Cap. único - who knew?

N/A: eh eh..essa song me veio do nada...por isso não está lah essas coisas de elaborada.



You took my hand, you showed me how
You promised me you'd be around
Uh huh, that's right
I took your words and I believed
In everything you said to me
Yeah huh, that's right

Você pegou minha mão, você me mostrou como
Você me prometeu que estaria por perto
Eu absorvi suas palavras
E acreditei em tudo que você me disse

-Por favor? Eu prometo que não é nada desagradável ok? Só confie em mim!

-Não, Harry! Você sabe que horas são? Nós nem deveríamos estar aqui! Nós deveríamos estar em nossos dormitórios arrumando nossos malões porque, se você não se lembra, amanhã iremos pra Ordem!

-Por favor! – ele insistiu mais uma vez pegando a mão de Hermione novamente e a puxando para fora do castelo junto com ele, embaixo da capa de invisibilidade. Mesmo relutando ela o seguiu. Conhecendo aquele caminho, percebeu que ele a levava para o campo de quadribol.

-Mas o quê...?

-Essa é a sua surpresa. A nossa surpresa! – ele sorriu ao ver os olhos dela brilhando. – Amanhã começa oficialmente a primavera e sendo um campo como qualquer outro em Hogwarts, o de quabribol fica florido também! Madame Hooch e Hagrid só retiravam as flores na madrugada da véspera do primeiro dia da primavera. Descobri isso há alguns anos, não estava com sono e resolvi vir dar uma volta. – ela a olhou em sinal de reprovação do ato. – Oras! Mas valeu a pena, não? Se eu não tivesse descoberto isso, você não estaria tendo essa visão maravilhosa. – O campo inteiro estava coberto pelos mais variados tipos de flores de todas as cores.

Hermione ficou em silêncio e finas gotas de chuva começaram a tocar seu rosto. Ela sorriu olhando-o:

-Por que sempre que estamos aqui começa a chover?

*Flashback*

O jogo havia sido feito por mera cordialidade. A morte de Dumbledore havia afetado a todos e enquanto a Ordem era reconstruída e reforçada com feitiços de proteção, todos os membros e famílias abrigadas pela mesma residiam em Hogwarts, que agora servia como forte. A Ordem havia sido atacada por um pequeno grupo de comensais que incendiaram todas as casas e tudo que havia no largo Grimmauld. Era o aniversário do Diretor, e alguém dera a idéia de ao invés e comemorar esta data com caras tristes e melancólicas; choramingos e suspiros pelo castelo; que eles fizessem algo que até o retrato do diretor aprovara (já que ninguém sabia jogar boliche). Os times tinham sido divididos normalmente, sem separação por Casas; já que seria somente um jogo porque o tempo ameaçava uma forte tempestade. Havia mais do que sete jogadores, e a chuva já ameaçava cair. Harry x Gina : os apanhadores. Ele perdera.

-Quem se importa com um jogo idiota! Estamos em plena guerra! – resmungava desmontando à vassoura.

-Calma Harry. Foi só um jogo! – Gina gritara ao longe a ele que montava novamente na sua Firebolt e alcançava os ares.

Passaram-se algumas horas, e a chuva caía como nunca.

-Cadê o Harry? – Hermione descera do dormitório. Ela não estava com ânimo para assistir o jogo e ficara lendo no dormitório. Olhou pela janela e viu a chuva batendo intensamente na mesma e que já anoitecera. Desceu e encontrou Gina jogando xadrez bruxo contra Rony. Percebendo a ausência de Harry, ela perguntara aos irmãos onde ele estaria; não antes de notar que todos os Weasley e mais algumas outras pessoas ali presentes pareciam molhadas.

-Ficou lá no campo, voando. Acho que ele não tem muito espírito esportivo quando se trata de perder. Todos nós já fomos lá pedindo para ele voltar, e quando digo todos Mcgonnagall também está incluída. E mesmo quando nós tentávamos imobiliza-lo com algum feitiço, ele subia cada vez mais, e é muito difícil enxergá-lo com essa chuva. – Rony respondeu remotamente movendo uma peça. – Cheque!

Hermione bufou e saiu do castelo em direção ao campo. Ao chegar lá, pôde ver um pontinho vermelho voando no ar. Apontou a varinha para si que; mesmo com um feitiço de impermeabilidade, já estava ficando encharcada; e disse “Sonorus”. – Harry! - sua voz ecoou pelo campo e ela percebeu o pontinho hesitar um momento e começar a perder altitude.

-Ora! Pensei que fosse ficar lendo lá dentro! Não foi você que disse que não queria pisar nesse campo hoje? – ele desmontou da vassoura dizendo, com ironia, a ela.

-Por favor, me desculpe ok? Eu sei que fui um pouco – ele riu – muito rude com você, mas eu não achei ficar jogando quadribol a melhor forma de comemorar uma data triste!

-Custava pelo menos vir me assistir?

-Não me diga que está com raiva porque eu não vim ver você perder? – ele soltou um resmungo e montou a vassoura. – Harry! Desculpe! Eu... volte aqui! – ele continuou subindo, ignorando-a. – Quer saber? Cansei! Se quiser ficar aqui para pegar uma pneumonia e morrer logo, está bem! Eu não me importo. – ela deu as costas sentindo lágrimas teimosas caírem involuntariamente de seus olhos quando ouviu um baque, como se algo tivesse caindo com grande estrépido atrás de si. Ao virar-se viu que Harry levantava-se da vassoura, como se ao invés de pousar cuidadosamente no chão, havia se atirado a ele.

-É verdade? – ele postou-se de frente a ela. – É verdade que você não se importa se eu morrer? – ela podia ver que ele realmente acreditara naquilo.

-Não! Não, nunca! Eu disse aquilo porque estava com raiva, porque estou com raiva de você! Eu... eu morreria junto. – Harry a abraçou.

-Desculpe se gritei com você. – Hermione chorava no ombro do moreno. – Hey! Por que as lágrimas?

-Prometa! Prometa que vai ganhar, que viverá depois de tudo isso!

-Eu...

-Prometa! – ela agarrou-o pela gola do uniforme trazendo seu rosto para perto, fazendo com que os olhos dele ficassem na mesma direção dos seus. Sincronizadamente com os raios e trovões; que indicavam o aumento da chuva; eles se aproximaram e beijaram-se. Depois disso, diferente do que havia feito como relacionamento com Gina, Harry não se importava em viver esse romance com Hermione.

*Fim do flashback*

-Não sei, mas a chuva só torna a paisagem mais bonita. – ele aproximou-se dela abraçando-a depois lhe dando um carinhoso beijo. Sentiu um gosto salgado na boca, que não vinha da chuva. – Por que choras?

-Eu estou com medo! Pela primeira vez desde que esse pesadelo começou, eu estou desejando a tudo e todos para que você não vá! Que fique comigo em qualquer buraco no mundo, mas contanto que esteja vivo! Eu te amo, não suportaria ver todos voltando e você não!

-Eu também amo você, e é por isso que eu devo lutar! Lutar e vencer!

-Promete? Promete que você voltará? – ele hesitou novamente.

-Prometo. Amo você e eu sempre amarei. Sempre voltarei pra você, não importa o que aconteça!

-Sempre? – ele fez que sim com a cabeça. Sorriram antes de se beijarem novamente.
-*-

If someone said: "Three years from now
You'd be long gone."
I'd stand up and punch them up
'Cause they're all wrong
I know better
'Cause you said "forever and ever"
Who knew?
Remember when we were such fools
And so convinced and just too cool
Oh no, no no

Se alguém dissesse há três anos atrás
Que você desapareceria
Eu levantaria e socaria todos eles
Porque eles estariam errados
Eu sei disso melhor
Porque você disse "para sempre"
"E sempre"
Quem iria saber?
Lembra como nós éramos tão bobos?
E tão convencidos e somente muito legais?
Oh no, no no

Três anos. Três longos anos. Hermione olhava pela janela de seu quarto da Ordem da Fênix. Na rua, carros passando, crianças brincando na calçada, paz. A guerra terminara, mas quem disse que isso era uma garantia que ele voltara? Suspirou. Andou até a cama. Acariciou os negros cabelos revoltos de James.

-Iguais aos do pai.

I wish I could touch you again
I wish I could still call you friend
I'd give anything
When someone said: "Count your blessings now
For they're long gone."
I guess I just didn't know how
I was all wrong
They knew better
Still you said "forever and ever"
Who knew?

Eu queria poder te tocar de novo
Eu queria poder ainda te chamar de amigo
Eu daria qualquer coisa
Quando alguém disse "conte suas bênçãos agora"
Para aqueles que já não estão por perto
Eu acho que eu não sabia como
Eu estava totalmente errada
Eles sabiam melhor que eu
Ainda sim você disse "para sempre"
"E sempre"
Quem iria saber?

Naqueles dias as lembranças insistiam em atormentá-la. Todos avisaram.
“-Hermione, você só vai se machucar! É melhor que vocês terminem agora, antes que seja tarde!”
“-Não! Eu sei que ele vai voltar! Ele prometeu!”

Mas ele não voltou. No dia seguinte fariam três anos que Harry destruíra Voldemort e sumira no mapa.

I'll keep you locked in my head
Until we meet again
Until we, until we meet again
And I won't forget you, my friend
What happened?
If someone said: "Three years from now
You'd be long gone."
I'd stand up and punch them out
'Cause they're all wrong
And that last kiss I'll cherish
Until we meet again
And time makes it harder
I wish I could remember
But I keep your memory
You visit me in my sleep
My darling, who knew?

Eu o manterei em minha memória
Até nós nos encontrarmos de novo
E eu não o esquecerei, meu amigo
O que aconteceu?
Se alguém dissesse há três anos atrás
Que você desapareceria
Eu levantaria e socaria todos eles
Porque eles estariam errados
E aquele último beijo eu apreciarei
Até nós nos encontrarmso de novo
E o tempo só torna isso mais difícil
Eu queria poder me lembrar
Mas eu mantenho sua memória
Você me visita em meus sonhos
Meu querido,
Quem iria saber?

Aquela manhã já estava bem agitada. James acordara 5 da manhã, chorando. Por mais que Hermione o ninasse ou o pegasse no colo, ele não parava. Conseguindo fazer o menino se inquietar apenas na hora em que todos começavam a levantar para os preparativos da festa. Como tem sido a dois anos, o dia da derrota de Voldemort era comemorado com uma grande festa em todo mundo bruxo; festa que para ela também era o aniversário do desaparecimento de Harry. Mesmo não gostando de participar das festividades, Hermione ajudava em preparar tudo. Foi buscando uma caixa à pedido da Sra. Weasley que achou um álbum de fotografias antigo.O álbum era de couro marrom. Ao abrir a primeira página, leu dentro da capa as letras H.J.P em dourado. Lágrimas silênciosas começaram a escorrer pela sua face enquanto relembrava toda sua infância e juventude através daquelas fotos. Até chegar na última foto, uma foto tirada no dia em que Harry partira, mas juntamente com a foto, residia uam carta, amarelada pelo tempo:

“Querida Mione,

É dificil para mim escrever esta carta, pois através dela estou admitindo que não sou um homem de palavra. Sinto em desapontar-lhe, mas eu não tenho motivos para acreditar que cumprirei minha promessa de voltar vivo. Peço que não chores – o que Hermione já fazia desde que encontrara as iniciais em dourado – minha ausência e que se mantenha firme e forte pelo nosso filho. Sim, eu escutei você contando a Gina sobre essa sua suspeita e confesso que estou muito feliz em saber disso. Esse é até um ótimo motivo para que eu pare esta carta e bata no seu quarto para fugirmos para qualquer outro lugar, se possível, outro planeta. Mas esse também um motivo para que eu vá amanhã e destrua pra sempre Voldemort e garanta a segurança do nosso filho e de outros filhos que existem por ai.

Apesar de tudo, quero que sempre lembre de mim como um amigo, um amante, o Harry. Seu Harry. Pois eu te levarei como sempre sendo minha. Não direi que quero que você continue sua vida com outro, na verdade quero, mas não é algo que me agrade. O Rony por exemplo; ele ainda gosta de você sabe? Mas que seja feliz ao invés de ficar remoendo minha morte. Sim Hermione, eu não tenho esperanças de voltar vivo, por isso peço que me perdoe, cuide do nosso filho; e peço a Mérlim que quando minhas pálpebras se fecharem eu veja seu rosto, sinta seus lábios nos meus e peço por fim que me ame para sempre, porque até o meu útlimo suspiro, eu amarei você.

Pra sempre seu,
Harry.

P.S.: se for menino, chame-o de James? E diga que o amo todos os dias.”

No rosto, as marcas das lágrimas. Na mão, a foto em que Harry lhe abraçada, beijava e abandonava para nunca mais voltar. Aos soluços Hermione ouviu uma agitação no andar de baixo e desceu disfarçando os olhos vermelhos.

-O que houve? Por que toda essa agitação? – Hermione só foi sufocada por um apertado abraço de Rony.

-Nós o encontramos Hermione! Achamos o Harry!

-O-o quê?

-Nunca disse que ele havia morrido, só disse que o corpo dele havia desaparecido! Por isso ele pediu que eu não lhe entregasse a carta. Ele, minutos antes de enfrentar, Voldemort me disse onde ele escondeu uma cara de despedida à você, e que se nós não o encontrássemos, que eu a entregasse à você. Mas eu nunca senti que deveria entregar-lhe essa carta! E eu estava certo, ele está vivo!

Hermione começou a chorar abraçada ao ruivo.

-Eu não sei se ele está bem, se lembra de nós ou se há alguma diferença entre ele e um vegetal mas o que importa é que ele está vivo! – segundos depois Rony acompanhado de outros, saiam para buscar Harry.

-Quem saberia, einh? – Gina surgiu por detrás de Hermione.

-Eu. – Hermione voltou-se para Gina, que trazia James no colo, pegando o filho. – Eu sempre soube.

-Como poderia? Todos perdemos esperanças.

-Não eu. Porque ele me prometeu.

Fim .


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Comentem ok?
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