Corredores seguros?








*********Quarto 208***********



_Mãe? - um garotinho de aproximadamente oito anos chamava da porta.

_Dylan, querido, vem cá. - Gina falou em tom baixo enquanto amamentava um dos bebês.

_Mãe, ele é tão ... branco! - ele falou com uma careta. Gina riu.

_Ele é filho do Draco, você queria que fosse como? - ela perguntou fazendo-o rir.

_É verdade. - o menino concordou, alisando os cabelos ralos do irmão, que se fartava nos seios da ruiva - e cadê a pirralha?

_Dylan! Não fale assim da sua irmã. - ela ralhou aos sussurros - ela está ali, dormindo. - ela apontou para um berço próximo a cama.

_Ah, ela sim parece uma Weasley. - ele comentou analisando-a - mãe. - ele chamou - eles vão roubar você de mim, né?

_Dylan, vem cá. - ela chamou-o, enquanto retirava o pequeno bebê adormecido de sua fonte de alimento - você tem que entender uma coisa - ela falava colocando Luke no berço ao lado do de Norah. - vocês são o que eu tenho de mais importante - ela segurou-o pelo queixo para que a encarasse. - NADA, absolutamente NADA pode me fazer mais feliz do que ser mãe de vocês três.

_Mas...

_Mas nada Dylan. -ela falou amavelmente - eu amo você, querido. Sempre vou amar, e agora, você deveria agir como um verdadeiro irmão mais velho e me ajudar com eles. - ela apontou para os bebês que dormiam profundamente.

_Ajudar? - ele franziu o cenho, enciumado.

_Claro. Você acha que eu vou querer outra desconhecida na Mansão pra cuidar de vocês? - ela perguntou num sorriso. - preciso que você cuide deles pra mim, que me ajude com eles. Posso contar com você, não é?

_Humm... -ele ficou pensativo alguns minutos- tá. Só que eu não vou limpar eles, mãe! - ele falou rapidamente.

_Certo, essa parte a gente deixa pro Draco. -ela falou rindo.

_Que parte ficou pra mim? - o loiro falou baixo entrando no aposento, fazendo os ruivos rirem. - já registrei as crianças. - ele falou caminhando até a esposa, sentando-se na cama.

_Que bom.

_Qual o nome deles? - Dylan perguntou numa careta.

_Er... Luke e Norah, porque? - Draco perguntou franzindo o cenho, encarando-o.

_Nada. - ele falou com raiva, levantando-se - vou procurar minha vó. - e saiu deixando um loiro boquiaberto e uma ruiva nervosa.

_O que houve com ele? - Draco perguntou estranhando o comportamento do filho mais velho.

_Ciúmes. -a ruiva falou serena - espero que passe logo, senão...

_Acalme-se. Ele vai sobreviver. - o loiro falou incerto, beijando-a em seguida. - sinto sua falta. - ele falou entre os lábios dela, aprofundando e beijo e sendo correspondido, até que... - não creio nisso! - um choro agudo invadiu o aposento.

_Acho que Dylan não é o único com ciúmes aqui. - ela falou pegando a filha no colo, que continuava a chorar - ah, meu Merlin, o que você quer? - ela perguntou aos olhinhos cinzas que encaravam o rosto do loiro, quando abertos. - tome.

_Eu? Ah, não, posso machucá-la e... - mas Gina colocou a pequena ruivinha nos braços do marido - oi pequena. -ele falou para a filha, que fechava os olhinhos lentamente e parava de chorar.

_Ótimo, tenho uma concorrente agora. - a ruiva suspirou, fazendo Draco sorrir.



*************


_Achei que tinha perdido você. - Blaise falou sinceramente despertando lágrimas na loira, deitada à sua frente.

_Não vou te deixar assim tão fácil. - ela falou divertida.

_Sorte minha. -ele falou beijando-a levemente - eu te amo tanto, loira. - ele sussurrou.

_Eu sei, também amo você. - ela disse acariciando os cabelos negros do noivo. - onde está meu bebê?

_Bruce está dormindo no berçário, acabei de voltar de lá. - ele comentou.

_Bruce? Você escolheu o nome sem me consultar? - ela perguntou fingindo estar ofendida.

_Desculpe... mas achei inconveniente que o meu filho fosse a única criança sem nome na maternidade, sabe. - ele resmungou.

_Adorei o nome. - ela falou sorrindo - amo tanto você Blaise. - ela confessou ruborizando.

_Eu sei. - ele falou estufando o peito.

_Convencido. - ela brincou - e seus pais? Como reagiram ao nascimento do Bruce?

_Ah, estão fascinados. -ele falou sorrindo - esse menino conseguiu dobrar a muralha Judith Zabine, sabe.

_Fico feliz.- ela falou sentando-se com dificuldade.

_Devagar mocinha, você não pode se mexer muito, perdeu muito sangue, e... - ele falava enquanto aproximava-se dela, mexendo nos travesseiros para que a loira ficasse mais confortável.

_Blaise? -ela chamou-o.

_Quê? - ele perguntou distraído.

_Eu... tive medo. -ela falou com os olhos azuis marejados - achei que perderia você, o meu bebê, meus amigos. Fiquei tão assustada.

_Calma, amor. - ele abraçou-a - já passou, estou aqui, com você. Não vou te deixar.

_Promete? -ela perguntou com o rosto na curvatura de seu pescoço.

_Claro, amor. Claro. -ele respondeu embalando-a.



**************


_Como ela está? - Draco perguntava a enferme-bruxa da ala pediátrica.

_Está recuperada. Temíamos que perdesse mais peso, mas o Sr. a trouxe a tempo de evitar complicações. - ela falou rapidamente.

_Posso ficar aqui com ela? - ele perguntou encarando o vidro.

_Só posso lhe conceder mais vinte minutos. -ela informou num sorriso bondoso.

_Já me basta. -ele respondeu encarando o bebê que se mexia durante o sono.



Os cabelos pretos contrastavam com a pele pálida da menina que ressonava feito um anjo. O peito da criança subia e descia conforme sua respiração lenta e tranquila. Vê-la naquele estado saudável, fazia com que Draco se sentisse mais aliviado. Passos ecoaram no final daquele corredor, mas o loiro não se importou muito, até que uma voz de timbre forte ecoou em seus ouvidos.


_Como ela está?

_Ela está melhor e vai sobreviver. - o loiro falou sem tirar os olhos de Lia.

_Sr. Malfoy, eu receio que não tenho boas notícias. - Carl falou visivelmente nervoso. Teria que mentir para garantir uma chance de Cho a menos saber do paradeiro da herdeira.

_O que é? - Draco perguntou desconfiado, encarando-o pela primeira vez.

_Cho morreu ontem a noite. - ele falou. Draco encarou-o no fundo dos olhos tentando achar algum traço de mentira ali, mas não conseguiu.

_Tem certeza?

_Absoluta. - ele falou com pesar, os olhos marejados - vou sentir falta dela.

_Eu não.- o loiro falou frio, voltado sua atenção para o vidro, onde Lia estava e começava a chorar. Uma mulher loira vestida de enferme-bruxa entrava no aposento.

_Eu sei que o que a Cho fez não tem perdão Sr. Malfoy. -ele começou controlando-se para não socar a cara pálida do homem a sua frente - mas não desconte na filha dela, por favor.

_Como? - Draco virou-se ultrajado - eu nunca faria algo assim com uma criança, ao contrário de você que foi cúmplice daquela louca varrida. E saia já daqui. Minha 'filha' está chorando. - ele falou enérgico.

_Eu vou embora, sim. -Carl falou com os olhos negros feito chumbo - mas jamais se esqueça de que Lia é minha filha e não sua. E assim que eu puder, vou voltar para buscá-la. E nem você nem seu dinheiro vão me impedir. -e virou-se sem mais palavras sumindo no corredor.

_Homem maluco. - ele resmungou até que entrou no berçário, onde Lia, agora, estava no colo da desconhecida.




**************




"Até que enfim LIBERDADE!" Ela pensou quase alcançando o final do corredor, quando um choro agudo fez seu coração parar. Virou-se para encarar a porta do aposento ao lado semi-aberta. As paredes claras ornadas com motivos infantis fez seu coração bater mais rápido. Entrou no quarto rosa, onde vários bebês dormiam tranquilamente enquanto uma menininha chorava. Suspirou pesadamente, aproximando-se da pequenina e pegando-a nos braços. Embalou-a delicadamente e isso fê-la se acalmar. Cantava uma melodia baixa e suave enquanto a pequenina fixava os olhinhos negros nos dela. Era sua criança, sua filha.



_O que pensa que está fazendo? - o loiro perguntou desconfiado.

_Somente o procedimento de rotina. -ela respondeu, disfarçando a voz. "Merda! Com tanta gente aqui, tinha que esbarrar justo nele!" - ela está mais calma, vê.

_Poderia, por favor, me dar minha filha? - ele pediu, em tom de ordem, fazendo com que a loira virasse, ficando frente a frente com ele. "Os olhos! Esses olhos, eu os conheço!" ele pensou, balançando a cabeça para afastar terríveis pensamentos - pode me entregar?

_Como posso saber que o Sr. é realmente o pai? - ela perguntou para irritá-lo.

_Se você não sabe ler, o problema é seu. - ele falou apontando para a pequena pulseira no pulso da criança, onde estava escrito "Lia C. Malfoy".

_Vejo que o Sr. é muito educado, Sr. - ela pegou a pulseira e leu - Malfoy.

_Vai ver mais da minha educação se não me entregar essa criança, sabe. - ele falou enérgico, chamando a atenção de uma medi-bruxa de idade que passava no corredor.

_O que está havendo aqui? - a senhora perguntou num tom de voz baixo, porém cortante.

_Essa Srta. não quer me entregar minha filha. - o loiro reclamou.

_E nem deve. - a senhora falou calmamente - entenda, é o procedimento padrão. A criança só sai daqui com ordens do medi-bruxo chefe. Lamento, mas o Sr. vai ter que esperar.

_Ultrajante. - ele resmungou.

_E Meg, por favor, ponha essa criança no lugar. Ela já está dormindo. - a senhora falou, retirando-se do aposento.

_Sim Sra. - ela falou a contragosto, colocando a filha no berçinho.- logo estaremos juntas, querida. - ela sussurrou para a criança que dormia profundamente.

_O que disse a ela? - o loiro perguntou desconfiado.

_Não disse nada, agora saia daqui. O Sr. não tem noção de limites? - ela perguntou com a mão na cintura e os olhos negros faiscando.

_Está certo, eu vou. - ele falou encaminhando-se a porta, mas não saiu - depois de você, claro.

_Argh! - ela resmungou e aproximou-se dele - não pense que estou lhe obedecendo, apensar me biparam do outro berçário e por isso terei que sair.

_Que seja. - ele falou curto, encarando-a - eu conheço você de algum lugar? - perguntou confuso.

_Dos seus sonhos... ou talvez, dos seus pesadelos. - ela falou enigmática, saindo e deixando um loiro pensativo para trás.










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N/A: Gostaram?????

Sem muita inspiração pro cap..tô doida pra começar Heranças logo.. hehehe

Bjinhus

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