O Jantar.







*********Malfoy & Zabini Ltda. ************


_Não. Não e não. – um moreno com cara de poucos amigos andava de um lado para o outro na saleta. – ela não vai concordar com isso.

_Zabini, pela milésima vez: só você, eu repito VOCÊ pode convencê-la. – Draco falava nervosamente.

_Eu não sei... Luna nunca concordaria com essa loucura. – Blaise falou convicto.

_Está bem. – Draco jogou-se na confortável cadeira a frente da lareira de seu escritório – eu desisto. Vou padecer pobre, miserável e sem meu orgulho Malfoy. – ele falava esperando uma atitude de companheirismo do sócio, que não veio.

_Pára de drama. – Blaise jogou-se na outra poltrona ao lado da de Draco – você está fazendo chantagem.

_Não é chantagem, é a realidade. – o loiro protestou.

_Até parece. Ainda tem a fortuna dos Black, não se esqueça de que sua mãe é uma Black. – Blaise falou.

_Sim, mas a fortuna Black é dela. E só dela. – Draco explicou – eu não vou meter a mãe na grana da minha mãe. Não sou tão cafajeste assim.

_Mas é cafajeste suficiente para enganar uma moça inocente. – o moreno comentou venenoso.

_Oras, aquela Weasley não é inocente, nunca foi ou não seria mãe solteira a essa altura. – o loiro cuspiu.

_Você não sabe do que está falando, Draco. – Blaise interviu preocupado – você não sabe como foi difícil pra ela ficar sem o Potter no momento em que mais precisou...

_Pára de defender a ruiva. – o loiro quase gritou – parece até que você já teve alguma coisa com ela.

_Não, nós apenas ficamos amigos.- o moreno explicou rapidamente – e você? Porque você a ofende tanto? Porque implica tanto com ela?

_Tá com amnésia? – o loiro zombou – ela é uma WEASLEY!! Malfoys e Weasley não se bicam, ou se juntam ou simplesmente se falam sem algum xingamento.

_Ah, não vem com essa. Há muito tempo que essa rixa idiota já acabou. – Blaise disse. Você está com medo da Virgínia, isso sim.

_Há. Medo? E porque eu deveria temer aquela ruiva sem sal? – o loiro perguntou num sorriso cínico.

_Sem sal? Olha na minha cara, Draco Malfoy e diga que você não sente nada, absolutamente NADA quando está perto da Virgínia. – Blaise desafiou-o.

_Não sinto nada. – o loiro falou firme, porém seus olhos mostravam o contrário. Blaise notou.

_Mentiroso. – o outro riu. – ela já está conquistando você.

_Você está doido, só pode. – o loiro protestou – onde já se viu, um Malfoy caído por uma Weasley?

_Eu não disse que você está caído por ela... pare de se entregar homem! – Blaise riu da cara de indignação que o loiro fez.

_Eu nunca me apaixono Zabini. Você sabe o porque. – ele falou encarando o amigo por alguns segundos.

_Oh, eu me lembro daquela vez, mas... – o moreno parou procurando pelas palavras certas – foi há muito tempo, Draco. E as mulheres não são todas iguais.

_Eu sei disso. Só não consigo. Eu tento, mas as mulheres que aparecem na minha vida são sempre tão... – parou por uns segundos – fúteis. Só se interessam pela minha fortuna, que eu nem tenho, lembre-se. – ele falou rindo.

_Bom, você também procura, né? – Blaise falou sério – fica se exibindo com esse cabelo platinado, carrão do ano e blablabla... qualquer vagaba se interessaria por você. – o moreno olhou-o por instantes – é por isso que você não consegue se interessar por ninguém. Ainda a procura em outras mulheres.

_Blaise, por Merlin, você está falando da minha ex-quase-futura-noiva! Acorda! – Draco falou meio desesperado.

_E ela te traiu com o seu maior inimigo. Não é possível que você consiga ignorar isso. – Blaise surpreendeu-se.

_Não ignoro. Exatamente por isso que eu não confio em mais nenhuma mulher. Já não basta o que a Fen me fez.- o loiro disse mergulhando em pensamentos.



********MINI FLASHBACK*********



“Fen Rivers era a namorada perfeita. Pele clara, olhos escuros, cabelos escuros e médios, não muito alta, magra e rica. Além disso ainda era Francesa. Perfeita aos olhos do namorado Draco Malfoy. Perfeita para a sociedade bruxa. Perfeita para pertencer a Ordem da Fênix. Perfeita...até aquele dia.


***Esconderijo da Ordem da Fênix***


_O que você pensa que está fazendo com a minha namorada Potter? – um loiro furioso berrava para o moreno da testa rachada.

_Estava beijando ela... – ele disse cínico.

_Er, Draco, eu posso explicar. – a garota disse com certo medo na voz. Sabia que mesmo sendo um agente duplo, Draco Malfoy e Harry Potter não se suportavam.

_Você não tem nada pra me explicar. – ele disse frio – você é uma vadia, Rivers.

_Cala a boca! – Harry precipitou-se para cima de Draco levando um soco na cara.

_E isso é muito menos do que eu ainda farei com você Potter. – o loiro disse saindo, deixando um Harry com o olho roxo e um ex-namorada com cara de tacho.





*********FIM DO MINI FLASHBACK**********



_Draco, já está mais do que na hora de você superar isso. – Blaise disse solidário.

_E é por isso que você e a Di Lua vão ter que me ajudar. – o loiro falou triunfante – eu não consigo dobrar aquela ruiva, por Merlin. – ele disse com alguma raiva.

_Olha lá o que você vai fazer, a Virgínia não é de brincadeira. – Blaise alertou-o.

_Porque você diz isso?

_É bem capaz dela te azarar em pleno restaurante. – Zabini apontou o óbvio.

_Isso seria divertido. – ele falou com um sorriso cínico na face.

_Até parece. – Blaise comentou, atendendo o bruxo-cell* logo em seguida. – alô?

_Oi querido, está ocupado?

_Não, na verdade até ia te ligar. – ele tampou o fone com a mão e sussurrou para o loiro – é a Luna.

_Ia?

_É. Eu estava pensando em te levar para jantar esta noite. Que você acha?

_Não vai dar. Porque eu vou te levar para jantar esta noite. Você estragou minha surpresa...

_Que ótimo. Uma brilhante idéia. A que horas eu te encontro?

_Bom, eu vou com a Virgínia, você sabe, o filho dela está doente e ela fica muito tempo em casa.... decidimos nos distrair um pouco. E por isso te liguei. Poderia levar algum amigo? Para ela não se sentir tão... sozinha lá?

_Amigo? – ele olhou para Draco que quase engasgou com a própria saliva – Claro. Eu tenho o par perfeito pra ela, pode deixar. Até querida. – ele desligou o bruxo-cell – prepare-se meu caro.

_Ela topou? – o loiro perguntou ansioso.

_Melhor. Ela adiantou o plano. Esteja pronto às sete. A Luna não tolera atrasos. – ele falou tudo muito rápido.

_Onde vamos jantar? – o loiro perguntou.

_No novo restaurante do Beco. Le Petit.. – o moreno falou saindo da sala.

_Isso vai ser bem interessante. – o loiro disse a si mesmo.


**************Artefatos & Cia **************


_Então ele vai? – Gina perguntou enquanto arrumava algumas estantes.

_Sim, ele vai. – Luna falou guardando o bruxo-cell no bolso – e você sai daqui que horas mesmo?

_Bom, eu saio cedo. Seis da tarde e aparato em casa. – ela falou lembrando-se que estava de folga na Boate naquela noite – então eu chego as sete em ponto na frente do restaurante.

_Ótimo. – a loira falou empolgada – Blaise vai trazer um amigo.

_Pra que? – a ruiva perguntou alarmada.

_Ah, você sabe... desde que o “Potter” – ela fez aspas e cara de nojo – morreu que você não emplaca um encontro com ninguém, amiga.

_E porque você acha que eu ‘emplacaria’ – ela fez aspas – um encontro com algum amigo do Zabini?

_O Blaise é bem relacionado. – a loira começou – e além disso tem cada amigo lindo! – ela disse rindo –não mais que ele, lógico – emendou ainda rindo.

_Deixa ele te ouvir falando essas coisas...

_Nem fala! Acho que ele me lança um Avada! – as duas começaram a rir histericamente.


*************Restaurante Le Petit, 19:30**************


_Cadê elas Zabini? – um loiro perguntou já nervoso, olhando no relógio de bolso, caríssimo, pela terceira vez.

_Calma, elas já devem estar chegando. Você conhece as mulheres, demoram séculos pra se arrumar. – Blaise falou desinteressando, degustando um bom vinho.

_Não sei como você agüenta. – o loiro resmungou mal humorado.

_Vai saber depois que se casar com a Virgínia. – Blaise respondeu simples- isso se ela aceitar é lógico.

_Ela vai aceitar. – o loiro disse convicto.

_Como pode ter tanta certeza? – Blaise encarou-o

_Tendo. – Draco disse misterioso, enquanto duas mulheres aproximavam-se da mesa deles.

_Oi amor, demorei? – Luna perguntou ao noivo empolgada, ignorando a presença de Draco completamente.

_Não querida, está no horário. – o moreno mentiu descaradamente, beijando-a em seguida.

_Boa noite Virgínia. – Draco falou polidamente ignorando o olhar assassino e surpreso da ruiva a sua frente.

_Boa noite, e adeus. – ela virou-se para ir embora mas o loiro foi mais ágil.

_Não vá ainda. – ele disse próximo ao ouvido dela, pois a segurava com força pelo braço esquerdo. – nem começamos o jantar, querida.

_Me solta. – ela murmurou de volta – estou te avisando, me larga ou eu faço um escândalo, ela o encarou nos olhos. Próximos demais.

_Er, estamos atrapalhando alguma coisa? – Luna perguntou estranhando a proximidade dos dois.

_Não, nós estamos apenas matando as saudades – Draco disse segurando-a firmemente pela cintura, para espanto e desespero da ruiva.

_O que você tá fazendo? – ela perguntou baixo, para que somente ele pudesse ouvir. Ao mesmo tempo que Luna, espantada, perguntou:

_Vocês estão saindo?

_Não. – a ruiva disse em pânico, olhando para Blaise que fingia interesse em seu copo de vinho. – quer dizer, er.. bem...

_Na verdade este é um jantar de noivado. – Draco aproveitou a deixa e a confusão da ruiva para dar sua última cartada naquela conquista – vamos nos sentar, querida?

_Sim. – Gina murmurou atônita com o descaramento do loiro. “Filho de uma boa mãe!” ela pensou com fúria. Olhou-o com raiva, muita raiva. Estava vermelha de tão nervosa. “Oh meu Merlin, como eu me livro dele?” ela pensava afoitamente, quando as palavras de Malfoy a despertaram.

_E foi assim que a gente começou a namorar, Lovegood. – o loiro completou cínico. – eu a ajudei num momento em que ela precisava de um ombro amigo – ele falava controlando um sorriso cínico – ela não aceitou num primeiro momento é verdade, mas depois de umas flores e algumas conversa, nos acertamos. – ele concluiu num sorriso enviesado.

_Nossa, que romântico. – Luna suspirou – inesperado, porém romântico. E você nem disse nada né, sua amiga de uma trasgo. – ela brincou com Gina que ainda respirava fundo e contava até mil e trezentos para tentar não voar no pescoço do loiro ao seu lado.

_É inesperado até para mim. – Blaise comentou num tom monótono. Encarou Virgínia por alguns instantes. – Está feliz Virgínia?

_Como? - “Ele tá maluco ou o que?” ela pensou encarando-o.

_Está feliz agora que poderá ajudar no tratamento do seu filho? – ele perguntou analisando-a profundamente.

_Não sei onde você quer chegar com isso. – ela falou na defensiva. Sabia que Blaise havia visto-a na boate.

_Ora, casar com o Draco é acabar com seus problemas financeiros, não é? – ele comentou venenoso. Luna arregalou os olhos.

_Não fale assim com ela Blaise – Draco intrometeu-se para espanto da ruiva e dele mesmo – não vou permitir que você ofenda a Virgínia.

_Ah, pelo amor de Merlin! – ele gesticulou levantando-se, atraindo atenção para a mesa dos quatro. – Tá na cara que isso é um golpe.

_Blaise! – Luna levantou-se exasperada – fique calado.

_Até você? Não venha defender a sua amiga. – ele apontou o dedo para Virgínia, que fumegava de tanta indignação – ela não é tão santa como parece.

_Não fale do que não sabe Zabini. – a ruiva disse lentamente, fuzilando-o.

_Eu sei exatamente do que eu estou falando.

_Não, você não sabe. Você não tem um filho doente para saber o que eu estou passando.- ela levantou-se irritada- E para sua informação o Draco foi o único que me ajudou quando eu precisei de um ombro naquele hospital. – ela começou a falar coisas que nem imaginava, um dia, sair de sua boca – O único que se prontificou a mandar flores perguntando se o Dylan estava bem. – o loiro arregalou os olhos de surpresa - O único que mesmo contra a minha vontade, não pára de se preocupar com a saúde de uma criança que nem o sangue dele tem. – ela disse nervosamente, para o choque de todos os presentes - Então não me venha falar de pudores ou de qualquer outra coisa porque eu não vou aceitar.


Um silêncio incômodo surgiu no restaurante. Todos os presentes observavam a confusão que seguia na mesa 14. Virgínia jogou o guardanapo, que estava todo o tempo da conversa sendo sadicamente amassado em sua mão, na mesa com delicadeza. Olhou bem nos olhos azuis protuberantes da amiga Luna, e como se pedindo desculpas pelo papelão, pegou a bolsa pequena do encosto da cadeira. Draco ainda estava um tanto surpreso com as coisas que a ruiva dissera ao seu favor. Sentiu-se estranho por alguns instantes, por pensar em usar a doença do filho dela para conseguir dinheiro. “Ora, um Malfoy tendo compaixão por alguém? Onde o mundo vai parar!” ele pensou com escárnio.


_Estou indo embora. – ela anunciou, andando em direção a saída do restaurante. Não podia aparatar dentro do Le Petit. Já estava chegando na porta giratória, quando braços fortes a seguraram pelo ombro.

_Espera. – Draco falou sério – fica.

_Não Malfoy. – ela respondeu cansada – já chega dessa palhaçada. Estou cansada disso.

_Eu quero que você fique. – ele disse rápido.

_E porquê? – ela perguntou levantando uma sobrancelha.

_Porque... ora, porque... - “Pensa Draco, pensa!” ele pensava passando a mão nervosamente no cabelo. A ruiva riu. – o que?

_Seu cabelo. Tá todo desalinhado. – ela comentou rindo mais abertamente.

_E o que tem isso de engraçado? – ele perguntou um pouco indignado. “Quem ela pensa que é pra rir do meu cabelo? Ninguém fala do cabelo de Draco Malfoy.”

_Você. – ela respondeu ainda rindo – é que é engraçado ver o todo-poderoso Malfoy despenteado como uma pessoa comum.

_Ah que maravilha! – ele respondeu sarcástico – agora a família Malfoy tem talento para a comédia. Não viaja Weasley.

_Desculpe-me, mas não pude me conter. – ela falou num semblante sério. Sentiu-se tola, por estar falando com ele tão amistosamente.

_Tem certeza de que vai embora? - ele mudou de assunto. – aqui tem uns pratos magníficos.

_É melhor. – ela disse observando Blaise e Luna, pelo vidro da janela – parece que eles estão se desentendendo.

_E nós estamos conversando! – Draco falou mostrando um grande sorriso – posso considerar isso um avanço, não?

_Não. – ela falou – mas podemos conversar melhor num outro dia. Eu realmente preciso descansar.

_Certo. Vamos almoçar amanhã, então. – ele disse para surpresa dela.

_Tão rápido?

_Nós íamos ficar noivos hoje, não é? – ele falou apontando o óbvio.

_Não se dependesse de mim. – ela disse num sorriso enviesado.

_Você ia. – ele falou mais sério que o habitual – a saúde de seu pequenino está em jogo ruiva.

_Você é tão medíocre. – ela falou baixo – não sente remorso por usar a saúde do meu filho assim?

_Na verdade eu até simpatizo com o garoto. – ele disse.

_Mentira. – ela respondeu na defensiva – e mesmo que fosse verdade, eu não colaboraria com você.

_Olha ruiva, acho que você está perdendo a noção do que diz. – ele comentou aproximando-se perigosamente do rosto dela – eu posso ser medíocre, mas você não resiste a mim.

_Como? Você é muito convencido mesmo. –ela disse com a respiração entrecortada.

_Realista Weasley. – ele falou quase dando fim na distância que separavam suas bocas. Quase.

_GINA!! – Luna veio correndo de dentro do restaurante, com o bruxo-cell na mão, assustando a ruiva, que pulou para trás.

_O que? – ela perguntou ainda hipnotizada pelos olhos cinzentos a sua frente.

_Dylan, - a loira falou ofegante pela corrida – ele está em St. Mungus. Mione acabou de me ligar.

_Oh meu Merlin. – a ruiva falou aparatando, sendo seguida pela loira quase imediatamente. Draco ia aparatar quando Blaise falou:

_Eu te disse.- Blaise encarou-o.

_Tá falando de quê Zabini?

_Ela conquistou você. – o moreno disse aparatando atrás da noiva no St. Mungus.


Draco ficou ali pensando no que acabara de ouvir. “Ela conquistou você...ah, o Zabini tá ficando doente. Só pode. Como que a ruivinha sem graça poderia conquistar alguém como eu?” ele se perguntava nervosamente, tentando se convencer de que o quase beijo do lado de fora do restaurante nunca existiu e que a suposta atração era pura imaginação fértil do amigo. “Eu atraído pela Weasley? Até parece.” ele pensou rindo e aparatando ao mesmo tempo.





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N/A: *liga o bruxo-fone do esconderijo secreto*

Oi gente! *sorri amarelo*
Bom, primeiramente queria me desculpar com vcs... simplesmente eu não conseguia escrever o cap. Sinto muito pela demora... mas.... tá aí. *aponta pra cima*

Não é um cap enooooooooooorme como deveria ser... mas tb não deveria ter uma 'DG action' mas teve... então acho q estou perdoada. ^______^'

Ah, qto a minha nova invenção o bruxo-cell... bem... alguém tinha que ser moderninho na fic, né gente!!! rs*

COMENTEM agora que eu postei, ok?

Bjus.

^______^'

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