas. “Por que será?” o único problema era quando Henry ia brincar com Hannah, Darthan ficava furioso, e logo dava um jeito de afasta-los.
Hannah, irmã mais nova de Darthan, tinha apenas três anos, pele bem pálida como a do irmão, cabelos encaracolados e negros como os do avô materno, olhos azuis como os do pai. Hermione inventou milhares de parentes para explicar a aparência da filha, que tinha poucas coisas dela e nenhuma de Krum. E todos acreditaram.
A pequena era falante e adorava ser a dona da verdade, o centro das atenções, vivia discutindo com a “prima” (era assim que se consideravam) Jemily, que era ruivinha, um tanto certinha, tudo sempre em seu devido lugar.
Rony havia se casado e Parvati agora estava grávida, finalmente.

- Hermione ainda não acredito que estás indo embora – disse Gina com os olhos marejados.
- Calma Gina, é sôo um ano, e além disso vocês vão me visitar todos os fins de semana.
- Mas as crianças não podem aparatar – disse Rony.
- Ai, ai, Ronald. E pra que existe pó de flu?
- É mesmo, foi mal.
- Hermione vai ser só um ano mesmo não é? – perguntou Harry.
- É... hum... Acho que sim, porque a pergunta?
- Não sei, algo me diz pra perguntar, mas como “acha” que sim? A senhorita terá que voltar, nossos filhos irão crescer juntos, lembra? Foi o combinado.
- Lembro! É claro que lembro, não esquenta Harry... Ei gente, não é o fim do mundo!
- E Darthan e Hannah? Onde estão? – perguntou Rony.
- No trem com Carmem, a babá, quando eles chegarem eu já estarei a espera... Bem, é melhor eu ir agora... Gina, você tem o endereço né?
- Tenho sim, não se preocupe.
- Então, os espero no próximo fim de semana!
TRACK

A casa era enorme para Hermione, sete suítes, uma sala enorme, cozinha grande, piscina, etc. a decoração era branca e prata, tudo bem claro no geral. Os cômodos tinham outras decorações.
Bem no entro a frente da entrada, havia uma linda escada que no meio se dividia para os dois lados, direito e esquerdo.
As crianças chegaram, adoraram a nova casa e se instalaram após o jantar. Hermione pegou um livro como de costume, e pôs se a ler em frente a lareira para as crianças, as vezes contos de fadas trouxas, outras, historias encantadas de bruxos. Os dois adoravam aquele momento.
- Mamãããããe!
- Han hannah?
- Que livo a senhora vai le hoje?
- Não sei ainda, quer que eu leia algum em especial?
- Bela e a feia.
- Ah não Hannah, essa não.
- Quer qual Darthan?
- Ali babá e os quarenta ladrões.
- Vou ler... Romeu e Julieta, de Shakespeare, achei uma versão com uma linguagem fácil.
- Mamãe?
- Sim?
- O que é linguagem?
- É a maneira como se fala – adiantou-se Darthan – e quando você vai começar a usar o R?
- Darthan deixe a sua irmã.
- Ta.
- Vou começar: Numa antiga cidade pequena, as duas famílias Montego e Capuleto eram arque rivais, as famílias mais conhecidas da cidade. Montego, era uma família humilde e com poucas condições financeiras, já os Capuletos eram ricos e esbanjavam seu dinheiro...
*Tempo depois
- ... e lá estava ela, um perfeito anjo na escada a olhar a lua, o rosto mais belo que já vira...
Hermione parou de ler e olhou para seus filhos. Darthan estava bastante sonolento, mais dormindo que acordado. Hannah estava com seus olhos azuis esbugalhados, prestando atenção sem ao menos piscar.
- Bom, por hoje é só – disse Hermione fechando o livro.
- Ah mamãe, conta mais.
- Não querida, amanhã eu continuo, já pra cama.
A jovem carregou o filho que dormia, segurou na mãozinha de Hannah e subiram as escadas. Ela os deixou em seus quartos, dando-lhes um beijo na testa, cobrindo-os, e logo depois foi dormir.
Pela manhã acordou bem cedo, mas antes de sair deixou um bilhete na geladeira e foi para uma reunião para seu próximo trabalho.
“Carmem, não esqueça da mamadeira de Hannah, deve ser as 8:30 em ponto. E quando Darthan acordar, dê a ele o cereal de fibras, não o de chocolate. Volto as 18:00 horas, e não saia com as crianças hoje”.

A jovem de vinte e quatro anos entrou na sala de reuniões de um pequeno Ministério filial. Havia uma mesa enorme repleta de homens e apenas uma mulher de idade bem mais avançada, perto da cabeceira, havia um lugar vago, para onde se dirigiu desejando bom dia a todos.
Após vários assuntos terem sido discutidos, o Sr Wilson, representante da filiação do Ministério disse:
- Bem Sra Krum, seus dias de patrulha diminuirão de 5 para 2 por semana, e serão nas terças e sextas, até que o dia esteja prestes a amanhecer. De acordo?
- Sim. De acordo.
- Esses são os melhores monitores-aurores – disse apontando para alguns homens a sua frente.
- Todos homens!
- Sim, fazer o que né? – disse Wilson desconcertado.
- É – fez cara feia.
- Nessa primeira semana, você vai patrulhar 3 horas todos os dias, para conhecer as localizações.
- Tudo bem.
- O monitor-chefe dos aurores, o segundo no comando depois de você, irá lhe auxiliar.
- Tudo certo. E quem é? – perguntou olhando pela mesa, esperando que alguém se manifestasse.
- Oh não Sra Krum, ele não está aqui.
- Não? Não veio conhecer sua chefe?
- É que ele é meio genioso.
- Vamos ver.
- Bem, então, reunião encerrada. Seja bem vinda a corporação.
- Obrigada.
- O Sr Nosferatus a pegará as 20:00 na sua residência hoje.
- Nossa, que sombrio.
- Por aí você tira.


A jovem chegou cedo em casa, bem mais cedo do que dissera, a tempo de almoçar com seus filhos que já estavam a mesa.
- Bom dia meus amores, cheguei.
- Oi mamãe! – disse Hannah.
- Oi – disse Darthan.
- O que você tomou no café da manhã Darthan? – perguntou a mãe.
- Cereal.
- Qual cereal?
- O de sempre.
- Darthan.
- Ta, foi o de chocolate.
- Ai, ai. Pra que eu ainda me iludo?!
- Não esquenta mamãe... e ah, o tio Harry ligou, disse que passa aqui na sexta com os pestinhas – disse Hannah.
- Pestinhas iguais a você! Hehehe. Vocês querem ir dar uma volta de tardinha naquela praça do quarteirão ao lado?
- Eu queo mamãe! Pa bincar com a minha boa amalela que o tio Harry me deu.
- Eu não, vou começar a ler um livro.
- Outro já? Qual o nome?
- “Vampiros e onde habitam”.
- Ai filho, por que não lê algo mais sutil?
- Porque eu gosto de livros assim mamãe.

Mais tarde, quando o sol já não estava mais forte, as duas saíram para passear na praça. Lá Hermione sentou-se num dos bancos para ler um livro enquanto hannah ia brincar com a sua bola amarela de um lado para o outro.
Numa de suas batidas na bola contra o chão, ela quicou para longe caindo no colo de um homem sentado em outro banco. Com o susto, rapidamente largou o livro, pegou a bola, e olhou de um lado para o outro esperando ver de quem era a bola.
- Moço! Moço!
O rapaz olha para baixo e vê uma linda garotinha de vestido rosa puxando a sua calça.
- Oi garotinha, imagino que essa bola seja sua.
- É sim! Me dá ela?
- E como eu vou ter certeza que essa bola é sua?
A menina franziu a testa e ergueu o lado esquerdo da sua sobrancelha parecendo surpresa. E o jovem adorou vê-la fazer aquela cara.
- Porque foi meu tio que me deu.
- Qual seu nome pequena?
- Não posso dizer.
- Porque?
- Porque você é um estanho.
- Ah...
- E a mamãe disse pa eu não falar com estanhos.
- A sua mãe deve ser chata.
- É nada!
- Aposto que é.
- Nem é. Ela é linda, e se você não me der a minha bola amalela, ela vai te enfeitiçar e te tlansformar um sapo!
- Ela é bruxa?
- É.
- Mas você não pode falar essas coisas por aí.
- Ela já me disse.
- Pois é.
- Ta moço, eu já sei, agora me da a minha bola?
- Claro pequena, tome aqui.
- Obigada.
- De nada, agora pode ir brincar.
- Moço?
- Sim?
- O senhor é bonito.
Ele sorriu.
- Obrigada, tão bonito quanto a sua mãe?
- Aham.
- Me conte como ela é?
- Ela tem a pele clala.
- Pele clara como a sua?
- Hehehe, não moço, mas escua um pouco, moena clala.
- Humm.
- Olhos castanhos e cabelo escuo, quase peto...
- Deve ser bonita mesmo.
- Hannah! Pare de incomodar o moço! – disse Hermione carregando a filha – ela fala muito.
Hermione deparou-se com um homem alto, bem forte, cabelos loiros e grandes até os ombros, barba mal-feita e seus olhos cobertos por óculos escuros.
- Vo... você é a mãe dela?
- Sou sim – respondeu sorrindo – porque?
- Tão nova, e já tem uma linda mocinha.
- Obrigada, precisamos ir.
- Mas já mamãe?
- Já Hannah, mamãe daqui a pouco vai sair para trabalhar.
- Tchau moço – disse Hannah, balançando a mão de um lado para o outro do colo de sua mãe.
Em casa, Hermione foi tomar banho assim que chegou e Hannah correu para o quarto de Darthan.
A garota vestiu-se, tirou sua capa da gaveta, apanhou sua varinha, e quando saiu do quarto, deparou-se com Darthan encostado na parede a sua espera.
- Hermione – as vezes ele a chamava assim.
- Sim?
- Quem dói esse homem que vocês falaram hoje?
- Não sei, não o conheço.
- Fala com alguém que não conhece?
- Darthan! A mãe aqui sou eu. Boa noite.
- Vais sair?
- Sim. Vou trabalhar Darthan.
- Ah, ta.
- E quando voltar quero vê-lo dormindo.
Blim-blom – a campanhia soou.
- Ele chegou!
- Ele?
- Sim, ele.
- A senhora vai sair com um homem?
- Sim!
- Quem?
- Não conheço.
- O que?
- É a trabalho.
- Mas mãe...
- Darthan, já chega por hoje.
- Mães!
- Filhos!
- Boa noite pelo menos dona Hermione – gritou ele enquanto ela descia as escadas rapidamente indo de encontro a porta.
- Boa noite filho – e abriu a porta.
“Que homem grosso, nem ao menos me esperou na porta – pensou Hermione fechando a porta e indo a direção ao carro parado a sua frente – mas carro é lindo! Nossa! Um Audi T3”.
A menina tentou abrir a porta do carro que estava travada.
- Arght!
Toc Toc Toc – bateu na janela
“ Esse homem já está me tirando do sério!” – pensou.
- Boa noite – disse tentando ser simpática.
- Boa – respondeu friamente.

Hermione o olhou, todo preto, de capa e capuz, não podia ver seu rosto. Ficaram o caminho todo em silencio, ambos olhando apenas para frente. Até que ele se move para ligar o aquecedor após ouvir os dentes da garota trincando de frio. Eram as férias de inverno, bem próximo ao Natal.
- Chegamos – disse desligando o carro e saindo sem espera-la.
- Mas como você é rude – falou ela batendo fortemente a porta do carro.
- Se quebrar paga-me um novo.
- Ham! Dá pra tirar esse capuz? Não sou nenhuma medusa que vai te petrificar só de te olhar.
- Hahaha – ele começou a gargalhar e abaixou o capuz.
- Esse cabelo... Hei! – gritou ainda na frente do carro – você é o jovem de hoje a tarde, do parque!
- Sim! Hahaha – continuar a rir.
- Mas que diabos você está rindo? E... Por que você não vira de frente pra mim?
- Sou mais que o homem do parque – falou virando-se.
- Por Merlin! - exclamou com os olhos extremamente aberto.
- E estou rindo porque adoro te ver irritada.
Silêncio.
- Sim Hermione Granger. Não vais cumprimentar seu antigo amor? – falou sorrindo.
- Cara Granger, eu sei que a minha beleza deixa qualquer uma sem fala, mas já fomos namorados, já poderias estar acostumada.
- O que você faz aqui?
- Também foi bom rever você.
- Estou falando sério! O que você faz aqui? – falou ela se aproximando.
- Eu trabalho, moro e vivo aqui.
- Desde quando um Malfoy vive como trouxa?
- Desde que você me abandonou na caverna, e não vivo completamente como trouxa, trabalho como bruxo.
- Eu não acredito que com todo esse mundo eu vim parar justamente aqui com você.
- Qual o problema Granger? Por que minha presença te perturba tanto? Será que é por que ainda não me esqueceu?
- Vai sonhando.
- Só se for com você.
- Seu estúpido! Após sete anos você não mudou nada, está igual como Hogwarts!
- Você mudou.
- É mudei.
- Ta mais durona.
- A vida me fortaleceu.
- E mais linda.
- Ai Draco!
- Draco? Hum? Estamos íntimos novamente!
- É claro que não.
- Você quem disse.
- Ai cala a boca! Seu irritante!
- Digo o mesmo.
- Por que Nosferatus?
- Sobrenome do meu avô.
- E por que o usou?
- Não usei. Minha avó trabalhou muitos anos lá, super conhecida, aí os velhos caquéticos me chamam assim.
- Vamos logo fazer a patrulha que eu quero logo voltar pra casa.
- Patrulha? Que patrulha?
- Que devemos fazer hoje.
- Não se preocupe, você não faria uma patrulha de verdade hoje, tem outros aurores patrulhando, seria apenas pra você se localizar.
- Então façamos logo.
- Não acho necessário.
- Eu também não, então quero voltar pra casa agora.
- Mas mal chegamos.
- Malfoy, eu quero voltar pra minha casa.
- Tudo bem, entre no carro. Mas vamos conversando no caminho. Tudo bem?
- Tudo. Agora vamos logo!
- É você quem está enrolando para entrar no carro.
- Ótimo, agora quer conversar sobre o que?
- Por que você está tão perturbada? Ta com medo de mim?
- Eu? Medo de você? Por favor né, apenas quero voltar pra casa, é só isso, e nada mais.
- Ah é, agora você tem uma linda filha pra cuidar.
- O que tem a minha filha? – perguntou ela rapidamente assustada.
- Nada ué, a achei linda e muito inteligente... Assim como a mãe – disse sorrindo.
- Draco, agora nós seremos colegas de trabalho, então é melhor deixar bem claro que... nós não temos mais nada... a caverna foi apenas vingança.
- Tudo bem, nada que eu já não soubesse. Bem, chegamos.
- Por que a luz da sala está acesa? – perguntou saindo do carro.a
A porta da frente se abriu e Hannah veio dentre ela correndo em sua direção, vestida com sua camisola branca de ursinho, pulando em seu colo com muita força.
- Hannah! O que fazes acordada hein?
- Tava espeando você chegar, o Darthan falou que tem um lobisomem no meu quato.
- Ai seu irmão não toma mesmo jeito!
- Oi pequenininha! – disse Draco por trás de Hermione.
- Oiiii! Mãe é o moço do paque!
- É filha, é ele sim.
- E cadê aquela sua bola amarela, pequena?
- Ta no meu quato, o tio Harry sempe disse pa guarda depois que acabo de binca e... eu não sou pequena.
- Tio Harry? Hahaha. Eu sou um outro tio seu que você não conhecia, mas sou muito mais legal que o seu tio Potter.
- Hehehe
- É melhor entrarmos agora.
- Até amanhã Granger.
- Mamãe, quem é Gange?
- Sou eu. Nome de solteira.
- O que é isso?
- Ai filha, amanhã eu explico.
- Ta.
- Boa noite titio, titio o que?
- Dra...
- Nosferatus! – adiantou-se Hermione.
- Os o que?
- Pode me chamar de Tom.
- Ta bom. Boa noite titio Tom.
- Boa.
As duas entraram e Draco adorou conversar com a menina, na verdade, havia adorado Hannah.

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