O que tem em comum
Capítulo 5
O que tem em comum
Era uma noite difícil na certa. A dificuldade de encarar um dia triste como o que havia se passado, deixava a noite carregada de mágoas e muito pouco sono. Tonks procurou dormir, ela tinha um bebê pra criar, e também tinha outro bebê pra carregar – na barriga, é claro. Logo ela pegou no sono. Remus estava ali deitado e fez de conta que dormiu para não preocupar a esposa. Mas sua cabeça na certa estava estourando tamanhas eram as preocupações.
Hogwarts agora não tinha mais no “elenco” as grandes mentes brilhantes que foram Alvo Dumbledore e Minerva McGonagall. Agora Hogwarts dependia estritamente de um lobo, e seus professores. Remus pensava estar enlouquecendo. Como ele, um lobisomem poderia tomar conta de uma escola cheia de adolescentes? Como, de que forma isso poderia ser possível? Era muito difícil ele imaginar essa dura situação. Precisaria agora mais do que nunca da ajuda de sua Nympha. Remus sabia que somente ela poderia dar esse apoio necessário a para ele poder dirigir Hogwarts. Mas como? Ele não poderia de forma alguma sobrecarregar a mulher. Afinal, eles tinham uma pequena rebelde pra criar, e mais a barriga de Tonks para segurar. Sabe-se lá se Remus ainda não teria que correr a procura de um novo professor de transfiguração...
... Sr. Lupin! A sua esposa! – gritou um aluno esquisito.
- Onde, o que foi! – gritava o homem.
- No corredor do sexto andar! Acho que ela está morrendo! – dizia o menininho aparentemente do primeiro ou segundo ano pela aparência.
- Não.. isso não... a minha Nympha não pode me deixar! – dizia ele.
Remus corria sem sentido. As escadas se moviam mais do que rapidamente. As imagens eram totalmente distorcidas, rostos de crianças rindo dele era o que dava pra se distinguir. Gargalhadas. Era isso o que estava retumbando na sua cabeça. Ele havia tomado a poção mata cão, e mesmo assim a lua estava escondida entre as nuvens. Era uma noite nublada. Problemas? Não nenhum. Quando estava se aproximando do sexto andar, passando pelo quinto andar, viu sua filha, Norah arrancando a cabeça de todas as bonecas que estavam a sua volta. Algumas alunas do primeiro ano olhavam horrorizadas com a cena. As únicas talvez em toda Hogwarts que choravam ao invés de rirem. Remus queria chamar a atenção da filha. Ao ver aquela cena, a imagem de ver a sua esposa morrer sumiu. Lupin estava demasiado impressionado com a atitude da filha. Ele a chamou então:
- Norah! O que você está fazendo filha!? – perguntou ele atônito. A criança simplesmente deu de volta um olhar maligno. As pupilas estavam demasiado dilatadas. A íris âmbar estava num tom de sangue. Do seu rosto emanavam cortes profundos como se ela tivesse sido atingida por um sectumsempra. Ele tentou acudi-la mas o olhar de fúria da menina mirou a lua e fez com que as nuvens que ali estavam sumissem e a noite se tornasse clara e límpida.
Remus sentia que ia enlouquecer profundas dores atingiam seu corpo, a dor era tanta, como se um crucio o tivesse atingido em cheio. Seus ossos saiam do lugar a sua mente não mais tinha o controle de suas ações. Definitivamente, aquilo era uma transformação, e das feias. Mesmo com a poção mata-cão, parecia impossível manter a lucidez. E como, como a sua filha tão pequena conseguiu puxar a lua cheia pra perto, tirar aquelas nuvens da frente da lua? Era uma situação inexplicável. Remus correu, soltou o seu “animal” interior. Aquele não era ele. Era uma criatura de terrível má índole.
Ele correu por todo castelo num grito desesperado de fome, angústia e dor. Os sentimentos eram os mais misturados e ilegíveis. As crianças e jovens de toda Hogwarts não pareciam também estarem no seu normal, exceto as meninas das bonecas que foram estranguladas por Norah. O grande lobo avistou a mulher que sangrava e gritava de dor. Por um breve momento, aquele lobo voltava a ser Remus, Remus de Nymphadora.
- Oh Deus, Por quê!? – gritava a mulher. A impressão que se tinha era de que ali se perdiam duas vidas: a de Tonks e a do bebê. O lobo novamente parecia ficar no controle, e aquelas seriam as últimas palavras de Nymphadora.
- Não! – Remus acordava gritando. O homem suava frio, tremia horrores, não conseguia manter o controle. Nympha acordou-se de susto também.
- Remus! O que houve? – perguntou a mulher. Ele simplesmente não conseguiu ser capaz de responder. Apenas andou até a janela, e vagarosamente afastou a cortina, a lua. Era tudo o que precisava ver: lua nova. “Que sorte”, pensou.
Tonks caminhou vagarosamente até o marido, abraçou-o e fé-lo por a mão sobre seu ventre.
- Sente. – disse ela com um grande brilho nos olhos de felicidade. – Acho que esse foi o primeiro sinal de vida do nosso ‘baby’. – completou. Remus ainda um pouco trêmulo foi recíproco. Um grande brilho se instaurou em seus olhos.
Porém de súbito lembrou-se do terrível sonho com a sua pobre Nympha. Deu um passo para trás, batendo em um móvel e fazendo um pouco de barulho. Tonks não se afligiu, pegou o marido pela mão e disse:
- Tivemos um dia muito cheio e difícil, e é bem compreensivo que você não consiga dormir. Mas e agora tratando-se desse seu súbito de desastre, isso já não é normal. – disse Tonks ironicamente. – Isso é mérito meu! Dá licença!
Remus deu um sorriso amarelo. Normalmente era mérito da esposa sair tropeçando e quebrando as coisas dessa forma. Mas foi deitar-se e sim, tentar dormir. Só tentar.
Ele não pregou os olhos a noite toda. Já eram 05:45hrs da manhã. Poucos raios de sol já invadiam aquela fresta da cortina na janela. Tonks dormia da forma mais serena possível. Remus assistia o sono dela aliviado, porque nada tinha passado de um sonho. A noite o assustava, a lua o assustava. Levantou-se, com os pés descalços e a passos muito leves foi até a varanda. Sentou-se na velha cadeira de balanço que ali estava. Sentou-se e admirou o sol nascer como a muito tempo não fazia. Diga-se de passagem, desde que as mortes pararam de ocorrer, aquelas, causadas pela guerra. Ele queria ver o tempo passar, todos mais do que nunca quiseram tirar o luto dos seus corações. Já faziam seis anos, Remus pensava que as pessoas haviam esquecido Harry Potter rápido demais.
Achou melhor não ficar ali parado, colocando minhoca na cabeça, como de costume. Foi até a cozinha, e decidiu preparar as melhores panquecas do mundo. Tinha duas, não, três bocas pra alimentar. Silenciosamente, e tentando aprender a fazer coisas da moda trouxa, como a própria esposa havia ensinado, ele foi vagarosamente fritando ovos, e panquecas.
Norah percebeu o barulho na cozinha, e acordou logo em seguida. Foi até o pai com aquela Barbie que ela não largava em punho.
- Oi Pai! – disse a garotinha. – Você levantou meio cedo hoje. Que estranho. – completou olhando com os olhos meio esbugalhados.
- É eu sei minha filha – respondeu Remus com aquela voz grave e rouca de sempre. – Não dormi muito bem essa noite.
- Você também não? – parecia que os olhos da garota estavam mais saltados ainda.
- Porque, você também não...? – respondeu o homem começando a se apavorar novamente.
- Ai pai não me enrola! VocÊ dormiu ou não? – perguntou Norah bastante autoritária.
- Não, não dormi. E você também não dormiu né? – ele perguntou estático.
- É pai. – disse ela meio assustada. – Foi horrível. Eu nunca tinha visto algo assim. – comentou.
- Algo como? – perguntou ele.
- Sei lá... eu tava louca e você também... e a mamãe ... – disse ela se enchendo de lágrimas nos olhos.
- A mamãe? – disse ele calmamente e se assustando também.
- Ela morria! E você que matou! – ela falou caindo no choro e indo se abraçar no pai.
- Calma filha, por favor, foi só um pesadelo...
Só um pesadelo? Coincidência demais, não? De alguma forma, Remus pensou, que isso devia estar interligado, devia ter algum sentido, um fundo de verdade.
Tonks não demorou muito a levantar e sentir o maravilhoso cheiro das panquecas de Remus. Remus calou-se, Norah calou-se. Aproveitaram o dia.
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Agradeço a paciência de tds!!
Agradecimento mais que especial pra minha amiga Lala que tem me dado uns empurrõeszinhos básicos pra escrever!
Ahh eu pretendonão demorar muito com o próximo cap! Eu até deletei a outra fic q eu tinha em andamento pra me dedicar somente a esta. Sim eu tenho umroteiro fixo pra ela agora, aguardem vou até postar um traillerzito... e outra resultado da enquete:
D/G 4 ever!!! huhulll!
Nesta fic pretendo colocar somente uma pequena, mas muito pequena, pitada de D/G, não se preocupem quem não é a favor. E bem este vai ser o próximo shipper que eu vou trabalhar!
Agradeço a tds que votaram na enquete!
Agora to sem tempo de fazer aqueeeeele agradecimento especial a cada um que comentou, mas tá valendo!
Bjão!
^^
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