Look for the girl with the bro



Cap 9 – Look for the girl with the broken smile...

BIP BIP BIP BIP BIP BIP...

Gina virou-se de lado na cama, tateou pelo despertador e o acertou com a mão pesada de sono e irritação pelo barulho insuportável. Suspirou ainda de olhos fechados, fazendo uma enorme força para abri-los, afinal, pareciam estar grudados. Provavelmente fora a ansiedade da noite anterior, fora o papo com Harry até altas horas. Não conseguia dormir de tão nervosa que estava e nada melhor do que um amigo vizinho disposto a ficar acordado com você, ou ao menos tentar, e de certa forma te ajudar a aliviar a tensão e a ansiedade.

De repente se lembrou da conversa que tiveram na noite anterior, e seus olhos imediatamente se abriram.

FLASHBACK

“Harry...?” perguntou para o moreno deitado em seu sofá e de olhos fechados

“Hum?”

“Você ta dormindo?”

“Não...só de olhos fechados...relaxa!”

“Sei...conheço essa história de olhos fechados apenas!”

“Hum...”

“Hey, você não pode esquecer e nem se atrasar amanhã hein? Não se esqueceu que vai ser meu par na formatura né?”


“Né, Harry Potter?!”

“Aham...”

“Ótimo! Pode dormir aí no sofá mesmo, mas não se esqueça, tente levantar cedo e se enfiar naquele apartamento seu, ou no shopping ou em um restaurante porque amanhã eu vou passar o dia todo fora, e só quero te ver, pontualmente e extremamente arrumado e impecável, só amanha às sete horas aqui na minha porta, ouviu bem?”

“Ahammm!” resmungou impaciente, e foi quando ela percebeu que já eram duas da manhã e era melhor dormir!

FIM DO FLASHBACK

Será que ele ainda estaria ali, no sofá dela? Esperava que não. Levantou-se, olhou-se no espelho e viu as enormes olheiras embaixo de seus olhos. Bem, a maquiadora teria de ser muito boa e fazer um maravilhoso trabalho em seus olhos para esconder aquilo! Ligou o chuveiro, tirou a camisola e se enfiou embaixo dele. Precisava acordar, mas simplesmente não conseguia. Nem que precisasse ficar uma hora e meia no banho gelado, mas acordaria! Foi um erro ter ficado bebendo vinho e conversando a noite toda do dia anterior, mas simplesmente não imaginou que no dia seguinte etária assim. “Burra, como você pensou que estaria? Acordada e bem disposta? Hunf...” falou para si mesma. Não parecia que em algumas horas estaria em seu baile de formatura, com todos seus amigos, vendo a maioria pela última vez. Aquilo de certa forma a deixava triste, seu coração parecia apertado, toda vez que pensava sobre o assunto, por isso mesmo preferiu distrair a cabeça e pensar em algo mais feliz, para animar o dia.

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Harry acordou com a cabeça girando. Olhou para o teto e viu que aquele lustre não era o do seu quarto. Por um breve instante se perguntou o que havia acontecido e onde estava. Foi então que se lembrou que estava no apartamento de Gina, que haviam bebido além da conta, e lembrava muito mal, de uma voz, bêbada, dizendo à ele para dormir em seu sofá. A voz, provavelmente, pertencia à Gina, assim ele esperava.

Levantou-se, foi até a cozinha para fazer café, e comer alguma coisa, mas logo na primeira mordida do pão com geléia percebeu que seu estômago havia sido afetado tanto quanto sua cabeça. Esperou até o café ficar pronto, tomou uma xícara enorme inteira e serviu outra para levar a Gina, mas quando chegou perto do quarto, ouviu o som de água vindo do banheiro da suíte. Sorriu, e desejou, com todo seu coração poder acordar todo dia junto a ela, fazer o café, ouvir o barulho do chuveiro, e de vez em quando pegá-la de surpresa no banho e lhe dar um bom beijo molhado. Mas logo balançou a cabeça, sabia que demoraria muito até que ela pudesse perdoá-lo realmente, e abrir seu coração novamente. Deixou a xícara em cima de seu criado mudo, deu as costas e resolveu que era melhor ir para sua casa, tinha que revisar alguns documentos ainda, tomar algum comprimido para essa dor de cabeça, e também se arrumar para a formatura de Ginny, sem contar no presente que ainda teria que lhe comprar!

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Saiu do banho enrolada numa toalha, e outra enrolada nos cabelos. Viu a xícara de café no criado mudo e sorriu. Harry já acordara e até preparara um café para ela, o que cairia maravilhosamente bem no momento. Tomou todo o conteúdo da xícara e muito preguiçosamente vestiu uma roupa, penteou os cabelos, calçou uma sandália baixa, óculos escuros e resolveu finalmente sair. Precisava passar para pegar seu vestido, seus sapatos, ir para o cabeleireiro fazer depilação, manicure, pedicure, cabelo, maquiagem, seria um inferno, e por volta de quatro, cinco horas no salão, sem sombra de dúvida!

Fazendo tudo o que tinha que fazer no salão, durante todas as coisas que fez, não sabia porque, mas sentia seu coração apertado, sentia como se alguma coisa ruim estivesse para acontecer. Sentia falta de algo, alguma coisa, só não conseguia definir o que. Pensou que fosse por causa dos amigos da faculdade, também era, sabia disso, mas tinha mais alguma coisa. Os movimentos, as conversas, tudo parecia passar por ela aleatoriamente, não se importava com nada do que estava acontecendo, não conseguia se concentrar em nada. Parecia que havia ingerido alguma droga daquelas que te deixam totalmente fora de si. Quando alguém a tocava sabia que a pessoa o estava fazendo, mas não tinha controle sobre si mesma para reparar exatamente no que ela estava fazendo, tanto que só conseguiu ver seu cabelo e maquiagem quando foi à costureira provar e pegar seu vestido. Então pode realmente se olhar no espelho. Podia praticamente ir já, só faltavam os sapatos que já estavam separados na loja próxima à sua casa.

Quando finalmente chegou em casa, se vestiu direitinho, ajeitou os últimos detalhes e se olhou no espelho. Era um vestido rosa bem forte de cetim, com um decote muito bem valorizado, frente única, co um broche de strass na altura dos seios, e o vestido caia em seu corpo como uma luva, parecia ter sido pintado em seu corpo! Constatou que estava parecendo uma princesa, estava simplesmente...

“Linda!” ouviu uma voz falar atrás de si, e quando se virou, Harry estava encostado no batente da porta do quarto, segurando um enorme buquê de flores. Sorriu e foi até ele, que lhe ofereceu as flores e ela aceitou, procurando logo um vaso para pô-las.

“Obrigada, monsieur!”

“Hahahahaha, deu pra falar francês agora, é?”

“Um pouquinho. Então, você também, esta muitíssimo elegante!”

“Ah, sabe como é né, faz parte da minha beleza!” brincou ele, e ela sorriu. “Gi, isso aqui é para você. Um presentinho de formatura.” Estendeu uma caixinha de veludo azul.

Quando ela abriu, encontrou um colar de diamantes lindo, e ficou de queixo caído.

“Harry, eu amei...não sei o que dizer! Isso é maravilhoso, maravilhoso! Muito, muito muito obrigado! De verdade, nem sei se posso aceitar!” ela o abraçou

Ele riu. “Não só pode, como deve aceitar!É seu Gi... Mas agora, a senhorita deve se apressar porque tem que estar lá às sete, e já são quase seis, e você sabe muito bem como é o trânsito aqui.”

“Certo. Vou só pegar minha bolsa e vamos!”

O que se sucedeu à partir da saída de casa foi como num filme, uma limusine a esperava, uma flor no pulso, chegou ao salão maravilhosamente decorado com todas suas amigas e companheiros de classe todos muitíssimo bem arrumados, toda sua família, seus amigos de fora da faculdade, foram danças e mais danças e valsas e pisões no pé, champagne, vinho, whiskie e depois de algumas horas de festa, qualquer outra bebida que lhe aparecesse na frente. Tudo parecia passar por seus olhos e era uma mistura de borrões de cores, risadas, vestidos, smokings, bebida e música. Não se lembra exatamente como chegou em casa, mas lembra vagamente de um carro amarelo, então presumia que voltara de táxi. Lembrava também que não estava em condições de subir as escadas sozinhas, ou ao menos apertar o botão do elevador, e também presumia que Harry a ajudara, o problema era que não lembrava mais do restante direito. Forçou sua mente mais um pouco para ver do que se lembrava, e então um flash surgiu em sua mente. Mãos e bocas e pernas e roupas pelo chão. Risadas, música, lençóis e cobertores espalhados e emaranhados na cama. E então se lembrou também de uma frase: “Eu te amo”. O único problema é que não lembrava quem havia dito, se havia sido ela, aliás, não lembrava nem ao menos quem era aquela pessoa dormindo a seu lado na cama, e honestamente, não estava com coragem, e muito menos vontade de se virar e abrir os olhos!

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