Meu primeiro dia.

Cap. 1: Meu Primeiro Dia

Eu estou me sentindo meio estranha. Estou sentada no famoso banquinho de três pés do chapéu seletor e estão todos me olhando. Rostos assustados. Olhos arregalados. Surpresos. Lógico que estão surpresos. Eu, Virgínia Weasley acabei de ser selecionada para minha nova Casa. Sonserina. Inacreditável né? Também acho. Dramático? Triste? Não!

Vocês querem saber o que eu acho de tudo isso? Sinceramente...Ótimo! Eu acho que me sentiria um peixinho fora d'água na Grifinória. Eu sempre achei que eu iria para a Grifinória. Todos da minha família são de lá...Mas não. O chapéu seletor me disse que sou diferente...Ele até questionou se eu sou uma Weasley!

Eu me sinto diferente da minha família. Lá ninguém me compreende. Todos são diferentes de mim, mesmo tendo as mesmas sardas e cabelos de fogo. Minha opinião é diferente da de todos. Lá todos idolatram o Harry Potter, pra mim ele é de merda. E eles me paparicavam demais. Demais mesmo! Cansei!!!

Finalmente a Sonserina, depois de longos minutos para cair a ficha, está batendo palmas. Porque eles querendo ou não eu sou uma nova integrante. Sou Sonserina de agora em diante...E estou radiante!

Meus irmãos estão se olhando indignados...O Harry e a Hermione então? Quase infartando!

Vocês se lembram da minha paixonite ridícula pelo Harry? Desencanei. Descobri, nesse final de férias ele foi pra minha casa, que ele é um fresco e totalmente sem-sal. Tudo bem! Ele é lindo e tudo o mais...mas sei lá. Eu sou muita areia pro caminhãozinho dele (modesta a garota né?).

A professora, que descobri se chamar McGonagall, tirou aquele chapéu da minha cabeça. Chapéu que teve o dom de mudar minha vida monótona. Deslizei silenciosamente para minha mesa. Sente-me do lado de um garoto extremamente loiro que olhava para dois garotos (ou serão porcos?). O garoto loiro (muito lindo por sinal) me olhou.

- Ora, ora, ora...O que vejo aqui? Uma Weasley na mesa Sonserina! - ele me conhecia. Mas da onde?

- Olá pra você também. Você me conhece? Quem é você? - perguntei para ele.

- Ah! Desculpe-me, sou Draco, Draco Malfoy. - e estendeu a mão direita. Então ele é o famoso Malfoy, que meu irmão não parava de falar. Acho que meu irmão é apaixonado por ele. Apertei sua mão e falei:

- Virgínia Weasley. Em que ano você está Malfoy? - eu não conheço esse garoto (o que meu irmão fala não conta), melhor chamá-lo pelo sobrenome.

- Segundo ano. E...Pode me chamar de Draco. E mais, considere uma honra, não é qualquer ralé que eu deixo pronunciar meu belo nome. – eu vou me dar bem com esse garoto. Certeza!

- Tudo bem, Draco. Será uma honra. – ah! Nem falei como ele é né? Ele é bem loiro com os cabelos para trás (emplastado de gel), olhos azuis acinzentados. Um pouquinho mais alto que eu.

Olhei para os lados. Todos da mesa me olhavam.

- Porque estão todos me olhando? - eu estava curiosa, logicamente.

- Primeiro: porque você é uma Weasley, e todos sabem que toda sua família foi para a Grifinória. Segundo: eu nunca vou falar com novatos, eles vem até mim. E quando eu deixo.

- Nossa que honra. - foi quando senti um ímpeto de olhar para o lado. Meus irmãos estavam vindo em direção a mim, lógico que os enroscos do Potter e da Granger estavam junto.
- Draco, finja que está animado, meus irmãos estão vindo. - eu sussurrei para ele.

- Mas eu estou animado. - ele falou fingindo indignação.

- Mas não parece. - eu falei rindo. Ele também riu. Acabou que nem precisamos fingir animação, porque eu estava animada e ele também.

- Virgínia venha já aqui, precisamos conversar. - Fred falou. A Sonserina toda está com nojo. Minha família é considerada traidora do sangue desde que se envolveu com trouxas. Eu sempre achei esse envolvimento ridículo! Só a Granger que era legalzinha. Mas é muito fresca.

- Sorry gente. Mas eu estou jantando se vocês não perceberam. E estou tendo uma conversa com o Draco aqui. - falei com cara de santa. Eles me fuzilaram e saíram bufando. Eu tinha me esquecido de falar. O jantar já foi servido. E que jantar!!!