Como Tudo Começou...
- Aff... Guerra idiota!
Em casa Gina pensa em toda sua vida. Em tudo o que aconteceu a ela desde que vira Harry pela primeira vez na Estação de KingCross. Da sua súbita paixão pelo menino-que-sobreviveu. Da vez que ele a salvara na Câmara. Em tudo o que passaram...
Surpreendeu-se quando Harry se dissera apaixonado por ela, no sexto ano dele e quinto dela. Começaram a namorar, terminaram no mesmo ano, e no mesmo ano voltaram. Quando ele terminou Hogwarts, ela sentiu-se triste. Passou um ano sem vê-lo, o pior de sua vida em sua opinião...
Formou-se. Harry disse que queria ficar com ela pra sempre. Esse foi então o dia mais feliz de sua vida. E no Natal do mesmo ano, ficaram noivos. Gina quase teve uma síncope de tanta felicidade. Ficaria junto do homem de sua vida para sempre.
Mas como nem tudo são rosas, o tempo foi passando, e nada de Harry marcar a data do casamento. Gina estava impaciente com tanta demora, afinal já era 1 ano e meio de espera. Vendo toda a aflição da ruiva, Harry sugere que ela vá estudar medicina bruxa, já que ela estava parada desde que se formara. Gina, então vai estudar em Paris, com a promessa de que se casaria com Harry quando ela voltasse, tempo que ele disse ser o suficiente para a derrota de Voldemort.
Ficou hospedada na casa de Gui e Fleur. O curso teve duração de três anos e nesse tempo Gina tinha notícias da guerra através de Gui, que trabalhava no Ministério, pelo jornal e quando ia visitar os pais, o que acontecia cada vez menos. Porém, o tempo foi passando e número de aurores foi diminuindo... A guerra estava ficando cada vez mais difícil e Gina sentia-se triste, com medo de que seu sonho de se casar com Harry fosse mais uma vez adiado.
Mas esperaria. Já tinha esperado seis anos pra que ele lhe visse como mulher, e não como a irmã mais nova de seu melhor amigo. Amava-o demais. E isso era suficiente para que ela esperasse o tempo que fosse. Pelo menos era o que ela achava. Com o fim do curso, Gina voltou para Londres disposta a casar com Harry, mesmo sem a guerra ter se findado.
- Será que não era melhor eu ter ficado?
***** FLASHBACK *****
- Ai Gui, vou morrer de saudades do tempo que passei aqui... – Gina despedia-se do irmão com a voz chorosa.
- Não serr porr isso Gina, semprre que vocês quisserr serrá bem vinda! – Fleur disse indo abraçar a cunhada.
- Ah... Obrigada cunhadinha. E vocês dois, comportem-se, ok? – Ela disse virando-se para os gêmeos Theodore e Eduard, filhos de seu irmão.
- Tia Zina, a zenti vai sentir xodadi di voxê... – Ed disse triste.
- É tia Zi, fica com a zenti mais um pouquinho! – Theo pediu, fazendo com que a ruiva derramasse mais lágrimas do que julgou capaz.
- Meus lindos, - ela disse ajoelhando-se em frente aos dois – a tia Gina tem que ir pra casar com o tio Harry. Mas eu juro que eu vou voltar sempre, ok?
- Ok, a zenti vai espelar. – Ed disse indo abraçá-la.
- E xe voxê não vier, a zenti vai te buscar, hein mocinha! – Theo falou enquanto a abraçava.
- Manda um beizo pla vovó... – Ed.
-... plo vovô... – Theo.
-... plo tio Lony... – Ed.
-... pla tia Mione... – Theo.
-... plo tio Fled... – Ed.
-... plo tio Zorze... – Theo.
-... e plo tio Haly! – Os dois.
- Eu já vi isso antes... – Gina disse rindo, lembrando de Fred e Jorge.
- Mon Dieu, serrá que terremos outrros Frred e Jorrge? – Fleur disse com a cara de preocupada, arrancando mais risos de Gina e Gui.
- Pois é. – Gui respondeu enquanto os dois sumiam pela casa.
- Pode deixar que eu mando o “beizo”.
- Então Gi, você tem certeza que não quer ficar mais um pouco com a gente? – Gui disse, arrancando um suspiro triste da irmã.
- Não Gui. Agradeço a hospedagem, mas já está na hora desse casamento acontecer. Não agüento mais esperar. E também tem o fato de eu estar morrendo de saudades de casa!
- Certo. Vou esperar ansiosamente o convite.
- Pode esperar. – A ruiva disse pegando um pouco de pó de Flu – Tchau gente! – E jogando o Flu na lareira gritou – A Toca!
Naquele turbilhão de chamas e em meio àquele enjôo conhecido, Gina só pensava em chegar em casa. Sentiu os pés tocarem o chão firme e, após alguns segundos, tudo ao seu redor tomou forma. Os tons pastéis e o cheiro e comida vindo da cozinha indicavam-lhe: ela estava n’A Toca. Ia andando na direção da cozinha quando sentiu braços gordos e aconchegantes abraçando-a e um mar de fios ruivos taparem-lhe a visão. Deixou-se acolher no abraço.
- Gina minha filha! Como senti saudades! – A matriarca Weasley apertava tanto a jovem que ela nem pôde falar – Arthur, Fred, Jorge, a Gina chegou!
Mas Gina mal teve tempo para respirar, pois nem bem a mãe soltou-a e ela sentiu novos braços puxando-a, dessa vez de seu pai.
- Minha princesinha voltou! – Arthur disse como se Gina fosse uma criancinha de 5 anos. – Papai sentiu tantas saudades.
- Eu tamb... – Não pôde completar.
- MANINHA! – Os gêmeos jogaram a ruiva no sofá e caíram em cima dela, fazendo uma grande bagunça.
- Meninos, saiam de cima da sua irmã, vocês vão matá-la desse jeito! Arthur, vai buscar um copo de água pra Gina que ela tá ficando roxa!
Depois de alguns minutos, divididos entre o desespero e a recuperação, Gina finalmente conseguiu falar.
- Ouch... É bom ver vocês também. Tirando o fato de eu quase ter morrido... – Ela disse rindo, fazendo os gêmeos e Arthur rirem, e Molly dar-lhe mais um abraço.
- Ora Gina, a gente tava com saudades de você!
- É... mamãe... eu... per... cebi... – Ela respondeu tentando sair do abraço. – Ora mamãe, deixe-me respirar!
A cara de chorona da Sra. Weasley foi tão engraçada que ninguém se agüentou e várias risadas se fizeram ouvir n’A Toca. Depois de um longo tempo, onde Gina contou como fora o tempo que passou na casa de Gui, o Sr. Weasley saiu para o trabalho e Gina foi para o quarto tomar um banho e arrumar as coisas.
- Será que eu posso matar as saudades da minha irmã? – O ruivo pôs a cabeça para dentro do quarto, onde Gina terminava de arrumar as roupas, depois de um relaxante banho.
- Ron, que saudades! – Ela disse largando uma peça de roupa que acabara de dobrar e correndo em direção ao irmão.
- Nossa, pelo visto você estava mesmo com saudade.
- Claro que sim. E cadê a Mione?
- Tá lá embaixo. Mas não está sozinha. – Ele disse quando Gina ia se direcionando à escada para descer.
- E quem mais está aí?
- Veja você mesma!
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As lembranças daquele dia traziam grande tristeza e um enorme aperto no peito da ruiva Aquele fora o dia em que ela recebera a proposta que mudaria sua vida, e que ela nunca pensou que fosse se arrepender tanto em aceitar.
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Depois de matar as saudades e conversar com Rony e Hermione, Gina perguntou o que vinha lhe incomodando desde que conversara com Rony no andar de cima, e que ela esquecera por alguns minutos.
- Ron, você disse que tinha outra pessoa aqui.
- Sim, tem.
- E onde ela está?
- Vá lá no jardim. Deve estar nos balanços...
Rony mal terminou de falar e uma Gina apressada saía para o jardim, indo em direção aos balanços feitos por Arthur numa árvore grande, com vista para a rua. E lá estava ele, sentado num dos balanços olhando para algum lugar que Gina não prestou atenção. Seus cabelos negros bagunçavam-se ainda mais com a brisa gostosa do fim da tarde.
- Harry?
- Gina! – O moreno disse levantando-se do balanço e virando-se em direção à ruiva. Gina correu para abraçá-lo e pulou no colo dele, Harry rodou com ela no colo. – Que bom que você voltou meu amor. Estava com saudades.
- Eu também Harry! – Ela disse com lágrimas nos olhos. – Nesse tempo que fiquei longe tive ainda mais certeza de que te amo e quero viver para sempre com você.
- Oh Gina... – Harry disse com a coragem quase indo embora. Tinha que conversar seriamente com ela, mas parecia que ela fazia tudo para dificultar as coisas.
- Não vejo a hora de nos casarmos.
Harry afastou-se da ruiva e fitou-a, a expressão de felicidade indo embora, dando lugar a um semblante triste. Ela assustou-se.
- O que foi Harry?
- Gina, nós precisamos conversar. Sobre o nosso casamento.
- Ah sim, pode falar. – Ela animou-se de novo.
- Bem, você sabe que eu te amo e que o que eu mais quero na vida é ser feliz com você...
- Claro que sei! Eu também desejo muito isso.
- Então...
- Então? – Ela disse cruzando os braços desconfiada, tornando ainda mais difícil para ele falar o que queria.
- Er... Então é que... Bem... Eu...
- Harry, por favor, não enrole. O que você tem pra me falar?
- É que eu acho melhor a gente esperar que a guerra acabe pra gente poder casar.
- O QUÊ? – Ela disse inconformada e relativamente alto, fazendo com que Harry ficasse ainda mais nervoso, se é que era possível. – Eu achei que quando eu voltasse... Seria... A gente...
- Gina, por favor. – Ele pegou nas mãos dela, que já estava chorando, ele também. – eu não posso me casar com você sabendo que posso morrer a qualquer momento nessa guerra.
- De novo! De novo essa guerra! – Gina disse soltando as mãos dele. – Foi por causa dela que você terminou comigo no sexto ano, foi por causa dela que eu fui para a França e fiquei longe de você... Harry, não deixe a guerra nos separar mais uma vez.
- Por favor, Gi, não torne isso mais difícil do que já está sendo. – Ele disse passando a mão pelo cabelo nervosamente, sem se importar com as lágrimas que caíam sem para de seus olhos – Tente me entender. Eu, mais do que ninguém, estou sofrendo muito com essa decisão, mas acho que é o melhor a se fazer agora. Por favor, ruiva, me entenda...
- Sinceramente, - ela disse levantando a cabeça e com os olhos tão vermelhos quanto seus cabelos – te entender eu não vou. Não dá, é demais pra mim...
- Gina, meu coração está despedaçado! Cada palavra, cada lágrima sua é como um Crucio em mim. Eu juro que não queria estar fazendo isso. Mas logo, logo essa guerra vai acabar, e aí nós vamos poder nos casar.
- Olha Harry, eu essa foi a pior notícia que eu já recebi na minha vida...
- Entenda, eu NUNCA me perdoaria se eu casasse com você e algo de ruim acontecesse, comigo e principalmente com você. Já está sendo um tormento saber que você corre perigo, Voldemort e os Comensais podem tentar...
- Eu quero que eles se danem! O que me importa é ser feliz com você.
- Eu também quero isso Gi, muito...
O beijo que se seguiu à essa conversa foi o que melhor podia acontecer naquele momento. Era como se aquele fosse o primeiro beijo. O mundo podia parar naquele momento que pra eles não ia importar...
O que eles queriam era passar todo o sentimento que sentiam pelo outro naquele beijo.
- E então Gi? Você aceita minha proposta?
- Fazer o que? Tem outro jeito?
Ela sorriu triste e ele ficou muito aliviado, apesar de triste. Entraram e contaram sobre na decisão para os Weasleys, apesar de Gina ainda querer protestar. Depois de muitos “ele está certo” e “vai ser melhor assim”, Gina acabou conformando-se. Não totalmente.
***** FIM DO FLASHBACK *****
- Ah Harry, eu te amo tanto!
Apesar de concordar com a proposta de Harry, Gina nunca se conformou em ter que ver seus planos serem adiados mais uma vez por causa da guerra. E foi esse o motivo dela não querer se envolver; via tudo acontecer de fora, sem se meter, mas com o coração na mão cada vez que Harry e a Ordem saíam para lutar. Que merda de guerra que não acabava nunca!
E estava ela ali mais uma vez, sem querer se envolver, mas triste por ver como Harry ficava depois de mais um dia sem pista de Voldemort ou dos Comensais.
- Merlin, quando será que essa guerra vai acabar?
E foi pensando em tudo o que aconteceu que Gina adormeceu, triste e deixando escapar uma única lágrima como todas as que ela deixava escapar todos os dias, retrato de sua profunda dor.
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N/A: Oi gente!!!
*se esconde das maldiçoes*
Bom, desculpem pela demora da postagem mas é que primeiro eu não sabia que tinha mudado o dómínio da F&B de .com.br para .net; e outra pq euzinha aqui tinha perdido a fic... O_o'
Bom, mas aí está o novo capítlo, a Gi lembrando como foi que tudo começou entre ela e o Harry.
É isso aí, agora só falta vcs comentarem, né? Ah, vai... Por favor!!!
Bjks!
Nanadika P. Potter
P.S.: Tava com saudades!!!
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