Uma vida Pós Guerra
>Título: A Vida de Remus, Tonks e Norah
>Autora: Vanessa Wendt Schmidt
>Shippers: NT/RL
>Resumo: Um conto de fadas nada convencional, diferente, mas à moda trouxa, é contado por uma mãe também nada convencional...
>Outras Fictions:
* Harry Potter e o Servo Fiel: http://www.floreioseborroes.com.br/menufic.php?id=12510
* A descoberta de um maroto gay, por Sirius Black:
http://www.floreioseborroes.com.br/menufic.php?id=12814
Capítulo 1
Uma Vida Pós Guerra
Mas um dia. Era só mais um dia de um período maravilhoso na vida dos bruxos. A guerra já tinha se ido, sim já fazia uns seis anos que a “batalha final” tinha acontecido. Bruxos felizes, com lares felizes, filhos felizes, e Hogwarts, a escola do coração de todos voltara a funcionar. Haviam tido muitas perdas naquela horrível guerra. Harry Potter, o menino-que-sobreviveu já não sobrevivera mais. Conseguiu, sim com sucesso derrotar o Lord das Trevas, que hoje já não mais era “aquele-que-não-deve-ser-nomeado”, o encontro das duas “avadas” foi um episódio marcante na vida de muitos. Mas as seqüelas foram profundas. Depois de dois anos em coma no St. Mungus, o seu estado vegetativo já não permitiria mais que ele sobrevivesse.
Muitos ficaram enlutados, sim. Molly Weasley era uma delas. O sonho de seu marido, de um dia se tornar Ministro da Magia, ele deixou em favor de seu filho: Percy Weasley. O único maroto sobrevivente, Remus John Lupin, estava ali no silêncio de sua casa de férias. Sim, a sua vida hoje em dia já não era mais plena de férias. Lobos hoje, graças ao novo ministro tinham sua liberdade. Remus tinha uma loja no centro do Beco Diagonal de Vinhos e outras bebidas. Ele era um grande apreciador de hidroméis, vinhos de veelas, uísques de fogo... para sua felicidade completa ele tinha uma casa de férias (mas nem tanto) em que podia ter as suas parreiras para fabricar vinho a moda trouxa (o que tinha se tornado moda entre os bruxos) e também árvores e outras plantas bruxas das quais destilava bebidas maravilhosas.
Ele estava à espera. À espera daquela que tanto amava. Daquelas, aliás. Nymphadora Tonks Lupin, o grande amor da sua vida, e Norah Tonks Lupin, outro grande amor. Remus tinha conseguido finalmente realizar o seu grande sonho. Aquele maior sonho, que por toda vida imaginou nunca alcançar. Ter um herdeiro, e uma esposa. Fato que era complicado pela sua frágil condição de existência. A lua cheia. Sim, ela a desgraça da sua vida.
Sentado na varanda, um entardecer belo, um pôr-do-sol alaranjado, e simplesmente magnífico. Um livro sobre o colo, e uma garrafa do melhor vinho trouxa ao lado. Pensando, refletindo sobre todos aqueles anos maravilhosos, em mil devaneios chegam elas.
Tonks, como ainda era chamada, vinha com um carro (coisas trouxas, mas que Lupin não aprovava muito) moderno, coisa trouxa, e uma garotinha espoleta no banco de trás.
- Papi! – vinha a garotinha correndo ao encontro.
Muitos que os conheciam achavam aquilo realmente estranho. Um homem grisalho de quase cinqüenta anos sendo chamado de “pai” por uma garotinha de apenas seis anos. Era uma situação bizarra para muitos.
- Oi Norah! Como foi a escola hoje? – perguntou Lupin.
- Legal! Olha o que o vovô me deu! – disse ela.
Ela mostrava uma barbie para Lupin, uma boneca trouxa da qual a mãe, Nymphadora fazia questão que a garota conhecesse. Assim como ela também fazia questão que a filha freqüentasse a escola trouxa antes de ir para Hogwarts. “Trás mais conhecimento! Imagine só!”, dizia ela.
Todos os dias eram maravilhosos para eles. A garotinha, Norah, não havia mostrado sinais de metamorfomagismo até então. Era provável que não tivesse herdado o dom da mãe. Porém, tinha a mesma expressão elétrica que nem a mãe. Os olhos eram âmbar que nem os do pai. Ela realmente era filha dos dois. Seu jeito elétrico herdou da mãe, mas a simpatia por livros, ah sim, isso Remus havia lhe ensinado muito bem. E aprendeu com a filha também. Já tinha uma grande noção de matemática e dinheiro trouxa, até por causa de seus vinhos, e também sabia muito de História trouxa, ele adorava a Rainha Elisabeth.
- Remus! – disse Tonks, interrompendo os pensamentos do marido.
- Sim meu amor?! – disse ele, despertando. – O que houve?
- Precisamos falar em particular! – disse ela.
- Tá bem. – disse ele levando o vinho embaixo do braço. Vá que Norah inventasse de experimentar algo novo...
- Vamos, entra aqui! – disse ela puxando o para a dispensa. – Tenho duas notícias. Uma boa e outra ruim.
- Ai... – disse ele, deixando de brincar com uma das madeixas cor de rosa do cabelo da mulher.
- Quer que eu comece por qual? – perguntou a mulher brincalhona.
- Dá a ruim, e depois a boa... Porque caso qualquer coisa né... – disse ele que já tinha acatado o jeito maroto da esposa.
- Tá. Minerva está muito doente. – disse ela.
- Nossa... e o que ela tem? – disse Lupin não muito horrorizado ainda.
- Câncer.
- E o que é isso? – perguntou ele.
- Na verdade, você não deve conhecer, mas são avanços na medicina bruxa, que na verdade já sempre existiram na medicina trouxa. – disse ela que sem querer mudou o cabelo pra cinza.
- E o que vem a ser afinal!? – disse Lupin se horrorizando com a expressão da mulher.
- É uma doença que mata! – disse ela já chorando.
- Calma Nin! – disse ele.
- Mas... eu tô com medo! Ela está muito mal! Vi o Hagrid na rua, e ele não tá com a cara nada boa! – disse ela ao marido.
- Calma, por favor... A Nori vai ficar assustada. – disse ele abraçando a mulher.
- Remus... eu amo você! – disse ela dando um selinho.
- Eu sei querida, eu também. – disse ele tentando ser consolador.
Eles saíram da dispensa em direção a cozinha.
- Eu preparo o jantar hoje ta bem? – disse Remus. – Brinque com a Nori, de... é... hum, barbi? – perguntou ele ainda desconfiando do brinquedo trouxa.
- Sim. Valeu Remus! A sua comida é ótima, enquanto a minha é uma bosta. – disse ela se cuidando para não falar nenhum palavrão na frente da filha.
- Olha, olha hein! – disse ele repreendendo a mulher.
Tonks estava tão preocupada com a situação daquela grande mulher, que havia segurado as pontas da escola mesmo em tempos de guerra, e também com a morte de Dumbledore, que havia se esquecido de contar as boas novas ao marido. Lupin também tampouco se preocupou com o que seria de bom na notícia. Ele também sentira-se muito abalado pelo estado da diretora de Hogwarts. Ela tinha sido quase uma mãe para ele nos tempos em que era um maroto, um aluno daquela tão querida escola. Sua condição de vida, que já existia há muito, desde a infância, lhe tornava frágil, e a professora sempre esteve em seu favor, ajudando com desculpas esfarrapadas para que ninguém desconfiasse suas ausências.
A filha do casal soube desde sempre a condição do pai. Certa vez, aos quatro anos de idade a garota estranhou a falta do pai, perguntou a mãe, que deixara o ministério. Era uma profissão muito arriscada para uma mulher com filhos, tinha uma família, sua, própria. Não poderia sair por aí lutando contra comensais. Sim, os comensais ainda existem. Alguns loucos ainda pensam que o seu Lord irá voltar. Bellatrix Lestrange enlouqueceu, está hoje ainda internada numa ala especial do St. Mungus, para provenientes da segunda guerra. Lucius Malfoy está em Azkaban, sua pena foi diminuída devido a ele declarar estar ao lado de Dumbledore.
Foi assim que as pessoas do “bem” eram chamados nos tempos de guerra: “Homens de Dumbledore”. Era quase como um santo. Se a igreja bruxa permitisse a adoração de santos, como a Igreja Trouxa Católica, ele sim, Dumbledore seria um homem santo. Tonks ia matutando todas essas coisas em sua cabeça. Tudo isso proveniente de uma conversa sobre Minerva McGonagall.
- Venham comer minhas flores! – chamou Lupin.
- Oba! Papi! Que tem pra gente comer? – disse Norah.
- Que você fez? – perguntou Tonks.
- Molho de abóboras com salsichas. – disse ele servindo-as.
Comeram em total paz. A menina era meio chatinha. Fazia cara feia pras abóboras. Mas os pais insistiam, fazendo inclusive aviãozinho.
- Você quer uma historinha hoje Nori? – perguntou Tonks.
- Claro, mãe! Mas tem que ser uma nova bem diferente! – disse ela.
- Ah... Pode deixar, a sua mãe tem uma imaginação e tanto! – disse Lupin.
Os três seguiram em direção aos quartos. Tonks foi com a menina para o seu quartinho cor de rosa, cheio de bonecas, enquanto Lupin foi direto para o quarto do casal, já tirando uns óculos do bolso para ler. Sim a idade já trouxera um par de lentes para o homem.
- - Bem Nori, eu vou te contar uma historinha bem trouxa, mas você vai gostar. Tem barbie na história... – disse ela tentando se fazer convincente.
- Então eu acho que escuto! – a menina fez um biquinho.
- Começa assim: “Era uma vez uma garotinha chamada Cinderella, ela era órfã de mãe e tinha uma madrasta muito boa, que amava sua enteada como se fosse sua filha. A madrasta tinha duas filhas que invejavam a bela moça, pois achavam que a mãe dava mais atenção a Cinderella do as próprias filhas.”
- Nossa! Que maninhas malvadas! Mamãe, por que eu não tenho irmãzinhas? – perguntou a garota.
- Isso é um outra historinha! – falou a mulher. – Mas... continuando: “A filha mais velha da madrasta tinha um grande espelho mágico, que adorava se admirar nele, o espelho sempre lhe dizia que ela era a mais bela de todas. Até que um dia disse-lhe que a mais bela era Cinderella.”
- Nymphadora! Venha já pra cama! Está na hora de Norah dormir! – gritou Lupin do outro quarto.
- Nori! Filhina! Eu continuo a historinha amanhã. – disse ela dando um beijinho na filha.
- Ah não mãe! Como você é chata! – disse a garotinha.
- Boa noite... – disse ela.
- Boa merda! – disse a menina.
- Nori! Se o seu pai vê que você sabe falar palavrão ele me mata! – disse Tonks debochada.
- Ei... Eu ouvi alguma coisa que não deveria? – gritou Lupin do outro quarto.
- Tchau Florzinha! – disse ela e saiu.
- Ai Remus! Seja mais tolerante! – disse ela ao marido.
- Minha querida... – disse ele já se avançando para um beijo...
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N/A: Vai ser uma short fic eu acho. Acabei de terminar o capítulo. O nome "Norah" não tem haver com a gata do Filch. Talvez eu faça umas retomadas meio locas da época da guerra, mas daí quem quiser entender melhor tem que ler Harry Potter e o Servo Fiel, que é uma outra fic minha. Bem muitos beijos a todos, e comentem!
É isso aí,
Bjus!
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