Separados pelo Destino- BÔNUS
Obs: Estou escrevendo esse capítulo, como bônus, talvez tenha continuação, é uma história que mais ou menos aconteceu comigo também, mas por sorte encontrei minha mãe depois.
Tiago e Lílian agora eram filhos de Cedrico e sua esposa.
Cedrico não era um homem normal, conseguia às vezes ficar duas semanas sem voltar para casa, o que os filhos não estavam gostando nada.
Tiago e Lílian aos 3 anos foram separados pelo Destino em uma certa tarde.
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- Tiago- disse sua mãe passando o braço pelo bebê chorão, acariciando o rosto do filho para que parasse de chorar por aquele brinquedo na vitrine.
- Lílian, vamos- disse sua mãe pegando na sua mão- Tem um metrô que sai agora, ás 9:00, vamos.
Lílian ergueu sua mãozinha pequena e apertou com força na de sua mãe pedindo proteção, pois estava totalmente confusa no meio daquela multidão e com medo de se perder.
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Chegando no metrô, Flávia deixou Tiago no chão e pegou uma bolsinha cheia de moedas, foi separando-as e entregou para a mulher que vendia os passes para permitir a viagem de metrô.
- Criança não paga né?- perguntou Flávia.
- Quantos anos?
- 3 anos, são gêmeos- informou.
- Não precisa- respondeu ela- Pode ir.
Flávia pegou Lílian dessa vez no colo que apoiou no seu ombro, enquanto Tiago apertava a mão da mãe e com a outra mão passava o dedo nos dentes.
Pelo que deu para entender até agora, que Flávia e Cedrico não eram muito ricos, não, eles não eram ricos, mas não eram pobres, Cedrico que era muito mão de vaca, pensava demais no Futuro do seus filhos, morria de medo de uma dia morrer e deixar os filhos no mundo, então depositava o seu dinheiro em Gringotes para que um dia seus filhos pudessem usa-lo.
- Ah, aqui está- disse Flávia entregando o passe para o segurança que enfiou o papel branco na máquina e o passe foi sugado, um botão verde acendeu e Flávia com seus filhos passou pela roleta.
- AH, o metrô já está saindo- Flávia apertou a mão de Tiago com força e começou a puxá-lo para baixo da escada rolante, mas muitas pessoas não estavam preocupadas em perder o metrô- Vamos...
Eles não estavam numa época muito boa, o metrô aparecia a cada uma hora, bem diferente das outras estações, aquele metrô era mais raro, porque não tinha tanta gente assim que embarcava nele, não como os outros que iam lá de cinco em cinco minutos pegar as pessoas, sim, tinham outros metrôs que iam, mas o destino aonde desembarcavam era outro local do que Flávia queria.
Flávia corria mas então segundos antes da porta se fechar, Flávia deu um enorme salto entrando no metrô, soltando da mão suada de seu garoto, então a porta se fechou deixando Tiago para trás que continuava procurando sua mãe.
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Flávia depositou Lílian na cadeira e contemplou a janela, seu filho sumiu no meio da multidão, ela tinha que voltar para buscá-lo, isso é, se ele não saísse dali.
Flávia começou a entrar em pânico e a fazer um grande escândalo, as pessoas olhavam para ela, pensando em ela fosse louca, e, ninguém ajudou a pobre coitada.
Em menos de dez minutos, lá estava Flávia na Estação de Metrô em frente a sua casa, ela precisava voltar para resgatar o filho, se fosse de Táxi, seria pior, mas tinha outro jeito? Afinal aquela Estação de Metrô era praticamente abandonada, só vinham metrôs, eles não voltavam, para isso tinha outra estação, há uns 20 quarteirões dali.
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Tiago olhava para cima, sua mãe nunca fizera isso com ele, aonde ela foi parar? e, agora?
Tiago começou a chorar e entrar em pânico e gritar pela mãe, algumas pessoas o olhavam com dó, mas em momento algum iam ajudá-lo.
Tiago subiu a escada rolante ao lado de uma idosa que brincou muito com ele e então ela disse.
- Está perdido?
- Mamãe sumiu.
- Ah, coitadinho, venha, vamos comigo, vou te levar até a minha casa.
A intenção da idosa não era má, era boa, ela queria ajudar o garoto e ela não ia deixar o pobre menino "abandonado" ali, sozinho.
A velha pegou a mão do garoto que ainda estava em lágrimas e começou a arrastá-lo em direção a sua casa.
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Flávia passou correndo ao lado da velha, corria, ofegante, em direção à estação a procura de seu filho, mas passou por ele e nem percebeu, estava muito preocupada para reparar nas pessoas, já Tiago era uma criança perdida na multidão "doida".
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A velha ajudou o garoto a subir as escadas, as lágrimas já tinham secado no seu rosto fino, então a mulher abriu a porta, estavam num aposento não muito confortável, pórem, melhor do que a rua, ou a solidão.
- Sente-se ai- disse a mulher jogando a bengala no sofá, Tiago pulou imediatamente no sofá olhando comportadamente para a televisão.
- Vamos ver o que está passando- disse a velha pegando o controle remoto e colocando em um desenho animado- Ai, pronto, vou preparar alguma coisa para você comer.
Tiago sorriu, apesar de não estar gostando muito daquilo.
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Flávia pagou novamente a passagem para ir ao metrô, corria com Lílian no seu colo, se ao menos ela deixasse Lílian em algum lugar, poderia correr mais rápido e pegar Tiago antes que alguém o raptasse, já perto da estação de metrô, Flávia depositou Lílian no chão.
- Filha, não saia daqui nem por milagre, nem por ninguém neste mundo, eu já volto, só vou pegar o seu irmão e trazer, ouviu bem? NÃO SAIA.
Lílian assustada confirmou com a cabeça.
Flávia saiu correndo, com um certo peso nas costas a procura de Tiago, para sua decepção não o encontrou.
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- Ei, garotinha, está perdida?- perguntou o segurança.
- Não, minha mãe já vem me busca- ela respondeu após tirar o pirulito da boca.
- Acho que sua mãe te abandonou, hein?
- Não, ela vem me buscar- respondeu assustada com as mãos trêmulas que o pirulito caiu de suas mãos.
Lílian ia apanhar o pirulito mas o guarda a impediu e deu outro pirulito a ela.
- Vamos garotinha, sua mãe não vem- disse ele pegando a garotinha no colo e levando, a garotinha chorava e se debatia, mas o guarda não a soltava.
E assim eles foram separados pelo Destino.
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Nota do Autor: Escrevi essa história, me lembrando de quando eu e minha família nos fomos para São Paulo, foi assim.
A energia acabou, por sorte estavamos para em uma estação na qual eu não me lembro o nome, e então eu e meu irmão mais velho saímos como a maioria, minha mãe e meu outro irmão ficaram no metrô, depois derepente a energia voltou e alguns ficaram para fora, eu e meu irmão mais velho, ficamos para fora, mas por sorte minha mãe voltou depois e pegou a gente, eu entrei em pânico, eu tinha 10 anos, me lembro muito bem disso.
OBS: COMENTEMMMMMMMMMMMMM....vocês querem um capítulo novo? Por mim terminaria ai, mas se você quiserem ele pode ter continuação.
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