Cirurgia.
_Quero falar com o seu superior e AGORA! – um loiro extremamente nervoso exigia atenção da recepcionista do Hospital St. Mungus.
_Não é necessário Sr. Estamos providenciando a transferência do seu filho e.... – a moça de aparentemente 21 anos tentava explicar o porque da demora em transferir Dylan.
_Eu quero uma equipe aqui e agora. – ele falava seriamente.
_Estamos fazendo o possível e....
_Se algo acontecer com ele, você e TODA ESTA PORCARIA DE HOSPITAL VÃO SOFRER AS CONSEQUÊNCIAS DOS MALFOY, SERÁ QUE EU FUI BEM CLARO? – Ele perguntou espumando de raiva.
_Sim, Sr. Vou providenciar tudo agora mesmo. – a recepcionista levantou-se e saiu praticamente correndo corredor adentro.
“Melhor assim. Que mulherzinha insuportável.” o loiro pensava azedo vendo a mulher conversando com alguns medi-bruxos numa sala de vidro. “Quem ela pensa que é pra tratar um Malfoy como outro qualquer. Humpf...” ele divagava enquanto uma equipe de medi-bruxos devidamente uniformizados se apressavam em sua direção. “Até que enfim!”
_Sr. Malfoy? – um homem baixinho e de idade um pouco avançada precipitou-se – vamos levar o garoto para a lareira. Preciso que o Sr. assine esses papéis e...
_Deixa que eu assino. – Rony falou aparecendo ao lado de Draco, que estranhou. – Devido as circunstâncias, acho melhor você ir com a minha irmã. – ele falou com desgosto.
_Onde ela está? – Draco perguntou indiferente.
_Na Sala de Espera com os outros. – ele pegou a prancheta com os documentos da mão do medi-bruxo baixinho – ele é meu sobrinho, eu posso assinar como responsável.
_E o pai não vai se importar? – o homem perguntou olhando para Draco.
_Não, eu não me importo. – o loiro falou antes que o ruivo dissesse algo, o que o irritou. – vou ter com a Virgínia. – e saiu deixando um Rony bufando furioso para trás.
*********Sala de espera*********
_Porque está demorando tanto? – Virgínia perguntava-se aflita.
_Fique calma Gina, vai dar tudo certo. – Hermione tentou confortá-la.
_Tem que dar certo, Mione. Tem que dar. – a ruiva pensava aflita, quando um loiro aproximou-se pelo corredor.
_Lá vem o Malfoy. – Luna avisou.
_Então, conseguiu a transferência dele? – Blaise perguntou ao amigo de súbito.
_Estão providenciando isso agora mesmo. – ele falou olhando para Virgínia, que desviou o olhar. –vão levá-lo ao Hospital Trouxa de Londres. Um que tem o nome esquisito...
_Traffagal Medical Center. – Virgínia respondeu e todos olharam para ela, como que pedindo uma explicação do porque ela sabia sobre o Hospital. – eu fiz um estágio lá.
_Já ouvi falar desse. – Hermione falou – eles tem ótimos médicos.
_E quando vão levar o Dylan? – Virgínia perguntou aflita.
_Já estão arrumando tudo para levá-lo Virgínia. – Draco falou aproximando-se, mas a ruiva se esquivou de sua presença.
_Eu vou poder ir com ele não é? – ela perguntou à Hermione.
_Você é a mãe dele Gina. É lógico que vai. – a castanha confortou-a num abraço.
*****Traffagal Medical Center*****
Uma ruiva aflita torcia as mãos nervosamente na sala de espera do Hospital trouxa. Draco conversava com uma das atendentes no balcão. “Eu aqui preocupada com meu filho e aquele aguado filho da mãe dando em cima daquelazinha lá.” ela pensava com desprezo. Deveria estar com uma cara nada boa, já que a atendente oferecida olhava para ela com um ar de vitória, fazendo a ruiva bufar. E foi numa dessas caretas que Gina fez, que Luna percebeu algo de estranho com a amiga.
_Gi, tá tudo bem?
_Ahn, - a ruiva saiu de seu transe assassino – er, eu tô preocupada com ele.
_Com o Dylan? – Luna perguntou analisando-a.
_Lógico, né. – a ruiva respondeu nervosa – com quem mais seria?
_Com o loiro sedutor ali ó. – ela disse apontando para Malfoy. Gina suspirou passando a mão nos cabelos – tem certeza que você não tá preocupada com ele?
_Luna o Malfoy é crescidinho. Ele sabe se defender desse tipo de mulher, não se preocupe. – a ruiva falou com uma falsa segurança.
_É normal sentir ciúmes quando a gente gosta. – a loira falou compreensiva.
_Lu, se não se importa, eu tô mais preocupada com meu filho agora. – a ruiva disse suspirando – eu sou grata pelo Malfoy ter bancado essa cirurgia pro Dylan, mas eu não quero pensar em mais nada agora além do meu filho.
_Ok. Eu entendi. – Luna comentou pegando nas mãos da amiga, em sinal de conforto – mas, pra qualquer situação, conte comigo, sim. – a loira falou sincera.
_Tá. – Gina respondeu mergulhando em pensamentos. “E se der algo errado? Ai meu Merlin, proteja o meu bebê.” ela pensava observando o assoalho do corredor, estava distraída quando uma gargalhada a tirou de seus devaneios. “O que ele pensa que está fazendo?” sua mente gritou em alarme ao notar uma atendente rindo abertamente para um loiro que, aparentemente, dizia algo muito engraçado. Virgínia não pensou duas vezes. Levantou-se e caminhou até a recepção do Hospital.
_Querido, pode pegar um copo de café quente para mim? – ela perguntou numa voz doce, abraçando-o. Fato que causou estranheza no loiro.
_Er... vamos até a sala do café então – ele falou embaraçado. – mas onde é que fica...
_Segunda porta a esquerda Draco. – a atendente falou sorrindo seu melhor sorriso. Gina rapidamente agradeceu e puxando-o pelo braço não deu tempo dele responder.
_Draco? Que íntimo. – Gina cutucou-o nas costelas, enquanto saíam dali e andavam até a sala do café.
_Ciúmes? – ele perguntou divertido.
_Vamos deixar algo muito claro aqui: - ela falou abrindo a porta da minúscula saleta de café e entrando, sendo seguida pelo loiro – eu não te suporto. Não gosto de você. Eu REALMENTE te odeio.
_Ok, você está com ciúmes. – ele falou convencido.
_Não. Só que eu exijo respeito. – ela falou com as bochechas avermelhadas. Ele levantou as sobrancelhas em confusão. – já que estamos ‘noivos’ acho muito bom que você me respeite, pelo menos na frente dos nossos conhecidos. Eu sei da sua fama Malfoy, mas não quero ganhar uma fama muito pior.
_Tá preocupada com a sua reputação? É só isso? – ele perguntou aproximando-se dela, o que era uma tarefa fácil devido ao tamanho do lugar.
_O que está fazendo? – ela perguntou com a voz entrecortada.
_Te provando que você não me odeia, - ele falou aproximando-se da boca dela perigosamente - não muito, pelo menos.
_Lamento te informar, está errado. – ela falou desvencilhando-se dele com dificuldade.
_Certo. – ele falou por fim, já afastado da ruiva – você venceu. Não vou mais ‘flertar’ na sua frente Weasley.
_Eu te agradeço. – ela falou colocando açúcar no copo de café.
_Mas isso não significa que eu tenha que deixar de viver, se é que me entende. – ele falou provocando-a. Gina sentiu um frio na espinha. Olhou-o.
_Ok. Você pode ter os seus casos, affairs, etc... eu não me importo. – ela falou encarando-o – só exijo que você não o faça perto de mim ou do meu filho. – Draco olhou para ela analisando-a – não é bom para a educação do Dylan descobrir a sua fama com as mulheres.
_Eu entendi ruiva. Tudo nos bastidores, já entendi. – ele falou cansado. – se não se importa eu vou para casa, preciso descansar para amanhã. Já está tarde. – ele falou olhando o relógio na parede, marcava três e meia da manhã.
_Vá, eu não me importo. – ela falou dando de ombros.
_Tudo vai dar certo. – ele falou confortando-a – ele vai ficar bom logo. Aliás ele tem que ficar bom logo.
_E porque ele tem que ficar bem? – ela indagou.
_Porque nos casaremos no fim de semana. – ele comunicou simples. Virgínia quase engasgou com o café.
_Mas... tão cedo? – ela perguntou atônita.
_Eu tenho que cumprir o prazo do testamento de meu pai, ruiva. – ele lembrou-a – e além disso, não se preocupe, amanhã vou contactar uma enferme-bruxa para cuidar do Dylan, quando ele for morar na Mansão.
_Ok. – Gina respondeu engolindo em seco. “É pelo seu filho, pense no Dylan!” ela pensava a beira do pânico. – pode marcar a cerimônia para Domingo, então.
_Eu estava pensando no Sábado, para curtir a lua de mel depois, sabe. – ele comentou malicioso.
_Não haverá lua de mel Malfoy. – ela foi enfática.
_E como não? Estaremos casados e... – ele começou a falar desordenadamente.
_Não estava no acordo. – ela falou saindo, com um sorriso de vitória, deixando um loiro embasbacado na saleta do café.
_Você não perde por esperar ruiva. – ele balbuciou para o nada, aparatando nervosamente em seguida.
***********
Gina voltava com seu copo de café para a sala de espera do Traffagal Medical Center, quando uma mão agarrou-a pelo ombro, fazendo-a sobressaltar-se. Virou rapidamente para identificar o autor de tal susto. Seus olhos encontraram-se com olhos extremamente verdes, por um lapso de segundo lembrou-se de Harry, mas não poderia ser ele afinal estava morto. Encarou-o por mais uns momentos até que ele soltou-a, e analisando o ambiente em que estavam disse baixo:
_Eu não contei à ele.
_E porque não? – ela perguntou na defensiva.
_Não era certo com você. – ele disse simplesmente – mas eu gostaria de ouvir uma explicação.
_Não te devo satisfações da minha vida, Zabini. – ela falou seca.
_Ah, qual é? Até antes do ocorrido eu ainda era o Blaise, seu amigo... agora eu sou Zabini? Virgínia, por favor. – ele falou exasperado – somos adultos.
_Estava tentando sustentar o meu filho. E só. – ela falou com os olhos marejados.
_Porque não me pediu ajuda? Ou falou com a Luna, sabe que ela nunca se negaria a ajudar você. – ele falou compreensivo.
_Eu não sei. Pela primeira vez eu achei que deveria fazer algo sozinha, sabe. – ela falou encarando-o – mas não conte a ninguém o que você viu, certo?
_Não vou contar, pode ter certeza. – ele foi sincero.
_Ah propósito, o que você e o Malfoy estavam fazendo lá? – ela perguntou curiosa.
_Ele foi encher a cara, por sua causa. Daí me arrastou junto. Foi até melhor ou ele teria se metido em confusão. – ele explicou – e não conte a Luna, por Merlin.
_Não falarei. Ela arranca teu coro. – ela riu – mas, porque ele foi se embebedar por minha causa?
_Você não é fácil, ruiva. Não é fácil. – ele respondeu sorrindo, quando uma enfermeira adentrou a Sala de Espera.
_Sra. Weasley? – ela perguntou aos presentes, fazendo Gina aproximar-se pelo corredor.
_Sou eu. – ela disse aflita.
_A cirurgia do seu filho...
_O que aconteceu? Ele está bem? – a ruiva perguntou nervosa, fazendo Rony acordar e Hermione e Luna olharem para a enfermeira apreensivas.
_A cirurgia dele foi um sucesso. – a mulher falou, para alívio geral. – agora ele só precisa de repouso e seguir alguns exercícios de fisioterapia.
_Fisioquê? – Rony perguntou.
_Depois te explico. – Hermione falou breve.
_Posso vê-lo? – Gina perguntou.
_Venha comigo, mas não poderá demorar, ele logo estará desacordado. – ela informou, ao que a ruiva confirmou com um aceno.
Virgínia seguiu a enfermeira até o final do corredor, estava a ponto de sentir o coração saindo pela boca quando, finalmente, chegaram ao quarto do pequeno. Abriu a porta e foi advertida que não poderia demorar mais que dez minutos com o ruivinho. Entrou e encaminhou-se até a cama do pequeno com os olhos marejados. Ele estava parecendo um anjo, numa camisola de hospital branca, com uma faixa na cabeça, escondendo um enorme curativo. Sentou-se na cadeira ao lado da cama, e começou a agradecer à Merlin por ter concebido aquele milagre. No meio de seus pensamentos, sentiu quando a mão do seu pequeno, que estava envolta das suas, moveu-se lentamente. Ergueu os olhos para o filho, que mantinha os seus fechados, porém fazia força para falar.
_Ma...mãe? –ele perguntou numa voz fraca.
_Estou aqui filho. – ela falou em alerta.
_Eu vi...
_Viu o que? – ela perguntou suave.
_Pa...pai. – ele falou antes de adormecer completamente.
Virgínia chorou. Lembrou-se de quando Dylan ainda era um bebê e ela sempre lhe contava histórias sobre o famoso Harry Potter. Ela sempre fez questão de mostrar ao pequeno a melhor face de Harry, suas peraltices junto de Rony e Hermione. Mostrava-lhe fotos de quadribol, quando ele já podia compreender. E foi numa dessas vezes, que o pequeno, com três aninhos perguntou com a voz infantil.
_Papá?
_Isso Dylan, este é o seu papai. – ela falou sorrindo.
_Onde? – ele perguntou curioso.
_Er... ele não está aqui para cuidar de você, mas pode ter certeza que ele tá te vendo de onde está. – ela explicou e Dylan fez uma careta, como se não entendesse nada que a mãe falava. Gina riu. – você não entende isso agora mas um dia você entenderá, não se preocupe. – ela falou colocando o filho no berço para que dormisse. Mergulhou em pensamentos de quando contou a Harry que estava grávida.
“_Um filho?!
_Sim, não é ótimo?
_Pra você... talvez....
_Harry, não precisa agir assim e...
_Não preciso mesmo. Você vai tirar esse bebê. – ele falou autoritário. Como tinha mudado desde a última batalha, antes de começar a grande guerra.
_Você é um babaca, Harry Potter. Não se preocupe, você não terá filho nenhum. – ela falou com lágrimas rolando de sua face – e não me procure mais.”
A ruiva pensava, ainda chorando em quantas vezes derrubara lágrimas por aquele que em nenhum momento ficou ao seu lado. “Grande idiota!” “Malfoy. Aff... como eu queria que ele não tivesse se envolvido nisso. Eu só me meto em encrencas!” ela pensou sorrindo. “Esqueça ele, Virgínia. O importante é que agora o Dylan está bem e fora de perigo. sua consciência falava. “Mas que eu vou ter que engolir meu orgulho para agradecer a Doninha, isso será inevitável.” ela pensou quando sentiu um toque leve no ombro esquerdo. Era a enfermeira, seu tempo com seu bebê já tinha acabado.
_Ele vai ficar mais quanto tempo aqui? – ela perguntou numa voz embargada.
_Mais vinte e quatro horas. – a mulher informou-a – e depois poderão levá-lo para casa.
_Certo. – a ruiva disse, voltando-se para o pequeno, aproximou-se e sussurrou – estou ali fora, e depois que você acordar vamos para casa. – ela falou beijando-lhe na mão pequena. Fez um aceno para a enfermeira e deixou o quarto. Pela primeira vez em quase vinte e quatro horas, conseguiu sentir-se aliviada.
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N/A: Atualizei rápido? rs*
É que minha vida deu uma guinada e agora tempo é algo raro pra mim, então... antes que vcs começem a mandar e-mails e comentários com ameaças e vírus...é mlehor deixar um bom ca aqui... rsrsrs
Comentem deixando idéias para o próximo cap, pq meu estoque de alucinações da fic tá no fim, gente!!!
Quem gostou do Drao safadinho e da Gina malandra grita "Iupiiiii" no comentário, vlw...
Bjokinhas....
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