O Lobo, a Bruxa e o Buquê de R
N/A: Essa fic foi escrita antes do lançamento do sétimo livro, por isso alguns acontecimentos acontecem de maneira diferente aos do Relíquias da Morte.
Disclaimer: Os personagens apresentados nesta fanfic pertencem à J.K Rowling. Não lucro nada com esta fic, só me divirto mesmo contando uma história. Boa fic a todos!
Era calma e serena tarde de verão que fazia na Toca. Serenidade que contrastava com o furor e excitação que preenchiam o jardim naquele instante. Fleur, com o sorriso mais sincero que Lupin vira alguém dar na vida, se preparava para realizar o tão aguardado momento... jogar o buquê!
Por algum motivo que Lupin não conseguia perfeitamente decifrar lá estavam Gina, Tonks, Luna e até mesmo Hermione como uma expressão de determinação do rosto, quase hipnotizadas com a perspectiva de pegarem o buquê .
O estômago de Lupin deu um solavanco. Seria possível? Com certeza não, era coincidência demais... porém, aconteceu. Em um instante lá estava o buquê, realizado sua trajetória em arco e no instante seguinte Tonks, com um olhar tão perplexo quanto o do professor, segurando o delicado arranjo floral em suas mãos. Por algum motivo, Harry e Rony respiraram aliviados .
Uma idéia voltou a martelar o cérebro do professor... porque não arriscar? Porque não fazer aquilo que o coração manda, ao invés da razão que sempre governava sua vida? Quando fechou os olhos quase pode ouvir a voz de Tiago dizendo... “Remo Lupin, o mais racional dos Marotos! Cara... você precisa agir mais e pensar menos de vez em quando, as garotas adoram!” e ele sorriu. Naquele momento, como nessas coincidências que apenas a vida nos reserva, seus olhos e os de Tonks se encontraram por breves segundos. Tempo suficiente para o professor tomar a maior decisão da sua vida.
O problema era que ele e Tonks mal se falavam, haviam brigado na ocasião do enterro de Dumbledore.
O motivo era o mesmo de sempre... Lupin se sentia velho e perigoso demais para ela. Durante a festa, ele tentou ficar a sós com a garota algumas vezes, o que nunca acontecia... sempre haviam alguém a mais para conversar, um brinde a mais a se fazer.. a verdade que o professor estavam quase desistindo quando a sorte pareceu sorrir para ele Do alto da escada Lupin viu Tonks, sozinha, totalmente desacompanhada caminhando até saída da Toca, o Lobo dentro de sua alma pareceu rugir um pouco mais alto, lhe dizendo que agora era a hora certa.
O professoe teve que correr um pouco para alcança-la e tentou parecer natural quando comentou: - Tonks... err, hum, aonde você está indo mesmo? - Apenas passeando pelo jardim – respondeu a garota com indiferença - Eu... eh.. posso acompanhar você? – perguntou Lupin, tentando parecer ainda mais natural - Depende... – começou a garota devagar – Você não vai me morder não é mesmo? – completou ela com uma nota de fúria reprimida na voz. O professor soltou um som entre um riso e uma negação... o que funcionou razoavelmente bem.
Enquanto caminhavam ele vasculhava em sua mente um assunto relativamente neutro para começar a conversar.. alguma coisa, qualquer coisa, mas a única coisa que vinha a sua cabeça era Voldemort, um assunto que, definitivamente, não é nenhum pouco “neutro”. Foi enquanto ele estava assim, perdido em seus pensamento, que Tonks parou abruptamente e falou com frieza: - Sabe, faz muito tempo que você não me chama de “Tonks” – Embora ela estivesse visivelmente nervosa alguma coisa dentro de Lupin dizia que esse comentário era um bom sinal. Algo como um convite, uma oportunidade de começar a conversar, e diretamente ao assunto que ele tanto queria dizer, a razão de tentar ficar sozinho com a garota durante todo dia! Por instante ele hesitou, e então resolver arriscar: - Nih.. me desculpe por tudo.. mas é que eu...
Realmente Remo Lupin não entendia muita coisa sobre as mulheres... - Nih??? Nih!!??? – A garota olhou para ele, assustadoramente - Como você ousa Remo!? Como!? Tudo bem você terminar comigo, falar que não podemos nos ver.. agora você vir com essa cara de pau, sempre que nos vemos, querendo voltar, falando que temos uma linda história juntos, para depois desistir, dizendo que você é velho demais pra mim, muito perigoso e... Lupin estava encolhido. Não sabia o que dizer, não sabia o que pensar. Se perguntou umas duas ou tres vezes se a garota seria capaz de enfeitiça-lo quando... de repente, ela caiu no choro, um choro honesto, sincero, irracional.
Ela simplesmente chorava, e chorava. Instintivamente Lupin a abraçou com força. O professor tentava acalmar a garota, dizer que ela estava errada que não era nada disso, que ele a amava, mas ele não conseguia. Tonks, com algumas lágrimas tentando fugir de seus olhos começou a desabafar baixinho:
- Remo, eu já disse que não tem nada a ver, eu.. eu não me importo... já disse isso mil vezes...
- Tonks, (Remo achou melhor deixar o apelido para outra hora) espera, não é nada disso é que eu...
- Mas se é tão importante para você, eu entendo, na verdade vou ter que entender - falava a gaorta em um tom conformado
Ao ver a garota ali, quase desistindo, alguma coisa começou a ferfvilhar no coração de Lupin. Era uma vontade, um desejo ardente no peito, algo que o professor não conseguia explicar com palavras. Ele mirou a garota a sua frente, e respirou fundo. Olhou a bruxa profundamente nos olhos e falou:
- Ninfandora Tonks, você quer se casar comigo?
Por um instante ela hesitou. Seus olhos lacrimosos pararam de chorar e ela fez uma expressão diferente... meio que como se seu cérebro estivesse calmamente processando a informação. De repente seus cabelos castanhos, antes opacos e sem vida, começaram gradualmente a mudar de tom. Da raiz até as pontas eles brilhavam, num vermelho-fogo, tão vivo e intenso quanto o amor que eles nutriam um pelo outro. Antes que Lupin registrasse o fato ou qualquer outra coisa, ela se jogou com força nos braços dele, com um impacto tão grande que derrubou os dois no chão
- Sim, sim, sim, sim... – exclamava a garota com felicidade, beijando cada centímetro do rosto dele – eu aceito, é claro que eu aceito Remo.. ah meu lobinho querido... – disse ela o abraçando com força.
Lupin sorria, tinha esquecido de como era gostoso ouvi-la o chamando de “lobinho”
- Mas vem cá, eu não era nova demais para você? – perguntou ela sorrindo, deitando ao lado dele após muitos beijos apaixonados.
- Sim, e ainda é – disse o professor sorrindo de volta – assim como eu ainda sou velho e perigoso de mais para você. Mas isso não muda o fato que eu te amo, e que cada vez que olho pra você tenho a certeza que você é a mulher da minha vida.
Sabe Tonks, eu sempre acreditei que nos dias de hoje é muito perigoso assumir um relacionamento, estamos em tempos de guerra, e por isso o melhor para nos dois era nos mantermos separados. Mas ao ver você ali, mais uma vez triste por minha causa eu percebi que essa era uma decisão muito grande, e que não cabia só a mim decidir. Pela segunda vez no dia, o professor viu o sorriso mais sincero que uma pessoa podia dar.
Os dois estavam prestes a se beijar novamente quando aconteceu... um estalinho seco, baixo mas audível o suficiente para colocar o professor em alerta. “Comensais? Aqui, agora?” era a única coisa que sua cabeça conseguia pensar quando... quase que como mágica... Gina e Harry se revelavam por baixo de uma capa de invisibilidade, com sorrisos culpados no rostos. O leve tapa seguido de um “Falei pra você tomar cuidado Harry” confirmava que eram eles que tinham feito o barulho
- Gina.. Harry? Mas que diab... – seus olhos iam de Harry e Gina, passando por Tonks, que parecia ter entendido bem mais rápido que ele
- Err.. hum.. eu.. quero dizer... nós.. err... – começou Harry, no que francamente foi a pior tentativa de desculpa que Lupin já ouvirá,e isso porque ele trabalhou um ano em Hogwarts como professor
- A verdade Remo - começou Gina eficiente - é que eu queria ficar sozinha com Harry, e a Tonks nos ajudou. Quando ela saiu da Toca ela estava na verdade abrindo a passagem pra gente, sabe como é, para podermos sair sem atropelar ninguém com a capa de invisibilidade – disse a garota sorrindo -
-Sozinha? – perguntou o professor, inconscientemente sugerindo alguma coisa
- Hei! – a menina retalhou levemente vermelha – não é nada disso que você está pensando! Quer dizer, fica realmente difícil namorar em paz quando se tem seis irmão mais velhos cuidando de você!
- É verdade.. – conclui Lupin com simplicidade. Ele não estava bravo com os garotos, tudo que conseguia era lembrar das palavras de McGonagall: “Dumbledore teria se sentindo o mais feliz dos homens se em pensar que havia um pouco mais de amor no mundo”
- Nos espionar não fazia parte do plano Gina – disse Tonks sorrindo, definitivamente não estava brava com a situação também, na verdade parecia estar se divertindo com tudo isso.
- Bem – disse Gina ficando um pouco mais vermelha – é que eu o Harry estávamos voltando e vimos você e o Lupin, e sabe a gente não tinha visto ele vir falar com você e...
- Entendi – concluiu Tonks animadamente. Ali, de mãos dadas a Lupin, a garota recordou das palavras do professor, que o relacionamento dos dois era uma decisão muito grande, e que não cabia só a ele decidir. É verdade, era um grande passo, mas por alguma razão que ela não conseguia explicar ela sentia que estava pronto pra ele. Remo Lupin.. como foi que fui me apaixonar por ele? A garota se pegou imaginando...
Felicidade, filosofou Lupin, era exatamente isso que ele sentia agora. Ele ali, a lado da mulher que amava, sem se preocupar sobre sua condição financeira, sua idade, seu “problema peludo” nada.... tinha vontade de dizer ao mundo inteiro que ia casar com a mulher da sua vida! Foi nesse instante que uma pergunta ecoou no fundo da sua mente...
- Garotos... a quanto tempo vocês estavam ouvindo mesmo?
Gina estava prestes a dizer alguma coisa quando Harry se adiantou. Parecia decidido, meio que como estivesse esperando essa pergunta a algum tempo. Com uma expressão de triunfo no rosto ele fez uma breve pausa dramática antes de anunciar teatralmente:
- Chegamos bem na hora do pedido... “lobinho”!
-FIM-
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!